sexta-feira, junho 15, 2012

Umas no cravo e outras na ferradura




Foto Jumento


Cacilheiro "Alentejense", Lisboa
Imagens dos visitantes d'O Jumento


Desfile militar no dia 10 de Junho [A. Cabral]
     
Jumento do dia


Paulo Portas

Compreende-se que Paulo Portas sinta algum gozo em divertir-se à custa do sô Álvaro, afinal de contas tem os mesmos direitos de qualquer português e não nenhum português que não se divirta à custa dessa personagem de quem dizer ser o ministro da Economia.

Mas poderia fazê-lo em privado mantendo as aparências, aparecer em público a assinar contratos com empresas pode favorecê-lo como salvador do país, mas se continuar a gozar desta forma com o sô Álavaro é o próprio governo que está em causa. Para usar um conceito muito na moda, com a crise de inteligência que se nota neste governo corre-se um sério risco de contágio, um dia destes em vde estarmos a gozar do Álvaro ou do Relvas, somos apanhados a gozar de todo o governo, incluindo Paulo Portas e as duas nódoas que escolheu para integrar o governo.

«O ministro dos Negócios Estrangeiros anunciou hoje a assinatura de oito contratos fiscais com empresas que resultarão num investimento de 157 milhões de euros na economia portuguesa e contribuirão para criar 352 postos de trabalho.


O Estado português vai conceder incentivos fiscais no valor de 10% deste investimento, cerca de 15 milhões de euros.


Paulo Portas fez este anúncio na conferência de imprensa sobre as conclusões do Conselho de Ministros, na qualidade de ministro que tutela da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), em articulação com o Ministério da Economia.» [DE]

Pobre Álvaro

O Relvas apresenta o impulso jovem, o Portas assina contratos com as empresas e o ministro da Economia nem tem coragem ou dignidade para bater a porta e voltar ao Canadá. Sempre é melhor ser ministro faz de contas do que professor em Vancouver.

Impulse

De alguém como o Miguel Relvas era de esperar um programa de manipulação da taxa do desemprego com uma designação inspirada numa marca de desodorizante. Digamos que Relvas é um ministro prevenido, percebeu que onde se mete cheira mal.


Estamos a ser simpáticos, há que diga que o nome o programa foi copiado, enfim, depois do que se tem dito do Relvas é de esperar tudo:

      
 

O tempo das consequências

«Os mercados demoraram apenas quatro horas a perceber que o "resgate leve" da banca espanhola era mais uma moeda falsa posta em circulação pela comissão liquidatária que governa os destinos da UE. A ameaça do ministro das Finanças de Madrid, na reunião do Eurogrupo que deu o aval ao pedido espanhol de ajuda, chamando a atenção para o facto de que recusar o resgate bancário no valor indicativo de 100 mil milhões conduziria a Zona Euro a ser obrigada a aceitar um duplo resgate total de Madrid e Roma num valor doze vezes superior, deixou de ser um argumento negocial, para se transformar numa profecia. O mercado da dívida continua implacável para com Espanha e Itália, com taxas insuportáveis a todos os prazos, em particular no período de referência a 10 anos. Barroso avança com uma proposta de União Bancária, mas parece ser demasiado tarde. Com as doenças agudas da terceira e da quarta economias da Zona Euro, a eleição grega no próximo domingo, quase que passa para segundo plano. Mas tudo indica que Atenas está condenada a ocupar um lugar decisivo no desmoronamento deste edifício cheio de fissuras que é a União Económica e Monetária. O guião é germânico, mas o rastilho será grego. A sinergia entre a falência da Grécia, a debilidade bancária da periferia europeia, e a insustentabilidade das dívidas de Madrid e Roma, ameaça fazer do colapso da Zona Euro uma apoteose wagneriana. O verão de 2012, na sequência dos estios de 1914 e de 1939, poderá ficar na história como o terceiro suicídio da Europa em menos de cem anos. Só a Alemanha poderá evitar o pior. Se nada fizer, arcará com as consequências na altura em que a Fénix europeia se reerguer das cinzas.» [DN]

Autor:

Viriato Soromenho-Marques.
    

Golos dinamarqueses marcados com cuecas da sorte

«Fonte próxima do processo afirmou à agência France Presse que Bendtner poderá ter violado as regras de patrocínio da UEFA. O artigo 18 do regulamento da UEFA precisa que durante o Euro2012 "os equipamentos não devem exibir qualquer tipo de publicidade a patrocinadores".
  
Depois dos golos, apontados aos 41 e 80 minutos, a empresa, com sede em Dublin, apressou-se a divulgar um comunicado anunciandi que o avançado dinamarquês marcou duas vezes usando "cuecas da sorte" da casa de apostas.» [DN]
    
Espanha: nem todos os bancos serão salvos

«"Nós não temos que salvar todos os bancos", explicou hoje um alto funcionário europeu, defendendo que a Comissão Europeia vai solicitar a Espanha o encerramento de entidades bancárias problemáticas, cuja falência não desestabilize a economia, em troca do empréstimo de 100.000 milhões para limpar os bancos economia.
  
"Há casos em que será preciso liquidar entidades", acrescentou a mesma fonte em declarações ao jornal El Mundo. A União Europeia quer "evitar ao máximo que se utilize dinheiro público", de modo que "se houver entidades que devem cair, cairão", acrescentou.» [DE]

Parecer:

Isto promete.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Aguarde-se pelos próximos episódios da crise europeia.»
  
BRISA perde dinheiro com as PPP

«“Estado não paga nada à Brisa. O risco do tráfego está do lado da Brisa Concessão Rodoviária [que tem a concessão da A1, entre Lisboa e Porto]”, disse o responsável pelas relações com os investidores da Brisa, Eça Pinheiro.
  
“No âmbito das novas concessão, somos a única entidade que, até à data, está a perder dinheiro”, diz Eça Pinheiro. “Na Brisal e na Douro Litoral, ao contrário de outras concessões, houve ganhos para o Estado”, rematou.» [Jornal de Negócios]

Parecer:

Malditas PPP.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se conhecimento ao reformado do TC, um administrativo com estatuto de juiz e direito a subsídio de residência vitalício.»
  
Incompetente mas muito bem paga

«Depois do Documento de Estratégia Orçamental, que chegou ao Parlamento amputado de dados enviados ao Conselho Europeu, foi a vez da actualização do Programa Nacional de Reformas (PNR) suscitar um incidente parlamentar. A revisão do PNR ficou esquecida numa gaveta do gabinete da Presidente da Assembleia da República, mais de 40 dias depois de ter sido enviado pelo Governo.» [Público]

Parecer:

Esta senhora é uma anedota.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se a merecida gargalhada.»