Cada vez que Bruxelas manda uns euros para a agricultura
portuguesa a ministra Cristas não perde tempo e vai às televisões dar a boa
nova aos agricultores, apresentando-a como se fosse o resultado de um peditório
seu feito nas entradas do Pingo Doce. Agora que foi notícia o pedido de
devolução de mais de 12 milhões por terem sido indevidamente gastos a ministra
que em tempos reduziu as gorduras do Estado com um regulamento de trajes no
ministério optou pelo silêncio.
Esta semana fez um ano que Relvas partiu e já está de volta
como se percebeu pelo pontapé do Zezé Clemente. Quem também está anunciando o
seu regresso recorrendo a pontapés mas na partes baixas é o Durão Barroso,
depois de dispensado pela direita europeia para mais um mandato incompetente á
frente da Comissão regressou igual s si próprio, um político sem escrúpulos.
Ao fim de três anos Passos Coelho vai cortar mais dois mil
milhões de euros sem tocar nas pensões e
nos vencimentos, isso significa que até aqui não tocou nem nas famosas gorduras
do Estado ou em interesses privados como os do sector da energia, da banca ou
das PPP. Se é verdade que agora vai cortar nesses sectores isso significa que
até aqui Passos Coelho preferiu uma estratégia assente no empobrecimento
forçado e em inconstitucionalidades para proteger os mais ricos.
Na passada terça-feira foi dia 1 de Abril, o dia das
mentiras. Em Portugal ninguém deu por isso, talvez esteja na hora de adoptar um
dia 1 de um qualquer mês para dia das verdades pois porque de mentiras são
todos os outros 364 dias do ano.