Foto Jumento
Palácio Nacional da Ajuda, Lisboa
Jumento do dia
Paulo Rangel
Esta coisa pequenina e peluda que em tempos concorreu à liderança do PSD contra Passos e com o apoio de Manuela Ferreira Leite, está-se revelando uma miniatura de rottweiler e em vez de debate político está fazendo uma campanha à base de dentadas nos calcanhares dos adversários.
Tanto quanto se sabe ninguém lhe recusou qualquer debate até porque como se viu nos debates da campanha para a liderança do PSD este artista nem sequer é grande coisa. O que o candidato da Aliança está fazendo é jogo sujo e ainda sem sequer se ter colocado a hipóteses de debate já está fazendo falsas acusações.
Será que esta coisa pequena e farfalhuda imita o chefe e anda sentado em cima de livros, talvez algum sobre os métodos de propaganda de Goebels? Só assim se compreende que faça falsas acusações e se aproveite do marasmo do fim de semana para ganhar audiência e poder fazer ataques sem resposta.
«O cabeça de lista da 'Aliança Portugal' (PSD/CDS-PP) desafiou hoje o cabeça de lista do PS a não ter "medo" de discutir questões europeias, acusando-o de não comparecer em debates marcados ou de, "à última hora", fazer-se substituir.
"A grande pergunta é: onde está Francisco Assis?" - questionou o cabeça de lista da coligação PSD/CDS-PP, Paulo Rangel, em declarações à Lusa.
"Faço um desafio, que Francisco Assis apareça e aceite fazer debates. Queremos debater questões europeias. Não sabemos se tem receio ou medo, mas talvez seja receio das questões europeias", declarou.» [DN]
O 25 de Abril é de todos os portugueses
E principalmente dos que no dia 24 apoiavam o regime e dias depois eram democratas desde que nasceram.
Paulo Rangel
Esta coisa pequenina e peluda que em tempos concorreu à liderança do PSD contra Passos e com o apoio de Manuela Ferreira Leite, está-se revelando uma miniatura de rottweiler e em vez de debate político está fazendo uma campanha à base de dentadas nos calcanhares dos adversários.
Tanto quanto se sabe ninguém lhe recusou qualquer debate até porque como se viu nos debates da campanha para a liderança do PSD este artista nem sequer é grande coisa. O que o candidato da Aliança está fazendo é jogo sujo e ainda sem sequer se ter colocado a hipóteses de debate já está fazendo falsas acusações.
Será que esta coisa pequena e farfalhuda imita o chefe e anda sentado em cima de livros, talvez algum sobre os métodos de propaganda de Goebels? Só assim se compreende que faça falsas acusações e se aproveite do marasmo do fim de semana para ganhar audiência e poder fazer ataques sem resposta.
«O cabeça de lista da 'Aliança Portugal' (PSD/CDS-PP) desafiou hoje o cabeça de lista do PS a não ter "medo" de discutir questões europeias, acusando-o de não comparecer em debates marcados ou de, "à última hora", fazer-se substituir.
"A grande pergunta é: onde está Francisco Assis?" - questionou o cabeça de lista da coligação PSD/CDS-PP, Paulo Rangel, em declarações à Lusa.
"Faço um desafio, que Francisco Assis apareça e aceite fazer debates. Queremos debater questões europeias. Não sabemos se tem receio ou medo, mas talvez seja receio das questões europeias", declarou.» [DN]
O 25 de Abril é de todos os portugueses
E principalmente dos que no dia 24 apoiavam o regime e dias depois eram democratas desde que nasceram.
Melro no Campo das Cebolas, Lisboa
«Quando era declamado há cem anos nos serões de província, o longo poema "O Melro", de Guerra Junqueiro, se não levava o público a ressonar, levava-o a pensar que o protagonista era o velho e malvado padre-cura. Era o padre quem comandava os versos, avaro dos seus campos de trigo onde o melro vinha debicar sementes, surdo ao cantar melodioso dos machos e vingativo a ponto de fechar numa gaiola toda a prole de um ninho só para afogar a alegria do pássaro. Nos últimos versos, o melro luta e morre e o padre, arrependido, deita fora a Bíblia... - este final tão óbvio, vindo do autor de A Velhice do Padre Eterno, confundia o poema com mais um panfleto de Guerra Junqueiro contra a Igreja Católica. E essa interpretação, que o autor queria, varreu o melro para mero personagem secundário. Ora, foi notícia ontem, ser Turdus melura, melro ou tordo, é mais do que morrer como tordos no fim de poemas chatos. Pelo contrário, ele pode simbolizar uma esperança surpreendente. O jornal Functional Ecology, da British Ecological Society, publicou o primeiro estudo sobre pássaros que nidificam na região de Chernobyl, depois do desastre nuclear de 1986. E não, os melros não se transformaram em monstros, mas em melros melhores! Os cientistas não têm explicação para os níveis tão altos de glutationa, um antioxidante que faz os melros vender saúde em cima de radiações... Isto ainda vai ser catalogado como milagre e Junqueiro vai dar voltas no túmulo.» [DN]
Ferreira Fernandes.
O que cheirou a bafio no 25 de Abril
«De todas as comemorações do 25 de Abril, a única que verdadeiramente cheirou a bafio foi o almoço que o primeiro-ministro ofereceu, não se sabe em que qualidade, a alguns militantes da JSD e a simpatizantes do Governo em meia dúzia de associações juvenis, escolhidas a dedo e cognominados de “líderes de vários movimentos estudantis e juvenis”.
A lista incluiu associações académicas de Coimbra, Lisboa e Algarve, muitas das quais estiveram na vanguarda da defesa da praxe, o Corpo Nacional de Escutas, a Conexão Lusófona e as associações Synergia, Zunzum, Sport Club Operário de Cem Soldos, Suão e Moju. Não se sabe qual a sua representatividade, a começar pela capacidade de representarem a “juventude”, e os sites desses “movimentos” revelam bem a dependência dos apoios das organizações de juventude estatais, como o Instituto Português do Desporto e Juventude, cujo membro da tutela esteve presente, e autarquias ligadas ao PSD. Não me recordo de ver algum dos blogues governamentais mais assanhados contra tudo o que sejam ajudas de Estado protestarem. Que se saiba no almoço não houve qualquer reivindicação ou protesto. Estes “jovens” portam-se bem.
Passos Coelho, que deve ter do bafio um conceito muito especial, usou uma metáfora hortícola para falar da "liberdade e a democracia [que] têm de ser regadas com muito cuidado todos os dias". De novo, usou a dicotomia menos inocente que há nos nossos dias, a dos jovens e dos velhos, que esteve presente nas suas palavras: “O que peço é a esses que não têm com que comparar que não deixem de acreditar na capacidade de todos os dias fortalecer o espirito da liberdade e da democracia, sem a qual a nossa sociedade fica com menos futuro".
Fazer de conta que o Governo actua essencialmente para os jovens ou em nome dos jovens, presente no perverso conceito de “justiça geracional” – sacrifiquem-se duramente os avós e os pais, em nome do benefício hipotético dos filhos e dos netos – é um dos leitmotivs da propaganda governamental e o almoço “comemorativo” do 25 de Abril serviu para isso. Os velhos estão na rua a manifestar-se, os jovens em fila ordenada para os cumprimentos ao primeiro-ministro. O passado “bafiento” comemora o 25 de Abril defendendo egoisticamente as suas “regalias” e roubando aos mais jovens o futuro. O futuro zangado foi sentar-se à mesa do primeiro-ministro com um disciplinado guardanapo.
Comparadas com este solene e composto almoço de fato e gravata, até as comemorações do 25 de Abril na Assembleia foram um verdadeiro elixir de juventude e muito mais arejadas. Houve discursos melhores do que o costume, não houve fantochadas para épater os jornalistas como um célebre discurso de Aguiar Branco citando Lenine e Rosa Luxemburgo a partir da Wikipedia e cheio de erros, e, mesmo do lado governamental, discursos como o do representante do CDS, Filipe Lobo de Ávila, foi moderado e digno. A presidente da Assembleia fez um discurso teórico, mas certeiro sobre a democracia, mais reflexivo do que costuma ouvir-se naquela casa, e o Presidente começou bem e acabou mal, enredado nos seus próprios demónios. O PS conseguir ser a nulidade mais completa, com uma retórica sem convicção nem substância.
Depois há a rua. Umas dezenas de militantes da extrema-direita manifestaram-se junto da Assembleia, mas as televisões (que eu vi) fugiram de os mostrar em directo numa clara violação do direito à informação. Eu não gosto do que eles dizem e pensam, mas não compreendo por que razão não têm direito a serem tratados como notícia. Não me venham com o argumento de que eram poucos, porque o número escasso de pessoas que já vi em protestos locais da CGTP e mesmo manifestantes singulares nas galerias da Assembleia têm muitas vezes um longo tratamento noticioso e com destaque.
O resto da rua foi uma enorme manifestação que mobilizou centenas de milhares de pessoas em dois dias de protestos, em Lisboa, no Porto, um pouco por todo o país. Fizeram-no num dia que permitia um fim-de-semana mais prolongado e, na zona Sul do país, com um sol esplêndido para ir para a praia. No Norte do país, no Porto em particular, debaixo de chuva. As manifestações não foram vencidas pelo conforto e isso mostra militância.
Há um único fio condutor de todas estas manifestações e é inequívoco: são protestos contra o Governo e o Presidente da República, são protestos contra a situação. E embora houvesse alguma organização, são resultado de uma disposição genuína e espontânea, em que os partidos e sindicatos têm papel diferente do habitual. Não estão lá por serem do PCP, do BE, da CGTP, do PS, do PSD e da UGT que são contra o Governo, não estão lá por serem do “Que se lixe a troika”, ou da complicada e múltipla fauna de grupos e grupúsculos de protesto, de género, de single issue, da cultura, etc., etc. Estão lá por causa do 25 de Abril revisto e ampliado dos dias de hoje, estão lá porque a data já longínqua os ajuda a mobilizarem-se no presente. Dá-lhes músicas como a Grândola, poemas como os da Sophia e do Ary dos Santos, imagens como as dos “rapazes dos tanques” nas fotos de Alfredo Cunha, de Gageiro ou de Miranda Castela, histórias de proveito e exemplo, de resistência e coragem, figuras e ícones, ou seja, dá-lhes uma identidade que vem do passado para o presente.» [Público]
Autor:
Pacheco Pereira.
Como o governo combate a emigração jovem
«No espaço de um ano, cerca de 65 mil alunos ficaram sem a disciplina de Inglês como Atividade de Enriquecimento Curricular (AEC), facultativa, no 1.º Ciclo do Ensino Básico.
A explicação, para a Associação Portuguesa dos Professores de Inglês (APPI), reside no facto de muitas autarquias terem cortado nas AEC, fruto das dificuldades financeiras que atravessam. Segundo dados da Direção-Geral de Estatística da Educação e Ciência, a queda foi mais acentuada nos 1.º e 2.º anos de escolaridade.» [DN]
Parecer:
O ideal seria mesmo nem saberem falar português, assim não emigravam e o país tinha muitos trabalhadores adequados ao modelo de crescimento do bafiento, um modelo de gente pobre.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se conhecimento ao bafiento.»
«O economista António Nogueira Leite acusou o Fundo Monetário Internacional (FMI) de estar a ter uma posição “chauvinista em relação aos portugueses e à economia portuguesa.” Em entrevista à Antena 1, Nogueira Leite afirmou que “todo o discurso de Subir Lall passa por considerar que o país tem que ser uma espécie de Índia europeia ou Vietname europeu.”
O economista deixou claro que tem uma visão diferente do FMI e refere que é necessário fazer noutros sectores o que se tem feito na indústria do calçado ou no têxtil. “Acho que as pessoas que pensam num cenário de evolução mais positivo para a economia portuguesa olham para questões de qualificação e de diferenciação... enfim, tentar fazer num conjunto muito mais amplo de sectores aquilo que se tem feito em sectores como o calçado ou têxtil.”» [i]
Não é nada que já não tenha sido dito aqui.
FMI é chauvinista em relação à economia portuguesa
«O economista António Nogueira Leite acusou o Fundo Monetário Internacional (FMI) de estar a ter uma posição “chauvinista em relação aos portugueses e à economia portuguesa.” Em entrevista à Antena 1, Nogueira Leite afirmou que “todo o discurso de Subir Lall passa por considerar que o país tem que ser uma espécie de Índia europeia ou Vietname europeu.”
O economista deixou claro que tem uma visão diferente do FMI e refere que é necessário fazer noutros sectores o que se tem feito na indústria do calçado ou no têxtil. “Acho que as pessoas que pensam num cenário de evolução mais positivo para a economia portuguesa olham para questões de qualificação e de diferenciação... enfim, tentar fazer num conjunto muito mais amplo de sectores aquilo que se tem feito em sectores como o calçado ou têxtil.”» [i]
Parecer:
Não é nada que já não tenha sido dito aqui.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Aprove-se.»