Cavaco decidiu que não decidia, fez um discurso que viola os valores da democracia e da Constituição, excluiu 20% dos eleitores da democracia, deu a entender que em Portugal a democracia nasceu com a entrada na CEE e acabou por parir um primeiro-ministro nado-morto.
Cavaco não deu início à formação de um governo, em vez disso decidiu antecipar o Halloween e agora o país vai divertir-se a saber quem vai aceitar ser um ministro morto-vivo de um governo que ainda não nasceu e já morreu. Pelo meio teremos pressões e chantagens sobre o país, ameaças de Apocalipse e um risco de conflito insanável na sociedade portuguesa.
Cavaco quase proibiu a formação de governos com o apoio do PCP ou do BE e foi mais longe, só aceita governos de direita.
Cavaco quase proibiu a formação de governos com o apoio do PCP ou do BE e foi mais longe, só aceita governos de direita.
Cavaco é um presidente ainda mais "morto" do que o seu primeiro-ministro, mais uma vez revelou que é presidente apenas de alguns portugueses, usa os seus poderes para fazer pressões inaceitáveis sobre uma maioria parlamentar. O país tinha uma crise ao nível do governo, agora tem uma crise no governo e na Presidência da República, Portugal tem um primeiro-ministro que não o vai ser e um presidente que nunca o devia ter sido e que não tem o mínimo de condições para continuar a ser.
PS: a melhor homenagem que o PSD poderia ter prestado a Cavaco foi escolher o Marco António para elogiar a sua decisão, este dirigente é o que melhor simboliza aquilo a que na sociedade portuguesa se convencionou designar por cavaquistas.