Foto Jumento
Pedido numa montra da Baixa de Lisboa
Jumento do dia
José Manuel Fernandes, político de direita
A direita, aliás, a quase extrema-direita resultante da mutação de alguma extrema-esquerda, espuma de raiva porque reparou que num regime parlamentar é a maioria parlamentar que decide e não uma minoria supostamente vencedora. Mas dizer que Costa inverteu as regras de jogo é falta de honestidade, quem inverteu as regras do jogo foi Cavaco Silva que em vez de indigitar Passos Coelho optou por uma brincadeira.
O ex-redactor da Voz do Povo tem muitos motivos para espumar de raiva, mas deve descarregar em quem optou por este jogo de soluções políticas.
«Se era difícil confiar em alguém que nem sabíamos se acreditava no seu programa eleitoral, agora é impossível confiar num político que procura mudar as regras do jogo apenas para salvar a sua pele.» [Observador]
O europeísmo segundo as regras de Boliqueime
Se as democracia europeias seguissem as normas de Boliqueime não seria apenas a Grécia a ter um governo diferente do que tem, também o primeiro-ministro David Cameron estaria na oposição por ser contra o Euro.
Este ruralismo de Boliqueime transforma a democracia numa religião em que só há lugar para os que acreditam nos seus deuses e santinhos, todos os outros devem ser banidos. Mas o mais grave está no facto de se poder ser democrata e isso não servir de nada, para Cavaco Silva se alguém for contra a NATO, não ser um admirador da UE e defender a saúda do euro deixa de ter direitos políticos e só pode votar, passa a ser cidadão de segunda sem idoneidade para poder governar, mesmo que os portugueses o elejam.
Temos um presidente que de democrata pouco tem e que nem sequer é republicano.
Outro a espumar de raiva
«O povo é estúpido pois deu a vitória, há poucas semanas considerada impossível, à coligação. Por acaso, as regiões com maior analfabetismo em Portugal praticamente desenham o mapa da maior influência da esquerda.» [Alberto Gonçalves]
Só falta dizer que nas zonas onde a direita ganhou foram os analfabetos que votaram na esquerda. Um nojo!
A crer neste senhor os portugueses dividem-se entre os letrados que são de direita e os analfabrutos que são da esquerda, sendo fácil de imaginar que ele se deverá considerar a si próprio muito habilitado, inteligente e giro. Calculo que esta brilhante conclusão fez apelo aos seus grandes conhecimentos de sociologia, algo que não está ao alcance dos cidadãos menos letrados ou mais burrinhos. Resta agora esperar que nos explique porque motivo 700.000 eleitores que tinham votado na direita nas últimas eleições desta vez optaram por votar na esquerda, ou devem ter sentido que por serem burrinhos estavam no partido errado ou porque o PAF lhes recusou o voto por falta de habilitações.
Enfim, a raiva mal contida leva à imbecilidade.
Ainda que mal pergunte
Se Passos Coelho estava encarregado por Cavaco de encontrar uma solução governativa porque motivo foi reunir com António Costa e não levou uma única proposta. Digamos que o que Passos procurava não era uma solução mas sim a sua falta. Depois de quatro anos a debitar a cassete do consenso sempre que Cavaco o mandava eis que Passos Coelho não tem qualquer proposta que sirva de base a um consenso.
Dúvida
Terei entendido mal ou num regime parlamentarista governa quem conta com a maioria do parlamento? Anda por aí uma nova tese segundo a qual a maioria é a maior das minorias.
Imaginemos que os votos se repartiam quase igualmente por todos os partidos parlamentares, isso significa que a cada um corresponderiam 16,6% dos votos. Isto significa que se um dos partidos obtivesse 17% teria ganho as eleições e o seu governo devia ser viável?
António: a subida das águas
José Manuel Fernandes, político de direita
A direita, aliás, a quase extrema-direita resultante da mutação de alguma extrema-esquerda, espuma de raiva porque reparou que num regime parlamentar é a maioria parlamentar que decide e não uma minoria supostamente vencedora. Mas dizer que Costa inverteu as regras de jogo é falta de honestidade, quem inverteu as regras do jogo foi Cavaco Silva que em vez de indigitar Passos Coelho optou por uma brincadeira.
O ex-redactor da Voz do Povo tem muitos motivos para espumar de raiva, mas deve descarregar em quem optou por este jogo de soluções políticas.
«Se era difícil confiar em alguém que nem sabíamos se acreditava no seu programa eleitoral, agora é impossível confiar num político que procura mudar as regras do jogo apenas para salvar a sua pele.» [Observador]
O europeísmo segundo as regras de Boliqueime
Se as democracia europeias seguissem as normas de Boliqueime não seria apenas a Grécia a ter um governo diferente do que tem, também o primeiro-ministro David Cameron estaria na oposição por ser contra o Euro.
Este ruralismo de Boliqueime transforma a democracia numa religião em que só há lugar para os que acreditam nos seus deuses e santinhos, todos os outros devem ser banidos. Mas o mais grave está no facto de se poder ser democrata e isso não servir de nada, para Cavaco Silva se alguém for contra a NATO, não ser um admirador da UE e defender a saúda do euro deixa de ter direitos políticos e só pode votar, passa a ser cidadão de segunda sem idoneidade para poder governar, mesmo que os portugueses o elejam.
Temos um presidente que de democrata pouco tem e que nem sequer é republicano.
Outro a espumar de raiva
«O povo é estúpido pois deu a vitória, há poucas semanas considerada impossível, à coligação. Por acaso, as regiões com maior analfabetismo em Portugal praticamente desenham o mapa da maior influência da esquerda.» [Alberto Gonçalves]
Só falta dizer que nas zonas onde a direita ganhou foram os analfabetos que votaram na esquerda. Um nojo!
A crer neste senhor os portugueses dividem-se entre os letrados que são de direita e os analfabrutos que são da esquerda, sendo fácil de imaginar que ele se deverá considerar a si próprio muito habilitado, inteligente e giro. Calculo que esta brilhante conclusão fez apelo aos seus grandes conhecimentos de sociologia, algo que não está ao alcance dos cidadãos menos letrados ou mais burrinhos. Resta agora esperar que nos explique porque motivo 700.000 eleitores que tinham votado na direita nas últimas eleições desta vez optaram por votar na esquerda, ou devem ter sentido que por serem burrinhos estavam no partido errado ou porque o PAF lhes recusou o voto por falta de habilitações.
Enfim, a raiva mal contida leva à imbecilidade.
Ainda que mal pergunte
Se Passos Coelho estava encarregado por Cavaco de encontrar uma solução governativa porque motivo foi reunir com António Costa e não levou uma única proposta. Digamos que o que Passos procurava não era uma solução mas sim a sua falta. Depois de quatro anos a debitar a cassete do consenso sempre que Cavaco o mandava eis que Passos Coelho não tem qualquer proposta que sirva de base a um consenso.
Dúvida
Terei entendido mal ou num regime parlamentarista governa quem conta com a maioria do parlamento? Anda por aí uma nova tese segundo a qual a maioria é a maior das minorias.
Imaginemos que os votos se repartiam quase igualmente por todos os partidos parlamentares, isso significa que a cada um corresponderiam 16,6% dos votos. Isto significa que se um dos partidos obtivesse 17% teria ganho as eleições e o seu governo devia ser viável?
António: a subida das águas
Sempre a dar nas vistas
Há deputados que passam anos sem aparecer mas de vez em quando, seja com bandeiras fracturantes ou com demissões simbólicas têm direito às manchetes. São so deputados tipo Gina Lolobrigida, não importa que falem mal de nós, o que importa é que falem de nós. Durante a pré campanha e durante a campanha quase ninguém o viu, mas agora tem as manchetes na comunicação social da direita.
Há deputados que passam anos sem aparecer mas de vez em quando, seja com bandeiras fracturantes ou com demissões simbólicas têm direito às manchetes. São so deputados tipo Gina Lolobrigida, não importa que falem mal de nós, o que importa é que falem de nós. Durante a pré campanha e durante a campanha quase ninguém o viu, mas agora tem as manchetes na comunicação social da direita.
E não quererá o rabinho lavadinho com água de malvas?
«O primeiro-ministro britânico David Cameron desenvolveu um plano com quatro reivindicações para o Reino Unido continuar na União Europeu (UE). O preço a pagar para que isso aconteça passa, por exemplo, pela não inclusão do euro como moeda oficial entre os Estados-membros ou pela implementação de um sistema que permita ao Reino Unido retirar poder às decisões europeias com que não concorde, avança o The Telegraph.
As fontes do gabinete do primeiro-ministro que falaram com o jornal estão confiantes de que vai ser possível manter a Grã-Bretanha na UE. Na segunda-feira começa uma nova campanha para persuadir os cidadãos a votar que o país liderado por David Camerion continue a ser um Estado-membro da UE.» [Observador]
Parecer:
Se a Europa ceder à chantagem do Reino Unido está condenada à desagregação
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Espere-se para ver.»