segunda-feira, outubro 05, 2015

Umas no cravo e outras na ferradura


  
 Jumento do dia
    
Cavaco Silva

Temos um presidente que diz que o dia seguinte às eleições é tempo eleitoral. Enfim, é o que temos por pouco mais de cem dias.

 Sampaio da Nóvoa

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Portugal tem um presidente em gestão e muito provavelmente irá ter um governo igualmente em gestão. Depois da esquerda ter ganho estas eleições é ainda mais importante que ganhe as presidenciais, que como já aqui defendi são bem mais importantes para o país do que as legislativas de ontem.

Depois da má experiência que foi ter um governo e um presidente do PSD Sampaio da Nóvoa tem todas as condições para ganhar as presidenciais à primeira volta.

 Pobre Joana

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Pobre Joana, despiu-se grávida e mesmo assim não votaram nela. Será que se vai deixar de querer disptar a fama à Cicciolina ou nas próximas eleições em vez de se despir grávida vai filmar-se a fazer o filho?

      
 Um Presidente que já não é o da República
   
«1-Se não vivêssemos numa República não teríamos um Presidente da República. Teríamos um primeiro-ministro ou um presidente do Conselho de Ministros, ministérios, juízes, polícias, câmaras municipais, mas não um Presidente da República. Poderíamos ter um Parlamento com representantes eleitos pelo povo, mas não lhe chamaríamos Assembleia da República e também não haveria um Presidente da República. Existiria uma Constituição, mas não se chamaria Constituição da República Portuguesa e, de certeza absoluta, logo no seu primeiro artigo não se declararia que Portugal era uma República. Também não existiria um outro que esclarecesse que essa República era representada pelo Presidente da República e que seria ele o garante da independência nacional, unidade do Estado e do regular funcionamento das instituições.

É verdade, a nossa forma de governo é a República e a data da sua instauração é lembrada no artigo 11.º da Constituição: 5 de outubro de 1910. O legislador constitucional não terá tido a preocupação de escrever a data porque lhe deu na gana. Está no texto porque é um dia importante, porque é uma data fundadora, porque nos lembra o que somos e em que acreditamos.

A preservação da memória é uma tarefa fundamental da comunidade e está, sobretudo, a cargo de quem nos representa. Nós somos o que for a nossa memória; os países, as sociedades, não são diferentes. Pelo contrário, mais do que as pessoas, estas precisam de momentos, de monumentos, de comemorações, de símbolos. Sem eles corremos o risco de nos desintegrarmos. São em larga medida os feitos coletivos, as alturas em que tivemos causas que nos uniram, as nossas derrotas, as nossas mudanças como povo que nos definem, que fazem de nós o que somos.

Não indo às comemorações do 5 de Outubro, Cavaco Silva esqueceu tudo isso ou, se calhar, nunca o soube. Esqueceu que o Presidente da República tem de exercer todas as tarefas constitucionalmente definidas, mas que, muito provavelmente, a sua mais importante ação como representante, como provedor do povo, é cuidar da nossa memória coletiva. Ele mais do que ninguém. Não só não deve deixar que se apague, mas deve ter uma atitude pedagógica, uma intervenção ativa que nos recorde da importância da nossa história e do que isso representa no objetivo de criar laços na comunidade, de coisas que nos unam. Não chegava ter assistido impávido e sereno ao fim de feriados importantes para a comunidade - um deles o próprio 5 de Outubro - em razão dum conceito de produtividade arrevesado, como se o nosso imaginário comum, a necessidade de celebrar a nossa história, pudesse ser trocada por o que quer que seja, Cavaco Silva resolve não ter tempo para aquilo que, pelos vistos, considera a minudência de estar presente nas celebrações do 5 de Outubro.

Estará assoberbado a refletir sobre o significado das nossas decisões de hoje.

As eleições de hoje são importantes. Todas as eleições são importantes, nem mais nem menos do que quaisquer outras desde que a nossa democracia estabilizou, já lá vão 40 anos. O momento em que o povo fala, em que decide, é sempre importante. Mas, sejam quais forem os resultados, nada de decisivo para a nossa comunidade, nada de estruturante estará em jogo. A democracia não estará ameaçada, a nossa Constituição não estará em risco, as nossas instituições continuarão a funcionar normalmente, os tribunais abrirão, nada de fundamental se alterará na vida dos portugueses. Também disto Cavaco Silva se esqueceu.

Parece que falta tempo a Cavaco. Não lhe falta tempo para tudo e mais alguma coisa, mas para pensar sequer na importância da data da implantação da República, para ler um pequeno discurso, para nos representar num dos mais importantes dias da nossa história é que é mais complicado.

Consta, também, que tem receio de que o seu discurso seja mal interpretado. Provavelmente, pensa que nós somos todos estúpidos - conheço um que se sente particularmente estúpido por o ter achado capaz de representar o povo e ser um bom Presidente da República - e que poderíamos não perceber um seu eventual discurso sobre princípios republicanos. Um em que ele falasse sobre a necessidade de os termos sempre presentes. Sobre liberdade, sobre interesse público, sobre sermos todos iguais perante a lei, sobre o nascimento não poder trazer direitos especiais. Talvez o facto de Cavaco poder pensar que nós podemos confundir valores republicanos com a política do dia-a-dia, que podemos não discernir entre decisões conjunturais e princípios fundamentais, diga mais sobre ele do que sobre nós.

Amanhã teremos uma nova composição da Assembleia da República. A questão é: e Presidente da República, temos?

2-Abaixo os privilégios herdados, vivam os direitos conquistados. Viva o 5 de Outubro. Viva a República.» [DN]
   
Autor:

Pedro Marques Lopes.

      
 O bom exemplo da Nação
   
«Paulo Portas votou hoje pelas 8h30, no Centro Comunitário da Madragoa, na Junta de Freguesia de Santos, em Lisboa. O presidente do CDS-PP, que votou cedo "para dar o exemplo", disse que os portugueses podem, nestas eleições legislativas, "fazer as suas escolhas com a liberdade recuperada e em consciência", já que a "situação muito difícil" do país, de há quatro anos, está ultrapassada.

"Há quatro anos, Portugal estava sob assistência externa e numa situação muito difícil. O que os portugueses conseguiram, pelo seu país, por Portugal, foi muito importante e hoje podem fazer as suas escolhas com a liberdade recuperada e em consciência, como entenderem", disse» [Expresso]
   
Parecer:

Realmente este Portas solteirão e amante de submarinos é um bom exemplo do caraças!
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Ele que vá dá o exemplo à senhora que o pariu!.»
  
 E apoia quem quer destruir o SNS...
   
«O ator de 88 anos foi assistido no Hospital de Portalegre, onde deu entrada às 15.49. Segundo fonte do hospital, Ruy de Carvalho fez uma TAC e foi-lhe identificado um traumatismo cranio-encefálico. "Estava consciente e lúcido, mas estava um bocadinho confuso", explicou Paula de Carvalho.

Como no Hospital de Portalegre não havia qualquer médico de neurologia ou neurocirurgia, por precaução, e tendo conta a sua idade avançada, o ator foi conduzido, cerca das 20:45, de helicóptero para o Hospital de Santa Maria, em Lisboa. "Onde iria "ficar em vigilância durante umas horas", disse Paula de Carvalho ao DN às 23.15.» [DN]
   
Parecer:

Em quantos países do mundo o artista viajaria de heli para a capital apenas por precaução? Apetece perguntar se todos os idosos deste país têm este tratamento ou se o facto de ser "artista" ajuda na triagem hospitalar..
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Deseje-se as melhoras ao senhor.»

 O país está cheio de imbecis
   
«Centenas de aviões que sobrevoam o território nacional têm vindo a ser alvo de "ataques"com ponteiros de raios laser. Neste ano, já foram apresentadas 223 queixas e só no Aeroporto de Faro o número de casos denunciados aumentou 30%. E houve mesmo situações em que os pilotos foram obrigados a cancelar as aterragens. A última ocorrência do género teve lugar no mês passado, no Aeroporto do Porto.

Normalmente estes incidentes "graves" têm lugar depois de o Sol se pôr, quando os aviões já estão a fazer-se à pista, nas chamadas zonas críticas. Basicamente são apontados feixes de raios laser à fuselagem das aeronaves, numa tentativa de tornar visível a incidência dos raios. Os de cor vermelha são considerados os "mais perigosos", de acordo com o presidente da Associação dos Pilotos Portugueses de Linha Aérea (APPLA), que acredita que os autores dos "ataques" têm como finalidade a "pura diversão". Brincadeiras que podem dar até dez anos de cadeia, se forem consideradas como ataques à segurança de transporte.» [DN]
   
Parecer:

Anda muita estupidez à solta.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Identifique-se um idiota e leve-se a tribunal.»

   
   
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