Depois de ter derrubado ou pelo menos ajudado a derrubar um governo do PS o pior que me podia acontecer, agora que estou quase de partida para o gozo dos meus últimos dias na Quinta da Coelho, seria ter de dar posse ao Costa, pior do que isso só mesmo se na posse ainda aparecesse o diabo do Sócrates. Se quando assisti ao Guterres tive um fanico, imaginem o que me aconteceria se tivesse de dar agora posse a um diabrete socrático! Por isso, nesta começo esta comunicação que sei ser enfadonha agradecendo-lhes o voto. Como sabem foram mais os que deixaram de votar no meu partido do que os que descobriram as virtudes do Paulo Portas, por isso agradeço em especial aos eleitores do BE e do PCP pois é a esses que devo este favorzinho.
Aproveito também para explicar a razão que me levou a não ir ao 5 de Outubro. Como já devem ter percebido de há uns tempos a esta parte não gosto nada de andar na rua, desde o dia em que um mafarrico alentejano me disse das boas que tenho medo das vaias populares. É sabido que em Lisboa são poucos os que me suportam e mal meto a cabeça na rua só ouço vaias, fico tão desorientado que nem acerto com as bandeiras. Se ainda não se tivessem realizados as eleições iria apelar aos consensos, mas com as eleições já realizadas e decidias não iria influenciar ninguém. Além disso se o 5 de Outubro nem feriado é o que iria eu lá fazer? O Medina que assista à formatura dos bombeiros, porque eu sou o chefe das foras armadas e não o comandante dos sapadores bombeiros.
Por fim venho anunciar que com a escolha do governo do meu partido e desse esganiçado do Portas deixou de ser necessário o consenso que eu tinha exigido quando me diziam que era o Costa a ganhar.