quinta-feira, outubro 08, 2015

Umas no cravo e outras na ferradura


  
 Jumento do dia
    
Paulo Macedo

Paulo Macedo andou a fazer de morto antes das eleições e esperou pelo resultado destas para se divertir gozando com os portugueses e, em particular, com os familiares das vítimas da sua incompetência e só agora tornou públicas as conclusões que o inquérito conduzido pelos seus subordinados.

Como era de esperar os oito mortos foram uma mera coincidência, aliás, esses cidadãos até deveriam ter sido acusados de terem tido o mau gosto de ir morrer para as salas de espera das urgência, quando o podiam ter feito de forma mais confortável em casa ou num qualquer jardim.

«Foi tudo arquivado. Os oito inquéritos abertos após a morte de doentes que, no último Inverno, aguardaram horas a fio em vários serviços de urgência hospitalares para serem observados por médicos ou para fazerem exames de diagnóstico não podem ser imputados aos profissionais de saúde envolvidos, concluiu a Inspecção-Geral de Actividades em Saúde (IGAS).

Mesmo assim, a IGAS propôs uma série de mudanças de “natureza administrativa”,  já transmitidas aos conselhos de administração dos hospitais em causa, e avisou que vai vigiar a sua “implementação”, destaca o gabinete do ministro da Saúde num apanhado sobre a conclusão das averiguações aos oito casos mediatizados no Inverno passado.

As mortes sucederam-se entre o final de Dezembro de 2014 e as três primeiras semanas de Janeiro nos serviços de urgência dos hospitais de S. José (Lisboa), Santa Maria da Feira, Setúbal, Peniche, Santarém, Aveiro e Garcia de Orta (em Almada, onde houve notícia de dois casos).

Numa altura em que muitas urgências viviam uma situação caótica devido ao pico de procura, em plena epidemia de gripe e vaga de frio, os familiares dos doentes queixaram-se das longas horas de espera, enquanto responsáveis políticos de partidos da oposição e alguns dirigentes e profissionais de saúde punham em causa a falta de recursos humanos e de camas nos hospitais públicos. » [Público]
  
 O Senhor Portas que meta os submarinos pelo cu acima
  
Foi a sugestão feita em directo na CMTV por um figueirense, cunhado de uma das vítimas do naufrágio, na manifestação de protesto e de solidariedade que ocorreu na Figueira da Foz.

 Desilusão

A minha maior desilusão na noite eleitoral foi não ter visto nem o procurador Teixeira, nem o juiz Alexandre, nem a Procuradora-Geral na sede de campanha do PAF, voluntária ou involuntariamente foram eles os grandes vencedores da noite e teriam recebido uma ovação bem maior do que a que receberam Passos Coelho e Paulo Portas. Estava mesmo à espera de ver Marco António ir ao palco pedir aos presentes uma grande salva de palmas para o pessoal da impunidade.

  Dignidade

Depois de terem visto Caaco >Silva desprezar os portugueses que os elegeram excluindo o BE e o PCP de qualquer solução governativa, como se algum tribunal os tivesse expulso da democracia só resta a estes partidos rejeitar audiências com Cavaco Silva. se na opinião do triste presidente estes partidos não contam para nada o que vão fazer a Belém falar com  ele?
 
Entre um chazinho em tão infeliz companhia e uns pastelinhos entre amigos há dúvidas quanto à escola, Cavaco que beba o chazinho com o Fernando Lima mais o pequenote.

 Negociar oferecendo o que não se tem

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A escolha do presidente do parlamento cabe à maioria dos deputados e tanto quanto se sabe os pafisosos não são maioritários, assim sendo poderão oferecer a Ferro Rodrigues um café ou mesmo um almoço no bar do parlamento, mas nunca algo que não será conseguido com o seu voto.

Aliás, na legislatura anterior os pafiosos tinham maioria absoluta no parlamento e mesmo assim não conseguiram fazer eleger Fernando Nobre. Oferecer este lugar a Ferro Rodrigues é o mesmo que oferecer a António Costa um lote no parque Eduardo VII para ali construir a sua residência pessoal.

EM troca do seu apoio a direita quer ao PS aquilo ue este partido pode ter sem ter de aturar os pafiosos, ainda não perceberam que não têm maioria no parlamento, ainda não aceitaram a nova realidade resultante da sua brilhante vitória.

 Ainda que mal pergunte

Depois de ter querido participar nos debates televisivos em nome do CDS e tendo em conta que Passos ainda não foi indigitado para primeiro-minsitro não faria sentido que Paulo porta exigisse agora que para além das reuniões pedidas por Passos a António Costa também ele tivesse a sua reunião com o líder do PS?

      
 Digo isto de bate-chapas para talhante
   
«Sobre ontem, em Belém, mentem-nos assim: "Ou traz o aval de 80 por cento dos portugueses (PSD, CDS, PS), ou nada!" Não é verdade, o Presidente exigiu coisa nenhuma a Passos. As notícias são--nos traduzidas por maus profissionais de comunicação que tentam formatar-nos especialistas à pressa. Desde a crise, tomam-nos por economistas e, em dias pós--eleitorais, mascaram-nos de constitucionalistas. Ora nós somos pedreiros, engenheiros eletrotécnicos e professoras - era bom que pensássemos a coisa política com a nossa experiência de vida. O que se passou, ontem: Cavaco e Passos combinaram pressionar Costa. Uns dias. Claro, eles preferem que o outro apanhe o comboio em andamento, mas têm pouca esperança. Por isso, só esperam que o outro cumpra o que disse no domingo - que Costa viabilize o governo, impondo aqui e ali conversas. E vai ser isso que vai acontecer. Passos e Portas vão governar, como os portugueses lhes deram direito, com algumas negociações obrigatórias. A política da vida é isso. Por isso, Passos já aceitou Marcelo, em vez do preferido Rio, é a vida. Como vencedores que foram, Passos e Portas vão ter mais facilidades. A Costa saiu-lhe a fava. O político da mais meritória obra feita, Lisboa, cercou-se de medíocres antigos e novos, e a campanha foi muito má. E em janeiro espera-o outra derrota. Ele vai ser obrigado, nos próximos meses, a fazer política, política e política. Ou redime-se (e pode) ou sai pela esquerda baixa.» [Expresso]
   
Autor:

Ferreira Fernandes.

      
 Este FMI é um chato!
   
«Não é de hoje que o Fundo Monetário Internacional (FMI) alerta para o risco de Portugal falhar a meta de défice deste ano e até violar o limite de 3% imposto pelo Tratado de Maastricht. Já ontem o tinha feito no World Economic Outlook e voltou a fazê-lo hoje no relatório Fiscal Monitor apresentado por Vitor Gaspar em Lima, no Peru, onde decorrem a reuniões de outono da instituição.

O FMI estima um défice de 3,1% para este ano e 2,7% no próximo. Em termos de esforço de consolidação orçamental efetivo, medido pelo défice estrutural (corrigido do ciclo económico e sem medidas extraordinárias), os técnicos do Fundo esperam uma melhoria este ano de 2,1% para 1,6% e um retrocesso em 2016 para 1,9%.

Estas estimativas são realizadas no pressuposto de não haver alterações de políticas. Recorde-se que o governo tem insistido que a meta de défice é para cumprir e hoje o Banco de Portugal admitiu que é possível ter um valor abaixo de 3% do PIB, que é o limiar relevante para que Portugal possa sair do procedimento por défice excessivo.» [Expresso]
   
Parecer:

Mas vem com uns dias de atraso.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se a Passos como se vai desenrascar.»
  

   
   
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