terça-feira, maio 03, 2011

Umas no cravo e outras na ferradura




FOTO JUMENTO


Festa do Avante (2005)
  
  CROMOS DAS LEGILSATIVAS 2011: FRANCISCO LOUÇÃ
  
 
Enquanto foi útil à direita Francisco Louçã teve um grande protagonismo político, as suas piadolas abriam telejornais, os jornalistas pareciam ser todos do bloco, os líderes e deputados tinham presença permanente na comunicação social. Durante esta legislatura fez todos os fretes a Pedro Passos Coelho, uniu-se a todas as suas causas. Tudo correu bem até ao dia em que Louçã se lembrou de apresentar uma moção de censura, esqueceu-se de perguntar a Passos Coelho se lhe dava jeito e a direita sentiu-se incomodada. Desde esse dia caiu em desgraça e a direita parece ter decidido apagar Louçã, agora a direita precisa dos votos dos eleitores do PS e decidiu deixar de promover Francisco Louçã.
  
Durante muito tempo tentou rebaixar o PCP e dividir o PS, conseguiu marginalizar o partido de Jerónimo de Sousa das suas unidades da esquerda, até conseguiu a participação de Carvalho da Silva. Fez tudo para que Manuel Alegre dividisse o PS e em determinados momentos parecia que o ia conseguir. Tudo corria bem, ultrapassou o PCP e ao apoiar Alegre nas presidenciais parecia que ia conseguir finalmente dividir o PS e deixar o PCP para trás.

Mas as presidenciais foram um desastre para Louçã, as alianças com a direita tiraram-lhe crédito, a moção de censura ridicularizou-o e a direita desligou-o na comunicação social. O mesmo Louçã que olhava de cima para baixo para Jerónimo de Sousa teve que ir sugerir uma aliança ao PCP que mais não foi do que um acordo de não agressão, o líder do BE percebeu que não resistia a um ataque dos comunistas.
  
Ainda estamos a mais de um mês das eleições e Francisco Loução já é o único derrotado certo, será ultrapassado pelo PCP, muitos dos eleitores estão a fugir para todos os lados e em especial para o CDS e é quase certo de que depois das legislativas deixará de haver unidade em torno do líder trotskista da extrema-esquerda.

JUMENTO DO DIA


Mota Amaral

Os resíduos do salazarismo não desaparecem, estão lá, nos genes.
 
«O cabeça de lista do PSD pelos Açores, Mota Amaral, defendeu hoje, em Ponta Delgada, que a situação “gravíssima” em que o país se encontra teria justificado uma intervenção do Presidente da República (PR) afastando José Sócrates do poder.

  
“São circunstâncias gravíssimas que imporiam que tivesse havido um governo de gestão nomeado pelo Presidente da República, com a imediata demissão e afastamento do poder de José Sócrates e do seu governo”, afirmou Mota Amaral.
  
O cabeça de lista do PSD pelos Açores, que falava numa conferência de imprensa para apresentar o balanço da sua atividade na Assembleia da República, considerou que o PSD “tem todas as condições para vencer” as eleições de 5 de junho.» [i]

 ESTÁ NA HORA DE MUDAR ... PASSOS COELHO!
  
 
(cia CC)

 A PIADA DO DIA É DE NOGUEIRA LEITE

 

 FERNANDO NOBRE E O DESEMPREGO
 
«"O desemprego é uma das maiores chagas sociais em Portugal e uma das marcas mais profundas do insucesso das políticas erradas dos últimos anos, o fracasso de um Governo que antes das últimas eleições prometeu criar 150 mil empregos e que em vez disso o que tem para apresentar aos portugueses é a destruição de mais de 211 mil postos de trabalho", disse, num almoço promovido pelos Trabalhadores Social-Democratas por ocasião do Dia do Trabalhador.» [Fernando Nobe num comício do PSD]
 
«A crise económica e financeira que se verificou nos últimos anos na generalidade dos países afectou também fortemente a realidade portuguesa, arrastando-nos para uma conjuntura macro-económica muito difícil.


O Produto Interno Bruto teve em 2009 um decréscimo de 2,7%.


Esta contracção económica levou a um aumento considerável da taxa de desemprego com as inevitáveis consequências de âmbito social.» [Relatório de Actividades da AMI]

 

 SE É PARA OFENDER QUE SEJA ASSIM

«Há dias, Donald Trump discursou no Casino da Ilha do Tesouro, em Las Vegas. Ele é um famoso milionário, capaz de falências estrondosas e sucessos ainda maiores, e estava ali para começar nova carreira. A assistência era de membros do Partido Republicano e o encontro chamava-se "De Ronald a Donald". De Reagan a Trump, pois, uma palavra de ordem para resolver a ausência de candidato republicano capaz de bater o democrata Obama nas eleições de 2012. Trump, pré-candidato republicano, levou para Las Vegas uma carta na manga: será que Barack Obama nasceu mesmo em território americano (como a Constituição obriga a um Presidente)? Obama nasceu na americana Honolulu (Havai) como dizem os seus documentos oficiais mas desenvolveu-se uma teoria da conspiração sobre o assunto. Até agora coisa estava circunscrita a lunáticos mas o famoso milionário disse que mandou detectives ao Havai para tirar a coisa a limpo... Esta semana, a Casa Branca respondeu-lhe: publicou a certidão de nascimento oficial (sim, foi Honolulu). Na sexta-feira, no jantar anual dos jornalistas acreditados na Casa Branca, encontraram-se Obama e Trump. É costume o Presidente, nesse jantar, discursar com humor. Obama disse querer mostrar o "vídeo oficial do seu nascimento": e viu-se uma cena de "O Rei Leão", com o leãozinho a nascer em África. Estocada final: "Atenção, estou a brincar", insistiu Obama. Não fosse o lunático que estava na sala acreditar.» [DN]

Autor:

Ferreira Fernandes.

 "QUEIXINHAS"

«Existem fortes probabilidades de ser necessário um entendimento governativo que envolva mais de um partido, sendo a combinação PS-PSD uma das possíveis.
  
Tendo em conta a animosidade que actualmente separa Passos Coelho e Sócrates, pode ser preocupante o futuro pós-eleitoral.
  
Correndo o risco de ter uma posição contra a corrente, devo dizer que: (a) tal não me parece preocupante; (b) creio que tudo mudará a 6 de Junho, incluindo a química relacional. O que preocupa mais seriamente é o saber se vamos ter Governo e Oposição concordantes com o programa de ajuda externa que está a ser negociado. Passo a explicar-me.
  
No contexto pré-eleitoral em que já entrámos, não se pode esperar contenção e consenso.
  
Cada contendor tenderá a alargar e a fazer subir mais alto a girândola do respectivo foguetório. As diferenças serão extremadas e alargadas até ao limite. Mesmo que para tal seja necessário tocar na questão da ajuda externa, sua inicial evitabilidade e sua posterior fatalidade. Também me parece razoável admitir que a 6 de Junho a poeira assentará muito mais depressa do que se pensa.
  
As posições estarão claras e os remoques cessarão, pelo simples facto de já não terem efeito eleitoral. Claro que se esperam diferenças face às anteriores legislativas.
  
O que então se passou foi a recusa da evidência da vitória minoritária do PS e a expectativa de o calendário da eleição presidencial oferecer um volte-face às Oposições. O que realmente se propiciou, com elevados custos, sobretudo futuros, por força e obra dos factores e protagonistas que todos conhecemos.
  
A diferença para agora tem duas faces.
  
A primeira consiste em o processo se não poder repetir, tendo mudado os factores e estando os protagonismos vacinados pelo erro cometido. A segunda face consiste, por muito que nos custe, na nossa perda de auto-governo e nos efeitos adicionais evitáveis que iremos suportar.
  
O que nos faz reverter aos dias que medeiam até à assinatura do acordo para ajuda externa.
  
Eles deveriam ser defendidos de tudo o que enfraqueça o nosso poder negocial.
  
Não parece difícil entendermo-nos para defesa do melhor para o País, no silêncio ruidoso das salas de negociação.
 
Todavia, as armas de arremesso usadas sob a forma de cartas e listas infindáveis de pedidos de informação, a maioria disponível e publicada e boa parte da restante impossível de estimar, traduz-se numa tentativa pueril de usar as contrapartes estrangeiras como árbitros de uma contenda que não lhes diz respeito.

Só nos prejudica, tal como o menino queixinhas que parava a aula, acabando por perder o respeito da professora e dos colegas.» [DE]

Autor:

Correia de Campos.

 MAIS UMA ANEDOTA DE PASSOS COELHO
  
«O refrão diz "Este, Oeste, Sul e Norte/Um país unido e forte/Um coro de vozes a cantar/Está na hora de mudar. Passos Coelho".
  
A brevíssima pausa do coro, antes de gritado o nome do presidente, cria a sugestão de que a letra do hino defende a sua mudança à frente do PSD quando, ao ouvir-se a música, se percebe tratar-se de uma situação em que o líder de um clube de futebol propõe a mudança e depois cita o nome da sua colectividade. [DN]

  
A referida percepção foi noticiada na tarde deste domingo pela página eletrónica do jornal Público. "O 'Jingle Legislativas 2011' (...) tem uma gafe. No refrão principal, diz que 'está na hora de mudar... o Passos Coelho'".»

Parecer:

O tal que canta bem mas não nos alegra.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se a merecida gargalhada.»

 MARCELO CRITICA CATROGA
  
«No seu habitual comentário na TVI, o ex-líder do PSD defendeu que “um potencial futuro ministro das Finanças” não pode “dizer aquilo que nem o PCP, nem o Bloco de Esquerda dizem”. “São precipitações desnecessárias”, acrescentou Marcelo Rebelo de Sousa, lembrando que aqueles que Catroga critica são os mesmos com “quem tirou uma fotografia” no acordo para a viabilização do Orçamento do Estado para 2011.

  
Marcelo criticou também o líder dos social-democratas, que rejeitou “uma espécie de União Nacional” no dia em que Cavaco Silva apelou a um entendimento entre os partidos. “Não foi feliz”, disse o comentador político, defendendo também que quem ganha com as divergências entre o PS e o PSD, que alimentaram a semana, é Paulo Portas que aparece como “defensor do interesse nacional”.» [i]

Parecer:

Deve ser difícil para Marcelo ver estragarem em tão pouco tempo o que ele ajudou a construir durante anos.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Manifeste-se pena pelo professor Marcelo.»


 THE ROYAL WEDDING [boston.com]




 



  

 




 STEFAN BEUTLER 






 SANTA CASA