FOTO JUMENTO
Flores do Palácio dos Marqueses de Fronteira, Lisboa
IMAGENS DOS VISITANTES D'O JUMENTO
Sapatilhas em Vila Nova de Cerveira [A. Cabral]
JUMENTO DO DIA
António Saraiva, presidente da CIP
Quem ouve António Saraiva falar sobre a competitividade das empresas portuguesas conclui que esta apenas depende dos custos salariais ou que as empresas portuguesas já fizeram tudo para se tornarem competitivas. Um exemplo: A Auto Europa que paga salários muito inferiores aos pagos na Alemanha precisa das medidas propostas pela CIP para recuperar a sua competitividade em relação às empresas alemãs? Recorde-se que muitos inputs na Auto Europa são produzidos por outras empresas portuguesas e por isso esta empresa pode servir para avaliar em que medida a perda de competitividade das empresas portuguesas depende dos ou apenas dos custos salariais, ou se também resulta da má qualidade na sua gestão e na preguiça de empresários que só sabem aumentar lucros à custa dos seus trabalhadores.
«Os patrões da indústria querem aumentar o número de horas de trabalho. O objectivo, defende a CIP - Confederação Empresarial de Portugal, é reduzir o "custo unitário do trabalho" para ganhar mais competitividade, um argumento que também já levou a organização patronal a propor o corte nas indemnizações por despedimento. "É preciso reduzir o custo unitário do trabalho, e isso pode ser feito com a redução da taxa social única e o aumento das horas de trabalho, ou um mix de ambos", defendeu ontem António Saraiva. "Porque não voltar às 42 horas semanais?", questionou o presidente da CIP na apresentação das propostas para o programa do novo Governo. Isso representaria um aumento de cerca de 20 minutos diários.» [DN]
AS NOVAS OPORTUNIDADES E OS DINHEIROS DO FSE
Se o debate é sobre a situação da economia portuguesa faz mais sentido discutir o que o país conseguiu com os muitos milhões de ajudas do FSE que Portugal recebeu quando aderiu à CEE do que as Novas Oportunidades, sem que, todavia, se dispense a avaliação destas. A verdade é que Portugal recebeu dinheiro suficiente para ultrapassar as suas insuficiências na qualificação profissional dos trabalhadores.
Terá esse dinheiro sido gasto em formação? A formação que foi financiada realizou-se? Foram implementados mecanismos de auditoria e/ou controlo da qualidade da formação? Foi avaliado o impacto deste investimento na qualificação dos trabalhadores portugueses?
De uma coisa tenho a certeza, se tivesse sido Sócrates a gastar esse dinheiro em vez de Cavaco Silva teria sido melhor utilizado e Portugal não estaria a enfrentar alguns dos problemas que resultam na perda da competitividade das empresas portuguesas.
Como o povo costuma dizer "atrás de mim virá quem bem de mim falará".
A FÁBULA DE LA MERKEL
«As declarações de terça da chanceler alemã sobre "os países do Sul" suscitam várias reflexões e reacções. Diz ela que nós - as bronzeadas cigarras - temos mais férias e nos reformamos mais cedo que as branquelas formiguinhas do Norte, as quais se esfalfam a trabalhar para nos salvarem da miséria. Sucede que, diz um quadro publicado quarta no Jornal de Negócios, a chanceler não sabe do que fala: afinal, não só a generalidade dos trabalhadores germânicos terá, mercê de acordos colectivos, 30 dias de férias - mais cinco que o máximo possível por exemplo em Portugal (a média na UE é 24,5) -, como o mínimo em vigor por cá (22) está muito próximo da média da UE (21,5, sendo que na Suécia, Luxemburgo, França, Áustria e Dinamarca é 25). Quanto à idade da reforma, a portuguesa (indexada à esperança de vida, o que significa que vai aumentando) e a alemã são actualmente iguais (65 anos). Curiosamente, um debate na TV espanhola apresentava anteontem dados diferentes - a idade da reforma para os alemães surgia nos 67 anos, como para os espanhóis (o que só ocorrerá bem depois de 2020), enquanto a nossa surgia como sendo 65 - e frisava-se: "Não se pode pôr a Espanha no mesmo saco de Portugal e da Grécia."
Sim, é mesmo isso: as imputações falsas de Merkel fazem pandã com as preconceituosas "avaliações dos mercados" que lançaram, com espasmódicas baixas de rating, os países periféricos numa espiral de dívida. Puxando de galões de honestidade trabalhadora versus o que caracteriza como a preguiça dos países do Sul, a chanceler roça a xenofobia; sabendo-se desprovida de qualquer legitimidade democrática para dar ordens aos outros europeus, evidencia um pendor dirigista que é um muito mau presságio para uma União já em fanicos.
Perante isto, esperar-se-ia uma enérgica reacção dos governos e demais representantes políticos dos países assim atacados e difamados (e de preferência conjunta); mas só PCP e BE mostraram indignação. É pena. E é pena não por qualquer serôdio nacionalismo, mas porque está em causa a verdade e, já agora, a defesa da dignidade de trabalhadores que se vêem assim insultados. E que, perante reformas em catadupa impostas pelos respectivos governos e pelas intervenções externas, só podem questionar-se sobre que sentido faz subir a idade da reforma quando se insiste na necessidade de "vagar postos de trabalho para os jovens", se baixa o preço dos despedimentos - o que só é relevante para os casos dos trabalhadores mais antigos - e se diminui o tempo e o valor do subsídio de desemprego. Num país no qual toda a gente parece tão preocupada com as histórias de filhos adultos que vivem com os pais por alegadamente não auferirem o suficiente para terem uma casa sua, talvez seja altura de pensar no que sucede quando os pais perdem o emprego a 20 anos da idade legal da reforma. Formigas condenadas a ser cigarras - em pleno Inverno.» [DN]
Sim, é mesmo isso: as imputações falsas de Merkel fazem pandã com as preconceituosas "avaliações dos mercados" que lançaram, com espasmódicas baixas de rating, os países periféricos numa espiral de dívida. Puxando de galões de honestidade trabalhadora versus o que caracteriza como a preguiça dos países do Sul, a chanceler roça a xenofobia; sabendo-se desprovida de qualquer legitimidade democrática para dar ordens aos outros europeus, evidencia um pendor dirigista que é um muito mau presságio para uma União já em fanicos.
Perante isto, esperar-se-ia uma enérgica reacção dos governos e demais representantes políticos dos países assim atacados e difamados (e de preferência conjunta); mas só PCP e BE mostraram indignação. É pena. E é pena não por qualquer serôdio nacionalismo, mas porque está em causa a verdade e, já agora, a defesa da dignidade de trabalhadores que se vêem assim insultados. E que, perante reformas em catadupa impostas pelos respectivos governos e pelas intervenções externas, só podem questionar-se sobre que sentido faz subir a idade da reforma quando se insiste na necessidade de "vagar postos de trabalho para os jovens", se baixa o preço dos despedimentos - o que só é relevante para os casos dos trabalhadores mais antigos - e se diminui o tempo e o valor do subsídio de desemprego. Num país no qual toda a gente parece tão preocupada com as histórias de filhos adultos que vivem com os pais por alegadamente não auferirem o suficiente para terem uma casa sua, talvez seja altura de pensar no que sucede quando os pais perdem o emprego a 20 anos da idade legal da reforma. Formigas condenadas a ser cigarras - em pleno Inverno.» [DN]
Autor:
Por Fernanda Câncio.
NOVA INOPORTUNIDADE
«Que Pedro Passos Coelho não está preparado para ser primeiro-ministro é uma evidência.
Aliás, não está sequer preparado para fazer uma campanha eleitoral digna desse nome. Os dislates são diários. A necessidade de explicar, emendar e desdizer uma constante.
O mais recente episódio (atenção, escrevo à quarta-feira e ele é prolífico) prende-se com o programa das Novas Oportunidades. Passos Coelho decidiu insultar as centenas de milhares de portugueses que nos últimos anos se esforçaram por melhorar a sua formação. Não se coibiu, com a arrogância habitual, de passar, a todos, um atestado de ignorância. Mas, bem vistas as coisas, neste assunto o maior ignorante é mesmo ele.
Criado inicialmente pelo governo de Durão Barroso com o objetivo de certificar competências, foi bastante ampliado nos governos de José Sócrates no contexto da sua política de forte aposta na educação. Com dois grandes propósitos, "upgrade" escolar e profissionalização, o programa revelou-se um sucesso num país com um evidente défice de escolaridade e qualificação profissional. O que lhe valeu reconhecimento e aplauso europeu e internacional, nomeadamente da Unesco.
O reacionarismo local nunca gostou da ideia. Uns por elitismo, outros por atraso cultural. Os primeiros, na sua maioria senhores doutores, não gostam de ver a ralé aceder ao conhecimento. Os segundos, ainda não perceberam do que é feito o mundo de hoje e vivem noutro tempo, lá muito para trás. Vale a pena explicar.
A aceleração do conhecimento nas últimas décadas, muito impulsionada pelas novas tecnologias, veio alterar significativamente o contexto e o papel do ensino convencional. A escola, no sentido lato do termo, deixou de ser o único centro do saber, aquele sítio que guardava e transmitia o conhecimento disponível. Pelo contrário, a escola passou a ter dificuldade em acompanhar a rápida evolução dos saberes. Hoje, quem termina um curso depara-se frequentemente com o facto de ver aquilo que estudou tornado obsoleto por via dos constantes progressos da ciência. Estudar ao longo da vida tornou-se indispensável. Estudar de formas não convencionais também. O que significa estudar fora da escola através dos novos mecanismos de partilha e cooperação que a Internet, entre outras coisas, proporciona, ou por meio da própria experiência profissional adquirida no trabalho e na vocação. Tanto mais que as competências não se resumem mais ao ainda restrito e restritivo padrão académico. Novas áreas do saber não param de emergir. Novas aptidões também.
Isto é importante porque se no passado, a capacidade de inovação residia quase exclusivamente na dinâmica dos meios universitários, hoje está em todo o lado. Basta pensar como alguns dos grandes feitos tecnológicos e empresariais dos últimos tempos nasceram em garagens (caso da HP) pela mão de jovens que muitas vezes nem terminaram os seus cursos. O exemplo de Bill Gates é certamente o mais famoso.
Assim, novos modelos, como o das Novas Oportunidades, são determinantes para os processos continuados de aquisição de conhecimentos e competências. Representam uma oportunidade efetiva para muitos milhares de pessoas que de outro modo estagnariam. Sobrevalorizar alguns casos particulares de aproveitamento fraudulento, como sempre fazem os demagogos, é não perceber o que está em causa.
Passos Coelho claramente não percebe. Ainda jovem tem uma visão arcaica da educação. Considera que a requalificação das escolas é um luxo e que a profissionalização dos adultos um embuste. São "slogans" que lhe ficam mal e que só mostram impreparação. Como alguém disse, quem acha que a educação é cara, então faça as contas a quanto custa a ignorância.
Na ânsia de desfazer tudo o que Sócrates fez, Passos Coelho vai assim alinhando com as posições mais retrógradas. Hoje o PSD, que em tempos foi social-democrata, define-se como um partido contra a educação, a ciência e a cultura.
Por isso, com tantas e tão frequentes inoportunidades, talvez não fosse má ideia Passos Coelho ir até ao Brasil fazer companhia a Eduardo Catroga e esperar, na praia, pelo resultado das eleições. O país agradecia. » [Jornal de Negócios]
Aliás, não está sequer preparado para fazer uma campanha eleitoral digna desse nome. Os dislates são diários. A necessidade de explicar, emendar e desdizer uma constante.
O mais recente episódio (atenção, escrevo à quarta-feira e ele é prolífico) prende-se com o programa das Novas Oportunidades. Passos Coelho decidiu insultar as centenas de milhares de portugueses que nos últimos anos se esforçaram por melhorar a sua formação. Não se coibiu, com a arrogância habitual, de passar, a todos, um atestado de ignorância. Mas, bem vistas as coisas, neste assunto o maior ignorante é mesmo ele.
Criado inicialmente pelo governo de Durão Barroso com o objetivo de certificar competências, foi bastante ampliado nos governos de José Sócrates no contexto da sua política de forte aposta na educação. Com dois grandes propósitos, "upgrade" escolar e profissionalização, o programa revelou-se um sucesso num país com um evidente défice de escolaridade e qualificação profissional. O que lhe valeu reconhecimento e aplauso europeu e internacional, nomeadamente da Unesco.
O reacionarismo local nunca gostou da ideia. Uns por elitismo, outros por atraso cultural. Os primeiros, na sua maioria senhores doutores, não gostam de ver a ralé aceder ao conhecimento. Os segundos, ainda não perceberam do que é feito o mundo de hoje e vivem noutro tempo, lá muito para trás. Vale a pena explicar.
A aceleração do conhecimento nas últimas décadas, muito impulsionada pelas novas tecnologias, veio alterar significativamente o contexto e o papel do ensino convencional. A escola, no sentido lato do termo, deixou de ser o único centro do saber, aquele sítio que guardava e transmitia o conhecimento disponível. Pelo contrário, a escola passou a ter dificuldade em acompanhar a rápida evolução dos saberes. Hoje, quem termina um curso depara-se frequentemente com o facto de ver aquilo que estudou tornado obsoleto por via dos constantes progressos da ciência. Estudar ao longo da vida tornou-se indispensável. Estudar de formas não convencionais também. O que significa estudar fora da escola através dos novos mecanismos de partilha e cooperação que a Internet, entre outras coisas, proporciona, ou por meio da própria experiência profissional adquirida no trabalho e na vocação. Tanto mais que as competências não se resumem mais ao ainda restrito e restritivo padrão académico. Novas áreas do saber não param de emergir. Novas aptidões também.
Isto é importante porque se no passado, a capacidade de inovação residia quase exclusivamente na dinâmica dos meios universitários, hoje está em todo o lado. Basta pensar como alguns dos grandes feitos tecnológicos e empresariais dos últimos tempos nasceram em garagens (caso da HP) pela mão de jovens que muitas vezes nem terminaram os seus cursos. O exemplo de Bill Gates é certamente o mais famoso.
Assim, novos modelos, como o das Novas Oportunidades, são determinantes para os processos continuados de aquisição de conhecimentos e competências. Representam uma oportunidade efetiva para muitos milhares de pessoas que de outro modo estagnariam. Sobrevalorizar alguns casos particulares de aproveitamento fraudulento, como sempre fazem os demagogos, é não perceber o que está em causa.
Passos Coelho claramente não percebe. Ainda jovem tem uma visão arcaica da educação. Considera que a requalificação das escolas é um luxo e que a profissionalização dos adultos um embuste. São "slogans" que lhe ficam mal e que só mostram impreparação. Como alguém disse, quem acha que a educação é cara, então faça as contas a quanto custa a ignorância.
Na ânsia de desfazer tudo o que Sócrates fez, Passos Coelho vai assim alinhando com as posições mais retrógradas. Hoje o PSD, que em tempos foi social-democrata, define-se como um partido contra a educação, a ciência e a cultura.
Por isso, com tantas e tão frequentes inoportunidades, talvez não fosse má ideia Passos Coelho ir até ao Brasil fazer companhia a Eduardo Catroga e esperar, na praia, pelo resultado das eleições. O país agradecia. » [Jornal de Negócios]
Autor:
Leonel Moura.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «»
PORTUGUESES COM MÃO LEVEZINHA
«Dois adeptos portugueses foram detidos pela polícia metropolitana de Londres, na terça-feira, um dia antes do jogo entre FC Porto e Sp. Braga, no Aeroporto de Heathrow, por terem roubado um telemóvel de um passageiro a bordo e dinheiro aos tripulantes do avião, da companhia espanhola Vueling.
Fontes da assessoria de imprensa da polícia metropolitana de Londres e da assessoria da companhia espanhola confirmaram ao CM os incidentes e as detenções. O voo VU 7212, de Vigo, Espanha, aterrou em Londres, o destino final, às 17h30. A polícia britânica entrou no avião mal este aterrou, no terminal três, e deteve os adeptos, um com cerca de 20 anos e outro com 30. Foram libertados pouco depois, após os objectos roubados terem sido recuperados. Não foi possível apurar se os dois eram adeptos do Braga ou do Porto.» [CM]
Fontes da assessoria de imprensa da polícia metropolitana de Londres e da assessoria da companhia espanhola confirmaram ao CM os incidentes e as detenções. O voo VU 7212, de Vigo, Espanha, aterrou em Londres, o destino final, às 17h30. A polícia britânica entrou no avião mal este aterrou, no terminal três, e deteve os adeptos, um com cerca de 20 anos e outro com 30. Foram libertados pouco depois, após os objectos roubados terem sido recuperados. Não foi possível apurar se os dois eram adeptos do Braga ou do Porto.» [CM]
Parecer:
Ainda bem que não eram lampiões.... já teríamos ouvido uma piada de Pinto da Costa. E ainda bem que não se sabe de clube eram adeptos, assim ninguém se pode aproveitar da notícia.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Faça-se um sorriso.»
NÚMEROS DE QUE A OPOSIÇÃO NÃO FALA
«O défice do subsector Estado nos quatro primeiros meses do ano foi de 2.539 milhões de euros, uma redução de 45,3 por cento quando comparado com igual período do ano passado, segundo a execução orçamental.
De acordo com os dados da execução orçamental, divulgados esta sexta-feira pela Direcção Geral do Orçamento, as contas públicas beneficiaram ainda de uma melhoria de 181 milhões de euros no saldo dos Serviços e Fundos Autónomos, incluindo o Serviço Nacional de Saúde, apresentando um saldo positivo de 991 millhões de euros. » [CM]
De acordo com os dados da execução orçamental, divulgados esta sexta-feira pela Direcção Geral do Orçamento, as contas públicas beneficiaram ainda de uma melhoria de 181 milhões de euros no saldo dos Serviços e Fundos Autónomos, incluindo o Serviço Nacional de Saúde, apresentando um saldo positivo de 991 millhões de euros. » [CM]
Parecer:
Não interessa.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se conhecimento ao Passos Coelho e Paulo Portas.»
UMA MAGISTRADA POUCO EXEMPLAR
«Uma nota da Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa (PGDL) indica que "os autos já foram remetidos pelo Tribunal de Cascais ao Tribunal da Relação de Lisboa, onde serão autuados, distribuídos e tramitados como inquérito crime, a cargo de um procurador-geral adjunto".
A mesma nota indica que os factos são suscetíveis de integrar ilícito criminal, punido com pena de prisão até um ano, segundo o artigo 292 do Código Penal sobre "condução de veículo em estado de embriaguez".» [DN]
A mesma nota indica que os factos são suscetíveis de integrar ilícito criminal, punido com pena de prisão até um ano, segundo o artigo 292 do Código Penal sobre "condução de veículo em estado de embriaguez".» [DN]
Parecer:
Será que também bebe desta forma em serviço, situação em que nem sequer está a violar a lei?
PS: porque será que em processos envolvendo magistrados nunca se sabe o nome deles, ao contrário do que sucede com todos os outros cidadãos e em especial os políticos?
PS: porque será que em processos envolvendo magistrados nunca se sabe o nome deles, ao contrário do que sucede com todos os outros cidadãos e em especial os políticos?
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se a opinião ao senhor Palma, será que a procuradora se meteu nos copos por causa da incompetência de José Sócrates.»
O post "Motivo(s) de reflexão":
«A CMVM publicou o Relatório Anual sobre o Governo das Sociedades Cotadas em Portugal - 2009, no qual sustenta que há várias situações que deveriam ser motivo de reflexão para os accionistas destas empresas.
Por exemplo, esta situação:
“Entre os 426 administradores, pouco menos de um em cada quatro desempenhava funções de administração em apenas uma empresa. Constatou-se, porém, que cerca de 20 administradores acumulavam funções em 30 ou mais empresas distintas, ocupando, em conjunto, mais de 1000 lugares de administração, entre eles os das sociedades cotadas. A acumulação de funções patente nestes números poderá ser um motivo de reflexão para os accionistas destas empresas.”
Ou esta outra situação (condensada na notícia do Diário Económico):
“(…) mais de 75% dos 426 administradores desempenhavam funções de administração em mais de uma empresa. Por cada um destes lugares recebiam, em média, 297 mil euros por ano, ou, no caso de serem administradores executivos, 513 mil euros. O valor máximo registado para a remuneração média paga a este tipo de administradores foi de 2,5 mil milhões de euros e o valor médio mínimo foi de 49 mil euros.”
Julgo que estes dois nacos de prosa (e outros há no relatório que não são menos interessantes) poderão ser um bom motivo de reflexão, não apenas para os accionistas das empresas cotadas, mas para todos nós:
1. São as personagens a que se refere a CMVM que costumamos encontrar nos órgãos dirigentes ou em iniciativas promovidas pelo PSD (ou, pelo menos, nas comissões de honra).
2. É esta gente que diariamente fala na redução dos custos do trabalho.
3. É o que esta gente defende que aparece vertido no programa radical do PSD.»
Por exemplo, esta situação:
“Entre os 426 administradores, pouco menos de um em cada quatro desempenhava funções de administração em apenas uma empresa. Constatou-se, porém, que cerca de 20 administradores acumulavam funções em 30 ou mais empresas distintas, ocupando, em conjunto, mais de 1000 lugares de administração, entre eles os das sociedades cotadas. A acumulação de funções patente nestes números poderá ser um motivo de reflexão para os accionistas destas empresas.”
Ou esta outra situação (condensada na notícia do Diário Económico):
“(…) mais de 75% dos 426 administradores desempenhavam funções de administração em mais de uma empresa. Por cada um destes lugares recebiam, em média, 297 mil euros por ano, ou, no caso de serem administradores executivos, 513 mil euros. O valor máximo registado para a remuneração média paga a este tipo de administradores foi de 2,5 mil milhões de euros e o valor médio mínimo foi de 49 mil euros.”
Julgo que estes dois nacos de prosa (e outros há no relatório que não são menos interessantes) poderão ser um bom motivo de reflexão, não apenas para os accionistas das empresas cotadas, mas para todos nós:
1. São as personagens a que se refere a CMVM que costumamos encontrar nos órgãos dirigentes ou em iniciativas promovidas pelo PSD (ou, pelo menos, nas comissões de honra).
2. É esta gente que diariamente fala na redução dos custos do trabalho.
3. É o que esta gente defende que aparece vertido no programa radical do PSD.»