FOTO JUMENTO
Flor da Quinta das Conchas, Lisboa
IMAGENS DOS VISITANTES D'O JUMENTO
Agapantos [A. Cabral]
JUMENTO DO DIA
Marcelo Rebelo de Sousa
Marcelo é professor, conferencista pago, benemérito, comentador, político e agora até é bruxo, é a bruxa Alfragide.
PORTUGAL MELHOR
«Portugal é capaz em muitas áreas de negócio, investigação e inovação. Somos (também) um país que faz, inova, vence. Este vídeo foi feito por um grupo de cidadãos multipartidário e pretende dar força, esperança, confiança a Portugal e aos portugueses. Para tal, é preciso votar: interessar-se pelos destinos do país. E depois trabalhar, dar o nosso melhor. Se esta mensagem o interessou, ajude já com um pequeno gesto: partilhe este vídeo. A esperança é contagiosa.»
MESMO MESMO INVULGAR
«Passos Coelho surpreendeu toda a gente - quiçá ele próprio? - ao apelar ontem, numa entrevista à rádio católica, a "grupos de cidadãos" para tomarem "tão rápido quanto possível" iniciativas no sentido de exigir um referendo sobre a interrupção da gravidez, concluindo: "Não veria impossível que se voltasse a realizar um referendo sobre essa matéria." Afiançam-nos desde então que "só disse" que "é preciso melhorar e avaliar a lei". Mas o que esteve em causa nos dois referendos sobre a matéria, em 2007 e 1998, foi alterar o Código Penal, que criminalizava o aborto por decisão da mulher, e possibilitá-lo em estabelecimentos legais de saúde. E como as únicas iniciativas de referendo surgidas desde a alteração da lei visam a repetição da mesma pergunta, "os cidadãos" que Passos incitou a voltar à carga só podem ser os que querem que o aborto seja crime.
Sabendo-se que o próprio se apresenta desde o início da sua caminhada para a liderança do partido, em 2008, como "um liberal nos costumes", e se assume a favor da actual lei, que pode tê-lo levado a introduzir o assunto na campanha? "Respeito pela democracia", diz. Fica sempre bem. Mas passados quatro anos sobre o referendo - no qual votaram "Sim" mais portugueses que os que elegeram o actual PR - a matéria está longe de suscitar celeuma. Há, é certo, um grupo de cidadãos que exige um novo referendo sobre o aborto. Também querem um sobre o casamento das pessoas do mesmo sexo, outro sobre procriação assistida e, se não erro, sobre o fim do divórcio litigioso e a utilização de células estaminais. É pois de concluir que a intenção deste candidato a primeiro-ministro é, numa altura em que o País se encontra naquilo que ele define como a pior situação económica e social dos últimos séculos, "abrir a porta" a referendos sobre tudo e um par de botas, independentemente do que ele, que até já se pronunciou a favor da adopção por casais do mesmo sexo, ache sobre as matérias em causa?
Há gente para tudo, OK. Mas a ser assim, que é das propostas de referendo no programa eleitoral do PSD? Ah, não estão. Hum. Há quem avente que, face à subida nas sondagens do CDS-PP, Passos quis assegurar ao eleitorado da direita ultra que está disposto a deitar ao lixo aquilo que apresentou publicamente como convicções pessoais - a fazer companhia ao "liberalismo económico", à revisão constitucional do conceito de justa causa no despedimento e a muitas outras matérias. Mas se é duvidoso que o pronunciamento de ontem lhe traga um único voto, tendo antes a virtualidade de mobilizar a esquerda, prova em definitivo que estamos perante um homem invulgar. Não é todos os dias que depararmos com alguém que renega assim, com tal facilidade, tudo aquilo em que diz acreditar. E se já ninguém pode saber em que crê, é já caso para perguntar se o próprio tem alguma ideia - a não ser, é claro, a de ser primeiro-ministro a qualquer preço. » [LDN]
Sabendo-se que o próprio se apresenta desde o início da sua caminhada para a liderança do partido, em 2008, como "um liberal nos costumes", e se assume a favor da actual lei, que pode tê-lo levado a introduzir o assunto na campanha? "Respeito pela democracia", diz. Fica sempre bem. Mas passados quatro anos sobre o referendo - no qual votaram "Sim" mais portugueses que os que elegeram o actual PR - a matéria está longe de suscitar celeuma. Há, é certo, um grupo de cidadãos que exige um novo referendo sobre o aborto. Também querem um sobre o casamento das pessoas do mesmo sexo, outro sobre procriação assistida e, se não erro, sobre o fim do divórcio litigioso e a utilização de células estaminais. É pois de concluir que a intenção deste candidato a primeiro-ministro é, numa altura em que o País se encontra naquilo que ele define como a pior situação económica e social dos últimos séculos, "abrir a porta" a referendos sobre tudo e um par de botas, independentemente do que ele, que até já se pronunciou a favor da adopção por casais do mesmo sexo, ache sobre as matérias em causa?
Há gente para tudo, OK. Mas a ser assim, que é das propostas de referendo no programa eleitoral do PSD? Ah, não estão. Hum. Há quem avente que, face à subida nas sondagens do CDS-PP, Passos quis assegurar ao eleitorado da direita ultra que está disposto a deitar ao lixo aquilo que apresentou publicamente como convicções pessoais - a fazer companhia ao "liberalismo económico", à revisão constitucional do conceito de justa causa no despedimento e a muitas outras matérias. Mas se é duvidoso que o pronunciamento de ontem lhe traga um único voto, tendo antes a virtualidade de mobilizar a esquerda, prova em definitivo que estamos perante um homem invulgar. Não é todos os dias que depararmos com alguém que renega assim, com tal facilidade, tudo aquilo em que diz acreditar. E se já ninguém pode saber em que crê, é já caso para perguntar se o próprio tem alguma ideia - a não ser, é claro, a de ser primeiro-ministro a qualquer preço. » [LDN]
Autor:
Fernanda Câncio.
DIREITO AO ASSUNTO
«Vou votar no PS. O que não será grande novidade para quem lê regularmente esta coluna de opinião.
Em certos países quem escreve e opina ou até os próprios meios de comunicação fazem este tipo de declaração. É mais honesto e transparente. Por cá prefere-se o falso independente.
A minha escolha é convicta e assenta em razões bem ponderadas. Não sou militante de nenhum partido, não tenho cargos nem benesses a defender, nunca recebi um subsídio do governo. No essencial sou anarquista. Não gosto do Estado, nem da autoridade. Gosto da liberdade. Gosto da iniciativa dos indivíduos, da sua criatividade e ambição.
Entendo a necessidade de um Estado Social que proteja os mais fracos, mas esse não é para mim um assunto determinante. Parece-me aliás excessivo o tempo e espaço que esta temática tem ocupado a campanha. E afigura-se também pouco racional do ponto de vista eleitoral. Faz algum sentido ver três partidos, PC, Bloco e CDS, disputarem tanto o voto dos dois milhões de pobres que existem em Portugal? Ainda mais sabendo-se que parte significativa deles não vê debates na televisão, não lê jornais e muito menos vai a comícios?
Julgo que é uma coisa de tipo religioso. Estes partidos querem demonstrar que são os que melhor cuidam dos pobrezinhos, talvez na esperança de que essa vocação caritativa conquiste alguns votos na classe média. Não é uma boa ideia. Seria melhor falar diretamente para os oito milhões que não são pobres e que têm os seus problemas e expectativas, sobretudo em tempo de crise económica.
O mundo tem sofrido mudanças velozes e radicais. As novas tecnologias têm vindo a alterar modos de fazer, profissões e projetos empresariais. O obsoletismo impera. As falências afetam todos aqueles que não se modernizam. O analfabetismo tecnológico incapacita e atira para o desemprego multidões de inadaptados.
A solução não está definitivamente no assistencialismo social. Mais do que subsidiar é preciso investir na educação e nas competências. E isso consegue-se com uma escola pública moderna e com programas como o das Novas Oportunidades.
A educação continuada ao longo da vida, de toda a população, é aliás a única maneira de se ganhar competitividade num mundo globalizado. Só o conhecimento, a criatividade e a inovação podem permitir o crescimento económico e com este menos desemprego e menos miséria.
O PS é o único partido que afirma, com convicção e determinação, esta visão. Nunca vi o PSD fazê-lo e, pelo contrário, são muitos os sinais de desprezo pela educação e pelo conhecimento. Temo que um governo de direita possa travar a evolução muito positiva de Portugal na ciência e na inovação. Pode dizer-se todo o mal do ainda atual governo. Pode mesmo odiar-se Sócrates. Mas ninguém de boa-fé pode deixar de reconhecer que o nosso país deu saltos muito significativos nalguns dos domínios mais competitivos do mundo de hoje. Aliás, o sucesso do setor exportador é consequência direta das políticas seguidas na última década. Da investigação científica às energias renováveis, da modernização da Administração Pública à criatividade e ao design, são muitos os exemplos de um aumento importante na qualidade do que é feito e produzido em Portugal.
A razão do meu voto é pois esta, e praticamente só esta. Gostaria de ver o meu país continuar numa linha de forte e acelerado desenvolvimento científico, tecnológico e criativo. Na minha perspetiva, tudo o resto é secundário. As historietas diárias montadas pela direita; as propostas irrealistas da esquerda radical; o discurso dos economistas que olham demasiado para os números e nada para a realidade evolutiva do mundo; os comentários agressivos e irracionais; tudo me parece irrelevante e lateral.
Neste momento de enorme barafunda e de tanta falsa e ilusória saída para a crise é preciso ir direito ao assunto. Escolher em função daquilo que realmente é determinante para o nosso futuro coletivo e deixarmos de perder tempo com o ruído próprio de uma campanha, como todas, sempre pouco esclarecedora e muita geradora de confusão mental. Um pouco mais de lucidez não fica mal a ninguém.» [Jornal de Negócios]
Em certos países quem escreve e opina ou até os próprios meios de comunicação fazem este tipo de declaração. É mais honesto e transparente. Por cá prefere-se o falso independente.
A minha escolha é convicta e assenta em razões bem ponderadas. Não sou militante de nenhum partido, não tenho cargos nem benesses a defender, nunca recebi um subsídio do governo. No essencial sou anarquista. Não gosto do Estado, nem da autoridade. Gosto da liberdade. Gosto da iniciativa dos indivíduos, da sua criatividade e ambição.
Entendo a necessidade de um Estado Social que proteja os mais fracos, mas esse não é para mim um assunto determinante. Parece-me aliás excessivo o tempo e espaço que esta temática tem ocupado a campanha. E afigura-se também pouco racional do ponto de vista eleitoral. Faz algum sentido ver três partidos, PC, Bloco e CDS, disputarem tanto o voto dos dois milhões de pobres que existem em Portugal? Ainda mais sabendo-se que parte significativa deles não vê debates na televisão, não lê jornais e muito menos vai a comícios?
Julgo que é uma coisa de tipo religioso. Estes partidos querem demonstrar que são os que melhor cuidam dos pobrezinhos, talvez na esperança de que essa vocação caritativa conquiste alguns votos na classe média. Não é uma boa ideia. Seria melhor falar diretamente para os oito milhões que não são pobres e que têm os seus problemas e expectativas, sobretudo em tempo de crise económica.
O mundo tem sofrido mudanças velozes e radicais. As novas tecnologias têm vindo a alterar modos de fazer, profissões e projetos empresariais. O obsoletismo impera. As falências afetam todos aqueles que não se modernizam. O analfabetismo tecnológico incapacita e atira para o desemprego multidões de inadaptados.
A solução não está definitivamente no assistencialismo social. Mais do que subsidiar é preciso investir na educação e nas competências. E isso consegue-se com uma escola pública moderna e com programas como o das Novas Oportunidades.
A educação continuada ao longo da vida, de toda a população, é aliás a única maneira de se ganhar competitividade num mundo globalizado. Só o conhecimento, a criatividade e a inovação podem permitir o crescimento económico e com este menos desemprego e menos miséria.
O PS é o único partido que afirma, com convicção e determinação, esta visão. Nunca vi o PSD fazê-lo e, pelo contrário, são muitos os sinais de desprezo pela educação e pelo conhecimento. Temo que um governo de direita possa travar a evolução muito positiva de Portugal na ciência e na inovação. Pode dizer-se todo o mal do ainda atual governo. Pode mesmo odiar-se Sócrates. Mas ninguém de boa-fé pode deixar de reconhecer que o nosso país deu saltos muito significativos nalguns dos domínios mais competitivos do mundo de hoje. Aliás, o sucesso do setor exportador é consequência direta das políticas seguidas na última década. Da investigação científica às energias renováveis, da modernização da Administração Pública à criatividade e ao design, são muitos os exemplos de um aumento importante na qualidade do que é feito e produzido em Portugal.
A razão do meu voto é pois esta, e praticamente só esta. Gostaria de ver o meu país continuar numa linha de forte e acelerado desenvolvimento científico, tecnológico e criativo. Na minha perspetiva, tudo o resto é secundário. As historietas diárias montadas pela direita; as propostas irrealistas da esquerda radical; o discurso dos economistas que olham demasiado para os números e nada para a realidade evolutiva do mundo; os comentários agressivos e irracionais; tudo me parece irrelevante e lateral.
Neste momento de enorme barafunda e de tanta falsa e ilusória saída para a crise é preciso ir direito ao assunto. Escolher em função daquilo que realmente é determinante para o nosso futuro coletivo e deixarmos de perder tempo com o ruído próprio de uma campanha, como todas, sempre pouco esclarecedora e muita geradora de confusão mental. Um pouco mais de lucidez não fica mal a ninguém.» [Jornal de Negócios]
Autor:
Leonel Moura.
A COISA ESTÁ PRETA PARA A DIREITA
«O PSD tem uma ligeira de descida de 0,1% na terceira de dez sondagens diárias que a Eurosondagem está a realizar nesta campanha eleitoral. Ainda assim os sociais-democratas mantém a liderança, com o PS 1,1% atrás.
Mas os socialistas, com uma subida de 0,5% neste terceiro estudo são a força política que mais sobe.
Com este resultado, apesar da liderança continuar com o partido de Pedro Passos Coelho, a direita pode estar em risco de não conseguir uma maioria absoluta no Parlamento. Com efeito, se somarmos as percentagens dos dois partidos mais à direita (46,4%) e os dos três partidos do outro lado (47,1%), verificamos que pela primeira vez neste estudo contínuo a direita não vai à frente.» [Expresso]
Parecer:
Passos Coelho não consegue convencer os portugueses.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Espere-se por dia 5.»
E O PAI ACHA QUE PORTUGAL ESTÁ LOUCO
«Depois de cumprimentar o seu filho, que ia a meio de uma arruada de duas horas, em Vila Real, António Passos Coelho não quis falar muito aos jornalistas, mas estes insistiram em perguntar-lhe se acredita na vitória do seu filho no dia 5 de junho.
"Se ele não for eleito, eu acho que o país está maluco. Se ele não for eleito, eu acho que o país está doido", respondeu o pai do presidente do PSD.» [Expresso]
"Se ele não for eleito, eu acho que o país está maluco. Se ele não for eleito, eu acho que o país está doido", respondeu o pai do presidente do PSD.» [Expresso]
Parecer:
Parece que o filho tem a quem sair.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Espere-se pelo dia 5 para sabermos se o país deve dar entrada no Júlio de Matos.»
PACHECO DIZ QUE NÃO RECEBE LIÇÕES DE PASSOS COELHO
«Pacheco Pereira reagiu no programa "Quadratura do Círculo", da SIC-Notícias, à entrevista de Pedro Passos Coelho ao Expresso. Para o comentador é "calunioso" dizer-se que anda a fazer campanha contra o PSD. » [Expresso]
Parecer:
Nem ele nem ninguém.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Faça-se um sorriso.»
MARCELO FAZ CONCORRÊNCIA À ASTRÓLOGA MAYA
«Marcelo Rebelo de Sousa afirma que o cenário "claramente mais provável" nas legislativas é um Governo formado pelo PSD e pelo CDS-PP. Quanto ao PS, tem apenas "10%" de probabiblidades de ganhar.» [Expresso]
Parecer:
Está aqui e ainda é convidado para rei do Carnaval de Vila Real de Santo António.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Encerre-se a direita para obras.»
PND VENCE NO TRIBUNAL CONSTITUCIONAL
«O pedido de suspensão da emissão do tempo de antena do PND tinha sido aprovado pela Comissão Nacional de Eleições (CNE) na terça-feira, apenas com o voto contra do representante do BE, após uma denúncia anónima, ficando o TC de analisar o caso» [DN]
Parecer:
Compreende-se o incómodo no PSD de Passos Coelho e Alberto João.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Aprove-se a divulgação do vídeo.»
DANTE SDEFENDIA A LIBERALIZAÇÃO DAS DROGAS LEVES
«Francisco Louça visitou o centro acompanhador pela sua direcção que fez questão de frisar que nesta unidade "se consegue dar uma resposta adequada às questões de saúde dos toxicodependentes". Reconhecem , no entanto, dificuldades de recrutamento pois alguns concursos para técnicos ficaram vazios.» [DN]
Parecer:
este Louçã está a mudar.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se a Louçã se está a imitar o Passos Coelho.»
PASSOS COM MEDO DE VENCER
«Foi com todas as letras que o líder do PSD pediu hoje uma maioria absoluta. Depois de ontem em entrevista ao i já ter dito que queria uma maioria absoluta no dia 5 de Junho, hoje, relembrando a resposta que deu ao i disse: "Eu peço aos portugueses que dêem esse sinal claro de qual é a direcção, de qual é caminho alternativo que querem e ele só pode ser construído com uma maioria absoluta do PSD. Eu espero que os portugueses nos dêem essas condições para governar."» [DN]
Parecer:
Se Passos pede a maioria absoluta é porque quer disfarçar o receio da derrota.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Espere-se pelo dia 5.»
ROYAL AUSTRALIAN NAVY