FOTO JUMENTO
Insectos do Parque Florestal de Monsanto
IMAGENS DOS VISITANTES D'O JUMENTO
Pormenor (guincho) de fragata do Tejo [A. Cabral]
JUMENTO DO DIA
Jerónimo de Sousa
Depois de defender a reestruturação da dívida Jerónimo de Sousa dá mais um passo e defende a saída do Euro. A seguir vai propor a saída da UE e a adesão ao COMECON.
«O secretário-geral do PCP, defendeu em Santiago do Cacém um “amplo debate” sobre a moeda única europeia. “É um debate que deve ser feito, não deve ser tema tabu”. Questionado pelos jornalistas nas oficinas da câmara, o candidato comunista disse que o assunto deve ser “equacionado com transparência, frontalidade”: “Não podemos recear o debate.”» [Público]
«O secretário-geral do PCP, defendeu em Santiago do Cacém um “amplo debate” sobre a moeda única europeia. “É um debate que deve ser feito, não deve ser tema tabu”. Questionado pelos jornalistas nas oficinas da câmara, o candidato comunista disse que o assunto deve ser “equacionado com transparência, frontalidade”: “Não podemos recear o debate.”» [Público]
O BRUXO DE ALFRAGIDE
O professor parece que decidiu acumular as funções de comentador com as de bruxo de Alfragide, agora faz previsões eleitorais com base nos seus palpites.
NANA MOUSKORI: "JE CHANTE AVEC TOI LIBERTÉ" NOTÍCIAS QUE NÃO FORAM NOTÍCIA
O turbilhão noticioso resultante da campanha eleitoral criou um ambiente de bebedeira informativa que só um tsunami no país vizinho ou qualquer outra calamidade natura nos tiraria deste torpor eleitoral. Em poucos dias morreram vários alemães devido à contaminação pela bactéria Escherichia coli (EHEC) e nem mesmo na perspectiva do debate dos problemas da agricultura portuguesa o assunto mereceu qualquer atenção. Também foi notícia o espancamento de uma jovem de 14 anos seguido da humilhação pública com a publicação do vídeo no Youtube mas a resposta colectiva foi de indiferença, um assunto que tornaria a generalidade dos nossos comentadores de serviço em especialistas em violência infantil quase foi esquecido.
O caso da contaminação dos pepinos espanhóis é revelador dos limites do crescimento da agricultura intensiva numa região com problemas de escassez de água, embora ainda não se conheçam as causas da contaminação é evidente que no regadio da horticultura espanhola estão a ser usadas águas contaminadas com uma estirpe da bactéria para a qual os alemães não têm anti-corpos.
Num momento em que alguns políticos falam da necessidade de apostar na agricultura, o último dos quais foi Cavaco Silva, seria interessante discutir em que modelo de produção agrícola é o adequado para as diversas regiões do país, em que condições essa produção é viável num mercado comunitário onde a PAC privilegiou ao longo de décadas as produções mais competitivas e a forma de compatibilizar essa produção com o equilíbrio ecológico, um bem cada vez mais precioso. O país não precisa apenas de aumentar a produção agrícola como forma de aumentar o emprego, precisa também de evitar que um aumento dessa produção tenha como efeito perverso a destruição ambiental e, mais ainda, prevenir o país para uma catástrofe alimentar global que é cada vez mais inevitável. Um mundo muito preocupado com a escassez de energia é muito provável que muito antes de faltar o petróleo mergulhe numa crise global em consequência dos problemas ambientais, da escassez de água potável e da crise alimentar.
Nos nossos tribunais um juiz teve a coragem de colocar em prisão preventiva dois jovens criminosos, a agressora da jovem de 14 anos e o delinquente que instigou as agressões para as filmar. A prisão justifica-se não por uma questão de servir de exemplo, mas sim porque as agressões foram de uma violência inusitada, só por sorte não provocaram lesões graves, senão mesmo a morte da vítima.
Mas, se desta vez o juiz merece o elogio por ter tido a coragem de tomar uma decisão inesperada para os padrões habituais na nossa justiça, não deixa de questionar o que se tem passado nos últimos anos na justiça portuguesa. A regra tem sido a devolução de criminosos para casa, para indignação de muitos e principalmente dos polícias e investigadores que se sentem frustrados.
Quando foram revistas as leis penais o país assistiu a uma orgia de libertação de criminosos com os representantes das magistraturas a usar esse fenómeno para contestarem as reformas adoptadas, dizia-se que não havia alternativa e a culpa era da lei. Afinal, quando um juiz assim o quis a lei serviu e foi suficiente para ser decretada a prisão preventiva para dois jovens criminosos por crimes aparentemente menos graves do que os cometidos por muitos outros criminosos que saíram em liberdade .
Não deixa de ser estranho que nem Paulo Portas aproveitou o incidente em Benfica para apelar a mais segurança, nem os defensores da agricultura prestaram atenção aos pepinos espanhóis. O debate destes dois temas talvez fosse bem mais interessante do que os fait divers que têm alimentado a campanha eleitoral.
O caso da contaminação dos pepinos espanhóis é revelador dos limites do crescimento da agricultura intensiva numa região com problemas de escassez de água, embora ainda não se conheçam as causas da contaminação é evidente que no regadio da horticultura espanhola estão a ser usadas águas contaminadas com uma estirpe da bactéria para a qual os alemães não têm anti-corpos.
Num momento em que alguns políticos falam da necessidade de apostar na agricultura, o último dos quais foi Cavaco Silva, seria interessante discutir em que modelo de produção agrícola é o adequado para as diversas regiões do país, em que condições essa produção é viável num mercado comunitário onde a PAC privilegiou ao longo de décadas as produções mais competitivas e a forma de compatibilizar essa produção com o equilíbrio ecológico, um bem cada vez mais precioso. O país não precisa apenas de aumentar a produção agrícola como forma de aumentar o emprego, precisa também de evitar que um aumento dessa produção tenha como efeito perverso a destruição ambiental e, mais ainda, prevenir o país para uma catástrofe alimentar global que é cada vez mais inevitável. Um mundo muito preocupado com a escassez de energia é muito provável que muito antes de faltar o petróleo mergulhe numa crise global em consequência dos problemas ambientais, da escassez de água potável e da crise alimentar.
Nos nossos tribunais um juiz teve a coragem de colocar em prisão preventiva dois jovens criminosos, a agressora da jovem de 14 anos e o delinquente que instigou as agressões para as filmar. A prisão justifica-se não por uma questão de servir de exemplo, mas sim porque as agressões foram de uma violência inusitada, só por sorte não provocaram lesões graves, senão mesmo a morte da vítima.
Mas, se desta vez o juiz merece o elogio por ter tido a coragem de tomar uma decisão inesperada para os padrões habituais na nossa justiça, não deixa de questionar o que se tem passado nos últimos anos na justiça portuguesa. A regra tem sido a devolução de criminosos para casa, para indignação de muitos e principalmente dos polícias e investigadores que se sentem frustrados.
Quando foram revistas as leis penais o país assistiu a uma orgia de libertação de criminosos com os representantes das magistraturas a usar esse fenómeno para contestarem as reformas adoptadas, dizia-se que não havia alternativa e a culpa era da lei. Afinal, quando um juiz assim o quis a lei serviu e foi suficiente para ser decretada a prisão preventiva para dois jovens criminosos por crimes aparentemente menos graves do que os cometidos por muitos outros criminosos que saíram em liberdade .
Não deixa de ser estranho que nem Paulo Portas aproveitou o incidente em Benfica para apelar a mais segurança, nem os defensores da agricultura prestaram atenção aos pepinos espanhóis. O debate destes dois temas talvez fosse bem mais interessante do que os fait divers que têm alimentado a campanha eleitoral.
GERAÇÃO À RASCA JÁ TEM FUTURO
«Os "jovens desempregados podem ter uma oportunidade na agricultura", disse Pedro Passos Coelho num almoço dedicado às questões da agro-pecuária no concelho de Ponte de Lima.
O líder do PSD considerou que "70% do que comemos vem de fora" porque "andamos muitos anos a usar a Política Agrícola Comum para financiar a não produção", sendo portanto necessário "inverter a situação".» [DN]
O líder do PSD considerou que "70% do que comemos vem de fora" porque "andamos muitos anos a usar a Política Agrícola Comum para financiar a não produção", sendo portanto necessário "inverter a situação".» [DN]
Parecer:
Parece que a oferta de uma enxada a uma popular que o criticou não é resultado de um momento de mau feitio, Pedro Passos Coelho vem mesmo na linha dos ditadores como Estaline ou Pol Pot e está convencido que resolve dois problemas ao mandar os jovens para o campo, resolve o problema das importações de agrícolas e resolve acaba com o desemprego jovem. Compreende-se, nem todos os que se licenciam na Lusíada têm a sorte de irem direitinhos para administradores das empresas do Ângelo Correia.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se a merecida gargalhada.»
AS DUAS VERSÕES DO ACORDO COM A TROIKA SÃO QUASE IDÊNTICAS
«A Comissão Europeia assegurou hoje, em Bruxelas, que as diferenças entre a versão preliminar e a final do acordo que firma o resgate financeiro a Portugal são "acertos" que "não introduzem qualquer alteração significativa".
"O acerto, como é prática corrente, não introduziu qualquer alteração significativa ao conteúdo do acordo alcançado em Lisboa e na versão apresentada aos partidos da oposição", garantiu Amadeu Altafaj, o porta-voz para os Assuntos Económicos e Financeiros.» [DE]
"O acerto, como é prática corrente, não introduziu qualquer alteração significativa ao conteúdo do acordo alcançado em Lisboa e na versão apresentada aos partidos da oposição", garantiu Amadeu Altafaj, o porta-voz para os Assuntos Económicos e Financeiros.» [DE]
Parecer:
É evidente que Passos Coelho vai ficar calado.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte a opinião a Passos Coelho ainda que se corra o risco de ele nos oferecer uma enxada.»
NÃO HÁ PRAIA PARA NINGUÉM
«O líder do CDS-PP, Paulo Portas, defendeu esta segunda-feira que o Parlamento terá que "trabalhar todo o Verão" se o País cumprir "os seus compromissos" e "ganhar margem de manobra para melhorar alguns aspectos" do acordo com a "troika". » [CM]
Parecer:
Quando é um político a recorrer a argumentos contra a própria classe política isto está a bater no fundo.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Lamente-se.»
A FIXAÇÃO DE CAVACCO NA JUSTIÇA
«Cavaco Silva pediu hoje aos principais agentes da Justiça para que fomentem um clima de diálogo e congreguem esforços que permitam uma reforma “profunda” do sector e o cumprimento das medidas fixadas com a troika, no quadro do programa de ajuda externa a Portugal.» [Jornal de Negócios]
Parecer:
Quando não sabe o que fazer, fazem-se colheres de pau e a justiça parece ser a colher de pau de Cavaco, quando não sabe onde intervir mete-se na justiça. Só assim se entende que volte ao tema depois de no seu primeiro mandato ter promovido um pato entre o PS e o PSD de Sócrates.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Faça-se um sorriso.»
