quinta-feira, maio 12, 2011

Umas no cravo e outras na ferradura




FOTO JUMENTO


Espírito Santo, Mértola
  
A MENTIRA DO DIA D'O JUMENTO

  
JUMENTO DO DIA


Eduardo Catroga, o ministro 0% de Passos Coelho

Ao comparar Sócrates com Hitler e o povo português com o povo alemão dos tempos da guerra o ministro 0% dá uma triste imagem do PSD de hoje e mostra-nos o que Cavaco Silva, o seu verdadeiro patrocinador, pretendia com uma campanha limpa. Com o PSD a descer nas sondagens, queimado com a nomeação do ISEG e com a triste figura que deu nas negociações com a troika e ridicularizado com a sua proposta de aumento do IVA aplicável à cerveja o ministro zero perdeu as estribeiras e deixou de pensar com o seu pequeno cérebro para o fazer com os maus fígados.
  
Este senhor que nunca deu grandes provas na vida e cuja passagem pela política apenas será lembrada por uma muito duvidosa privatização do BPA e pela penhora do WC das Antas mostra ao dizer que «O Hitler tinha o povo atrás de si até à derrocada, até à fase final da guerra. Faz parte das características dos demagogos conseguirem arrastar multidões.» que ou já tem sintomas de senilidade ou a sua inteligência está ao nível da quarta classe. Ao tentar ofender Sócrates está a ofender milhões de portugueses.
Na Alemanha este tipo de declarações valer-lhe-iam um processo na justiça, por cá poderá valer-lhe uma condenação nas urnas.
  
 O EXCESSO DE ZELO DA PT/MEO/TMN
  
 
É a segunda vez que me zango com a PT, primeiro foi com a PT Negócios e agora foi com a MEO, nas duas vezes pelas mesmas razões. Para fazer uma assinatura de um serviço com esta empresas são exigidas mais assinaturas e comprovativos dos mais diversos tipos do que quando se compra uma casa, só falta mesmo pedirem-nos um atestado médico, uma certidão do registo criminal e análises à urina.

Mas pior do que isso são os pequenos abusos, e digo pequenos porque já se tornaram tão rotineiros que o cidadão comum aceita. Refiro-me a fotografarem o BI e o cartão do contribuinte, o que significa que a PT não só não confia nos portugueses como nem sequer confia nos seus funcionários que preenchem os impressos e conferem os dados.

Mas mesmo com a fotografia de documentos pessoais, cópias (em regra são mesmo os originais) de contas da água, da luz ou que qualquer outro operador (no meu caso foi uma factura da Vodafone, um concorrente do serviço) e o talão de consulta do NIB ainda voltam a telefonar para casa para confirmarem todos os dados, incluindo os que constam em documentos originais e fotografias.

Imagino que deverão haver tantas queixas em relação à PT como situações de falta de pagamento por parte dos clientes, mas não é por isso que eu vou pedir uma fotografia do Zeinal Bava ou do Henrique Granadeiro.
  
 CUIDADO! ESTA GENTE VOTA!

  
Não sei onde mora o amigo do Nogueira Leite mas se morasse no meu bairro garanto ue o frigorífico desaparecia num instante, só sucateiros informais são quase meia dúzia. É evidente que se morasse na Quinta Patino ou na Quinta da Marinha, onde não há sucateiros e ninguém está interessado no frigorífico usado do vizinho.
  
Quanto a termos cuidado porque esta gente vota o Nogueira Leite tem razão, votam eles, votam os da Quinta Patino, votam os da Quinta da Marinha e até o Dias Loureiro que está algures onde ninguém sabe vai poder, mas com esses não é preciso cuidado apesar de não estarem interessados no frigorífico velho. Estão mais interessados em milhões e até matam dois coelhos com uma cajadada, recebem comissões dos submarinos, desviam milhões do BPN, sacam juros elevados do BPP e depois alertam o povo para o perigo socrático.

 É PRECISO SEREM IDIOTAS

Falar em aumentos do IVA de forma irresponsável e com ignorância à mistura pode vir a ser desastroso para o PSD, o mínimo que se esperava era que soubessem o que queriam e sobre o que falam, o que não tem vindo a suceder. Catroga diz que quer eliminar a taxa intermédia e Passos Coelho diz que não, Catroga desconhece a taxa aplicada à cerveja e Passos Coelho confunde as regras do IVA com as do IRS, é ignorância e irresponsabilidade a mais para serem confiáveis para o cargo de ministro das Finanças, mesmo que a tempo parcial 0%, ou de primeiro-ministro.
  
Actuar desta forma é um suicídio eleitoral, ao atingirem os interesses de um sector tão importante como a restauração ou o do pequeno retalho que tem um forte impacto social, os líderes do PSD, o oficial e o "designado" por Cavaco Silva estão a transformar milhares e milhares de mercearias e restaurantes em centro de campanha contra o voto no PSD. Se a trajectória do PSD para a derrota parece ser evidente, esta exibição de impreparação pode significar a machada nas pretensões da direita.
 
Depois de tudo isto é o PSD que vai ter de enfrentar a bancarrota e não vai haver nem FMI nem Soares dos Santos que o salve.

 LIÇÕES DE POLÍTICA ECONÓMICA

 
No CM de 26 de Março de 2011.

 MILAGRE!

Passos Coelho consegue aumentar a receita do IVA aumentando o imposto cobrado aos produtos sujeitos a uma taxa reduzida ou intermédia e chega à brilhante conclusão de que isto não é um aumento dos impostos e muito menos do IVA.

 ANTÓNIO NOGUEIRA LEITE REGRESSOU

 E Eduardo Catroga calou-se.
  
 

 O APAGÃO DE PASSOS

«Há uma candura em Passos Coelho que balança entre a ingenuidade mais tocante e a inconsciência política mais assustadora. O País sofre muito com este candidato do PSD. Honesta e honradamente, ele avança uma proposta, mas depois de explicar tudo, subitamente faz meia volta e diz que é apenas uma ideia. Ontem atirou dinamite para a mesa: o aumento do IVA na electricidade para ajudar a compensar a redução da taxa social única. Como? Haverá ideia mais difícil de vender aos portugueses? Não é uma ideia, é uma ameaça. Calma, diz Passos, é só um exemplo. Não é um exemplo, é um apagão político que, se o candidato do PSD evitar nas próximas semanas, talvez as sondagens o iluminem em vez de o continuarem a castigar. Até Jerónimo, o mais suave adversário televisivo, soube tirar partido de tantas facilidades.» [DN]

Autor:

André Macedo.
  
 VOLTANDO AO VÍDEO QUENTE

«Na noite de sexta-feira, quando ainda procurava assunto para a crónica do dia seguinte, o YouTube iluminou-me com aquele vídeo, Portugalnomics: Ep.1, que hoje está na boca do mundo. Quando o vi, tinha 300 e tal visualizações; ontem, ia próximo das 700 mil. Como então escrevi - e lembrando a autoria, Geração C, um projecto ligado à Câmara de Cascais - havia ali inteligência e humor. Aquela propaganda toda a Portugal, feita por portugueses, seria ridícula se o discurso armasse ao pingarelho. Quem tresleu, pode ter achado que o vídeo era a expressão do ufanismo. Definição de ufanismo pelo humorista Millôr Fernandes: "É uma ponte maravilhosa sustentada pelo maior vão do mundo, a qual, aliás, já caiu três vezes." Ufanismo podia ser dizer, como o vídeo diz, que 20 por cento da população do Luxemburgo é portuguesa. Porque é legítimo perguntar: não revela rachas a construção de um país cujos filhos têm de emigrar? É um ângulo (e certo) de ver a coisa. Outro é que os portugueses não temem emigrar. Gaba-se muito a capacidade de locomoção dos americanos pelo seu território nacional, individualistas liberais capazes de saltar de emprego e prosperar longe de casa. Mas não é isso que os portugueses têm praticado, há séculos, com a diferença de não se limitarem pelas 50 estrelas (estados) da bandeira americana, mas pela esfera armilar (o mundo) da nossa bandeira?» [DN]

Autor:

Ferreira Fernandes.
  
 O GRÁFICO MALANDRO DE PAULO PORTAS

«As vitórias e as derrotas nos debates fazem-se, grande parte das vezes, com truques. E sobretudo truques visuais. No debate entre Portas e Sócrates isso foi evidente. Sócrates apresentou uma pasta vazia para mostrar o programa do CDS, Portas, que foi um dos pioneiros destes números em televisão, mostrou um gráfico com o aumento da dívida pública portuguesa em comparação com a dos restantes países europeus.
  
Cabe aos comentadores e aos jornalistas fazer mais do que avaliar a performance de cada um. Devem analisar o conteúdo para lá do foguetório. E mostrar o que o foguetório esconde. Um exemplo: no colorido gráfico de Paulo Portas, em que se analisava a evolução de 2005 a 2010, faltavam vários países europeus. Dirão que não podiam lá estar todos. Mas entre os que faltavam estavam, nem mais nem menos, a Grécia e a Irlanda. Só aqueles que, tal como Portugal, ficaram em pior situação nos últimos três anos, tendo sido por isso obrigados, como nós, a aceitar uma intervenção externa. E faltavam ainda, segundo o gráfico da Eurostat que ele copiou e alterou, o Reino Unido e a Letónia. Ou seja, Portas apagou da fotografia todos os que, tendo um aumento da dívida superior a Portugal, lhe estragavam o boneco. Este truque, que torna aquele gráfico imprestável para qualquer discussão séria sobre a situação do País e da Europa, foi elogiado por quase todos os comentadores.
  
Não é um exclusivo de Paulo Portas, apesar de não ser a primeira vez que manipula gráficos em debates. O problema é outro: não haver quem faça o escrutínio dos factos apresentados.» [Expresso]

Autor:

Daniel Oliveira
  

 APESAR DE TEREM UM PROGRAMA PINTADO DE FRESCO...

«Pedro Passos Coelho nega que o PSD queira acabar com a taxa intermédia do IVA, de 13 por cento, aplicada actualmente à restauração, conservas, vinho, margarinas e café. Mas Eduardo Catroga, coordenador do programa eleitoral do PSD, sugere que a taxa intermédia devia acabar para compensar a redução da Taxa Social Única.» [Público]

Parecer:

O problema é saber quem manda no PSD.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se a Cavaco Silva qual o mandato e poderes que deu a Cavaco Silva.»

 CATROGA INSISTE EM ACABAR COMA TAXA INTERMÉDIA DO IVA
  
«Eduardo Catroga não compreende a utilidade da taxa intermédia, defendendo apenas a mínima fixada em 6% e a máxima, de 23%. “A taxa intermédia serve para quê? Há aqui um grande potencial de aumento da receita”, disse Eduardo Catroga ao Público.» [i]

Parecer:

Pobre homem, começa a dar sinais de doença.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Marque-se uma consulta de gerontologia para o ministro 0%»

 DEPUTADO ALEMÃO ESCREVE A SÓCRATES PARA REJEITAR ACORDO

«Um deputado da quarta força política do parlamento alemão enviou uma carta dirigida ao primeiro-ministro português em que aconselha os políticos nacionais a recusarem o pacote de ajuda definido pela Comissão Europeia, Fundo Monetário Internacional e Banco Central Europeu.
  
“Recusem o prosseguimento da política de austeridade”, defende Michael Schlecht na missiva, referindo que o plano de resgate prejudica o desenvolvimento de Portugal, além de representar uma ameaça à democracia. “[As] medidas de poupança aliadas a uma enorme deterioração, inclusivamente no sector político-social, ameaçam prolongar a crise que o país atravessa”, escreve o deputado do Die Linke (A Esquerda). » [Jornal de Negócios]

Parecer:

Nem todos os alemães escrevem no Financial Times.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se ao deputado se sabe que a extrema-esquerda ajudou a direita a derrubar o governo.»

 E NOGUEIRA LEITE TIRA O TAPETE AO MINISTRO 0%

«Em conferência de imprensa, na sede nacional do PSD, em Lisboa, Nogueira Leite disse que esse foi um dos cenários estudados pelos sociais-democratas durante a elaboração do seu programa eleitoral, mas foi excluído por "decisão política da Comissão Permanente e do seu presidente", Pedro Passos Coelho. » [Jornal de Notícias]

Parecer:

Isto começa a ser degradante.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Reserve-se lugar na primeira fila.»