domingo, julho 01, 2012

Semanada


Parece que cada governo tem uma personagem que lembra o famoso ministro da informação de Sadam Hussein. No caso do governo de Passos Coelho são vários os ministros que se encavalitam na disputa do papel, mas a distinção vai par o Miguel Relvas, uma figura que se não existisse teria de ser inventada, daí a alegria por ter sido considerado inocente pelos amigos da imprensa. Só mesmo alguém com o ar descontraído e intelectualmente vazio de Miguel Relvas é que perante a desgraça orçamental chegaria à brilhante conclusão de que tudo está a correr como previsto. Se calhar é por isso que aquele que era um ministro omnipresente anda agora tão desaparecido, o Gaspar que tanto explorou aquele ar de totó para passar a imagem do competente, optou agora por dar de frosques e ninguém o vê.
  
Cumprido o ritual da moção de censura, que no caso do governo da direita tardou mais seis meses do que com o anterior, o PCP prossegue com o seu ritual, agora são as esperas aos ministros, depois serão as esperas ao primeiro-ministro e por aí adiante. No governo do PS a direita divertiu-se com esta estratégia e até alinhou no jogo enviando os seus militantes disfarçados de populares ou emprestando os autocarros e os velhos dos seus centros de dia à CGTP. Agora vai provar o sabor do seu próprio veneno enfrentando as mesmas tácticas de guerrilha política que apoiou e promoveu no passado recente. A primeira vítima ia sendo o totó do sôr Álvaro que ia levando uma galheta em Coimbra.