quinta-feira, julho 26, 2012

Umas no cravo e outras na ferradura


 
   Foto Jumento
 

   
Canhão de salva de 47 mm do Navio-Escola Sagres
   
Imagens dos visitantes d'O Jumento
 

   
Ponte de Lima [A. Cabral]   
 
 Mentira do dia
   
   
Jumento do dia
   
Passos Coelho, o infeliz que é primeiro-ministro deste país
 

Passos Coelho diz que os simples é que o percebem.

A classe média é uma corja de bandidagem pecaminosa que além de burra e ignorante não percebe que este primeiro-ministro de quem ninguém esperava nada lhes está a indicar o caminho do céus. Mas é mais fácil um camelo passar pelo burco de uma agulha do que um da classe média que ele pretende destruir conseguir percebê-lo.

O problema é que começa a perceber-se que para se entender Passos Coelho ajuda a ser imbecil e que ele confunde imbecilidade com pobreza. Enfim, só falta Passos Coelho vir dizer que só doutores simplórios e com ar de idiota simplório como o Relvas é que estão aptos intelectualmente a atingir o seu raciocínio.

Temos um primeiro-ministro que começou por querer dividir os portugueses atirando-os contra os pensionistas e os funcionários públicos, agora quer eliminar as opiniões discordantes dizendo que só os simples o percebem. Começa a ser uma questão de higiene mental do país correr com este primeiro-ministro. Esperemos que o seja à boas.

«Passos Coelho acredita que, ao contrário dos críticos, as “pessoas simples percebem” o que o Governo está a fazer. Exemplificou depois que “se alguém nos empresa dinheiro (…) e depois nos cruzamos com eles nos bons restaurantes e boas lojas”, a primeira coisa que perguntam é “estou a emprestar dinheiro a quem, que confiança tenho se ele continua a viver acima” das possibilidades.» [Jornal de Negócios]

   
 Estar a lixar-se para as eleições

   
Passos Coelho não é o primeiro governante a estar a lixar-se para eleições, para usar a linguagem de Passos Coelho diria que na história da Europa os políticos que se estiveram a lixar para as eleições são mais do que as mães. Não é preciso ir muito longe, por cá tivemos vários, o mais famoso dos quais foi o Salazar, na vizinha Espanha tivemos o Franco e o Primo de Rivera, em França foi Pétain a tomar o gosto de governar desta forma, mas os mais famosos foram Hitler, Estaline e Mussolini.

Felizmente Passos Coelho está muito longe de ter a inteligência ou a oportunidade de se estar a lixar para eleições como o estavam estes velhos amigos. Aliás, não é a primeira vez desde as eleições que tal cenário foi admitido, em tempos o jornal "i" publicou alguns editoriais inflamados, escritos pelo seu então director, mas o ditador "eleito" nem era o Passos Coelho, era o Gaspar, digamos que o então director do "i" era estúpido mas não assim tanto.

Em democracia não há forma de governar sem que seja a pensar em eleições, a lógica da democracia é que se governa bem para se ganharem as eleições, é por isso que consideramos que a democracia é um modelo para o progresso dos países e dos povos do que a ditadura. Foi Churchill quem melhor o explicou:

«"Ninguém pretende que a democracia seja perfeita ou sem defeito. Tem-se dito que a democracia é a pior forma de governo, salvo todas as demais formas que têm sido experimentadas de tempos em tempos."»

Dizer que para se governar bem é estar-se lixando para as eleições não equivale a dizer que se fazem as melhores opções, é afirmar que os eleitores são idiotas e não escolhem o melhor governo, algo muito estranho pois os mesmos idiotas que não sabem avaliar o bom desempenho deste governo são precisamente os mesmos que o elegeram.

É evidente que Passos Coelho quer ganhar as eleições e a lógica da expressão que usou, "que se lixem as eleições" obedece a um raciocínio curioso. Como os eleitores são uns idiotas e não percebem quanto necessárias as medidas excessivas que estou a adoptar e que escondi antes das eleições, vou voltar a tentar enganá-los outra vez dizendo que se quiserem votem nos outros. Passos acha que desta forma volta a induzir os eleitores num engano.

Mas o mais grave é que anda por aí muita gente a desejar uma ditadura apoiada pelos credores, basta lermos os comentários que muitos fizeram a propósito do acórdão do Tribunal Constitucional sobre os subsídios. A direita não costuma estar-se lixando para as eleições, a direita portuguesa costuma achar que as suas receitas são divinas e prefere lixar as eleições.
  
Mas recear que Passos Coelho se pode transformar num ditador seria abusivo, até para se ser um ditador é conveniente ter capacidades e qualificações, coisa que não sucede com o primeiro-ministro, não tem nem uma coisa nem outra.

 O populismo de Passos Coelho
 
  
Da próxima vez Passos Coelho será ainda mais popular e dirá "Eu quero que as eleições se lixem, com f grande!" A dúvida está em saber se o dirá numa reunião com os Relvinhas licenciados em Castelo de Vide ou numa discoteca, talvez no Stable, uma discoteca feita com o dinheiro dos contribuintes graças à generosidade de um autarca do PSD e que serviu para uma conhecida Astróloga dar a conhecer a Manta Rota o jet set decadente da capital..
 
 Processos judiciais

Com um país em crise e um "desvio colossal" nas contas da Madeira de que resultou a perda dos subsídios para os funcionários públicos e pensionistas o senhor da Madeira insiste em encher os tribunais com processos judiciais da treta que só visa criar nos portugueses o receio de o criticar.
  
O líder Madeirense insinuou que os bombeiros atearam os fogos, o presidente da Associação Nacional dos Bombeiros criticou e o Alberto João fez o costume, pegou no dinheiro dos contribuintes e foi gastá-lo no tribunal, fazendo pressão sobre todos os que ousem criticá-lo. Qualquer português que se lembre de criticar o despesista descontrolado da Madeira sujeita-se a um processo judicial que o obriga a pagar a advogados e custas judiciais se quiser defender-se.
  
Isto é um abuso e uma vergonha, até porque com um governo do PSD o Alberto está defendido de críticas oficiais e a esta hora qualquer processo iniciado durante a legislatura anterior já foi retirado pelos amigos do Alberto.

 A reforma administrativa de Lisboa

Um visitante do Jumento alertou para os erros no diploma da reforma administrativa de Lisboa que motivaram a devolução do diploma ao parlamento, tendo Cavaco Silva criticado a sua falta de qualidade.

Desta vez Cavaco tinha razão. Infelizmente começa a ser raro.
 

  
 Esperar é a nossa sina
   
«As declarações dos ministros levam-nos a considerar que, antes da sua auspiciosa aparição, estava tudo errado. Na administração, na saúde, na educação, nas finanças, na gestão vulgar da res publica, a soma era um conjunto de erros grosseiros. Pedro Passos Coelho e os seus surgiram como virtuosos salvadores da pátria. Os "endireita o sítio", como se dizia daqueles iluminados, tidos como pouco místicos e nada existenciais, que actuavam de sarrafo e sem credo.
  
Será que os governantes que os antecederam eram gente sem talento, sem grandeza e desprovidos da mais leve centelha de competência? Com uma ligeireza que raia a mais vil malevolência, quando os adversários estão no poder são os piores que há, e eles, os que chegaram, irão melhorar consideravelmente as coisas e a nossa vida.
  
A verdade é que, ainda ontem, as notícias divulgadas (porque numerosas são as omitidas) dizem que o défice aumenta; vai haver manigâncias para novos aumentos de impostos; o número de desempregados atingirá níveis ainda mais preocupantes do que os de agora, e manter-se-ão os subsídios de férias e de Natal para um grupo seleccionado de inconfundíveis. O denominado "desenvolvimento consistente", apregoado por esta clique no poder, configura uma triste facécia, ainda por cima apoiada pelas frases amigas do dr. Cavaco. E a perspectiva de alteração não é de molde a regozijarmo-nos.
  
O conceito de Europa foi desagregado pelas debilidades da própria utopia. O poder dos mais fortes impôs-se, uma vez ainda, com punições e castigos (por exemplo à Grécia) que dissolvem qualquer esperança de reconstrução das ideias generosas dos fundadores. Melhorou tudo para os poderosos e piorou tudo para os mais fracos. O capitalismo venceu e robusteceu-se; perderam todos aqueles que, um tanto ingenuamente, pensavam ter alcançado um mundo equilibrado.
  
Os vencedores estão por todo o lado. Infiltraram-se nas empresas, nas companhias, no Estado. Estão nas faculdades, nas decisões, nos aparelhos ideológicos de comando. E, habitualmente, não são os melhores. Dir-se-á que sempre foi assim. Apenas presumíamos que, com a democracia, a sociedade melhoraria na forma e no conteúdo. O «homem novo» foi um embuste político, cultural e moral. Tudo piorou, até se chegar à degradação actual. Passos Coelho e o seu Governo são uma consequência directa, não um incidente à espera de acontecer. Fomos nós quem o permitiu. O voto comporta estas surpresas e estas contradições. Mas é o que há.
  
Não acredito, seriamente não acredito, que este Governo caia antes de tempo. Aliás, o PS não me parece muito interessado em antecipar a queda. A situação é tão grave, a estrutura social é tão preocupante, que aos socialistas resta esperar. Esperar quê? Que o tempo resolva o que, neste momento, os políticos não conseguem.» [DN]
   
Autor:
 
Baptista Bastos.
   
 A "paciência" terá limites?
   
«Em poucos dias, já são dois os bispos a sair da sacristia, onde era suposto deverem estar confinados a tratar em dedicação exclusiva de assuntos divinos, para apontar o dedo acusador a César, responsabilizando-o pela tragédia social que se abateu sobre o país, cuja verdadeira dimensão a Igreja, através da sua obra assistencial, conhece provavelmente melhor do que ninguém.
  
E se D. Januário Torgal Ferreira falou, referindo-se a alguns membros do actual Governo, de "tipos que lutam pelos seus interesses, têm o seu gangue, têm o seu clube e pressionam a comunicação social", o arcebispo de Braga, D. Jorge Ortiga, fala de políticos para quem "muitas vezes e quase sempre, vale apenas o [seu] bem-estar pessoal ou, quando muito, do seu grupo ou partido".
  
Tudo indica que o primeiro-ministro se terá precipitado quando agradeceu ao bom povo português a "paciência" com que vem suportando as medidas de austeridade impostas ao país pelo seu Governo, a pretexto de uma crise de que são responsáveis e principais beneficiários os "interesses", "gangues", "grupos" e "partidos" de que falam os bispos.
  
Talvez tenha sido justamente esse agradecimento que, por soar excessivamente a hipocrisia, terá feito saltar finalmente a tampa, já não digo do bom (e, a crer no primeiro-ministro, "piegas") povo português, mas do povo de Deus ou, pelo menos, dos seus representantes.» [JN]
   
Autor:
 
Manuel António Pina.
     
  
     
 Os alemães são estúpidos
   
«"Estamos a fazer tudo o que podemos para assegurar que a Grécia fica de pé. E eles [os alemães] fazem tudo o que têm ao seu alcance para garantirem que falhemos. Não sei se o fazem conscientemente ou por serem estúpidos", disse ontem Antonis Samaras, o primeiro-ministro grego, em uma reunião com deputados do seu partido, a Nova Democracia.
  
As palavras duras de Samaras seguem-se a um coro de posições alemãs, sobretudo dos liberais - do FDP, o partido minoritário na coligação chefiada por Ângela Merkel -, empurrando a Grécia para fora da zona euro. O jornal alemão "Der Spiegel" ampliou o efeito das palavras de Samaras.» [Expresso]
   
Parecer:
 
Já tínhamos reparado.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
      
 Obrigadinho ó merceeiro holandês!
   
«A Jerónimo Martins revelou pela primeira vez o impacto que o desconto de 50%, realizado no 1º de Maio, teve nas contas da empresa. A promoção custou ao grupo um esforço extraordinário de 10 milhões de euros, valor que, todavia, a empresa considera uma aposta no crescimento e desenvolvimento da marca.» [Dinheiro Vivo]
   
Parecer:
 
Dez milhões para concorrer com Belmiro mas atacando os sindicatos e o dia 1.º de Maio para perder clientes e colocar em riso a segurança das lojas.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Mandem-se os parabéns ao merceeiro holandês.»
   
 BdP lixa os pensionistas para poupar os funcionários
   
«O Banco de Portugal informou hoje que vai "reter o pagamento dos subsídios" de férias e de Natal aos trabalhadores e pensionistas "até que os tribunais decidam a questão jurídica colocada pela aplicação da lei". O Presidente da República, Cavaco Silva, e a ex-ministra das Finanças, Manuela Ferreira Leite, estão entre os visados pela retenção dos subsídios do Banco de Portugal.» [DN]
   
Parecer:
 
A actuação do BdP tem sido execrável e vergonhosa.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «»
   
 Lá estão estes portugueses coma mania de organizar manifs
   
«Cerca de uma centena de manifestantes concentrou-se junto à Câmara Municipal de Cantanhede e recebeu o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, com assobios e palavras de ordem contra as políticas do governo.
  
Os manifestantes, que têm bandeiras negras e cartazes com frases contra o Governo e o primeiro-ministro, representam, entre outros, diversos sindicatos ligados à União de Sindicatos de Coimbra (afeta à CGTP-IN) e o Sindicato dos Professores da Região Centro.» [JN]
   
Parecer:
 
Com tanta manifestação organizada compreende-se que o primeiro-ministro se esteja lixando para eleições.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
   
 Kim Jong-Un casou-se
   
«A televisão estatal da Coreia do Norte confirmou, esta quarta-feira, que Kim Jong-Un se casou e identificou a mulher como Ri Sul-Ju. Contudo, surgiram rumores da mulher ter sido cantora pop e antiga namorada de Kim-Jong-Un.» [JN]
   
Parecer:
 
Pois, numa monarquia convém pensar nos herdeiros.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se a Jerónimo de Sousa se já foi convidado para padrinho ou se vai sugerir o Bernardino.»
   
 Mais um processo para os portugueses pagarem
   
«O presidente do Governo Regional da Madeira informou, esta quarta-feira, que o presidente da Associação Nacional de Bombeiros Profissionais, Fernando Curto, vai "responder criminalmente" pelas afirmações relacionadas com a origem dos incêndios nesta ilha.» [JN]
   
Parecer:
 
É bom que se saiba que todos os custos dos processos judiciais com que Alberto João persegue os que ousem criticá-lo são pagos pelos contribuintes, o mesmo não sucedendo com os que são perseguidos por esta virgem ofendida.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Altere-se a lei e o Alberto que pague os processos.»