quinta-feira, julho 12, 2012

Umas no cravo e outras na ferradura




Foto Jumento


Sala de audiência no antigo Tribunal da Boa Hora, Lisboa
Imagens dos visitantes d'O Jumento


Valença [A. Cabral]
  
A mentira do dia d'O Jumento 
   
 
De entre as muitas actividades curriculares que permitiram a Relvas ter mais créditos do que os que Portugal recebeu da troika está a sua passagem como bombeiro voluntário. Aliás, foi esta passagem que leva o PCP a quase não incomodar o ilustre dr. Miguel Relvas, limitando-se Jerónimo de Sousa a dizer que "canudos há muitos", expressão típica de um velho metalúrgico que desdenha quem os tem. 
  
Mas a imagem explica a muita simpatia que o PCP tem por Miguel Relvas, simpatia extinsível a todo o governo que ajudou a que fosse eleito, mas especialmente pelo ilustre dr. Relvas. Na imagem vê-se uma fotografia do ilustre dr. Relvas poucos minutos depois de ter salvo das chamas o gato Gaspar, do militante comunista Honório Novo.  

Jumento do dia


Mário Nogueira, líder da FENPROF

Se há alguém neste país que não tem autoridade moral para atacar a política deste governo para a educação é Mário Nogueira, faz mais sentido pedir a aopinião ao cavalo da estátua equestre de D. José Primeiro no Terreiro do Paço.

Mário Nogueira organizou centenas de esperas a José Sócrates e à ministra da Educação para os vaiar, promoveu manifestações a torto e a direito, inventou invasões policiais de sindicatos, fez tudo o que estava ao seu alcance para derrubar o governo do PS, seguindo as instruções do seu partido, onde é membro do comité central.

Mário Nogueira sabia o que esta direita queria, conhecia o seu projecto constitucional, sabia o que estes liberais pretendiam, mesmo assim não esmoreceu no seu apoio à direita, gesto que ficou celebrizado pela sua ida à Madeira para ajudar o governador local. Não escondeu a sua alegria com o novo governo, ninguém se esquece da quase vénia que fez a Passos Coelho. No início apoiou todas as medidas que condenou, aceitou a avaliação tal como estava, elogiou o encerramento de escolas, não se opôs às mexidas curriculares, era só sorriso e diálogo.

Agora que é evidente o objectivo do governo o líder da FENPROF e do PCP não sabe o que fazer, ajudou de forma activa ao despedimento de milhares e milhares de professores, os contratados foram a sua tropa de choque e agora não tem outro remédio senão verter lágrimas de crocodilo pelo seu despedimento em massa. Mas esquece que tudo o que fez conduziu a este resultado, Mário Nogueira vai ser o autor moral do despedimento colectivo de professores.

Desorientado e perdido tenta agora colar-se aos médicos, mas tem um problema, os sindicatos dos médicos são sindicatos, não estão a mando dos Mários Nogueiras e outros profissionais do sindicalismo para quem as mordomias sindicais estão acima do interesse dos professores e quando as perderam não hesitaram em ajudar a direita mesmo que isso resultasse no despedimento de milhares de colegas. A língua portuguesa tem uma palavra para designar este tipo de gente, canalhas.
  
«Mário Nogueira, secretário-geral da Fenprof, acusou ontem o Governo de preparar o maior despedimento colectivo da história, atirando para o desemprego quase todos os contratados. "Desempregados vão ficar praticamente todos os contratados, entre 15 mil a 20 mil professores", disse, em conferência de imprensa no Porto, estimando ainda que "entre sete a oito mil professores dos quadros ficarão com horário zero".
  
Segundo os dados do Ministério da Educação e Ciência, em 2010/11 havia 36 mil docentes a contrato. N ano lectivo transacto, o número terá diminuído mas dificilmente chegará aos 20 mil a que alude Nogueira.
  
Confrontado pelo CM com esta disparidade de números, o líder sindical afirmou estar apenas a referir-se aos cerca de 20 mil professores que foram reconduzidos e contratados no ano lectivo passado, a maioria com horários completos. Nas contas do responsável sindical não entram assim os contratados via bolsa de recrutamento e oferta de escola. Segundo o dirigente, medidas como a criação de 150 mega-agrupamentos, o aumento para 30 do número máximo de alunos por turma e a revisão da estrutura curricular vão "retirar 25 mil horários de trabalho das escolas". Mário Nogueira apelou por isso à participação na manifestação de professores de amanhã, em Lisboa, para "mostrar indignação contra o que está a acontecer". O protesto está agendado para as 14h30, do Rossio até à Assembleia da República.» [CM]

Kim Jong-un já tem a sua canção


A melhor que recebi por email


Dantes mandavam a PIDE



Usar uma ovelha ranhosa para atacar toda uma classe em dia de greve revela que ainda há gente que é alérgica ao exercício da liberdade.
   
 

TÍTULO 10

«Portugal está, novamente, dividido entre "eles" e "nós." Como no tempo do fascismo nada temos a ver com decisões, não partilhamos o que nos impingem, desconhecemos o que engendram, ignoram-nos e desprezam-nos. Não há que escapar à expressão das palavras. A pátria transformou-se numa instância de encerramento para a maioria dos portugueses, e quem reina perverteu completamente a natureza do 25 de Abril. O poder do PSD-CDS não é um meio, mas um fim. Uma cegueira e uma surdez patológicas caracterizam este governo, cuja classe a que pertence já manifesta, ela própria, sinais de embaraço e de inquietação.
  
Demonstrações de protesto e de cólera acompanham os governantes, para onde quer que vão. O Presidente da República não escapa à ira. É refém da teia reticular com a qual se cumpliciou, esquecendo os compromissos de honra e a qualidade imparcial das funções que exerce. As vaias de que é objecto representam não só um ricochete pelas conivências em que se enredou, mas uma acusação reiterada às máscaras sob as quais se pretende ocultar.
  
O imbróglio do ministro Miguel Relvas, doutor em forma tentada, que alguns (entre eles o Marcelo Rebelo de Sousa) intentam confundir com o caso Sócrates, não só abala as estruturas do Executivo como se estende à sociedade portuguesa para se inscrever num capítulo da amoralidade. Entre as ambiguidades das declarações de próceres da Direita e o silêncio do ministro Nuno Crato, a desagregação atingiu as raias do absurdo. Vamos acreditar em quem?, se a razão dominante nos dirige, violentamente, para patamares que esvaziam a índole de todos os valores.
  
O Tribunal Constitucional, ao considerar falhas de legalidade as supressões dos subsídios de férias e de Natal, colocou o Governo sob a espada de Dâmocles. Qualquer que seja a decisão a tomar, ela será, sempre, contra Passos Coelho. Igualizar o público com o privado equivale a uma tempestade imprevisível, que os patrões temem e a que expressamente se opõem. Aumentar os impostos, como?, se o sufoco já é asfixiante, e as exteriorizações populares começam a chegar a níveis preocupantes.
  
Pedro Passos Coelho e as suas obstinações estão a empurrar-nos para perímetros até agora desconhecidos e, por isso mesmo, perigosíssimos. A situação portuguesa é calamitosa, e as indignações populares renovam-se, em vários sentidos e direcções, quando as coisas parecem calmas e tranquilas. O lugar do trabalho não merece, ao primeiro-ministro e aos seus, o respeito e a supremacia exigíveis. Com a desfaçatez comum a quem não presta contas, e deseja irresponsabilizar-se, após o veto do Constitucional, declarou, impante e malicioso, "agora, a oposição diga o que devemos fazer".
  
Levanta-se a questão de saber, afinal, o que é a dignidade em política, quando a estratégia da dissimulação se substituiu ao princípio da honra.» [DN]
     

Mário Nogueira preocupado com o rendimento dos alunos

«Mário Nogueira, secretário-geral da Federação nacional dos Professores (Fenprof), referiu esta terça-feira no Porto que prevê um agravamento dos resultados escolares dos alunos, na sequência de todas as medidas tomadas nos últimos anos.» [CM]

Parecer:

quando mandou "incendiar" as escolas seguindo a estratégia do PCP de derrubar o governo para permitir que a direita governasse o líder da FENPROF nunca se sentiu incomodado com o rendimento dos alunos.

Nesse tempo Mário Nogueira era uma vedeta nacional, os jornalistas amigos da direita não o largavam, todos os dias aparecia nas televisões. Agora foi votado ao desprezo.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Vomite-se.»
  
O IVA sobe três pontos em Espanha

«O primeiro-ministro de Espanha está a explicar esta manhã os resultados da cimeira europeia no Congresso dos Deputados e a anunciar mais medidas de austeridade e de contenção de custos para tentar travar a crise no país vizinho.A redução da prestação do subsídio de desemprego faz parte da lista, tal como o corte do subsídio de Natal.» [DN]

Parecer:

É a troika sem a troika.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Espere-se para ver.»
  
Dossier de Relvas na Lusófona é um barrete

«Os documentos que os jornalistas puderam consultar sobre a atribuição da licenciatura em Ciência Política ao ministro-Adjunto e dos Assuntos Parlamentares nada dizem sobre as que datas em que Miguel Relvas prestou provas na Universidade Lusófona, os nomes dos professores que o avaliaram ou as notas obtidas nos diferentes momentos de avaliação previstos.
  
Também não se encontra no dossier nenhum comprovativo da realização da cadeira de Ciência Política e Direito Constitucional na Universidade Livre, a única que Miguel Relvas tinha concluído quando apresentou a sua candidatura à Lusófona, em 2006.
  
Apesar de não ter mais nenhuma disciplina feita, a instituição de ensino acabou por dar equivalência a 32 das 36 cadeiras que compõem o curso de Ciência Política e Relações Internacionais, justificando-o com a "elevada experiência profissional que se reparte por três domínios: cargos públicos, funções políticas e nos domínios empresariais e de intervenção social e cultural".
  
O parecer de três páginas - assinado por Fernando dos Santos Neves, então reitor da Universidade, e José Feliciano, na altura diretor da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Lusófona - que sustenta estas equivalências tece considerações genéricas sobre a forma como o percurso profissional de Miguel Relvas lhe foi dando competências e conhecimentos nos vários domínios científicos do curso.
  
Nesse sentido, propõe a atribuição de 160 créditos (num total de 180) por todo o percurso de vida do agora ministro, sem especificar que cargo específico dava direito a dispensar a determinada cadeira. Os restantes 20 créditos seriam obtidos com a frequência e avaliação de quatro cadeiras do curso. No entanto, no processo do ministro não constam todos os comprovativos dos cargos exercidos ou as datas durante as quais exerceu essas funções.» [Expresso]

Parecer:

Pobre Relvas.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Apele-se a Relvas para que não se demita, com a crise o país precisa de anedotas.»
  
Há 880 mil escravos na UE

«Perto de 880 mil pessoas são vítimas de trabalhos forçados, incluindo exploração sexual, na União Europeia, atualmente, segundo dados hoje divulgados pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), que tem trabalhado com Portugal no combate ao fenómeno.
  
No relatório intitulado "Trabalho Forçado: Um Problema da União Europeia", Portugal é identificado como um dos que tem vindo a empregar medidas como o reforço da capacidade de inspeção para combate ao fenómeno, que se tornou "num problema sério".» [Expresso]

Parecer:

Uma vergonha.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se a Durão Barroso o que a Comissão tem feito neste domínio.»
  
Pobre dr. Macedo

«A greve de médicos teve uma adesão a nível nacional que ultrapassou os 95 por cento, anunciou hoje o dirigente da Federação Nacional dos Médicos (FNAM), Mário Jorge Neves.
  
Discursando para as várias centenas de médicos que se encontram concentrados em frente ao Ministério da Saúde desde as 15:00, Mário Jorge Neves disse que, “neste momento, sem demagogia e com todo o rigor, podemos dizer que a greve a nível nacional ultrapassa os 95 por cento”.
  
Especificando por unidade hospitalar, o dirigente da FNAM afirmou que a adesão no Hospital de Santa Maria foi de 98 por cento, em São José de cem por cento e, no Curry Cabral, de 95 por cento.» [i]

Parecer:

Esta greve é o fim da mentira criada em torno da competência de Paulo Macedo, uma personagem vulgar, de inteligência mediana e um espertalhão a gerir a sua imagem quando tal é possível graças a trabalho alheio.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Aguarde-se por uma remodelação governamental.»
  
Gaspar estará a dizer a verdade?

«O Ministério das Finanças garante que nenhum membro dos gabinetes ministeriais tem direito a receber subsídio de férias. O esclarecimento foi dado depois de o Correio da Manhã noticiar que o Executivo pagou esta prestação suplementar às pessoas nomeadas para os respectivos gabinetes.» [Público]

Parecer:

Nem os funcionários requisitados ao Banco de Portugal para os gabinetes ou para dirigentes de organismos do Estado?

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se ao Gasparoika.»