sábado, julho 28, 2012

Umas no cravo e outras na ferradura


 
   Foto Jumento
 
 
Navio-escola "Sagres"
   
Imagens dos visitantes d'O Jumento
 

   
Ponte de Lima [A. Cabral]   

Jumento do dia
  
Assunção Cristas
 
Parece que a ministra tem o fetiche do castigo, uma ministra que acha que deve recusar apoios a agricultores porque não fizeram seguros confunde o exercício da pasta governamental com o papel de pedagoga dos agricultores, papel que ninguém lhe encomendou.

Compreende-se que um agricultor que não tenha feito seguro não possa exigir maiores apoios do que aquele que fez um seguro, o que não é inaceitável é que seja discriminado porque não fez um seguro e por isso não recebe qualquer apoio. Aliás, a senhora dificilmente poderá comportar-se desta forma tão judaico-cristã como se aprende nas nossas sacristias pois se os dinheiros forem comunitários são regidos por regulamentos comunitários e não é a ministra a dizer quem é ou não elegível para receber apoios.

Alguém faz ao país o favor de demitir esta incompetente?

«O Governo não irá apoiar financeiramente os agricultores do Douro que viram as suas culturas destruídas pelo granizo, soube o Expresso fonte oficial do Ministério da Agricultura.
  
Ontem à noite em entrevista à TVI, a ministra da Agricultura deixou claro que só os agricultores que tinham seguro de colheita teriam acesso aos apoios que viessem a ser concedidos.
  
"Não se pode beneficiar quem não teve o cuidado de fazer os seguros", disse Assunção Cristas.» [Expresso]
   
 Voltou


 A venda do Pavilhão Atlântico
 
Sabendo-se que o genro de Cavaco Silva comprou o Pavilhão Atlântico em saldo, que vai recuperar o investimento enquanto o diabo esfrega um olho e que Cavaco Silva está, tal como Vítor Gaspar, protegido da austeridade enquanto pensionista do BdP a dúvida agora está em saber quantos vencimentos me vão custar o Pavilhão Atlântico.
  
Cabendo a Cavaco Silva a promulgação dos OE e sabendo-se da tentação deste governo para medidas inconstitucionais os portugueses estariam mais tranquilos se o governo não tivesse vendido um pavilhão (que ninguém o obrigou a vender) a um familiar de quem muitas vezes tem a faca e o queijo na mão.
  
Neste país onde uns sofrem com austeridade e outros enriquecem mais facilmente do que nunca e cabendo ao governo  e ao Presidente da República quem vai passar fome e quem vai comprar um BMW novo seria mais saudável para a democracia que este tipo de negócios não se realizassem ou caso fosse mesmo necessário que os preços fossem outros. Assim sendo ficamos com a sensação de que alguém foi autorizado a cortar os subsídios e a desculpa de Cavaco para não mandar o OE para o Tribunal Constitucional foi mesmo muito esfarrapada. Até nos podem dizer que o genro do Cavaco Silva é um comerciante como qualquer outro, pois é, mas o facto é que Portugal já teve outros três presidentes eleitos, todos eles com família e não há memória nem de negócios com acções da SLN nem de vendas de património público a preço de saldo aos seus familiares. Da mulher de César não se espera apenas que seja honesta, exige-se que pareça.
  
Este país está mesmo a bater no fundo, começa a ser difícil encontrar alguém de confiança
 
 Boicotar o Millennium-BCP por uma questão de higiene nacional

Era capaz de ser cliente de alguém que defende que lhe devem cortar subsídios depois de lhe cortarem dez por cento dos vencimentos, de lhe aumentarem as contribuições sociais? É evidente que não, não só compraria nada como designaria tal besta por filho da puta, com o devido respeito pela sua desafortunada mãe.

Ora, é isso que o presidente do Millennium BCP defende ao meter-se onde não é chamado e criticar os juízes do TC por terem libertado os funcionários e pensionistas de serem os únicos a carregar com o fardo da austeridade brutal.

Se é funcionário público ou pensionista e é cliente do Millennium BCP pense duas vezes, pense bem se não é parvo ao estar a ajudar sacanas que usam o poder dos seus bancos para o tramarem. Seja inteligente, boicote este banco!

Ver um dirigente de um banco que ao longo de anos poupou nos impostos, que beneficiou de esquemas duvidosos para se escapar ao cumprimento das suas obrigações fiscais vir defender que uns devem ser tramados para que o seu banco volte a ter lucros chorudos e as suas acções a valerem mais do que um pacote de açúcar é de ir ao vómito. Ainda por cima este senhor sabe que por tradição os funcionários públicos são clientes da CGD, isto é, ao tramarem os funcionários do Estado não atingem os seus clientes.

Boicotar este canalha é um dever de todos os portugueses livres e honestos, é uma questão de higiene nacional.

«O presidente executivo do Millennium BCP considerou hoje que essa decisão do TC "foi muitíssimo infeliz" e que "vai implicar um conjunto de decisões que podem ter um efeito nocivo na economia de Portugal".


Na conferência de apresentação de resultados semestrais, Nuno Amado referiu que "na minha perspectiva entendo que a posição de partida dos grupos sócio-económicos não é a mesma. E nessa avaliação, faltou algum cuidado."» [DE]

 Jogos Olímpicos


A cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos de Londres homenageou o Serviço Nacional de Saúde britânico com tema "Tubular Bells", de Mike Oldfield. Cá temos um governo que evidencia um desprezo olímpico pelo SNS.
 
 The Beatles "Hey Jude"
 
    

  
 1ª Carta de S. Paulo aos populares
   
«A epístola que o líder do CDS e ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros dirigiu esta semana aos militantes populares, por ocasião do 38º aniversário do partido, confirma a estratégia que Paulo Portas escolheu desde o início: estar no Governo com um pé dentro e um pé fora.

Suficientemente dentro para poder reclamar o seu quinhão nos louros, se acaso os houver; suficientemente longe das medidas difíceis para controlar os danos eleitorais, se as coisas correrem mal.
  
Esta esperteza estratégica, consentida pelo primeiro-ministro por razões que a razão desconhece, ficou clara logo na formação do Governo. Para o CDS, ficaram as pastas menos expostas e mais propícias a iniciativas populistas: a Solidariedade Social (com o seu caridoso programa de Emergência Social, amputada das questões laborais e do desemprego), a Agricultura (acrescida das simpáticas áreas do ambiente e do mar) e os Negócios Estrangeiros (com o bónus da diplomacia económica e do AICEP), lugar perfeito para salvaguardar a imagem do líder do partido e justificar, por dever de ofício, as suas prolongadas ausências. Para o PSD e para os independentes escolhidos pelo primeiro-ministro, ficou o resto: todas as áreas de fogo e todas as tarefas difíceis e desgastantes.
  
A relativa ausência do CDS e do seu líder na frente de combate, acentuada pelos sinais de distanciamento do partido e de alguns dos seus notáveis, tem vindo a gerar uma crescente incomodidade face à desigual distribuição do esforço e do empenhamento no seio da coligação. Mas não haja ilusões: não é defeito, é feitio. A carta agora dirigida aos militantes prova que a estratégia do CDS veio para ficar.
  
A mensagem central de Paulo Portas nesta sua primeira carta aos populares é clara: "O nível de impostos já atingiu o seu limite", diz ele. Naturalmente, Portas dispensa-se de explicar que esse limite foi atingido agora, com o CDS no Governo e até na Secretaria de Estado dos Assuntos Fiscais, em resultado do brutal aumento de impostos que o próprio CDS concordou em decretar muito para lá do previsto no Memorando da ‘troika'. Fiel à sua estratégia, o que Portas pretende é fazer descolar a imagem do CDS da austeridade fiscal, sobrepondo-lhe a iniciativa da contestação pública a mais impostos, ainda que isso implique confrontar a ‘troika' e o próprio primeiro-ministro. Sendo assim, o verdadeiro recado desta carta de Paulo aos populares - e aos eleitores - é este: nesta coligação, quem se bate contra o aumento de impostos e o excesso de austeridade é o CDS.
  
Este comportamento não será, talvez, de uma lealdade exemplar mas não pode surpreender quem ainda se lembre da campanha eleitoral de 2005. Também nessa altura, caído em desgraça o Governo de Santana e Portas, a campanha do CDS assentou, essencialmente, num exercício de publicidade comparativa com o PSD, em que o CDS se apresentava como "a parte boa" de uma coligação falhada. Quem não se lembra do CDS dizer que, tendo entrado na coligação com apenas 8%, só podia ter 8% das responsabilidades?
  
Paulo Portas sabe que tem encontro marcado com esse destino: o dia em que os eleitores, avaliando o Governo, vão também avaliar o desempenho de cada um dos parceiros da coligação. Sabendo isso, desta vez tratou das coisas desde o início e todos os passos do CDS estão calculados em função desse julgamento eleitoral. É certo, diz o povo: "quem anda à chuva, molha-se". Mas há sempre quem tenha a legítima esperança de passar entre os pingos da chuva. E uma coisa é certa: não parece nada que Paulo Portas se esteja "a lixar" para as eleições.» [DE]
   
Autor:
 
Pedro Silva Pereira.
   
     
 Qual crise?
   
«O lucro da Galp cresceu 56,7 por cento no primeiro semestre deste ano face ao mesmo período do ano passado, atingindo os 178 milhões de euros, anunciou esta sexta-feira a empresa. Em comunicado divulgado na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a petrolífera portuguesa refere que este crescimento representa um aumento do lucro em 64 milhões de euros e diz que todos os segmentos de negócio contribuíram de forma positiva para os resultados.» [CM]
   
Parecer:
 
xxx
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «»
      
 Isto está a ficar bonito
   
«A Grécia deve deixar a zona euro "o mais rapidamente possível" para evitar mais danos no bloco monetário a que a Letónia se juntará em 2014, afirmou hoje o ministro das Finanças letão, Andris Vilks.» [DN]
   
Parecer:
 
Este ainda não entrou no euro e já manda postas de pescada
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Lamente-se.»
   
 Grandes Gaspar
   
«O presidente da Rede Europeia Anti-Pobreza na Europa afirma que a crise e a austeridade está a agravar a situação de crianças e idosos. Em declarações à Renascença, Sérgio Aires, referiu que “os últimos números são de 18%, mas além de se referirem a 2010, reflectem apenas uma parte do problema, pois a linha de risco de pobreza deixa muita gente acima dela por alguns euros”.» [i]
   
Parecer:
 
Nunca um ministro das Finanças foi tão bem sucedido.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se ao Gaspar quantos mais portugueses pretende ver na miséria para se sentir feliz e realizado.»
   
 Social-democrata, diz-se ele
   
«O presidente da Câmara de Gaia defendeu hoje que "ser social-democrata na penúria" é salvar "o essencial" do serviço nacional da saúde, da escola pública e do apoio social aos mais desfavorecidos, como tem feito o Governo.
  
"O Governo tem feito, do ponto de vista da valoração do seu ponto de vista ideológico, aquilo que é possível nesta altura. Ser social-democrata na penúria em que está o país é salvar o essencial do serviço nacional de saúde, do que é a escola pública e das prestações sociais dirigidas aos mais desfavorecidos", observou Luís Filipe Menezes.» [i]
   
Parecer:
 
Estes senhores da direita ultra conservadora e populista têm vergonha de se assumirem enquanto tal e escondem-se atrás de designações falsas. Querem reduzir o estado ao social e dizem estar a defender o seu essencial ao mesmo tempo que têm um governo e mais alguns palhaços que promovem a caridade institucionalizada.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Vomite-se.»
   
 Espanha aprova penas de prisão para gestores públicos
   
«O conselho de ministros espanhol aprovou hoje o projeto de lei da Transparência, Acesso à Informação Pública e Bom Governo que prevê a alteração do Código Penal, de modo a castigar com penas de prisão gestores públicos que prevariquem.
  
O Governo propõe que sejam aplicadas penas de prisão, de um a quatros anos, para quem falsear a contabilidade ou ocultar documentos e informação, que resultem em prejuízos para a entidade pública.» [Expresso]
   
Parecer:
 
Cá também falaram muito disso mas quando repararam que as penas só se aplicariam do actual governo em diante mudaram de ideias.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sugira-se a Passos Coelho que não seja tão esquecido.»
   
 O Estado não tem gente a mais
   
«O presidente do Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE), Bettencourt Picanço, disse hoje à Lusa que o tempo de espera entre o pedido e a atribuição da reforma chega a ser superior a um ano.
  
"A demora tem vindo a acentuar-se face ao aumento do número de pedidos", referiu o sindicalista, sublinhando no entanto considerar "inaceitável" que o tempo de deferimento chegue, em alguns casos, a ultrapassar os 12 meses. Para Bettencourt Picanço, a degradação da situação económica e "a precariedade que os trabalhadores sentem nos serviços face às leis orgânicas que vão sendo publicadas" são os principais motivos para o aumento do número de pedidos de reforma.» [Expresso]
   
Parecer:
 
Dizem que o Estado tem gente a mais mas a verdade é que cada vez mais atrasam intencionalmente a aprovação das reformas.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»