sexta-feira, julho 20, 2012

Umas no cravo e outras na ferradura


 
   Foto Jumento
 

   
Figura de proa do "Europa", The Tall Ships Races Lisbon 2012
      
A mentira do dia d'O Jumento
 

A vaga de solidariedade com o dr. Relvas alarga-se a todo o mundo com as crianças a multiplicarem iniciativas apelando a Relvas que vá estudar. Trata-se de um autêntico tsunami mundial de solidariedade com um político que em jovem não teve tempo de estudar porque se bateu pela liberdade dos portugueses, depois não teve tempo de estudar porque ia a todas as manifestações espontâneas organizadas pelo Mário Nogueira, mais tarde voltou a não ter tempo para estudar porque a defesa da liberdade do pessoal das secretas e dos jornalistas do Público o impediram de agarrar npos livros.

Crianºças de todo o mundo acusam Passos Coelho de impedir Miguel Relvas de estudar, não compreendem porque razão Passos Coelho chegou a licenciado estudando e o Miguel Relvas foi forçado a licenciar-se sem estudar. Há crianças chinesas a ocupar a Grande Muralha da China, os astronautas da estação espacial recusam-se a embarcar no voo de regresso, o pessoal do submarino Arpão ameaça fugir com a embarcação para os cofres do BPN, a ministra da Justiça ameaça propor para Procurador-Geral alguém, que não ama o MP, o Paulo Macedo diz que só aumenta os enfermeiros quando o Relvas provar que já estudou a tabuada, o Gaspar recusa-se a explicar mais desvios enquanto o Relvas não estudar, o pelotão da Volta à França ameaça acabar a prova antes desta chegar a Paris, o cão do Obama ameaçar recusar a nacionalidade portuguesa enquanto o Relvas não estudar.

Vai estudar Relvas! é o que se ouve por esse mundo fora e o que mais se zurra neste humilde palheiro.

Jumento do dia
 
Miguel Macedo, ministro da Administração Interna   
 
Como manda o figurino o desconhecido ministro da Administração Interna prometeu a ajuda do governo à Madeira, para logo acrescentar que existem programas comunitários. Enfim, o ministro prometeu ajuda diplomática!

Aquilo de que o pobre Macedo não esperava é que fosse o primeiro-ministro a dizer depois que ainda é cedo para se falar de ajuda à Madeira. Tem razão, com o dinheiro dos outros primeiro convém perguntar.

«O ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, prometeu o apoio do Governo português à Região Autónoma da Madeira. Ainda não foi feito o levantamento do valor dos danos provocados pelos incêndios, mas o governante lembrou que há programas de apoio comunitário que podem ser accionados nestes casos.» [DN]

«O primeiro-ministro, Passos Coelho, considerou hoje ser ainda cedo para um balanço sobre a necessidade de auxílio de emergência à Madeira, assolada por incêndios que descreveu como "a nova tragédia do Funchal".


"Ainda é cedo para estar a fazer esse balanço. Ele será feito pelas autoridades regionais", disse Pedro Passos Coelho, à chegada esta noite a Maputo, interrogado sobre se haverá um plano de emergência ou de ajuda financeira para a Madeira.» [i]
 
 Esclarecimento a Constança Cunha e Sá
 
Informa que apesar de Fernando Ulrich ser um rapaz simpático, presidente de um banco tão competente que até propôs uma suão com o BCP e tudo o mais o dito senhor não é licenciado em nada e portanto num tempo de doutores da treta e de falsos doutores os senhor Fernando Ulrich é isso mesmo, senhor. Como se pode informar na Wikipedia o senhor Ulrich andou no então Iscef entre 1969 e 1974 e não concluiu o curso.
 
Já agora sugere-se ao sr. Fernando Ulrich que quando o tratam por doutor devia esclarecer que não o é, a humildade só lhe fica bem. Aliás, seria conveniente que o senhor Fernando Ulrich evitasse  falar de matérias sobre as quais percebe menos do que de lagares de azeite. Talvez por ser tão ignorante o senhor Ulrich se revela uma besta quadrada ao considerar os funcionários públicos como sendo responsáveis pelas decisões do Estado.
 
Ainda por cima se esperava do senhor Ulrich um pouco mais de imaginação, o argumento que usou além de ser falso, manhoso e canalha nem sequer é original, é de Paulo Portas, um rapaz que comprou submarinos e que agora acha que devem ser os funcionários a fazê-lo.
 

  
 D. Januário e os outros
   
«Que, como há 50 anos, um bispo tenha de novo erguido a voz, fazendo "política" em vez de se remeter à sacristia, eis o escândalo que agita hoje esta espécie de tempos democráticos e de liberdade de expressão em que vivemos.
  
Também em 1958 a Igreja institucional se demarcou da carta do bispo do Porto a Salazar. Revelaria mais tarde D. António que até "da Cúria vaticana alguém [lhe] disse: "Bem sabemos que isso é doutrina da Igreja; mas se, de um lado e de outro sabemos isso, para que estar a pregá-lo?".
  
Em muitos aspectos, essa carta é hoje de novo singularmente actual: voltaram à rua o "mendigo, o pé-descalço, o maltrapilho, o farrapo (...), os subalimentados"; e o "financismo 'à outrance'", o "economismo despótico", o "benefício dos grandes contra os pequenos", o "ciclo da miséria" são outra vez "o centro da Nação".
  
Por isso, mais actuais que nunca são também os versos de Sophia: "Porque os outros se mascaram mas tu não/ Porque os outros usam a virtude/ Para comprar o que não tem perdão./ Porque os outros têm medo mas tu não./ Porque os outros são os túmulos caiados/ Onde germina calada a podridão./ Porque os outros se calam mas tu não./ Porque os outros se compram e se vendem/ E os seus gestos dão sempre dividendo./ Porque os outros são hábeis mas tu não./ Porque os outros vão à sombra dos abrigos/ E tu vais de mãos dadas com os perigos./ Porque os outros calculam mas tu não".» [JN]
   
Autor:
 
Manuel António Pina.
   
  
     
 Frente anti-Crato
   
«Professores, pais, directores, funcionários, psicólogos e inspectores de educação juntaram-se numa frente comum por causa das medidas do ministro da Educação e Ciência, Nuno Crato, que aceitou receber representantes destes agentes na próxima segunda-feira, numa espécie de cimeira da Educação.» [CM]
   
Parecer:
 
Volta Lurdinhas, estás perdoada.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
      
 Censura em tempo de incêndio
   
«Pelo menos três casas já foram consumidas pelas chamas no Rochão, na freguesia da Camacha, no concelho de Santa Cruz, localidade onde os bombeiros já retiraram de casas várias pessoas. O incêndio na freguesia de Gaula, também em Santa Cruz, que começou hoje de manhã, continua descontrolado. Os bombeiros suspeitam da presença de uma mãe e dos três filhos numa casa em risco e o lar de idosos, com 90 ocupantes, foi evacuado.Os acessos ao aeroporto do Funchal já se fazem sem condicionantes.» [DN]
   
Parecer:
 
Vamos ver um Alberto João m ais manso do que o costume, a elogiar Passos Coelho e Paulo Portas.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Espere-se para ver.»
   
 Pela boca morre o peixe
   
«No dia 12 de julho, o presidente do Governo regional da Madeira falou sobre o protesto marcado para o dia seguinte da Associação dos Bombeiros Profissionais, que reclamavam melhores condições de trabalho e de vida dos bombeiros das associações do Funchal, Santa Cruz e Machico. E disse que havia um excesso de bombeiros na ilha.
  
"Quanto aos bombeiros, a questão é muito simples: em vez de quererem ser bombeiros municipais, foram-se fazendo associações. Depois o Governo foi-lhes fazendo as sedes, o equipamento que têm também foi o Governo que pagou e algumas associações, não todas, foram metendo gente sem ser preciso. E agora são eles (associações) que têm que resolver o problema", argumentou o governante madeirense. "O Governo não ia pagar 50 bombeiros onde só basta ter 30", frisou Jardim.» [DN]
   
Parecer:
 
Este Alberto anda com algum azar, se é que não é ele que já começa a dar azar à Madeira.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Leve-se o Alberto à bruxa.»
   
 Crato vai ser demitido
   
«Questionado pela deputada bloquista Ana Drago sobre se algum professor do quadro iria ser colocado no regime de mobilidade interna, o ministro ilustrou a incerteza dizendo: "Eu nem sequer lhe posso garantir que o [primeiro-ministro] Passos Coelho considera que eu continuarei a ser a melhor escolha para este governo".» [i]
   
Parecer:
 
Algo vai muito mal num governo quando um ministro não sabe se o primeiro-ministro o vai manter ou dispensar.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se a Crato se não considera ser falta de dignidade estar num governo sem saber se o primeiro-ministro o defende.»
   
 A Deloitte voltou a ter negócios na Saúde
   
«Segundo a informação disponível no site base.gov.pt, desde 2010 que a Deloitte não era contratada pelo Ministério da Saúde. Desde 2008, ano em que surgem as primeiras contratações, a empresa prestou 14 serviços a organismos tutelados pela Saúde. Destes, dez foram adjudicados quando o actual presidente dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, a central de compras que fez as recentes aquisições, era partner da empresa, responsável pela área de sector público, ciências da vida e cuidados de saúde, segundo a nota biográfica publicada em “Diário da República” aquando da nomeação para os SPMS em 2011. Raul Fonseca Mascarenhas exerceu funções na Deloitte entre Abril de 2008 e Junho de 2010, período em que a consultora facturou 787 mil euros a entidades do Ministério da Saúde como o Infarmed ou a DGS.» [i]
   
Parecer:
 
Os partners da Delloite estão de parabéns.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se ao responsável pela compras do ministério da Saúde se devemos mandar os parabéns pelo repentino sucesso comercial para ele ou para a sede da empresa.»