segunda-feira, julho 30, 2012

Umas no cravo e outras na ferradura


 
   Foto Jumento
 

Mosteiro da Batalha
   
Imagens dos visitantes d'O Jumento
 

   
Presuntos [A. Cabral]
 
Jumento do dia
   
Assunção Cristas
 
Parece evidente o critério de qualidade adoptado pela menina Assunção Cristas para o controlo dos produtos que os portugueses comem, o que não mata engorda, em vez de se fazerem controlos antes do consumo manda-se a SAE depois de consumidos.

«O Inspetor Geral da ASAE disse hoje que a Direção Geral de Veterinária deixou de pedir amostras para controlar os alimentos, mas que as ações de fiscalização aos produtos vendidos diretamente ao público se mantêm.
  
A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) "tem vindo a desenvolver a sua atividade no corrente ano exatamente nos mesmos moldes que fez nos anos anteriores", afirmou à Lusa o inspetor geral António Nunes, lembrando que a ASAE é responsável por fiscalizar os produtos manipulados que são diretamente vendidos ao público.
  
Os inspetores daquela polícia analisam os alimentos "como hambúrgueres, chouriço, carne picada, leite ou ovos que estão nos pontos de venda", para verificar se as normas de higiene e segurança alimentar estão a ser cumpridas.
  
Já os alimentos na sua origem, como por exemplo a carne num matadouro, parecem não estar a ser controlados: "O que falta fazer é controlar alguns produtos que são colocados no mercado antes de serem comercializados", admitiu António Nunes.» [DN]
   

  
 Bom senso, um bem escasso
   
«Num artigo no Financial Times, Martin Wolf dizia que até agora não tinha compreendido o sucedido nos anos 1930. Porém, a crise que atravessamos tinha-o esclarecido: "Tudo o que era necessário eram economias frágeis, um sistema monetário rígido, um debate intenso sobre o que deveria ser feito, a crença de que o sofrimento é bom, políticos cegos, incapacidade para cooperar e incapacidade para estar à frente dos acontecimentos."
  
O artigo não é recente e já foi citado e glosado por muita gente, mas a espécie de premonição do jornalista britânico ameaça, a cada dia que passa, tornar-se realidade.
  
As autonomias espanholas e os juros da dívida (7,7% na passada terça-feira) pré-anunciam o pedido de resgate total espanhol, a Itália prepara-se para tomar o lugar de Espanha como o próximo país a necessitar de ser "ajudado", o Estado grego não tem dinheiro para pagar salários em Setembro, dezassete bancos alemães vêem o seu rating reduzido e a Moody's revê em baixa as perspectivas económicas da Alemanha. Reações? O BCE admite, repito, admite reforçar o fundo de resgate para aliviar a Espanha. Apetece perguntar que tipo de reforço se está a preparar para resgatar a Itália e os países que se seguirão, ou seja, a Europa toda. Mas, claro está, não vale a pena. Nessa altura já não existirá nada para resgatar.
  
Há mais reacções. A França e a Itália acusam a Espanha de ter emitido um comunicado falso. Os franceses e italianos não teriam, como os malandros dos espanhóis terão afirmado, pedido a imediata execução dos acordos assinados a 28 e 29 de Junho (a possibilidade de os bancos serem recapitalizados directamente através dos fundos de resgate evitando assim penalizar a dívida pública). Então não se está mesmo a ver que tempo é coisa que não falta? Para quê tanta pressa? Querem ver que a seguir vamos ter a Itália e a França a dizer que não são a Espanha?
  
E ainda há mais. Patrick Doring, secretário-geral dos liberais, partido pertencente à coligação que governa a Alemanha, aconselhou a Grécia a sair voluntariamente do euro para, nas palavras dele, "gerar mais confiança nos mercados". Ui, o que os mercados vão apreciar uma zona monetária que não consegue aguentar uma economia do tamanho da grega...
  
A loucura que está a afectar os líderes europeus torna-os cegos e surdos, mudos não, infelizmente. A meio da semana, Mario Draghi veio dizer que salvará o euro custe o que custar, pediu até para acreditarem nele. A coisa, apesar de ter acalmado os mercados por uns dias, não passou de uma vulgar bravata. Nada foi dito sobre eurobonds, que subitamente desapareceram da agenda apesar de existir um consenso entre toda a gente que reflecte sobre a crise sobre a sua necessidade (excepção feita, claro está, ao Governo português e aos comentadores económicos portugueses que transformaram jornais como o Financial Times ou o Economist em autênticos novos Pravdas). Quanto ao BCE e ao seu estatuto também nada está a ser mudado. Nem uma palavra sobre a possibilidade de o banco ser o garante final da dívida, emitindo moeda no limite. O presidente do BCE acha que se falar muito alto e fizer um ar de salvador da Europa alguma coisa mudará. Não muda.
  
O euro está a morrer e com ele muitas outras coisas correm o risco muitíssimo sério de desaparecer. O projecto europeu será o primeiro a perecer. O mais bem-sucedido projecto de cooperação internacional da história, aquele que mais bem-estar trouxe aos seus povos na história da humanidade, o que garantiu o mais longo período sem guerra na Europa, sucumbirá. Cairá pelas razões que Martin Wolf tão bem enunciou, mas resultado também da desconfiança e da falta de cooperação entre parceiros, da incapacidade de corrigir os erros na construção do euro, dos complexos alemães, da cegueira ideológica e da falta de transparência democrática na construção europeia. A democracia cairá logo a seguir: não há democracia que consiga aguentar o colapso económico e social que o fim do euro provocará.
  
Eu não pediria grandes políticos nem grandes líderes, apenas um bocadinho de bom senso, mas no momento que atravessamos é o mais escasso dos bens.» [DN]
   
Autor:
 
Pedro Marques Lopes.
      
  
     
 Finalmente se percebe a política do Gaspar
   
«O número de divórcios em Portugal registou uma diminuição de mais de meio milhar de casos face a 2010, facto que quebra a tendência do constante aumento desde 2000, indica a Direcção-Geral da Estatística de Justiça (DGEJ).» [CM]
   
Parecer:
 
Como licenciado na Católica, onde uma das cadeiras que conta para a sua média é uma de relihião e moral, o Gaspar está a ser um bom cristão, lança a fome para inviabilizar os divórcios.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
      
 A culpa não era do Sócrates
   
«O estudo é da universidade suíça de St. Gallen e diz que as agências de notação financeira alimentaram o endividamento na Zona Euro ao procederem a avaliações de "rating" mais severas desde que a crise da dívida soberana começou a revelar-se em 2009. Portugal está entre os exemplos do exagero a que foi sujeito nos cortes.
  
Uma análise mais detalhada à dinâmica do efeito que os cortes de “rating” da dívida tem sobre as taxas de juro revelou que, pelo menos em relação aos países com notações soberanas fora da categoria ‘A’ (que é a mais elevada), os “downgrades” erróneos, arbitrários ou abusivos podem facilmente criar as condições propícias a que de facto se justifique esse “rating”. A conclusão é de um estudo realizado pelos investigadores Manfred Gärtner e Björn Griesbach, da universidade suíça de St. Gallen.
  
“Conjugado com a prova de que muitos dos cortes de ‘rating’ dos países da periferia da Zona Euro parecem ter sido arbitrários e não puderam ser justificados com base nos algoritmos de ‘ratings’ que explicam as notações de outros países ou as avaliações anteriores a 2009, este resultado é bastante desconfortante. É preciso que os governos olhem mais atentamente para os mercados financeiros em geral e para os mercados das obrigações soberanas em particular, bem como para as motivações, dependências e conflitos de interesse dos principais ‘players’ desses mercados”, acrescenta o estudo, que analisou a crise da dívida soberana resultante da crise financeira e imobiliária de 2007-2009.» [Jornal de Negócios]
   
Parecer:
 
A verdade é que temos um governo eleito de forma duvidosa, que governa de forma duvidosa, que é controlado pelo presidente de forma duvidosa e que vai levar o país ao conflito social e à ruína.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Lamente-se.»
   
 Pobre Macedo
   
«O Ministro da Administração Interna atribui hoje o aumento do número de ignições às condições climatéricas extremas e a mão criminosa e não à falta de meios, dado que, o número é superior ao do ano passado.
  
"Este ano, ao contrário do ano passado, temos mais equipas de intervenção e meios aéreos no terreno", garantiu Miguel Macedo, à margem da inauguração das obras de ampliação e remodelação do quartel dos bombeiros da Cruz Verde, em Vila Real.» [i]
   
Parecer:
 
É mais fácil criticar os governos do que se ministro, não é Macedo?»
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sugira-se ao ministro que assuma a responsabilidade, que não se declare irreponsável.»