sexta-feira, agosto 31, 2012

O Goebbels ainda anda por aí...


Se o Goebbels passasse fosse reincarnado e passasse por este país iria perceber que apesar de se ter suicidado com a esposa, que por sua vez matou todos os seus filhos, teria deixado uma forte herança, perceberia que enquanto no reino animal essa herança é passada por via genética, no reino dos humanos mais do que a raça ou os credos são as ideias que se herdam.
  
É evidente que já não chegaria a tempo de sugerir que elegêssemos os judeus como culpados da crise ou que lhes ficássemos com os bens como fez a Alemanha que dessa forma financiou 30% das despesas da guerra. Muito antes da Alemanha ter perseguido os judeus já o nosso país tinha dado o exemplo, expulsando os que insistiram em não converter-se e matando ou chacinando os que se converteram, a diferença é que por cá iam para a fogueira.
  
À falta de judeus o Goebbels sugeriria outros grupos, certamente que se lembraria dos maçons, gente que na Alemanha nazi também foram eliminados. Nesse capítulo os Alemães foram mais eficazes do que a nossa Santa Inquisição ou a PIDE, por cá os maçons sobreviveram da mesma forma que também sobreviveu o ódio instigado pelo Santo Ofício e pelo salazarismo. Se mesmo depois de termos eliminados ainda estamos inquinados de um antissemitismo que até tem  expressão no significado de algumas palavras de uso corrente.
Os nazis ensinaram-nos que a melhor forma de resolver uma crise financeira era elegendo culpados, condenar esses culpados a ficarem sem recursos e até a serem escravos. Ora, os maçons não são assim tantos e como foram infiltrados por gente que mais próximas dos valores do fascismo do que da maçonaria portuguesa também estão no pder. Assim sendo e como os ricos estão excluídos e os pobres já deram o que tinham a dar restam os funcionários públicos.
  
Se o Goebbels estivesse por cá e lhe pedissem a opinião ele diria que escolhêssemos, por exemplo, os funcionários públicos. E como o justificaríamos? Goebbels acrescentaria “digam ao povo que eles ganham mais do que os outros!”. E assim seria feito, aliás, assim se fez.
  
Aliás, se o Goebbels fosse vivo até poderia ser útil, já sem os prestígio de outros tempos e sem um grande cargo que já teve ainda poderia ser contratado em segredo para assessor especial do governo, uma espécie de ministro sem pasta ou mesmo ministro dos fretes. Como para fazer fretes ao Miguel Relvas ou para assessorar o governo nas privatizações o lugar já está ocupado o Goebels poderia ser precioso noutros domínios.
  
Seria uma mais-valia no combate a gente como o D. Januário ou o pessoal da RTP que anda por aí a dizer que discorda da brilhante ideia que o Relvas teve e que o Borges divulgou a título de atirar barro à parede. O Goebbels perceberia que nos dias de hoje já não se pode mandar as SA malhar nessa gente como se fazia com os judeus e todos os opositores ao nazismo, especialista em manipulação e propaganda o Goebels diria logo “arranjem um jornal amigo e difamem essa gente”. E assim se faria.

Umas no cravo e outras na ferradura


 
   Foto Jumento
 
 
Aldraba na Lapa, Lisboa
   
Imagens dos visitantes d'O Jumento
 

   
Grafiti, Faro [A. Moura]   
A mentira do dia d'O Jumento
 
DD

Jumento do dia
   
António Borges
 
António Borges, que mais parece um sobreiro queimado do que a vedeta de outros tempos assegura que não tem mais nada a dizer sobre a RTP. Tem toda a razão não tem nem nunca teve e convenhamos que a sua vocação para moço de recados não é das melhores, ainda bem que não está em idade escolar, senão teria de ir paa um dos cursos profissionais do Crato. Mas se não te nada a dizer teria alguma coisa a fazer, teria, por exemplo, de se demitir se o seu critério de avaliação da dignidade fosse o da maioria das pessoas, depois da forma como Passos o desautorizou até parece que foi contratado para saco de boxe.
 
«António Borges recusou prestar mais declarações sobre o caso da RTP à entrada para a Universidade de Verão da JSD. "Não tenho nada a acrescentar. O que disse é suficiente", respondeu o conselheiro do governo para as privatizações aos jornalistas que o questionavam, no dia seguinte ao primeiro-ministro se ter pronunciado sobre o tema, parecendo contrariar o que o consultor tinha afirmado na semana passada.
   
Passos Coelho, manifestando-se contra a "histeria" suscitada pelas afirmações de António Borges, deixou ontem claro que o encerramento da RTP 2 e a concessão a privados da RTP 1 é apenas um dos cenários dos que estão a ser estudados. Desde a entrevista de António Borges à TVI, na passada quinta-feira, em que o assessor do governo considerou que aquele cenário era "muito atraente", o tema marcou a agenda política.Do porta-voz do CDS, João Almeida, que logo criticou a forma como aquela medida foi divulgada, ao líder socialista, com António José Seguro a ameaçar que um futuro governo do PS revogaria aquela concessão, as críticas foram-se sucedendo.O Conselho de Administração da RTP assumiu a sua discordância, Jorge Miranda e outros constitucionalistas consideram que a opção contrariava o art. º 82 º da Constituição, o ex-Presidente Mário Soares rotulou aquela hipótese como "uma pouca vergonha", o antigo líder do CDS, Adriano Moreira, advertiu que o Tribunal Constitucional "deve ser ouvido" e o ex-candidato presidencial Manuel Alegre sustentou que "há todas as razões para o Presidente da República vetar o diploma".A 10 ª Universidade de Verão da JSD está a decorrer em Castelo de Vide até domingo, dia em que Pedro Passos Coelho ali proferirá o seu discurso da rentrée política.» [DN]

Mas o problema é que António Borges é um devoto fanático do Santinho de Massamá e para ele onde o santinho toca torna-se numa relíquia milagrosa, a tal ponto que se sujeita a tudo e num momento em que a ruina é evidente o homem que até era do FMI garante que em 2013 poderá haver crescimento. Anda, anda e deixa de ser assessor para ser promovido a bispo da Igreja Universal do Santinho de Massamá:

«O consultor do Governo António Borges afirmou hoje que o programa de ajustamento financeiro está “a correr melhor do que se pensava”, que a bancarrota “desapareceu” e que, apesar de não estar "garantido", há “boas probabilidades” de relançamento económico em 2013.

“O programa está a correr bem, digam o que disserem, o programa está a correr melhor do que se pensava. E digo isto com conhecimento de causa porque estava no FMI quando o programa foi desenvolvido. E acompanhar agora a execução mostra que há muitas dimensões em que estamos bem à frente daquilo que se esperava e muito melhor que outros países em situação semelhante”, afirmou o economista, durante uma conferência na Universidade de Verão do PSD, em Castelo de Vide.

Borges, que é o consultor do Governo para as privatizações, ressalvou que “não está ainda tudo ganho”: “Há ainda questões muito importantes e a mais importante de todas é relançar o crescimento económico. Para o ano, no fim deste ano, em 2014… Não sabemos, há boas probabilidade que seja para o ano, mas não está garantido”, afirmou.» [i]
   
 Quem se mete com o Relvas leva!


Depois de personalidades como o Bispo das Forças Armadas já terem experimentado a vingança por terem ousado criticar o governo, agora é a vez da RTP e de todos os que critiquem o negócio mais do que duvidoso da venda ou aluguer da estação pública de televisão a serem massacrados em público. Nuno Santos ousou questionar o negócio e aqui tem a resposta.

Adivinhem qul é o grupo da comunicação social empenhado em ficar com a RTP.

 Se tu o dizes...
 
 
 Não há margem para mais impostos?
 
O mesmo CDS que defende que depois do aumento das contribuições, do corte de 10% do vencimento feito no tempo de Sócrates e dos aumentos dos impostos aplicados a todos os portugueses os funcionários públicos ainda podem suportar um corte de dois meses de vencimento, dizem agora que os pobrezinhos como o Pires de Lima, presidente da UNICER, e muito boa gente que se escapou à austeridade não conseguem suportar mais impostos. Há uma forma de designar gente que pensa assim: canalhas.
 
 Manta Rota
   
   

  
 O erro Crato
   
«O ministro da Educação quer desenvolver o ensino vocacional. Muito bem. Como seria bom que os estudantes pudessem escolher formações técnicas capazes de lhes transmitir (também) um saber profissional. Como seria excelente que estes cursos respondessem (também) às necessidades do mercado de trabalho. Como seria bom que não se desperdiçasse recursos atirando para cursos superiores pessoas que não os querem fazer. Já se pensou no tempo que poderíamos poupar? Na inteligência, energia e talento que um plano assim libertaria? Aposto que seríamos um país mais feliz e competitivo.
  
Mas se é assim tão evidente, porque nunca se deu este passo como deve ser? Porque será que a concretização se revela tão difícil? Porque será que as famílias e os alunos evitam esta escolha? A resposta está no projeto macabro de Nuno Crato. De acordo com o ministro, quem irá para estes cursos? Ora bem, além dos voluntários - coitadinho, tem 14 anos, mas não dá para mais... -, os que chumbarem duas vezes no ensino secundário também têm o destino traçado. É um castigo: és uma besta, vais já para jardineiro; sim, terás mais uma oportunidade para voltar ao ensino regular, mas para já ficas-te por aqui. Depois, se passares os exames do 9.º ou 12.º anos, logo veremos.
  
Não há dúvida: se a via profissional é apresentada como uma punição, é lógico que poucos - entre os bons e talentosos - quererão juntar-se a este gueto onde a qualidade será ridiculamente baixa. É lógico que só as famílias mais pobres ou desinformadas aceitarão este afunilamento precoce, cruel e estúpido das perspetivas. Os outros nem por um segundo pensarão em seguir este caminho (a segunda divisão!) que o próprio Governo se encarrega à partida de desvalorizar. O que isto revela de Nuno Crato é apenas um terrível cheiro a naftalina.
  
Na Alemanha, pátria do ensino vocacional, ninguém é chutado da "escola regular". Não se fecham portas. Não se elevam barreiras aos 14 anos em lado nenhum do mundo civilizado. Avaliam-se competências, oferecem-se alternativas. Não se apressam escolhas à reguada. A ligação às empresas é uma das maneiras de fazer isto com algum êxito: são as associações de empresários que, na Alemanha, ajustam a oferta de cursos profissionais às necessidades do mercado. Não há rigidez, há flexibilidade e oportunidade - a oportunidade de, na idade adequada, estagiar numa empresa. É por isso que 570 mil alunos alemães se inscreveram nestes cursos em 2011, contra os 520 mil que preferiram a universidade. Não foi porque lhes enfiaram orelhas de burro na adolescência.
  
Nuno Crato vive preocupado em exibir autoridade. Quer chumbar, punir, travar. Vê a escola como um centro de exclusão, não como espaço de desenvolvimento de competências sociais, culturais e técnicas - com regras, competição e exigência. Não tem um plano educativo desempoeirado: sofre de reumatismo ideológico. Engaveta os alunos. Encolhe o País. Reduz a riqueza. É matemático.» [DN]
   
Autor:
 
André Macedo.
   
 Serviços e interesses
   
«O ministro Relvas é o contrário do Rei Midas. Em vez de ouro, tudo aquilo em que ele toca fica transformado numa espessa trapalhada cor de chumbo. A privatização, aliás "concessão", da RTP deixou de ser um assunto sério para descer ao nível rasteiro das coisas venais. Como nenhum dos decisores parece interessado em falar na questão do interesse público, permitam-me que recorde duas das principais razões para a sua manutenção e aperfeiçoamento. Portugal precisa de um serviço público de rádio e televisão, em primeiro lugar, porque um povo tem o direito de reinventar e alimentar permanentemente uma narrativa identitária, plural, que não fique à mercê das forças de mercado e dos interesses de fação. Em segundo lugar, o serviço público é indispensável para estar à altura da herança transmitida pelos nossos antepassados. Portugal é a única pequena potência que criou uma "língua imperial", que é idioma oficial em amplas e descontínuas áreas geográficas. O alemão e o russo, embora línguas importantes, não correspondem à característica "imperial". As numerosas comunidades portuguesas espalhadas pelo mundo têm direito a um serviço público de radiotelevisão que não deixe apenas à iniciativa dos nossos irmãos brasileiros a defesa e progresso da nossa diversificada língua comum. É natural que, no longo prazo, a hegemonia do Brasil seja esmagadora, também no plano linguístico. Mas a vontade política de um país que não abdica do exercício do seu poder cultural, sobretudo quando a sua soberania está tutelada, deveria ir no sentido de retardar ou contrariar esse processo "natural". Mas em Lisboa parece que o interesse nacional e a visão estratégica se transformaram em coisas bizarras e bizantinas.» [DN]
   
Autor:
 
Viriato Soromenho-Marques.
     
  
     
 Grande Gaspar
   
«O cenário está traçado: o défice vai este ano derrapar para 5,3% do PIB. São 1,2 mil milhões de euros a mais, face ao que estava previsto, já depois de descontadas as poupanças adicionais que o Governo conseguiu alcançar. Foi este o cenário que o ministro das Finanças apresentou à ‘troika' na terça-feira, início da quinta avaliação do programa de ajuda português, apurou o Diário Económico. As autoridades internacionais admitem que a meta de 4,5% dificilmente será atingida, mas ainda não descartaram a hipótese de mais medidas de austeridade para tapar pelo menos parte do buraco.» [DE]
   
Parecer:
 
O Gaspar merece uma estátua.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Proponha-se que enquanto não houver uma estátua que lembre aos portugueses o seu desvio colossal o ministro fique a substituit o cavalo da estátua do d. José, no Terreiro do Paço.»
      
 Alguém errou?
   
«"A arrecadação da receita não é a esperada, alguém errou na avaliação porque a terapia não terá sido a melhor", disse António Saraiva aos jornalistas à entrada para a reunião com a 'troika', que está a decorrer no Ministério das Finanças.
  
Para este encontro, ao qual já tinham chegado os representantes do Fundo Monetário Internacional, do Banco Central Europeu e da Comissão Europeia, o presidente da Confederação Empresarial de Portugal (CIP) disse que este não é apenas um problema de Portugal e considerou necessário que a União Europeia encontre novas formas de crescimento económico.» [DN]
   
Parecer:
 
Alguém foi incompetente!
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se ao Gaspar se já escreveu a carta de demissão assumindo a responsabilidade pelo desvio colossal.»
   
 Arrufos de namorados
   
« O clima de tensão entre CDS e PSD adensa-se na coligação governamental e Paulo Portas já fez saber a Passos Coelho que o seu partido e ele mesmo não concordam com a solução de concessão da RTP e não aceitarão que haja qualquer aumento da carga tributária sobre os cidadãos no Orçamento do Estado para 2013.» [Público]
   
Parecer:
 
Ainda bem que estes políticos se estão lixando para as eleições e não abrem crises a pensar nos votos.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se a merecida gargalhada.»
   
 Esta direita está a merecer uns tabefes bem dados
   
«António Pires de Lima diz que a Constituição está a travar o desenvolvimento do país e que a troika devia obrigar a que PSD, PS e CDS chegassem a um acordo para rever o texto fundamental.
  
«Eu não sei se o PSD e CDS devem assumir a responsabilidade de continuar a governar se tudo aquilo que é preciso fazer em Portugal para relançar a economia e controlar a despesa pública for impossibilitado pela Constituição Portuguesa», disse num debate na TVI24. » [TVI24]
   
Parecer:
 
Os idiotas da direita já estão a perder a vergonha e acham que a incompetência do governo é um problema de limites da Constituição. Este canalha está a disfarçar o falhanço do seu pupilo POrtas à custa da Constituição.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Vomite-se e sugira-se a Pires de Lima que emigre, que emigre para o Borundi pois lá deve ter uma constituição ao seu nível.»
      

   
   

  

   

   

  

quinta-feira, agosto 30, 2012

Doutores


O problema do ser doutor ou não ser doutor não está no que se estuda, está em quem é doutor. A questão do grau académico nada tem que ver com a academia ou com o que se estudou, está para as classes sociais como o restaurador Olex, o que não faz sentido é um preto com uma cabeleira loura ou um louro com carapinha.
  
Mais greve do que o Relvas ser doutor é ver o filho do barbeiro ou do pedreiro de quem se espera que esteja a trabalhar nas obras apareça a dizer que é doutor. É isso que explica a subserviência com que o vaidoso António Borges, professor de verdade, antigo director do INSEAD, banqueiro e director do FMI aceitar ser moço de recados do dr. Relvas. O filho do barbeiro até podia ser presidente dos EUA que para muito boa gente desta praça seria sempre o filho do barbeiro, mas o dr. Relvas? Esse nasceu para ser doutor e ter ou não estudado é coisa secundária.
  
De um doutor esperam-se maneiras e que saiba comer à mesa, os seus valores cívicos confundem-se com os da educação que recebeu em casa, não precisa de ser muito bom aluno e muito menos o melhor da turma, é por isso que se for o estatuto social a determinar quem é doutor poupa-se muito ao Estado. O problema é quando se pretende que sejam os que não são educados a serem doutores, quando se pretende a utopia de todos serem doutores. E depois quem vai para empregada doméstica, quem recolhe o lixo?
  
Perguntarão alguns se esta concepção não resulta numa escola exclusiva. Não, a escola ensina e quem educa são as famílias ou, pelo menos, as boas famílias. As escolas servem para aprender a trabalhar e se não se foi educado em casa então vai-se trabalhar nas escolas porque como dizia o outro “o trabalho leberta” (“Arbeit macht frei”). É através do trabalho que os que não nasceram e foram educados para serem doutores deverão encontrar o seu caminho, preparar o seu futuro.
  
É por isso que o modelo de ensino que está a ser implementado pelo ministro Crato faz todo o sentido, primeiro o aumento de alunos nas escolas públicas, depois as alterações curriculares e os exames a torto e a direito e, por fim, o envio de metade dos alunos para escolas profissionais. 
  
Agora esta aguardar por um reordenamento da rede escolar porque ter um liceu no meio de um bairro operário é o mesmo eu ver um preto com cabeleira loira, da mesma forma que não se espera que uma menina do Liceu Dona Leonor vá para costureira ou para cabeleireira. Faz todo o sentido encaminhar os jovens menos dotados para os cursos profissionais sabendo-se que há uma grande relação entre as capacidades escolares dos jovens e o nível cultural dos país.
  
Em tempo de austeridade não faz sentido deitar dinheiro à rua ou, como se diz, atirar pérolas aos porcos, é preciso acabar com esta mania nacional do ser doutor. Há os que nasceram para o ser o os que mesmo sendo nunca o parecerão. Alguém se lembraria de pensar que o Relvas não era doutor? Com as equivalências a Lusófona fez justiça social, da mesma forma que Passos e Crato vão fazer justiça social obrigando metade da juventude a aprender coisas úteis.

Umas no cravo e outras na ferradura


 
   Foto Jumento
 

No Bairro Estrela d'Ouro, Graça, Lisboa
   
Imagens dos visitantes d'O Jumento
 

   
Catavento [A. Cabral]
   
Jumento do dia
   
Miguel Relvas
 
Começa-se a perceber o porquê da equivalência de umas idas ao Elefante Branco a algumas licenciaturas, basta ouvir as alarvidades ditas pelo Miguel Relvas para se perceber que ao pé do seu diploma de licenciado José Sócrates seria uma sério candidato a um Nóbel da Física. ENtão o homem inspira-se no crude, arma-se em Fernando Pessoa saído na farinha Amparo e diz com ar de bimbo imbecil que a "língua é o petróleo da relação entre dois estados? Qual petróleo, o dos timorenses, o de Cabinda ou aquel que a Galp nos vende ao triplo do preço?

Este esforço do Relvas para ser poético numa tentativa desesperada de parecer um doutro entre doutores é patético. Miguel Relvas não é ministro dos Negócios Estrangeiros e para fugir dos portugueses não precisava de ir tão longe assinar um protocolo da treta, um daqueles documentos que a esta hora já despareceu no WC do Xanana.

Compreende-se que o cheiro a crude sensibilize o olfato do Relvas, mas como o rapaz não é da GALP nem ministro da Economia ou dos Negócios Estrangeiros deveria ter ficado em Lisboa poupando os desgraçados dos contribuintes a despesas desnecessárias. Se quiser ir a Timor ver como cheira o petróleo timorense que vá à sua própria custa.

«"Aquilo que nos une a todos é a língua e a língua é o petróleo desta relação", defende o ministro-adjunto e dos Assuntos Parlamentares, que hoje assina em Díli um protocolo na área da comunicação social.» [Expresso]
   
 Uma pergunta aos rapazolas do PSD

Já sugeriram aos jovens que emigrem por estarem a mais.
  
Já disseram aos desempregados que estão cheios de sorte por terem perdido o emprego no país.
  
Goram sugerem à administração da RTP que se demita porque discorda de uma hipótese teórica que um conhecido do governo divulgou mas que nenhum membro do governo assumiu.
  
Será que os funcionários públicos que discordam do seu ministro terão o dever de pedir a demissão e procurar emprego no sector privado ou emigrar?
  
Quem discorda do governo deve abdicar da nacionalidade portuguesa e pedir asilo político em Espanha, refugiar-se nas terras queimadas do Algarve e pedir ajuda ao Alto Comissário da ONU para os refugiados ou apresentar-se na sede da ONU como apátrida?

 Prof. Marcelo
 
Os mais recentes raciocínios de Marcelo sobre a posição face à avaliação da troika são dignos de uma conversa política noturna no Elefante Branco. 
 
 António Borges

Finalmente se começa a perceber que assessoria está o distinto António Borges está a dar ao governo, é bem pago para fazer os fretes do bimbo do dr. Relvas. Anda, anda e ainda ouve alguém gritar "Vai estudar Borges!".
  
Mas enquanto não é gozado por  depois de ser banqueiro e director do FMI para a Europa aceitar ser pago como moço de recados do dr. Relvas. o prof. Borges deveria reflectir sobre o sentido da palavra dignidade. Depois de gozado e de Passos Coelho negar a existência de uma solução, dizendo claramente que o assunto ainda está ou vai ser estudado, resta a António Borges defender ou não a sua dignidade. Se ficar calado a troco do que o governo lhe paga todos ficaremos s saber que a sua dignidade tem preço e mais tarde sabemos quanto lhe paga o governo para prescindir dela.
 

  
 O ventríloquo
   
«O país que pensa assistiu, entre o perplexo e o estarrecido, às declarações do sr. António Borges a Judite Sousa, na TVI. Perplexo porque viu um assessor substituir o Governo numa entrevista importante. Estarrecido pela frieza gélida com que o senhorito falou no extermínio do serviço público de informação, em troca de coisa alguma. A certa altura da extraordinária conversa, o sr. Borges, impávido e sereno, disse que a questão dos despedimentos previsíveis diria respeito ao novo "operador" logo que a RTP e a RDP fossem desmanteladas. O Governo lavava dali as mãos. Só um tolo admitiria que o preopinante falava com voz própria. Ele mais não era do que o eco, à sorrelfa, de Miguel Relvas, dissimulado nos bastidores pelas públicas razões conhecidas.
  
Há algo de desprezível na conduta moral de quem se serve de um outro para dizer o que, no momento, não está interessado em afirmar; e de repugnante, naquele que se substitui com a cara, a voz e a ideia. Ambos se equivalem e ambos são a imagem restituída da baderna a que chegámos.
  
A esta farsa não estará alheio o primeiro-ministro. Não passa pela cabeça de ninguém que o enredo foi montado sem o seu conhecimento. De qualquer das formas, ele terá de esclarecer o assunto. O sr. Borges, ao falar, como falou, assertivo e veemente, da privatização da RTP e da RDP, do que vai mudar e do que vai ser concessionado; dos funcionários que a entidade "compradora" entenderá, ou não, estarem a mais; da extinção absoluta do serviço público e da sua eventual entrega a interesses estrangeiros - disse-o com conhecimento de causa e no registo comum a um governante.
  
Este desvio do discurso cultural e político transforma-se num apelo ao desmantelamento dos percursos habituais das nossas heranças. Além da gravidade da proposta, e da natureza agressiva do seu conteúdo, que tende a subalternizar a própria democracia, parece-me insultuoso que seja um estranho ao Governo a dar notícia dos factos. E a pôr em causa, com displicente indiferença, a vida de quase duas mil pessoas.
  
As atitudes deste Executivo têm dissolvido o pouco que nos restava de orgulho nacional. Nenhuma neutralidade pode arbitrar estas pequenas infâmias. E são-no porque o desdém demonstrado pelos governantes parece querer criar as suas próprias razões.
  
A mística do neoliberalismo, perante um mundo sem pátria e de pensamento único, tem como objectivo o domínio pela obediência, pela submissão e pelo medo. O papel do sr. António Borges é o de um factotum desprovido de toda a singularidade. Em causa estão a grande crise de valores de que enferma a nossa época e a supremacia da finança sobre a diversidade civilizacional. Alegremente, caminhamos para o desconhecido, sabendo-se, de antemão, pelo que resulta da experiência, a configuração da catástrofe.» [DN]
   
Autor:
 
Baptista Bastos.   
     
  
     
 Relvas terá fumado uns charros?
   
«Um estudo provou que os adolescentes que fumam canábis com regularidade acabam por prejudicar permanentemente a sua inteligência, divulgou o jornal ‘The Telegraph’ na segunda-feira.» [CM]
         
 O que será um tabu para Passos Coelho
   
«O primeiro-ministro garantiu hoje que o Governo vai estudar "sem tabus" tudo o que se relaciona com "o processo de alienação" da RTP. Admitiu que a hipótese da concessão a privados é uma das que está em cima da mesa, mas que antes de uma decisão deve perceber-se qual o serviço público que se quer e quanto se quer pagar por ele.» [DN]
   
Parecer:
 
Na venda de empresas do Estado e, em particular, da RTP não há tabus nem meios tabus, há a lei e a Constiuição da República e esses são para serem respeitados quer Passos goste ou não, tem uma maioria absoluta, não tem nem uma maioria constitucional, nem sequer a maioria dos votos e longe f«vão os tempos dos que se declaravam ditadores.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Esclareça-se Passos Coelho que a Constiuição não é um tabu, é a lei que ele aceitou respeitar o que não tem feito.»
   
 Notícias do ajustamento
   
«Mesmo com um aumento de 2,7% no consumo de medicamentos (mais 3,7 milhões de embalagens vendidas), a despesa nas farmácias, nos primeiros sete meses do ano, ficou-se pelos 1.540,7 milhões de euros, abaixo dos 1.743,1 milhões de euros somados em igual período do ano anterior. Levando em conta apenas o mercado dos medicamentos comparticipados pelo Serviço Nacional de Saúde (SNS), a despesa caiu 9% face a período homólogo de 2011, para os 706 milhões de euros, seguindo a tendência dos últimos meses, de acordo com os dados do relatório mensal do mercado em ambulatório a que o Negócios teve acesso.» [Jornal de Negócios]

«Não há saldos ou promoções que salvem o momento actual que o comércio de roupa está a viver: entre o primeiro e o segundo trimestre segmento vendeu menos 80 milhões de euros em Portugal» [Jornal de Negócios]
   
Parecer:
 
Grande Gaspar!
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Lamente-se.»
   
 Começou a bandalheira municipalista
   
«Numa iniciativa pioneira e inesperada, a Assembleia Municipal de Vila Real de Santo António aprovou segunda-feira uma recomendação ao Governo que visa a fusão do município com os concelhos de Castro Marim e Alcoutim. Mas estes dois municípios, de maioria PSD, tal como Vila Real, consideraram a proposta "absurda", "uma insensatez" e "uma brincadeira de mau gosto".» [Público]
   
Parecer:
 
Isto é canibalismo municipal. ainda que os três municípios pudessem ganhar com a fusão.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se a merecida gargalhada.»