Com os governos a serem pouco mais do que os ministros das Finanças a mania da mentira estendeu-se à política económica, os ministros das Finanças deixaram de ser aqueles rapazes sérios cujas palavras eram verdades inquestionáveis, agora os ministros das Finanças usam essa crença popular para serem os mentirosos mais credíveis do Governo. Se Passos Coelho quiser dizer uma mentira de que todos se riem à gargalhada mana o Relvas dizê-la, se quiser mentir sem que ninguém acredite mente ele próprio, se quer ter a esperança de enganar os portugueses pede ao Gaspar que seja ele a mentir.
A mentira começa a ser usada tanto que nos cursos de Economia devia ser criada a cadeira de mentira económica - a Teoria Económica da Mentira - e nas actuais cadeiras de política económica deveriam destinar-se à avaliação do impacto das mentiras. Quando um orçamento assenta em mentiras quanto à receita fiscal, à dimensão da contracção económica e à taxa de desemprego é óbvio que deixa de ser avaliável segundo critérios assentes na teoria económica para ficarmos na dependência das qualidades de mentiroso do ministro das Finanças.
Desde há alguns anos que os ministros das Finanças têm vindo a perder credibilidade à medida que usam a mentira como instrumento de política económica. Estão convencidos de que mentindo convencem os agentes económicos a actuar no sentido que pretendem. Se querem uma contracção do consumo condenam o povo por consumir demais, se receiam uma espiral recessiva vendem optimismo e sugerem ao Cavaco Silva que no segundo semestre haverá uma inversão na actividade económica e que começará a ser criado emprego. Esta abordagem revela cretinice e pouca consideração pelos portugueses.
Um bom exemplo de como a mentira pode ser usada é a atribuição do crescimento conjuntural das exportações às reformas promovidas por este governo, sem outros argumentos para apoiar o excesso de troikismo o governo e os seus colegas de papers da troika inventaram esta mentira. Tentaram convencer os portugueses que o aumento das exportações resultava da venda da EDP e do ordenado do Catroga já que mais nenhuma reforma tinha sido adoptada. É evidente que a mentira tem perna curta e parece que as grandiosas reformas deixaram muito repentinamente de estimular as exportações.
Para além de ser mais fácil apanhar um mentiroso do que um coxo, como se viu com o famoso aumento das exportações em resultado das reformas do Álvaro, a mentira tem três problemas. O primeiros é que pode facilitar a aceitação política das medidas brutais e injustas mas mais tarde ou mais cedo conduzirá ao desencanto, à frustração e pode desencadear um sentimento de revolta. O segundo é que as decisões dos agentes económicos é orientada com base em pressupostos falsos e desta forma às más decisões políticas somam-se as más decisões dos agentes privados. O terceiro resulta da descrença dos agentes económicos nos governos que deixam de merecer a confiança dos agentes económicos e em consequência disso as políticas económicas perdem eficácia.
A mentira começa a ser usada tanto que nos cursos de Economia devia ser criada a cadeira de mentira económica - a Teoria Económica da Mentira - e nas actuais cadeiras de política económica deveriam destinar-se à avaliação do impacto das mentiras. Quando um orçamento assenta em mentiras quanto à receita fiscal, à dimensão da contracção económica e à taxa de desemprego é óbvio que deixa de ser avaliável segundo critérios assentes na teoria económica para ficarmos na dependência das qualidades de mentiroso do ministro das Finanças.
Desde há alguns anos que os ministros das Finanças têm vindo a perder credibilidade à medida que usam a mentira como instrumento de política económica. Estão convencidos de que mentindo convencem os agentes económicos a actuar no sentido que pretendem. Se querem uma contracção do consumo condenam o povo por consumir demais, se receiam uma espiral recessiva vendem optimismo e sugerem ao Cavaco Silva que no segundo semestre haverá uma inversão na actividade económica e que começará a ser criado emprego. Esta abordagem revela cretinice e pouca consideração pelos portugueses.
Um bom exemplo de como a mentira pode ser usada é a atribuição do crescimento conjuntural das exportações às reformas promovidas por este governo, sem outros argumentos para apoiar o excesso de troikismo o governo e os seus colegas de papers da troika inventaram esta mentira. Tentaram convencer os portugueses que o aumento das exportações resultava da venda da EDP e do ordenado do Catroga já que mais nenhuma reforma tinha sido adoptada. É evidente que a mentira tem perna curta e parece que as grandiosas reformas deixaram muito repentinamente de estimular as exportações.
Para além de ser mais fácil apanhar um mentiroso do que um coxo, como se viu com o famoso aumento das exportações em resultado das reformas do Álvaro, a mentira tem três problemas. O primeiros é que pode facilitar a aceitação política das medidas brutais e injustas mas mais tarde ou mais cedo conduzirá ao desencanto, à frustração e pode desencadear um sentimento de revolta. O segundo é que as decisões dos agentes económicos é orientada com base em pressupostos falsos e desta forma às más decisões políticas somam-se as más decisões dos agentes privados. O terceiro resulta da descrença dos agentes económicos nos governos que deixam de merecer a confiança dos agentes económicos e em consequência disso as políticas económicas perdem eficácia.