No meio das gargalhadas não seria mau que os portugueses reparassem que o motivo de todos os seus gozos é ministro. Não é trouxa, não é dono de uma taberna, não vende ginginhas no Rossio, o homem é mesmo ministro, governa este pobre país. Pior ainda, além de ministro é o responsável pela condução política do governo, é o seu verdadeiro número dois e há quem pense que sem ele o primeiro-ministro não seria presidente da junta de freguesia de São Bento.
Temos, portanto, um país a ser governado por um desqualificado, um artista que só se lembrou que devia estudar quando já estava a caminho dos netos e mesmo com essa idade não se comportou de uma forma propriamente exemplar, trouxe da Lusófona um canudo como quem foi ao talho comprar bifes. Aliás, uma boa parte dos portugueses examinam com mais cuidado os bifes de compram do que ilustres doutores desse talho a que alguns insistem em designar por universidade ezxaminaram o lombo intelectual do Miguel Relvas.
Se precisasse de um gestor para a sua empresa contratava o Relvas que até é banqueiro em Cabo Verde? Então porque tantos portugueses votaram numa dupla que está ao nível da gestão de um carrossel de feira? Enfim, os povos também têm o direito às asneira.
Mas tenho de confessar que sinto algum prazer ao ver uma direita que tanto gosta de exibir a superioridade intelectual, técnica e académica dos seus ser liderada por estes desqualificados. Dá um imenso prazer ver um exigente professor que nos seus bons tempos chumbaria um aluno por dá cá aquela palha ir para a televisão dar cambalhotas para atacar tudo e todos, desprezar a honra da academia e fazer a defesa indirecta de Miguel Relvas, no caso de Marcelo Rebelo de Sousa é mesmo caso para dizer que pela boca morre o peixe.
O problema é brincadeiras e currículos à parte este país está mesmo a ser governado por gente sem qualificações, que para serem doutores recorreram a falsas universidades e que no caso de Relvas até se conseguiu sair doutor sem estudar. Podemos rir do Relvas mas a verdade é que é ele que gere coisas tão importantes como a nomeação de altos dirigentes do Estado ou o ordenamento territorial. A verdade é que é ele que gere as benesses do Estado, podendo usá-las para comprar poder e favores, para ter um exército de autarcas, assessores e arrastadeiras que tudo farão para o manter no poder e tramar a vida a quem ousar criticá-lo.
Um dia vamos acordar deste pesadelo e saber o estado em que estes desqualificados deixaram o país.