Foto Jumento
"Cobrador do Clube", Vila Real de Santo António
Imagens dos visitantes d'O Jumento
Escada de ferro [A. Cabral]
Jumento do dia
Marques Guedes
Neste país até os secretários de Estado fazem figura de ursos, foi o que sucedeu ao pobre do Marques Guedes, ontem era o homem das fundações, menos de 24 horas depois foi cilindrado pelo super Gaspar. É porque quem se mete com o Gaspar leva! O homem quer mandar em tudo o que movimente um tostão, isto é, quer mandar no governo e no país.
«Será o ministro Vítor Gaspar - e não o secretário de Estado da Presidência, Luís Marques Guedes, como ontem foi noticiado -, quem vai coordenar as decisões sobre o futuro das fundações analisadas pelo relatório da Inspecção-Geral de Finanças divulgado na semana passada.
A responsabilidade do Ministério das Finanças deriva directamente da Lei dos Censos das Fundações, aprovada em Janeiro, onde se estabelece que cabe a este ministério, em conjunto com os ministros da tutela de cada fundação, decidir a manutenção ou extinção de fundações públicas, a reavaliação dos apoios financeiros pelo Estado e a manutenção ou cancelamento do estatuto de utilidade pública das entidades avaliadas.
De acordo com a lei, a primeira deste ano (Lei 1/2012), a decisão final será tomada “no prazo máximo de 30 dias após publicação da avaliação”, pelo “Ministério das Finanças, em conjunto com a respectiva tutela sectorial”.» [Público]
Patrulha da Praia dos Três Pauzinhos
As praias dos Três Pauzinhos, de Monte Gordo e por aí adiante são locais onde com grande frequência são descarregadas grandes quantidades de droga em pleno dia, aliás, uma boa parte dos que por ali andam disfarçados de turistas apenas aguardam uma distracção das autoridades para desembarcarem a marijuana. Coitado dos guardas da GNR que são obrigados a patrulhar estas perigosas praias sob o inclemente sol da uma da tarde. Esperemos que quando chegue o tempo frio e os traficantes preferirem descarregar a droga pela calada das notes geladas a GNR ainda tenha verga para o gasóleo da sua lancha rápida.
Enfim, turismo militar à conta dos contribuintes.
Tempestade no Mediterrâneo
Enquanto os países do norte da Europa insistem em transformar as vantagens financeiras resultantes do Euro na destruição económica dos países do Sul o Mediterrâneo assiste a uma das maiores tempestades das últimas décadas. Na margem norte os países afundam-se em problemas financeiros, a Grécia já se afundou, a Espanha e a Itália caminham nesse sentido e a França lá vai disfarçando os problemas. Na margem sul o temporal alastrou a partir da Tunísia, chamam-lhe primavera árabe, os regimes fundamentalistas da península arábica promovem a instabilidade e os países ocidentais dão apoio político ou mesmo militar, como sucedeu na Líbia. A Tunísia, Líbia e Síria estão mais vulneráveis do que nunca à influência de extremistas, o Egipto já é governado pelo movimento fundador do extremismo islâmico. É uma questão de tempo para que a tempestade alastre à Argélia e Marrocos, depois disso escapam apenas Israel e Turquia ao fundamentalismo islâmico enquanto o Norte se afunda numa crise financeira mantida em lume brando pelos interesses egoístas dos novo ricos do norte da Europa.
Um reformismo involuntário
«Se os aparelhos partidários conseguiram que o Governo ficasse aquém da “troika”, transformando a ambiciosa reforma administrativa numa tímida fusão de freguesias, certamente que conseguirão encontrar bons argumentos para se adiar, uma vez mais, a reforma eleitoral do parlamento e mesmo a das autarquias.
O mais provável é que o mandato de Miguel Relvas nos Assuntos Parlamentares não deixe grande marca no sistema político.
O grande contributo de Relvas para a mudança no sistema político não se prenderá assim tanto com a sua (atual) passagem pelo Governo, mas antes com a sua (breve) passagem pela universidade (Lusófona). Haverá seguramente um antes e um depois de Relvas no recrutamento das elites políticas ministeriais. É certo que o percurso de Relvas é uma variante (extrema) de um padrão já identificado: de um lado os políticos profissionais, que se licenciam mais tarde, em universidades privadas, e do outro os "independentes", que se licenciam mais cedo em universidades públicas. Mas o caso da licenciatura - justamente por corresponder de forma tão exata a uma caricatura - teve demasiado impacto para que tudo fique na mesma.
Se a pressão para a mudança na seleção do pessoal político for no sentido de um maior escrutínio das suas qualificações, nada contra. De facto, não estamos a falar da mesma coisa quando falamos de política profissional em França, no Reino Unido ou mesmo em Espanha ou quando falamos disso em Portugal. O trabalho dos ‘think tanks' e das fundações políticas portuguesas compara mal com o que se faz noutras democracias europeias. No entanto, se essa pressão para a mudança na escolha das elites governamentais for no sentido de reforçar a tendência para o recrutamento dos chamados "independentes", é bom que tenhamos noção de que não estamos a ir necessariamente pelo melhor caminho.
Já Salazar dizia que "é necessária a política no governo das Nações, mas fazer política não é governar". Esta ideia fez o seu caminho. Ao contrário do que se passa na restante Europa, em Portugal temos uma presença muito elevada de ministros independentes vindos da universidade e dos grandes escritórios e empresas. Pelo contrário, a presença dos partidos, das associações ou dos sindicatos é fraca. E não se pense que o sucesso dos perfis "técnicos" se deve a uma qualquer vontade de abertura do sistema ou às suas competências. Apesar de tudo, há mais representatividade social nos partidos do que no sector financeiro. E quanto às superiores competências dos tecnocratas, elas estão, no mínimo, por provar. O segredo do seu sucesso estará no facto de serem personalidades sem peso político próprio, e de serem, por isso, mais facilmente controláveis pelos chefes partidários nacionais e distritais. » [DE]
Filipe Nunes.
Sindicalistas espanhóis assaltam supermercado
«Cerca de 200 sindicalistas 'assaltaram' hoje um supermercado na localidade de Écija (Sevilha, Espanha) numa ação que definiram como de "expropriação" de bens essenciais para uma cantina social da zona.
O grupo, do Sindicato Andaluz de Trabalhadores (SAT,) entrou no local, da rede "Mercadona", afirmando que estavam a levar a cabo uma "expropriação forçada" de alimentos de primeira necessidade.
Durante a ação, os sindicalistas encheram cerca de dez carros de compras com produtos como azeite, açúcar, arroz, massa, leite, bolachas e legumes que passaram depois pelas caixas sem pagar.
Durante o 'assalto' ao supermercado houve incidentes entre os sindicalistas e trabalhadores da loja.
A "Mercadona" anunciou já que vai denunciar o roubo, tendo um porta-voz afirmado que a empresa está "consciente da preocupante" crise económica e que a melhor forma de a combater é criar emprego, como fez a própria marca ao empregar mais 1.200 pessoas em toda a Andaluzia (sul).» [Expresso]
Parecer:
Se a moda pega o nosso merceeiro holandês vai fazer descontos bem maiores do que os 50%.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Aguarde-se que a moda passe as fronteiras.»
200 mil euros em subsídios de alojamento
«O Estado gasta mensalmente 15.800 euros com o subsídio de alojamento que é pago aos membros do governo (e chefes de gabinete) que têm a residência de origem a mais de 100 quilómetros de Lisboa.
No total são quase 200 mil euros anuais – mais precisamente 189.600 euros. O que significa que, no fim da legislatura de quatro anos, mantendo os valores (e os ministros) actuais, o erário público terá despendido 758 mil euros com o alojamento dos membros do executivo.
Actualmente, um ministro, nove secretários de Estado e seis chefes de gabinete recebem o subsídio. De acordo com os despachos até agora publicados em “Diário da República”, Álvaro Santos Pereira, ministro da Economia, é o único titular de uma pasta governamental a receber este apoio. Isto depois de o ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, e do ministro da Defesa, José Pedro Aguiar-Branco, terem abdicado do subsídio. O mesmo fez o secretário de Estado das Comunidades, José Cesário.» [i]
Não havia em Lisboa quadros com capacidade para serem chefes de gabinete?
«O Estado gasta mensalmente 15.800 euros com o subsídio de alojamento que é pago aos membros do governo (e chefes de gabinete) que têm a residência de origem a mais de 100 quilómetros de Lisboa.
No total são quase 200 mil euros anuais – mais precisamente 189.600 euros. O que significa que, no fim da legislatura de quatro anos, mantendo os valores (e os ministros) actuais, o erário público terá despendido 758 mil euros com o alojamento dos membros do executivo.
Actualmente, um ministro, nove secretários de Estado e seis chefes de gabinete recebem o subsídio. De acordo com os despachos até agora publicados em “Diário da República”, Álvaro Santos Pereira, ministro da Economia, é o único titular de uma pasta governamental a receber este apoio. Isto depois de o ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, e do ministro da Defesa, José Pedro Aguiar-Branco, terem abdicado do subsídio. O mesmo fez o secretário de Estado das Comunidades, José Cesário.» [i]
Parecer:
Não havia em Lisboa quadros com capacidade para serem chefes de gabinete?
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se aos doutores Passos Coelho e Miguel Relvas.»