quarta-feira, agosto 22, 2012

Umas no cravo e outras na ferradura


 
   Foto Jumento
 

   
Sacavém
   
Imagens dos visitantes d'O Jumento
 

   
Idanha-a-Velha [A. Cabral]   
 
Jumento do dia
  
Francisco Louçã
 
Depois de ter tentado destruir o PS com manobras como as que envolveram personalidades como Manuel Alegre, depois de ter ajudado a direita a poder implementar o seu programa extremista de destruição dos direitos sociais, depois de ter destruído o próprio BE, Francisco Louçã não perde a arrogância e ainda impõe condições ao PS para que possa integrar o seu governo que sabe o que faz. Pior, impõe essas condições quando anuncia que vai finalmente ser corrido da liderança do BE.

Este Louçã é louco de um todo e ninguém sabe?

«O coordenador político do Bloco de Esquerda, Francisco Louçã, sai da liderança em Novembro, mas promete "dar tudo o que puder" para ajudar a construir o que chama de "governo de esquerda que saiba o que faz". Mas uma aproximação ao PS só será possível se os socialistas rejeitarem o acordo com a troika.
  
Em entrevista à TVI, o fundador do BE avisou ontem que "não está cansado", deixando a porta aberta para se manter no Parlamento. Defendeu, de novo, uma liderança bicéfala no partido, dividida entre João Semedo e Catarina Martins, considerando que ambos darão uma "orientação forte" ao BE.
  
Sobre a hipótese de uma candidatura presidencial, Louçã respondeu: "Não estou a pensar nisso. Posso ser candidato daqui a dez anos ou quinze? Posso".
  
Sem se alongar nas críticas internas, Louçã sublinhou que "quem se assusta com uma derrota não merece ser dirigente do BE". Estas declarações surgem numa altura em que aumentam as divisões internas sobre a solução bicéfala de liderança proposta por Louçã. O ex-dirigente Daniel Oliveira avisou: "Se o Bloco viveu bem com um único coordenador, não vejo porque não pode, subitamente, continuar a viver".» [CM]
   
 A seca como oportunidade

A Assunção Cristas deve ter-se inspirado em Passos Coelho e concluído que a seca seria uma oportunidade para os nossos agricultores mudarem de vida e é por isso que a menina do Portas não faz qualquer comentário sobre a desgraça que está arruindando uma boa parte da agricultura portuguesa.

 Quando Marcelo decide ser palhaço
 

Via CC.

Em muitos países este canalha intelectual, um aldrabão e manipulador, teria vergonha de sair à rua e há muito que teria sido convidados a não ser professor numa universidade séria. Mas em Portugal ele continua a manipular a opinião em favor de interesses que lhe encomendam pareceres inúteis ou que muito simplesmente o convidam para jantar.
  
Nalguns países, a Espanha ou a Itália de outros tempos, este senhor teria mesmo de mentir e gozar com a verdade desta forma, mas em Portugal pode continuar armado em vedeta.
 
 A bebedeira 
 

Que Passos Coelho insista na mentira de que se ganha mais no Estado do que no sector privado até se compreende, não é a primeira vez que alguém com fracos recursos intelectuais procura na mentira os fundamentos ideológicos da sua governação. Mas que o ilustríssimo prof. Marcelo, que até nem recorreu a equivalências para ser doutor, use essa mentira isso já é sinal de irracionalidade.
  
A direita está a agarrar-se à crise financeira para sujeitar o país a uma dose de cavalo de politica de direita, está a promover uma verdadeira bebedeira colectiva. Os administradores das grandes empresas já falam como se fossem centuriões, como se a sua posição nas empresas lhes desse o privilégio de valerem muito mais do que o que um cidadão vale em democracia. Até o até há pouco desconhecido presidente do BCP já se mete em bicos de pés e sugere quem deve pagar a crise, como se os senhores do seu banco não fossem responsáveis por um verdadeiro crime contra a economia portuguesa.
  
Para estes senhores a Constituição parece ter sido suspensa, o parlamento não existe, a oposição deve ser ignorada, o Presidente da República é uma figura de faz de conta. Até parece que o Gaspar tem poderes absolutos, os mesmos que em tempos teve um conhecido chanceler alemão.
  
Estão a aproveitar-se da crise para suspender a democracia, para se lambuzarem na pouca riqueza que o país tem, para espoliarem os trabalhadores e o Estado. Para manipularem os eleitores e garantirem que poderão continuar a escapar à crise à custa da classe média recorrem à mentira descarada, à manipulação da verdade e para isso contam com alguns palhaços especialistas na matéria.
     

  
 A fórmula Marcelo, essa de que se fala
   
«No domingo, na TVI, surpreendendo quem pensava que ele ia falar dos cortes nos subsídios, o professor Marcelo deu a tática ao FC Porto. Disse: "Onde se vai buscar pontos para ganhar o campeonato? Há duas fórmulas. A fórmula Benfica e a fórmula FCP corrigida. A fórmula Benfica é essa de que se fala, foi o que o Benfica fez para ganhar o campeonato no ano passado, quando foi buscar 50% de pontos a todos os clubes. Isto é a fórmula Benfica. O que é que tem a seu favor? Já passou na Federação. Se a Federação já aprovou um campeonato ao Benfica, agora é só dar o dobro de pontos ao Porto. Bom. Depois, há a fórmula FCP corrigida: em vez dos outros clubes perderem os dois jogos, é só perderem nas Antas e depois o resto é para ser repartido por todos. E, portanto, o Pinto da Costa tem de optar ou por aderir à tese Benfica - o que não deixa de ser irónico, porque os portistas disseram as últimas do Luís Filipe Vieira - ou à tese do FCP corrigida. A segunda é mais justa e por uma razão: o Porto não ganha um campeonato há anos..." Aí, Judite de Sousa interrompeu: "Há aqui algo que me está a fazer confusão. Não tenho ideia de que ganhou o Benfica." Marcelo: "Então, não?!" Judite: "Quando?" Marcelo: "No... no... ano passado. Não se lembra?" Judite: "Nos dois últimos anos quem ganhou foi o Porto." Marcelo: "Foi?!!!"... - Isto aconteceu (mais ou menos) no domingo passado. No próximo, o professor vai falar da vitória da Alemanha na II Guerra Mundial.» [DN]
   
Autor:
 
Ferreira Fernandes.   

 Passos Coelho no Aquashow
   
«O discurso de Passos Coelho vai ficar na antologia do disparate político. É desastroso que, perante o aumento das falências e do desemprego e a queda da receita fiscal, o primeiro-ministro anuncie o fim da crise em 2013. O anúncio é tão absurdo que até o ministro da Economia dele veio distanciar-se. Mas, ao mesmo tempo, o primeiro-ministro ameaça os portugueses com a continuação dos sacrifícios: “Não pensem que, depois deste ínterim, o regabofe vai continuar.” Afinal temos o fim da crise ou temos sacrifícios até à eternidade?
  
Quanto ao anúncio de medidas concretas, designadamente perante a óbvia inconstitucionalidade do corte dos subsídios, zero. O primeiro-ministro confessou nem sequer saber quais serão essas medidas. Mas avisa que não deixará de ser ele a anunciá-las, como se isso deixasse os portugueses mais felizes. Afinal de contas, o primeiro-ministro está convencido de que o seu papel se resume a ser porta-voz do governo, anunciando as medidas que outro irá inventar?
  
Mas o primeiro-ministro não deixou de anunciar que será recandidato em 2015, demonstrando que, afinal, pode estar-se a lixar para muita coisa, mas não para as eleições. O problema é que, de disparate em disparate, o PSD vai sucessivamente perdendo terreno nas sondagens, enquanto o CDS se resguarda. É altura de estes disparates acabarem. O país precisa de uma política de verdade e não de espectáculos de Aquashow.» [i]
   
Autor:
 
Luís Menezes Leitão.
      
 Não lemos Camões? Não somos portugueses
   
«Está lá Homero. Está lá Platão. Está lá Santo Agostinho. Está lá Dante. Está lá Cervantes. Está lá Shakespeare. Está lá Voltaire... A lista é grande, continua com nomes indiscutíveis: Está lá Stendhal. Está lá Victor Hugo. Está lá Tolstoi. Está lá Machado Assis. Está lá, até, e recuando na linha do tempo, Montaigne!!... Na lista dos "50 livros que toda a gente deve ler" não está, porém, Luís Vaz de Camões ou, melhor, não estão Os Lusíadas.
  
Estou a referir-me a um trabalho publicado esta semana pelo Expresso que arriscou, através de uma seleção elaborada por jornalistas e colaboradores do semanário, gente de elevada reputação intelectual e cultural, fazer aquele exercício. Era temerário. Qualquer que fosse a lista resultante estaria sempre sujeita a crítica. Este "júri" sabia-o, proclamou-o e deu o peito às balas.
  
Esperar-se-ia, portanto, alguma provocação, alguma surpresa. Mas... Tanto?! Ignorar Camões?! Não colocar Os Lusíadas entre 50 obras "obrigatórias", quando o critério seguido abrange os nomes que citei?!...
  
Outro caso. Vasco Graça Moura defendeu, aqui no DN, nas duas últimas semanas, a adoção pelo sistema de ensino de uma lista de obras de grandes autores de Língua Portuguesa que todos tivessem de conhecer. Nomeou-os "cânones literários" e, segundo ele, essa escolha não deveria incluir autores do século XX, nem mesmo o Prémio Nobel da Literatura, José Saramago, ou o poeta mais glorificado da nossa contemporaneidade, Fernando Pessoa, por ainda não ter passado tempo suficiente para podermos considerá-los verdadeiros clássicos.
  
Volto ao Expresso. Os autores de Língua Portuguesa referenciados, no meio dos 50 livros, são apenas estes: Machado Assis, Eça de Queirós, Álvaro de Campos (Fernando Pessoa), José Saramago e Sophia de Mello Breyner Andresen. Ponto final. Se, porventura, o critério de Vasco Graça Moura tivesse sido aplicado, só os autores de Memórias Póstumas de Brás Cubas e de Os Maias entrariam na lista do Expresso.
  
Quando representantes de topo das nossas elites culturais, deliberada e conscientemente (como julgo não poder deixar de ser), não sei se em nome de uma qualquer modernidade cultural, não sei se por uma outra qualquer motivação esdrúxula que me escapa, colocam Os Lusíadas, o livro que nos define como povo, fora de uma lista com, repete-se, os critérios da que o Expresso publicou, não vejo aqui um problema cultural. Vejo, isso sim, um problema político. Vejo a agonia mortal do amor-próprio que cimenta a nossa identidade nacional. O que Vasco Graça Moura propõe, mesmo sem autores do século XX, é, portanto, vital.» [DN]
   
Autor:
 
Pedro Tadeu.
   
  
     
 Moody's volta ao ataque
   
«A agência de notação financeira Moody's defendeu hoje que as reformas adotadas por Portugal, Grécia, Irlanda e Espanha permitiram melhorar a sua situação económica, mas que a resolução completa dos seus problemas poderá demorar vários anos.
  
"A adoção de um certo número de reformas estruturais pelos países periféricos da zona euro -- Grécia, Irlanda, Portugal e Espanha -- permitiu melhorias, mas não resolveu completamente os desequilíbrios externos que se desenvolveram nesses países antes da crise" na zona euro, refere a Moody's em comunicado.
  
A agência de notação financeira considera que, "na melhor das hipóteses", as reformas implementadas contribuíram para a resolução de apenas metade dos problemas, "consoante os países em questão", e que a crise que enfrentam "poderá levar vários anos" a ser resolvida.» [DN]
   
Parecer:
 
Esta posição da Moody´s faz recear um novo ataque aos países do sul e à Irlanda.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se a boa notícia ao Gaspar, o verdadeiro ideólogo do mais troikismo do que a troika.»
      
 O hipermerceeiro faz mais uma asneira
   
«A SIBS, sociedade que gere a rede Multibanco, diz que a medida anunciada pelo Pingo Doce de limitar pagamento com cartões de crédito e débito a valores acima dos 20 euros, vai "sacrificar o bem-estar dos consumidores, reduzindo-lhes a segurança e comodidade nos pagamentos".
  
Em reacção à notícia divulgada hoje pelo Público que revela que a Jerónimo Martins vai deixar de aceitar qualquer tipo de pagamento com cartão de crédito ou débito inferior a 20 euros já a partir de 1 de Setembro, nas lojas Pingo Doce, a SIBS defende que "a eficiência e a conveniência do sistema de pagamentos português são reconhecidas internacionalmente como um dos melhores exemplos mundiais, tornando esta actividade numa das poucas onde Portugal assume posições de liderança internacional".» [DE]
   
Parecer:
 
O dono do Pingo Doce parece andar desorientado, agora nãao se meteu com o 1.º de Maio, decidiu limitar o uso do Multibanco. O Tio Belmiro agradece e o povo diverte-se com esta guerra de septuagenários.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
   
 O aumento das exportações não eram mérito do governo?
   
«O produto interno bruto (PIB) dos principais destinos das exportações portuguesas entrou novamente em terreno negativo no segundo trimestre deste ano, com um recuo homólogo de 0,2% entre Abril e Junho, o pior registo desde o final de 2009.
  
Este indicador medido pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) tem em consideração não só a evolução de cada uma das economias dos principais clientes de Portugal, mas também o peso relativo destas na estrutura das exportações nacionais. EUA, Japão, Bélgica, França, Alemanha, Itália, Países Baixos, Espanha, Suíça e Reino Unido são os países considerados.
  
“O PIB dos principais países clientes da economia portuguesa apresentou uma variação homóloga de -0,2% no 2º trimestre (0,1% no trimestre anterior), fixando a taxa mais baixa desde o último trimestre de 2009”, sublinha o instituto de estatística na Síntese Económica de Conjuntura, ontem publicada.
  
Aprofundou-se assim o recuo do PIB nos principais clientes de Portugal, cuja trajectória já estava em rota descendente desde o segundo trimestre de 2011, altura que este indicador cresceu 1,5%. Desde então o indicador entrou em declínio, chegando ao final do ano a subir apenas 0,8% e entrando agora em terreno negativo. A desaceleração do PIB destas economias tem tido reflexo na evolução das exportações nacionais, que apesar de ainda estarem a crescer, perderam algum gás entre Outubro de 2011 (quando subiram 15,4%) e Junho último (+6,8%).» [i]
   
Parecer:
 
Até aqui Passos Coelho e os estarolas da Economia, Gaspar, o sôr Álvaro e Paulo Portas, bem como os estarolas da troika à falta de resultados têm feito um uso oportunista do aumento das exportações atribuindo-o às reformas implementadas. Agora sim que vamos ver as virtudes das tais reformas.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Espere-se para ver.»
   
 Crise chega às quotas da Ordem dos Advogados
   
«São cerca de cinco mil os advogados que têm mais de três quotas da Ordem em atraso. Segundo Marinho e Pinto, a cobrança coerciva começará já em Outubro. Mas o bastonário deixa ainda outro aviso: os privilégios injustificáveis também têm os dias contados.
  
No total, segundo o i apurou, as dívidas dos advogados à Ordem atingem os 3 milhões de euros, um valor que é já significativo.
  
E é exactamente por esse motivo que a Ordem dos Advogados anunciou ontem que não renovará as cédulas profissionais nem os certificados digitais dos advogados que tenham mais de três quotas em atraso, e vai cobrar de forma coerciva os valores que estão por pagar, recorrendo aos tribunais.» [i]
   
Parecer:
 
A crise chega a todos.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
   
 O ministro não pode falar sobre os incêndios
   
«Os partidos da maioria chumbaram os requerimentos do PS e do Bloco de Esquerda para uma audição parlamentar ao ministro da Administração Interna sobre os incêndios florestais que deflagraram no Algarve, indicou um deputado socialista.» [DN]
   
Parecer:
 
Será assunto secreto ou o corajoso ministro tem medo?
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se ao ministro qual o tamanho de fraldas que usa.»