terça-feira, agosto 21, 2012

Umas no cravo e outras na ferradura


 
   Foto Jumento
 
 
A bordo do NRP Sagres
   
Imagens dos visitantes d'O Jumento
 

   
Vaso [A. Cabral]   
A mentira do dia d'O Jumento
 
Convite

O dr. Miguel Relvas convida todos os seus admiradores e amigos a estarem presentes hoje, pelas, 16h30, na reitoria da Universidade Lusófona onde irá pessoalmente dar entrada do requerimento de equivalência à licenciatura em biologia marítima.
 
Aberto permanentemente ao conhecimento o dr. Relvas não perdeu a oportunidade de recolher o máximo de conhecimentos enquanto esteve de férias numa praia portuguesa. Desses quinze dias de enriquecimento intelectual o dr. Relvas adquiriu experiência prática para se poder candidatar à equivalências a várias licenciaturas. à de geografia pelos passeios que deu na orla marítima ou à de motricidade humana pelas corridinhas e banhocas. Mas optou pela licenciatura em biologia marítima e como prova entregará as cascas dos três quilos de conquilhas que apanhou durante as férias.


Jumento do dia
  
António Mexia
 
Quase enoja ver um gestor privado falar do país como se as normas de contabilidade da sua empresa estivessem acima da Constituição da República, como se um país tivesse a dignidade de uma imensa mercearia.

Compreende-se que Mexia queira que sejam apenas alguns cidadãos a pagar a crise financeira, o impacto sobre o lucro da sua empresa e, por consequência nos seus próprios rendimentos é muito menor.

É pena que o senhor Mexia se tenha esquecido que o corte dos subsídios tenha resultado de um suposto desvio colossal das contas públicas de 2011. Na altura Passos Coelho falou desse desvio numa reunião do PSD, depois Gaspar explicou-o de forma hilariante e mais tarde foi atribuído à gestão orçamental do governo de Sócrates durante o primeiro semestre. Ora se estava em causa um desvio na gestão do OE porque razão esse desvio continua?

O que o senhor Mexia e outros malandrecos querem é que na ausência de fundos europeus sejam os funcionários e pensionistas a pagar as ajudas do Estado aos empresários gandulos e menos capazes que têm singrado na economia portuguesa.
  
«Admitindo que o chumbo do Tribunal Constitucional (TC) à suspensão do pagamento dos subsídios de férias ou de Natal aos funcionários públicos e aposentados "vem colocar pressão em arranjar soluções", António Mexia defendeu que "a solução de mais impostos sobre o sector privado não faz sentido".

À margem da formalização do acordo entre a EDP e o China Development Bank, no valor de 1.000 milhões de euros, o presidente da elétrica realçou que "uma das bases do programa de reestruturação da economia portuguesa é justamente libertar recursos do Estado para a economia privada".

"Não se pode comparar o que é redução de custos, que resultava das medidas anteriores, com o que seria um aumento de receitas. Não são coisas iguais".» [Dinheiro Vivo]
   
 Uma pergunta a Cavaco Silva

Quando Sócrates era primeiro-ministro e lutava desesperadamente por manter o financiamento à economia portuguesa Cavaco deu uma preciosa ajudinha questionando sobre qual a origem do dinheiro que estava a financiar o Estado. Será que Cavaco agora já se inteirou sobre de onde vem o dinheiro que financia a EDP?

 Uma pergunta a Mexia
 
Pediu autorização ao CC do Partido Comunista da China para se pronunciar sobre questões de política interna portuguesa?
 

  
 Perdido no Aquashow
   
«No início de Agosto, Mario Draghi, governador do BCE, afirmou publicamente que fará tudo o que for necessário para reduzir os juros da dívida dos países sobre pressão dos mercados.
  
Draghi abriu a porta a que o BCE se comprometa com um objectivo de ‘spread' para as dívidas dos Estados -membros. Independentemente do valor do ‘spread' e do modo como seria calculado, o juro a que os Estados se financiariam já não seria determinado pelos mercados, mas sim pelo BCE. Por muito que Draghi insista que só intervirá se os Estados o requererem formalmente e que a responsabilidade da política orçamental continua a ser dos governos, a verdade é que a solução para baixar os custos de financiamento já não passa pela austeridade e pelas famosas reformas estruturais.
  
A decisão do BCE é um momento de verdade, porque revela o logro da narrativa que nos andam a impingir. A chamada "crise das dívidas soberanas" não existe por causa do regabofe das dívidas e dos défices - se assim fosse, os EUA, o Japão e o Reino Unido estariam numa situação semelhante -, mas por dívidas e défices que existem no interior de uma arquitectura monetária disfuncional. Declarar que a normalização das condições de financiamento dos Estados e o regresso da confiança dependem da mobilização do poder monetário do BCE são o primeiro reconhecimento, ainda que tácito, desta evidência.
  
Esta decisão pode ter profundas implicações para Portugal, não apenas porque continua a emitir dívida de curto prazo - o mercado em que o BCE anunciou que vai intervir -, mas também porque permite reabrir a discussão sobre a natureza da crise. Sobre a decisão do BCE, porém, os portugueses ainda não ouviram uma palavra do Governo. Aliás, a Europa continua a ser uma entidade inexistente na sua pequenina mundivisão. No discurso do Aquashow, Passos Coelho voltou a mostrar que não compreende o mundo em que vive. Brindou o País com a sua narrativa de moralismo pedestre sobre as causas da crise, reafirmando que acabou o regabofe e que no futuro o povo não será aliciado com falsas promessas nem cairá no facilitismo da dívida. Portugal viverá dentro das suas possibilidades; será poupadinho, honrado, austero, e feliz. Os portugueses saberão adaptar-se à sua condição e não ousar querer ser outra coisa que não aquilo que sempre foram. Estranho futuro este que só tresanda a passado.
  
Para além do moralismo bafiento, o discurso de Passos também teve laivos de delírio. Com a Europa em recessão e a viver uma crise sem precedentes, com o mundo em fortíssima desaceleração, e - se as metas orçamentais não forem revistas - com o orçamento de 2013 a implicar medidas de austeridade superiores a 6 mil milhões de euros, Passos Coelho garantiu que 2013 vai ser o ano da viragem económica. Tudo indica que perdeu o contacto com a realidade.» []
   
Autor:
 
João Galamba.
 
 Está o Bloco bloqueado
   
«Francisco Louçã, o mais antigo dirigente partidário português no activo (LCI, PSR e BE), por iniciativa própria ou por pressão interna, vai abandonar a liderança do seu partido, cargo que, entre os bloquistas, se designa eufemisticamente de “porta-voz”. Esta anunciada saída só pode ser entendida como o reconhecimento de que o antigo líder trotskista, depois de ter protagonizado o crescimento eleitoral do Bloco, passou a ser um estorvo para o seu partido, como o demonstrou a estrondosa derrota eleitoral nas últimas eleições legislativas, que reduziu os bloquistas a metade dos votos e dos deputados.
  
O Bloco de Esquerda é uma das duas inovações que arejaram o quadro partidário saído do 25 de Abril, ambas com o mesmo objectivo: disputar o “espaço” eleitoral do Partido Socialista. A primeira inovação – o Partido Renovador Democrático, confeccionado no Palácio de Belém por Ramalho Eanes – conseguiu obter 18% dos votos e 45 deputados nas eleições legislativas de 1985, quase igualando o PS. Contudo, este resultado foi o “canto do cisne” que antecedeu o “desastre” eanista: anos depois, após obter 0,65% dos votos, em 1991, o PRD foi comprado – literalmente – por um grupo de extrema-direita, o Movimento de Acção Nacional. Nesta altura, as tentativas de Francisco Louçã para afirmar eleitoralmente o “socialismo de esquerda” resultaram em grandes fracassos eleitorais. Em 1983, o seu partido de então – o PSR – coligou-se com a UDP e obteve 0,44% dos votos expressos. Foi preciso esperar 15 anos para que, em 1999, aparecesse o Bloco de Esquerda – a velha coligação do PSR e da UDP, a que se juntaram alguns dissidentes do PCP agrupados à volta de Miguel Portas. O novo partido elegeu, então, dois deputados. Em dez anos, de 1999 a 2009, o Bloco cresceu de 2,4% para 10%, ultrapassando os comunistas.
  
Francisco Louçã, sobretudo a partir dos resultados eleitorais de 2009, acreditou piamente na possibilidade de vir a ultrapassar eleitoralmente o PS a curto prazo (são várias as entrevistas em que esta convicção está à flor da pele), tal como veio a acontecer este ano nas eleições da Grécia, onde uma coligação da Esquerda Radical, o Syriza, “partido-irmão” dos bloquistas, foi o segundo partido mais votado, ultrapassando largamente os socialistas gregos. A impaciência de Francisco Louçã em alcançar os seus objectivos levou--o a delinear uma estratégia de “cerco e aniquilamento” do PS que se revelou desastrosa e conduziu o BE a duas derrotas eleitorais significativas, quebrando-lhe o movimento de ascensão. A primeira foi nas presidenciais de 2011. Fazer de Manuel Alegre o candidato do Bloco de Esquerda contra o PS, o que obrigou a um apoio tardio e envergonhado dos socialistas, só podia dar maus resultados. Francisco Louçã viu a sua estratégia esburacada com Manuel Alegre a perder mais de trezentos mil votos em relação às anteriores presidenciais. A segunda grande derrota, ainda mais pesada, da estratégia de Francisco Louçã foi ter associado o BE à direita para derrubar o governo socialista, o que só podia levar a coligação PSD/CDS-PP ao governo. O PS perdeu as eleições e o BE foi na água do banho.
  
A anunciada saída de Francisco Louçã da liderança do Bloco e a sua substituição por uma direcção bicéfala, constituída por um homem e uma mulher, corresponde à necessidade de equilíbrios internos, mais do que a “exigências do século XXI”. Nestes 13 anos, a imagem exterior do Bloco foi construída sobretudo por Francisco Louçã e Miguel Portas. A saída de cena do primeiro e o desaparecimento prematuro do segundo, por um lado, e a previsível disputa entre o PS e o PSD nas próximas legislativas, o que leva sempre ao “voto útil”, podem marcar definitivamente os limites eleitorais em que o Bloco se vai mover no futuro. Assim o PS saiba entender esta oportunidade.» [i]
   
Autor:
 
Tomás Vasques.
    
  
     
 Mais um incentivo ao crescimento da economia
   
«A produção de cereais no ano agrícola de 2012, "fortemente marcado pela seca", será "a mais baixa desde 2005", mas as culturas de primavera/verão deverão manter os níveis de produtividade, antecipou esta segunda-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE).» [CM]
   
Parecer:
 
A pior altura para escolher uma ministra ignorante era a de crise de preços nas matérias-primas agrícolas. Paulo Portas escolheu uma protegida que se distinguiu na luta contra o aborto e o país ficou com uma ministra incompetente num sector tão importante como a agricultura.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se à menina da Agricultura se já lhe explicaram o que se está a passar.»
      
 O Carocho é um herói!
   
«Por duas vezes em oito anos o Algarve foi pasto de chamas e por duas vezes um burro de Alcaria Fria, Tavira, sobreviveu ao incêndio, fugindo do curral e transformando-se num herói para a aldeia.
  
"Afinal o burro é esperto", disse satisfeito Manuel da Palma, referindo-se ao animal que o ajuda no trabalho do campo e que fugiu durante dois dias ao incêndio que devastou a serra algarvia há um mês.
  
O burro, que o dono disse chamar-lhe "Carocho", já tinha em 2004 fugido ao fogo que atingiu a povoação de Alcaria Fria, freguesia de Santa Catarina da Fonte do Bispo, e agora no fogo de Julho passado esteve quase 48 horas a andar à frente das chamas, como contou à Lusa Manuel da Palma.
  
"Safou-se do fogo. Andou duas noites e dois dias aí, à frente do fogo, e ainda cá estamos os dois", afirmou o dono, sublinhando que em 2004 "também fugiu" e agora foi encontrá-lo a "quase 15 quilómetros", já bem perto da sede de freguesia.
  
"Não sei onde ele se agachou, porque só depois do fogo é que fomos à procura dele, pensando que o encontrávamos já sem vida, e ele lá estava. Cá está ainda, fazendo companhia ao dono", acrescentou o idoso, de 82 anos, que vive acompanhado pela mulher numa zona interior da serra de Tavira.» [CM]
   
Parecer:
 
Ao menos haja alguém que faça alguma coisa de jeito no Algarve porque aquilo por ali é uma desgraça, um perde o mandato em Faro e o outro foi para o Aqua Sow dizer baboseiras. Grande Carocho!
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Chamem-lhe burro!»
   
 Portas poético
   
«O ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, defendeu esta segunda-feira que "Portugal será na Europa o que trouxer à Europa, de fora da Europa", realçando a capacidade de "estabelecer pontes com mercados importantes da economia global". 
  
Na cerimónia de formalização do acordo de financiamento entre a EDP e o China Development Bank, no valor de 1.000 milhões de euros, Paulo Portas disse que "ficou à vista, durante a privatização da EDP, que Portugal é economicamente um país capaz de estabelecer pontes e ligações estratégicas com mercados importantes da economia global".» [CM]
   
Parecer:
 
Basófias...
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se e evite-se o vómito.»
   
 Grande melhoria!
   
«O indicador de atividade económica atingiu em maio -2,4%, uma décima mais acima dos -2,5% registados no mês anterior. Desde setembro de 2010 que o indicador de atividade mantinha um um tendência negativa.
  
"O indicador de atividade económica aumentou de forma ténue em junho, suspendendo o acentuado perfil negativo apresentado desde setembro de 2010", revela o documento do INE.» [DN]
   
Parecer:
 
Até parece que os jornalistas do DN são crentes do Santinho de Massamá.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se a merecida gargalhada.»
   
 De atleta olímpica à morte no Mediterrânio
   
  
«A atleta somali que aos 17 anos chegou em último lugar na prova dos 200 metros dos Jogos Olímpicos de Pequim, e que mesmo com dez segundos de atraso não quis deixar de terminar a prova, arrancando aplausos emocionados das bancadas, morreu ao tentar chegar a Itália, numa 'patera' (embarcação rudimentar), para fugir à instabilidade no seu país.
  
A atleta somali, Samia Yusuf Omar, que comovera o mundo com a sua prestação nos 200 metros dos Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008, onde acabou em último lugar mas demonstrou um verdadeiro espírito olímpico, não repetiu a sua participação em Londres porque morreu numa patera (embarcação) a tentar chegar à costa italiana.» [DN]
   
 Louçã faz política suja
   
«Não restam dúvidas: o verniz estalou no Bloco de Esquerda entre antigos dirigentes e fações que compõem o quinto partido com assento parlamentar. Daniel Oliveira, fundador da Plataforma de Esquerda e da Política XXI, que viriam a integrar o Bloco de Esquerda, publicou na sua página do Facebook um longo comentário às declarações feitas por Francisco Louçã e publicadas na última edição do Expresso.
  
O ainda líder do BE acusou Daniel Oliveira de promover "uma ofensiva" contra o Bloco de Esquerda, na qualidade de "fonte anónima" das várias notícias que ao longo das últimas semanas têm referido as tensões que a mudança de liderança do Bloco tem causado. Para Francisco Louçã, o objetivo era o de "atacar pessoalmente João Semedo", candidato designado por Louçã para o substituir na condução do partido, juntamente com Catarina Martins.
  
O ex-porta-voz responde com dureza. Confessa ter ficado "atónito com esta inédita forma de confronto político" e passa ao contra-ataque, dizendo que as afirmações de Francisco Louçã são "uma mentira completa" e que "nem sequer vem bem embrulhada", que garante ser "amigo pessoal" de João Semedo e de "ao contrário de outros" dar "valor à amizade".» [Expresso]
   
Parecer:
 
Se é o Daniel que o diz.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se a Daniel Oliveira se a política suja de LOuçã é só de agora.»
   
 Mais um campo de rugby?
   
«Um terreno no Parque Florestal de Monsanto, em Lisboa, desafetado do regime florestal em 1995 para a construção de uma escola, vai servir para um privado construir mais um campo de Rugby, além dos quatro já existentes.
  
A denúncia é hoje feita pelo Movimento Fórum Cidadania Lisboa no seu blog, onde, num texto intitulado “Réquiem por Monsanto”, expõe a situação, sublinhando que esta implicará o abate dos sobreiros localizados nesse terreno do Parque Florestal de Monsanto (PFM) situado na Avenida dos Bombeiros, freguesia da Ajuda, apesar de pertencerem a uma espécie autóctone protegida por lei.» [i]
   
Parecer:
 
Um dia destes temos mais campos de rugby do que a Inglaterra.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Proteste-se.»