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Jumento do dia
José Miguel Júdice
Belo frete! Interesses a quanto obrigam...
é incrível como estando em Moçambique os elogios a Passos Coelho se propagam por toda a comunicação social portuguesa em pleno feriado. Com estas declarações Júdice conquistou o céu, da mesma forma que já o tinha feito com Sócrates. Parece que o advogado também é como as putas, está sempre do lado do poder.
«O antigo bastonário da Ordem dos Advogados, José Miguel Júdice, disse nesta quarta-feira em Moçambique que a polémica sobre a licenciatura do ministro-adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, não é suficiente para forçar a sua demissão, ressalvando que este recorreu a uma solução "aparentemente legal", mas "um bocadinho ridícula".» [CM]
«"Não há muita alternativa àquilo que ele está a fazer. Ele está a fazer o melhor que é capaz, há coisas que estão correr bem e há outras que estão a correr mal, como tudo na vida, mas a linha de rumo só pode ser esta", afirmou José Miguel Júdice, em declarações à Lusa em Maputo.» [DE]
O que é feito do ilustre dr. Relvas?
O que é feito do Miguel Relvas, está de férias ou estará a tirar mais uma licenciatura?
Só em 2013?
No Passado mês de Março o malfadado primeiro-ministro que temos foi à TVI [Link] afirmar que no último trimestre deste ano já haveriam sinais de recuperação, isto é, que o pior teria passado ao fim de três trimestres. Note-se que esta entrevista não foi dada assim há tanto tempo e já nessa ocasião era visível a queda da receita fiscal, o elevado nível de desemprego e o efeito recessivo do excesso de austeridade já era visível.
Passados menos de quatro meses Passos Coelho esqueceu-se do que disse e a recuperação só será visível em 2013. É bem provável que em 2013 o dr. Relvas lhe sugira que culpe a crise internacional e anuncie a recuperação para 2014 e assim por diante enquanto o povo português não tiver o bom sendo de correr com ele através de eleições ou de qualquer outra forma mais ou menos pacífica.
Quem parece ter acreditado nesta patranha de Passos Coelho foi Cavaco Silva que foi ainda mais longe do que o primeiro-ministro e chegou a anunciar crescimento e criação de emprego no segundo semestre, isto é, ainda mais cedo. É óbvio que nenhum destes senhores é credível para os agentes económicos e em vez de correrem às compras os portugueses pouparam o pouco que têm e os resultados da recessão estão à vista, já está acima dos 3% e no segundo semestre atingirá certamente os 4% senão mais.
O Código Penal tem algum artigo previsto para o crime de destruição intencional da economia?
A cega loucura
«Está a registar-se, embora lentamente, um movimento de regresso à terra, como meio de subsistência. É o resultado dramático da ausência de perspectivas para os mais novos, e do sufoco que sofrem os mais velhos, com a extorsão aos seus elementares rendimentos. Este retorno não vai alterar, em nada, as dificuldades por que atravessamos: apenas alivia alguns portugueses, uns por desespero e não desejarem sair do País; outros por impedimento da idade. A agonia lenta de muitos de nós torna-se cada vez mais inteligível, mesmo para aqueles que proclamam o estribilho insultuoso segundo o qual "estamos no bom caminho."
O tornar ao campo não significa o desejo subjectivo contido, por exemplo, no Jacinto d'A Cidade e as Serras, de redescoberta do paraíso perdido. Aquele fora atacado pelo "mal de siècle", o tédio e a ociosidade. Os portugueses de agora são o alvo, aparentemente inconvertível, de uma ideologia protectora dos poderosos. Em vez de uma história em tempo longo mas, apesar de tudo, inspiradora de esperanças, impõe-se uma história com algo de sórdido e de inumano.
Aquilo que vale, do ponto de vista de economistas associados àquela doutrina, é a relatividade dos valores, e a consequente mutação dos indicadores financeiros. O "capitalismo desgovernado", de que falou, anteontem, em Fátima, D. Jorge Ortiga, arcebispo de Braga, resulta da própria natureza predadora do sistema. Aquele prelado, aliás, tem criticado a passividade dos cristãos ante o que considera uma pesada ameaça à Humanidade. Há um manifesto e significativo mal-estar em certos sectores da Igreja na análise à violência da razão dominante.
Pedro Passos Coelho não se sente constrangido ao obedecer aos ditames desta ideologia de repressão. Mas os efeitos de contágio são perigosos. Como já foi dito, o primeiro-ministro abriu a caixa de Pandora e não sabe como fechá-la. Acha-se muito confortável entre aquela gente com a qual se encontra nos sinédrios internacionais. Olhamos e não acreditamos que sejam eles que regem os nossos destinos. As flutuações do tempo, desde a queda do Muro de Berlim, permitiram a ascensão de uma mediocridade impante, que não garante nem a nossa liberdade nem a nossa segurança.
No PS, infelizmente, há quem simpatize com estes princípios dominantes, e aceite a versão de um mundo descomprometido dos valores do "universal humano." A ética é substituída pela pragmática, o eufemismo mais vil que existe para dissimular a traição. A exaltação do empobrecimento, como justificação para o equilíbrio das contas públicas, leva à degradação do ser, em todas as variantes. Uma loucura cega atravessa a Europa e invadiu Portugal. O regresso à terra é uma remigração exclusivamente determinada pelo capitalismo. A Igreja começou a advertir de uma deformidade que nos impele à destruição.» [DN]
Baptista Bastos.
Judice defende Relvas
«O antigo bastonário da Ordem dos Advogados, José Miguel Júdice, disse nesta quarta-feira em Moçambique que a polémica sobre a licenciatura do ministro-adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, não é suficiente para forçar a sua demissão, ressalvando que este recorreu a uma solução "aparentemente legal", mas "um bocadinho ridícula".» [CM]
Parecer:
Pois, bom, bom, é um governo de mandriões.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Faça-se um sorriso cínico.»
Oferecem-se cadeiras
«Foi literalmente aos molhos que os funcionários da sede nacional do CDS-PP levaram nos últimos dias de Dezembro de 2004 para o balcão do BES, na Rua do Comércio, em Lisboa, um total de 1.060.250 euros, para depositar na conta do partido. Em apenas quatro dias foram feitos 105 depósitos, todos em notas, de montantes sempre inferiores a 12.500 euros, quantia a partir da qual era obrigatória a comunicação às autoridades de combate à corrupção.
Os dados constam do relatório final da investigação da Polícia Judiciária (PJ) no caso Portucale, que, no entanto, nada conclui em relação à origem daqueles montantes.
O episódio foi ontem lembrado por Paulo Portas, a propósito do negócio da compra dos submarinos, referindo que "também se disse que havia um depósito nas contas do CDS e o doutor Abel Pinheiro foi absolvido em julgamento".
Aqueles montantes foram justificados como donativos recolhidos em festas e jantares do partido, que estavam guardados nos cofres da sede nacional. O depósito apressado naqueles dias de final de ano foi explicado com a alteração da lei de financiamento dos partidos, que entrava em vigor no início de 2005 e para cujo conteúdo os responsáveis do CDS só tinham sido alertados nessa altura.
Quanto ao negócio da compra dos submarinos pelo Estado português, este foi finalizado com o consórcio alemão GSC (German Submarine Consortium) em Abril de 2004 pelo então ministro da Defesa Paulo Portas, e tem sido alvo de investigações, tanto em Portugal como na Alemanha, por suspeitas de corrupção.
No processo alemão, os dois gestores acusados decidiram admitir a actuação criminosa para obter uma pena suspensa, tendo dito que entregaram ao cônsul honorário de Portugal em Munique o montante de 1,6 milhões de euros. Este, por sua vez, disse perante a justiça alemã que manteve encontros com o ministro Paulo Portas e o primeiro-ministro Durão Barroso, para a concretização do negócio.» [Público]
Assim ninguém se cansará de aguardar por uma investigação ou se esta se realizar, pelas suas conclusões.
«Foi literalmente aos molhos que os funcionários da sede nacional do CDS-PP levaram nos últimos dias de Dezembro de 2004 para o balcão do BES, na Rua do Comércio, em Lisboa, um total de 1.060.250 euros, para depositar na conta do partido. Em apenas quatro dias foram feitos 105 depósitos, todos em notas, de montantes sempre inferiores a 12.500 euros, quantia a partir da qual era obrigatória a comunicação às autoridades de combate à corrupção.
Os dados constam do relatório final da investigação da Polícia Judiciária (PJ) no caso Portucale, que, no entanto, nada conclui em relação à origem daqueles montantes.
O episódio foi ontem lembrado por Paulo Portas, a propósito do negócio da compra dos submarinos, referindo que "também se disse que havia um depósito nas contas do CDS e o doutor Abel Pinheiro foi absolvido em julgamento".
Aqueles montantes foram justificados como donativos recolhidos em festas e jantares do partido, que estavam guardados nos cofres da sede nacional. O depósito apressado naqueles dias de final de ano foi explicado com a alteração da lei de financiamento dos partidos, que entrava em vigor no início de 2005 e para cujo conteúdo os responsáveis do CDS só tinham sido alertados nessa altura.
Quanto ao negócio da compra dos submarinos pelo Estado português, este foi finalizado com o consórcio alemão GSC (German Submarine Consortium) em Abril de 2004 pelo então ministro da Defesa Paulo Portas, e tem sido alvo de investigações, tanto em Portugal como na Alemanha, por suspeitas de corrupção.
No processo alemão, os dois gestores acusados decidiram admitir a actuação criminosa para obter uma pena suspensa, tendo dito que entregaram ao cônsul honorário de Portugal em Munique o montante de 1,6 milhões de euros. Este, por sua vez, disse perante a justiça alemã que manteve encontros com o ministro Paulo Portas e o primeiro-ministro Durão Barroso, para a concretização do negócio.» [Público]
Parecer:
Assim ninguém se cansará de aguardar por uma investigação ou se esta se realizar, pelas suas conclusões.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Mandem-se os parabéns a Paulo Portas, está a revelar-se um líder muito lucrativo.»
O maior azar de um neonazi
«Csanad Szegedi, 29 anos, era uma estrela no partido de extrema-direita Jobbik, na Hungria. Crítico de ciganos e de judeus, Szegedi é, afinal, ele próprio judeu e descobriu-o há dois anos. O partido não via nisso um problema, mas forçou-o a demitir-se porque tentou escondê-lo durante meses, até com tentativas de suborno.
Szegedi classificava os judeus como ameaça aos símbolos da Hungria, acusando-os também de terem "açambarcado o país". Porém, em 2010, soube que era descendente de judeus.
A verdade sobre os avós maternos – uma sobrevivente de Auschwitz e um sobrevivente de campos de trabalho forçado geridos pelos nazis de Adolf Hitler – foi-lhe revelada por um homem, Zoltan Ambrus, que cumpria pena de prisão devido a um caso que envolvia posse de armas e explosivos. » [Público]