domingo, agosto 05, 2012

Umas no cravo e outras na ferradura


 
   Foto Jumento
 

Vila Real de Santo António
   
Imagens dos visitantes d'O Jumento
 

   
Barco do Tejo [A. Cabral]   
 
Jumento do dia
   
Paulo Núncio, secretário de Estado dos Assuntos Fiscais
 
Perante um caso de corrupção a primeira reacção do governo foi a de promessa de perseguição aos funcionários corruptos, gesto que fica bem a qualquer político mas que não passa de uma inutilidade pois entre as medidas cautelares pode ser decidida a suspensão dos funcionários se tal for considerado necessário. O fisco até pode iniciar um processo disciplinar, mas a verdade é que a informação está sujeita a segredo de justiça e de nada serve promover um processo disciplinar sem quaisquer provas para além das notícias dos jornais.
  O que se esperaria de um governante não eram banalidades oportunistas, era questionar o sistema de inspecção, averiguar a té que ponto é eficaz e viulnerável à corrupção. Era isto que deveria preocupar um governante competente.
   
 Merecido descanso

Desta vez Cavaco não teve de levar um jipe cheio de diplomas para estudar.
 

  
 Vêm aí os turbomédicos
   
«O alerta do Conselho Regional do Norte da Ordem dos Médicos de que irá aparecer por aí, num futuro próximo, aquilo que o presidente desse organismo chama de "médicos de segunda", com diplomas obtidos em escolas privadas ou por "equivalência" (à maneira da controversa licenciatura de Relvas), devia ser levado a sério pelo Ministério da Educação, que tanto fala em "rigor" e em "qualidade".
  
A posição da Ordem dos Médicos surge na sequência da notícia de que uma escola privada terá arranjado maneira de transformar os seus licenciados em Ciências Biomédicas em turbolicenciados em Medicina (com dois meros anos de formação especializada), entrando por "equivalência" no 4.o ano da universidade espanhola Alfonso X, El Sabio. Tudo, como habitualmente, "dentro da lei".
  
O "caso Relvas" é apenas expressão daquilo que poderíamos classificar de "caso português", o chico-espertismo. Este atingiu proporções inimagináveis com o negócio de diplomas em que se tornou algum ensino superior privado (uma escola já oferece mesmo "licenciaturas duplas" em quatro anos, ao bom estilo promocional do "pague uma e leve duas").
  
A não ser que o Ministério da Saúde faça como o da Justiça, que não aceita licenciados à bolonhesa em Direito nas magistraturas, o mais certo é que os turbomédicos acabem no SNS-D (D de "desconstruído") do dr. Paulo Macedo: ficarão em conta e, para quem é, bacalhau basta.» [JN]
   
Autor:
 
Manuel António Pina.
      
  
     
 Fanático dos popós?
   
«Foi, no mínimo, caricata a ida de Rui Rio a tribunal, ontem, num caso que tentou apurar se fdp pode traduzir-se por filho da puta ou por fanático dos popós. A juíza escolheu a primeira hipótese. O episódio fez o autarca do PSD disparar contra o atraso no avanço da reforma na justiça
  
A polémica, que envolve o presidente da Câmara do Porto, começou em Junho, quando a revista “Porto Menu” fez uma capa com uma fotografia onde inscreveu na fachada de um prédio “Rio és fdp”. O autarca interpôs uma providência cautelar para retirar a revista de circulação.
  
O tribunal aceitou o pedido e o empresário Manuel Leitão, responsável pela publicação, decidiu contestar a decisão com o argumento de que a expressão fdp pode querer dizer “fanático dos popós”, já que o autarca tem “uma paixão” por automóveis.» [i]
   
Parecer:
 
Boa!
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se a merecida gargalhada.»