quinta-feira, agosto 30, 2012

Umas no cravo e outras na ferradura


 
   Foto Jumento
 

No Bairro Estrela d'Ouro, Graça, Lisboa
   
Imagens dos visitantes d'O Jumento
 

   
Catavento [A. Cabral]
   
Jumento do dia
   
Miguel Relvas
 
Começa-se a perceber o porquê da equivalência de umas idas ao Elefante Branco a algumas licenciaturas, basta ouvir as alarvidades ditas pelo Miguel Relvas para se perceber que ao pé do seu diploma de licenciado José Sócrates seria uma sério candidato a um Nóbel da Física. ENtão o homem inspira-se no crude, arma-se em Fernando Pessoa saído na farinha Amparo e diz com ar de bimbo imbecil que a "língua é o petróleo da relação entre dois estados? Qual petróleo, o dos timorenses, o de Cabinda ou aquel que a Galp nos vende ao triplo do preço?

Este esforço do Relvas para ser poético numa tentativa desesperada de parecer um doutro entre doutores é patético. Miguel Relvas não é ministro dos Negócios Estrangeiros e para fugir dos portugueses não precisava de ir tão longe assinar um protocolo da treta, um daqueles documentos que a esta hora já despareceu no WC do Xanana.

Compreende-se que o cheiro a crude sensibilize o olfato do Relvas, mas como o rapaz não é da GALP nem ministro da Economia ou dos Negócios Estrangeiros deveria ter ficado em Lisboa poupando os desgraçados dos contribuintes a despesas desnecessárias. Se quiser ir a Timor ver como cheira o petróleo timorense que vá à sua própria custa.

«"Aquilo que nos une a todos é a língua e a língua é o petróleo desta relação", defende o ministro-adjunto e dos Assuntos Parlamentares, que hoje assina em Díli um protocolo na área da comunicação social.» [Expresso]
   
 Uma pergunta aos rapazolas do PSD

Já sugeriram aos jovens que emigrem por estarem a mais.
  
Já disseram aos desempregados que estão cheios de sorte por terem perdido o emprego no país.
  
Goram sugerem à administração da RTP que se demita porque discorda de uma hipótese teórica que um conhecido do governo divulgou mas que nenhum membro do governo assumiu.
  
Será que os funcionários públicos que discordam do seu ministro terão o dever de pedir a demissão e procurar emprego no sector privado ou emigrar?
  
Quem discorda do governo deve abdicar da nacionalidade portuguesa e pedir asilo político em Espanha, refugiar-se nas terras queimadas do Algarve e pedir ajuda ao Alto Comissário da ONU para os refugiados ou apresentar-se na sede da ONU como apátrida?

 Prof. Marcelo
 
Os mais recentes raciocínios de Marcelo sobre a posição face à avaliação da troika são dignos de uma conversa política noturna no Elefante Branco. 
 
 António Borges

Finalmente se começa a perceber que assessoria está o distinto António Borges está a dar ao governo, é bem pago para fazer os fretes do bimbo do dr. Relvas. Anda, anda e ainda ouve alguém gritar "Vai estudar Borges!".
  
Mas enquanto não é gozado por  depois de ser banqueiro e director do FMI para a Europa aceitar ser pago como moço de recados do dr. Relvas. o prof. Borges deveria reflectir sobre o sentido da palavra dignidade. Depois de gozado e de Passos Coelho negar a existência de uma solução, dizendo claramente que o assunto ainda está ou vai ser estudado, resta a António Borges defender ou não a sua dignidade. Se ficar calado a troco do que o governo lhe paga todos ficaremos s saber que a sua dignidade tem preço e mais tarde sabemos quanto lhe paga o governo para prescindir dela.
 

  
 O ventríloquo
   
«O país que pensa assistiu, entre o perplexo e o estarrecido, às declarações do sr. António Borges a Judite Sousa, na TVI. Perplexo porque viu um assessor substituir o Governo numa entrevista importante. Estarrecido pela frieza gélida com que o senhorito falou no extermínio do serviço público de informação, em troca de coisa alguma. A certa altura da extraordinária conversa, o sr. Borges, impávido e sereno, disse que a questão dos despedimentos previsíveis diria respeito ao novo "operador" logo que a RTP e a RDP fossem desmanteladas. O Governo lavava dali as mãos. Só um tolo admitiria que o preopinante falava com voz própria. Ele mais não era do que o eco, à sorrelfa, de Miguel Relvas, dissimulado nos bastidores pelas públicas razões conhecidas.
  
Há algo de desprezível na conduta moral de quem se serve de um outro para dizer o que, no momento, não está interessado em afirmar; e de repugnante, naquele que se substitui com a cara, a voz e a ideia. Ambos se equivalem e ambos são a imagem restituída da baderna a que chegámos.
  
A esta farsa não estará alheio o primeiro-ministro. Não passa pela cabeça de ninguém que o enredo foi montado sem o seu conhecimento. De qualquer das formas, ele terá de esclarecer o assunto. O sr. Borges, ao falar, como falou, assertivo e veemente, da privatização da RTP e da RDP, do que vai mudar e do que vai ser concessionado; dos funcionários que a entidade "compradora" entenderá, ou não, estarem a mais; da extinção absoluta do serviço público e da sua eventual entrega a interesses estrangeiros - disse-o com conhecimento de causa e no registo comum a um governante.
  
Este desvio do discurso cultural e político transforma-se num apelo ao desmantelamento dos percursos habituais das nossas heranças. Além da gravidade da proposta, e da natureza agressiva do seu conteúdo, que tende a subalternizar a própria democracia, parece-me insultuoso que seja um estranho ao Governo a dar notícia dos factos. E a pôr em causa, com displicente indiferença, a vida de quase duas mil pessoas.
  
As atitudes deste Executivo têm dissolvido o pouco que nos restava de orgulho nacional. Nenhuma neutralidade pode arbitrar estas pequenas infâmias. E são-no porque o desdém demonstrado pelos governantes parece querer criar as suas próprias razões.
  
A mística do neoliberalismo, perante um mundo sem pátria e de pensamento único, tem como objectivo o domínio pela obediência, pela submissão e pelo medo. O papel do sr. António Borges é o de um factotum desprovido de toda a singularidade. Em causa estão a grande crise de valores de que enferma a nossa época e a supremacia da finança sobre a diversidade civilizacional. Alegremente, caminhamos para o desconhecido, sabendo-se, de antemão, pelo que resulta da experiência, a configuração da catástrofe.» [DN]
   
Autor:
 
Baptista Bastos.   
     
  
     
 Relvas terá fumado uns charros?
   
«Um estudo provou que os adolescentes que fumam canábis com regularidade acabam por prejudicar permanentemente a sua inteligência, divulgou o jornal ‘The Telegraph’ na segunda-feira.» [CM]
         
 O que será um tabu para Passos Coelho
   
«O primeiro-ministro garantiu hoje que o Governo vai estudar "sem tabus" tudo o que se relaciona com "o processo de alienação" da RTP. Admitiu que a hipótese da concessão a privados é uma das que está em cima da mesa, mas que antes de uma decisão deve perceber-se qual o serviço público que se quer e quanto se quer pagar por ele.» [DN]
   
Parecer:
 
Na venda de empresas do Estado e, em particular, da RTP não há tabus nem meios tabus, há a lei e a Constiuição da República e esses são para serem respeitados quer Passos goste ou não, tem uma maioria absoluta, não tem nem uma maioria constitucional, nem sequer a maioria dos votos e longe f«vão os tempos dos que se declaravam ditadores.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Esclareça-se Passos Coelho que a Constiuição não é um tabu, é a lei que ele aceitou respeitar o que não tem feito.»
   
 Notícias do ajustamento
   
«Mesmo com um aumento de 2,7% no consumo de medicamentos (mais 3,7 milhões de embalagens vendidas), a despesa nas farmácias, nos primeiros sete meses do ano, ficou-se pelos 1.540,7 milhões de euros, abaixo dos 1.743,1 milhões de euros somados em igual período do ano anterior. Levando em conta apenas o mercado dos medicamentos comparticipados pelo Serviço Nacional de Saúde (SNS), a despesa caiu 9% face a período homólogo de 2011, para os 706 milhões de euros, seguindo a tendência dos últimos meses, de acordo com os dados do relatório mensal do mercado em ambulatório a que o Negócios teve acesso.» [Jornal de Negócios]

«Não há saldos ou promoções que salvem o momento actual que o comércio de roupa está a viver: entre o primeiro e o segundo trimestre segmento vendeu menos 80 milhões de euros em Portugal» [Jornal de Negócios]
   
Parecer:
 
Grande Gaspar!
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Lamente-se.»
   
 Começou a bandalheira municipalista
   
«Numa iniciativa pioneira e inesperada, a Assembleia Municipal de Vila Real de Santo António aprovou segunda-feira uma recomendação ao Governo que visa a fusão do município com os concelhos de Castro Marim e Alcoutim. Mas estes dois municípios, de maioria PSD, tal como Vila Real, consideraram a proposta "absurda", "uma insensatez" e "uma brincadeira de mau gosto".» [Público]
   
Parecer:
 
Isto é canibalismo municipal. ainda que os três municípios pudessem ganhar com a fusão.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se a merecida gargalhada.»