A direita portuguesa continua a ser burra como de costume, o
governo disse que ia modelar a sacanice, o sogro do novo dono do Pavilhão Atlântico
fez uns arranjinhos nos bastidores, o Portas e o Passos fizeram uma encenação
de arrufos de namorados, o Vítor Gaspar foi para a Alemanha elogiar os
manifestantes portugueses, os mesmos a quem elogiava a paciência, os caciques
locais e regionais do PSD e do CDS deram uns guinchos para aliviar o sofrimento
exemplar dos idiotas das bases, Até o Nogueira Leite disse que se pirava. Só
António Borges, o único português que arranjou dois empregos incompatíveis
depois de ter exercido sucessivamente dois cargos igualmente incompatíveis,
andou desaparecido e em vez de dar assessoria às bestas do governo deverá ter
optado por escovar os seus cavalo em Alter.
A direita portuguesa nunca teve a inteligência do povo
português em grande consideração, influenciada para muitas décadas por um
salazarismo cuja categoria intelectual nunca conseguiu repetir (Salazar deve
estar quase a ressuscitar de tantas gargalhas que dará na campa ao ver as
baboseiras deste governo). A política não é coisa para povo mas sim para políticos
encartados, nem que para isso tenham recorrido às equivalências da Lusófona. A
direita acha que o povo é uma massa de idiotas, facilmente enganados e que
troca as preocupações por uma boa festa com direito a bebedeira e foguetório,
pensam que o país é um imenso Chão de Lagoas.
O governo usa e abusa da a ameaça da troika para forçar os
portugueses a aceitar a reformatação do país segundo um projecto escondido e
que nada tem que ver com a solução da crise financeiro ou com o crescimento
sustentado. O excesso brutal de austeridade visa uma alteração brutal na
distribuição do rendimento, fazendo o país recuar a um modelo social dos tempos
do princípio do século XX. Foi para isso que serviu o excesso de austeridade já
imposto, mas como o projecto falhou o governo dos imbecis volta a repetir a
dose, desta vez aumentada pois é preciso recuperar os mais de 4.000 milhões de
euros de receita fiscal que o incompetente do Gaspar foi incapaz de cobrar.
O muito mais do que a troika é um projecto canalha de tirar
aos pobres não apenas para resolver a crise financeira mas também para aumentar
a riqueza dos que já são ricos. Se alguém pensa que gente como o Moedas, o António
Borges, o Passos Coelho, o Vítor Gaspar ou o doutoríssimo dr Migue, Relvas vão
abandonar este projecto está enganado. Esta gente adopta algumas medidas da
treta que não atingem a riqueza de ninguém e pela calada vão continuar a
implementar o projecto doentio que os tem norteado.
Mais tarde ou mais cedo o povo vai aperceber-se do logro
montado pelos partidos de direita com o apadrinhamento do sogro do dono do
Pavilhão Atlântico. Quando isso suceder voltaremos todos para a rua, mas
seremos muito mais do que 600 mil e não voltaremos a casa sem que este governo
canalha tenha caído e a certeza de que vão provar de uma lei inconstitucional
como eles tanto gostam para que possam ser julgados pelos crimes contra a
economia e contra o povo que cometeram. Alguém tem de pagar pela desgraça,
pelos doentes que deixaram de ir aos médicos, pelos que perderam as casas,
pelos que tiraram os filhos das escolas e pelos que se suicidaram só para que o
país fosse sujeito às experiências conduzida por gente incompetente, mal
preparada e mal formada.