O actual governo desrespeitou o seu programa eleitoral, o
seu próprio programa de governo, o acordado entre Portugal e as organizações
internacionais, o acórdão do Tribunal Constitucional. Com o argumento da crise
financeira que já estava declarada antes das eleições este governo adopta uma
política ilegítima que impõe aos portugueses de forma ilegítima. Este governo
deixou de ser um governo legítimo.
A situação financeira do país é a que já era antes das eleições
e a ter-se agravado isso só resulta das opções do governo e da incompetência de
um ministro das Finanças que demonstrou ser irresponsável e incompetente, tendo
a sua política fiscal conduzida a um desvio colossal.
O primeiro-ministro está a querer governar à margem dos
princípios constitucionais, adopta medidas contrárias ao que prometeu na
campanha eleitoral, altera radicalmente a vida dos portugueses sem estatr
mandatado para tal, quer um país `sa imagem e semelhança das suas ideias de
discoteca. O primeiro-ministro nem se dá ao trabalho de explicar as opções que
impõe ao país.
O primeiro-ministro nem os acordos de concertação social que
assinou e exibe como conquista respeita, há poucos meses conseguiu impor um
acordo a uma das centrais sindicais e não só não implemente quaisquer medidas
de crescimento como agora vem alterar radicalmente o sistema de descontos para
a segurança social sem qualquer negociação, tirando uma fortuna aos
trabalhadores para dar aos patrões.
O primeiro-ministro governa sem demonstrar qualquer respeito
pelos portugueses, comportando-se como se os cidadãos deste país fossem ratos
de laboratório que podem ser sujeitos a experiências concluídas por um qualquer
dr. Josef Mengele da economia.
Este governo apenas tem legitimidade formal na medida em que
conta com uma maioria absoluta no parlamento, maioria absoluta que nem sequer
representa uma maioria de votos. Mas é um governo que despreza a Constituição
da República, que governa de acordo com um plano secreto que não foi votado
pelo parlamento, que goza com o Tribunal Constitucional, que está lançando o país
na ruína e no conflito social.
Um governo ilegítimo deve ser derrubado, de preferência seguindo
os preceitos constitucionais. Cavaco Silva deve demitir Pedro Passos Coelho,
dissolver o parlamento e convocar eleições antecipadas antes que Passos Coelho
com a sua imbecilidade e incompetência atire o país no colapso social. É preferível
a realização de eleições antecipadas para livrar o país deste louco do que
permitir que esse mesmo louco conduza o país para uma situação da qual não se
sabe como vai sair.
Passos Coelho foi um erro do país, já demonstrou que não é suficientemente competente ou inteligente, não é minimamente responsável nem sequer sabe o que está fazendo, demitir Passos Coelho é fazer um favor ao país, é garantir a sua sanidade.