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Leme de fragata [A. Cabral]
Jumento do dia
Cavaco Silva
Cavaco Silva descobriu a forma de nada fazer. Porque será que Cavaco é tão simpático com Passos Coelho, um político incompetente que sempre detestou, o que leva Cavaco a ser tão dócil?
«“O Presidente da República convocou o Conselho de Estado para efeitos do artigo 145.º, alínea e), segunda parte, da Constituição. A reunião do Conselho ocorrerá no próximo dia 21 de Setembro, às 17h, e terá como ordem de trabalhos o tema “Resposta europeia à crise da Zona Euro e a situação portuguesa”, revela a página de internet da Presidência da República.
Segundo revelou o Expresso na sua edição online, Cavaco convocou para o Conselho de Estado Vítor Gaspar, para que o ministro das Finanças exponha em primeira mão aos conselheiros não só o enquadramento económico-financeiro do país, como as razões específicas que justificaram a polémica decisão anunciada pelo Governo de aplicar uma descida de 5,75% da taxa social única (TSU) das empresas e um aumento em 7% dos descontos dos trabalhadores para a segurança social.
Alguns conselheiros de Estado já manifestaram publicamente duras criticas a esta e outras medidas apresentadas pelo primeiro-ministro, nomeadamente Marcelo Rebelo de Sousa, Mário Soares, Alberto João jardim e Bagão Félix.
O Presidente da República escusou-se, entretanto, a responder a questões dos jornalistas sobre a reunião do Conselho de Estado na próxima sexta-feira, explicando apenas que convocou este órgão porque quer “ouvir os conselheiros”. Cavaco Silva presidiu à entrega do Prémio Champalimaud 2012. » [Público]
Coisas estranhas que se passam neste país
Essa personagem estranha chamada António Borges é o grande defensor da desvalorização fiscal, a tentativa de a impor ao governo na negociação foi do FMI no tempo em que ele era o director para a Europa.
António Borges é administrador do Pingo Doce, ministro secreto do governo e um grande ideólogo deste fascismo de discoteca que parece ser a ideologia desta gente que nos governa.
O grande concorrente do Pingo Doce é o Continente da SONAE do Belmiro de Azevedo, precisamente uma das personalidades que veio a público criticar a desvalorização fiscal.
Na entrevista que deu à RTP o primeiro-ministro decidiu sugerir aos clientes do Continente e apenas deste distribuidor que o pressionem para que baixe os preços em consequência da subida da TSU. Poderia ter referido dos os hipermercados mas optou por só referir o concorrente da empresa de que é administrador o ministro secreto António Borges.
Cada um que tire conclusões, mas num país a sério em vez de ter saído da residência oficial para casa o primeiro-ministro teria saído em direcção ao Estabelecimento Prisional de Lisboa numa carrinha celular.
Bardamerda e caladinhos
Entradas na caixa do email
Como pode o Portas dos submarinos emergir?
Se o Portas se lembrar de levantar o periscópio começa a guerrra anti-submarina e estes amigos vão todos para o desemprego! Portanto, Portas terá que em nome do interesse nacional continuar a ajudar o imbecil a lixar o país.
Ele está...
«Manuela Ferreira Leite deu uma entrevista à TVI. Foi um momento raro de televisão. Contrastando com os habituais e inócuos salamaleques de comentadores e políticos, a senhora partiu a loiça toda. Confirmou o que muita gente tem dito sobre a ineficácia das medidas do governo e acrescentou alguns temas que poucos têm abordado.
No essencial, Ferreira Leite disse três coisas. Que o governo está a destruir o país e, uma vez alcançado o mítico défice abaixo dos 3%, não vai haver capacidade de recuperar e crescer; que o faz por teimosia e incompetência, já que o ministro Gaspar assenta as suas medidas em modelos abstratos e não num conhecimento da realidade económica nacional; que é preciso travar esta política a todo o custo, inclusive com sublevação dos deputados da direita e mesmo com manifestações.
Ao ver esta entrevista, um estrangeiro, desconhecedor da realidade política do país, diria que se tratava do líder da oposição. Eu digo, é isto que gostava de ter ouvido da boca de António José Seguro. Ninguém entende esta apatia do PS que se perde em meias palavras e hesitações.
Não se pode, sistematicamente, retirar milhares de milhões de euros da economia e esperar que esta cresça e crie emprego. No tipo de capitalismo em que estamos, não são as empresas que geram riqueza e empregos. São os consumidores. Se o governo baixa os rendimentos dos cidadãos, há menos consumo, de que resulta um abrandamento da produtividade das empresas e mesmo o encerramento de muitas, o que está a suceder a um ritmo alucinante. Como efeito colateral temos o desemprego. Como pode, portanto, um primeiro-ministro anunciar um novo aumento de impostos em nome da criação de emprego? Está a brincar com o povo? Ou tão mergulhado em complexos modelos matemáticos, que não consegue ver a realidade?
Neste contexto, há que denunciar o uso incorreto da palavra austeridade para definir a política do atual governo. O que se deve, em grande medida, à incompetência ideológica dos partidos mais à esquerda e, em geral, à preguiça mental. É que este governo não segue uma verdadeira política de austeridade, que até pode ser necessária na conjuntura atual, mas sim de aumento constante de impostos. Nunca um governo em Portugal aumentou tanto os impostos, afetando todos, desde os ricos aos que vivem no limiar da pobreza. Esta gente nem sequer se coíbe de assaltar o parco rendimento dos reformados, numa manobra que Ferreira Leite também denunciou. É que a reforma não é do estado, mas do próprio que contribuiu ao longo da vida. A reforma é calculada segundo aquilo que a pessoa amealhou. Ao confiscar os subsídios, outra palavra perversa pois não se trata de subsídios mas de um rendimento pago em 14 vezes, o governo está literalmente a extorquir o que não lhe pertence. Ou, no mínimo, a aplicar um novo e muito injusto imposto.
Os primeiros aumentos de impostos foram vistos como uma estratégia de curto prazo, havia que arrecadar dinheiro rápido, mas hoje já todos perceberam que Vítor Gaspar não tem nenhuma outra solução. A fama de rigoroso e competente ruiu por completo.
Se aquilo que Ferreira Leite disse é extremamente oportuno sob todos os pontos de vista e, desde logo, como alerta da incomodidade que vai alastrando na própria direita, o que ela não disse é ainda mais interessante. A senhora é uma conhecida confidente e cúmplice do Presidente da República. Nenhum dos dois gosta de Passos Coelho que veem como um arrivista e um incompetente. Nenhum aprecia que o governo esteja a "destroçar" o país. É por isso legítimo imaginar que nas duas cabeças vai passando a necessidade de se fazer alguma coisa, desde o simples aviso, o que foi feito nesta entrevista, até à bomba atómica com a destituição do governo e, dada a gravidade da situação, substituição por um de iniciativa presidencial. Foi, aliás, particularmente revelador que Manuela Ferreira Leite tenha apelado aos deputados do PSD para votarem contra o próximo orçamento de estado. Não se pode ser mais claro. A partir de agora a verdadeira oposição ao governo está no PSD.» [Jornal de Negócios]
Leonel Moura.
Aos empresários: recusem a TSU
«Perante as palavras do primeiro-ministro na sexta-feira passada, a sociedade portuguesa tem uma oportunidade de se afirmar de forma livre e justa: ignorá-las. Ou seja, perante um absurdo aumento da taxa social única que transita diretamente dos trabalhadores para os empresários, as confederações da Indústria Portuguesa, do Comércio, Turismo e Agricultura deveriam ir dizer ao Governo que recusam esta transferência e não a vão pôr em prática.
Não acredito que a troika seja capaz de continuar a exigir uma coisa que, em conjunto, empresários e sindicatos não consideram justo nem oportuno face às circunstâncias da sociedade portuguesa. Banca, grandes empresas como a PT ou EDP (a Sonae, através de Belmiro de Azevedo, já disse que isto não faz sentido) podem demonstrar que não querem engrossar os seus lucros à custa da cada vez maior pobreza dos portugueses. E o Governo teria aqui uma hipótese de lavar as mãos face à troika enquanto a sociedade portuguesa demonstraria ser capaz de se afirmar como viva e justa.
Não há meio termo: ou nos conformamos com este absurdo (perante a complacência cobarde dos empresários) ou a recusamos. Silva Peneda deveria liderar este movimento (com a cobertura política de Cavaco?). Porque do Governo há pouco a esperar: demonstra infelizmente que não sabe o que anda a fazer. Na dúvida, pende para medidas ultraliberais que têm esmagado sucessivamente os mais fracos.
Passos Coelho não tem, definitivamente, maturidade para compreender o impacto das medidas a que dá voz. Conseguiu em dez minutos acabar com a paz social do país e, como disse ontem Durão Barroso, dessa forma ameaçar o maior ativo de Portugal - a luta em bloco contra a bancarrota. A culpa não é obviamente dele mas dos tristes congressos do PSD onde demasiadas vezes se usa como critério de liderança do partido quem domina o aparelho (ou os favores políticos de uma vida), mais do que as ideias.
Perante isto, Paulo Portas tem uma oportunidade única de se libertar. Por "patriotismo", se quiser repetir o argumento dos últimos dias para justificar o ensurdecedor silêncio com que nega o que sempre disse - que não aceitaria mais aumentos de impostos. A situação política não tem saída: está metido com um ministro das Finanças que cumpriu o seu papel inicial mas desconhece profundamente a forma como a economia real se comporta. Só um cientista louco, aliás, acharia que cortar 7% de rendimento mensal a todos os trabalhadores resultaria em crescimento do emprego... Por outro lado, o líder do CDS tem mais do que provas de que não pode confiar em Passos nem em Relvas. E já percebeu que o Ministério da Economia tem vindo a ser tomado, aos poucos, pelos lobbies do costume - como se viu no caso da Energia, em que a demissão do secretário de Estado era conhecida na EDP ainda antes de ser pública. Não sei francamente se o CDS é inimigo destes lobbies, mas eles impedem o país de se libertar das eternas rendas que contribuem para os gigantescos buracos do Estado...
Antes que PSD e CDS sejam a mesma coisa - ou seja, os responsáveis pelo Governo mais odiado dos últimos anos da democracia portuguesa -, talvez não fosse mal pensado pôr Portas a dar a mão a Cavaco e irem à procura de outro líder para o Governo. Uma remodelação certeira: mudar o primeiro-ministro, o seu adjunto, e mais dois ou três. Não precisam de sair todos. Precisamos é de evitar que o caminho seja o do recurso às greves que paralisam o país e nos empobrecem todos os dias.
Note-se: desta vez o argumento não é apenas a troika, a dívida do passado, o Sócrates, etc.. É a sobrevivência mental das pessoas - a diferença entre o certo e o errado - e a forma como passam a olhar para a sociedade e a política. Se o presidente da República continuar nos floreados em que é mestre, deitando gasolina para a fogueira e depois queixando-se da dimensão do incêndio, que não se queixe. Desta vez o poder político vai pagá-las na rua. Cavaco incluído - em homenagem à sua parca reforma, que o povo não esquece...» [JN]
Daniel Deusdado.
«Com a idade mudou muito a maneira como manifesto a minha indignação. Adolescente, e nos tempos da Outra Senhora, apedrejei bancos, símbolos odiados de um capitalismo financeiro que vivia com a língua na boca do Estado Novo. Com o correr dos anos fui acalmando, seguindo uma guião que afinal eu sabia de cor e salteado, pois tudo estava dito e explicado na letra da canção "Father and son", de Cat Stevens.
Como tenho para mim que votar é um direito (de que não abdico) e não um dever, vou demonstrando a minha indignação face à pobreza franciscana da oferta partidária de políticas e políticos optando por me abster nas eleições.
Senti-me um tudo nada desconfortável com esta maneira suave e passiva de exprimir a indignação, até ter a sorte de tropeçar numa frase saída da pena do grande Camilo - "A paciência é a riqueza dos pobres" - que deu cimento teórico à minha atitude pouco ativa.
Para evitar confusões, esclareço desde já que nada me move contra formas mais radicais de expressão da indignação, contanto que não resvalem para lá do aceitável, como no caso do inquilino revoltado de Gulpilhares que matou com um tiro a senhoria que o ia despejar.
Já não tenho nada contra (na verdade, até achei graça) ao cidadão ribatejano que, indignado com a política de austeridade aplicada pelo Governo, atirou um ovo à cabeça de Assunção Cristas, mas tendo tido o cavalheirismo de falhar o alvo e o bom gosto de usar um ovo são - e não um ovo podre.
Um ovo, como também o seria um tomate, é o objeto adequado para arremessar à ministra da Agricultura e até pode inaugurar uma alegre série de arremessos temáticos.
Estou a pensar, por exemplo, em protestos que contemplem bombardear Aguiar-Branco com aviões de papel, atingir o ministro Álvaro com mealheiros vazios, lançar miniaturas de submarinos contra Portas, ou atirar moedas (apenas de um ou dois cêntimos) à tola do Gaspar.
O Gastão, neste particular das modalidades de expressão da indignação, é o nosso presidente da República, um talentoso ventríloquo que pode dizer o que pensa mantendo a boca fechada, mesmo sem o auxílio de bolo-rei.
Cavaco tem a sorte de poder falar através de porta-vozes oficiosos, como o Alexandre Relvas, que acusou o primeiro-ministro de não perceber patavina do que se passa nas empresas, ou a Ferreira Leite, que apelou à revolta dos deputados da maioria contra Passos (que ela, quando era líder do PSD, impediu de ser deputado) e desculpou o seu velho amigo Aníbal, explicando aos romeiros que demandam Belém que nada podem esperar do PR, pois ele está atado de pés e mãos.
O PR tem cá uma destas sortes... Se fosse a ele, jogava no Euromilhões, a ver se deixa de ter de se preocupar com o dinheiro.» [JN]
Jorge Fiel.
«1. Reprovado. É a única avaliação que podemos fazer da entrevista de hoje à noite de Passos Coelho à RTP. Foi a pior entrevista de sempre de Passos Coelho, desde que é líder do PSD. Apareceu cansado, com pouca dinâmica, o seu olhar - captado pelas câmaras (a realização esteve aqui muito bem) - revelava medo e insegurança. Atipicamente nervoso, Passos Coelho conseguiu a proeza de durante uma hora não dizer nada de novo, muito menos de útil. Os jornalistas - aguerridas e objectivos - conduziram bem a entrevista, impedindo, tanto quanto possível, que Passos Coelho fosse bem-sucedido na sua estratégia (evidente!) de fugir às perguntas e dizer apenas aquilo que lhe convinha.
Posto isto, importa mencionar que a entrevista comportou três partes. Primeiro, a resposta de Passos Coelho à utilidade e ao mérito da descida da taxa social única; a segunda parte, consistiu na resposta de Passos Coelho às questões relativas à avaliação da troika ao desempenho do executivo; finalmente, a terceira parte, incidiu sobre matérias mais políticas em sentido estrito, como a possibilidade de efectuar uma remodelação governamental no curto/médio prazo e as relações com o parceiro de coligação, o CDS/PP. Estas as três partes mais relevantes da entrevista. Analisemos cada uma delas.
Passos: o mentor do "terrorismo social"?
2. Comecemos, então, pela justificação de Passos Coelho às novas medidas de austeridade. Ficámos a saber na entrevista que o Governo não irá recuar - o que abre inevitavelmente caminho para o PS (se for consequente) apresentar uma moção de censura ao Governo, como prometido esta tarde por António José Seguro. Quais foram, então, os argumentos de Passos para defender a baixa taxa social única? Esta medida irá permitir às empresas portuguesas tornarem-se mais competitivas, gerando mais emprego; além disso, é uma medida equivalente à desvalorização fiscal (que, por força das regras do Direito da União Europeia, não está ao alcance do Estado português actualmente) aplicada por Mário Soares na década de 80, aquando da primeira intervenção do FMI, ao permitir uma baixa dos salários e, por conseguinte o poder de compra dos portugueses. No entanto, tem como contrapartida o aumento da competitividade das empresas, sendo um medida mais duradoura do que a desvalorização fiscal. Daqui resultam três pontos a reter:
Primeiro, afinal, ao contrário daquilo que vinha sendo afirmado, a baixa da TSU para as empresas não é uma medida temporária - é uma medida para manter, talvez mesmo para além da vigência do programa de assistência económico-financeira. O que confirma a minha tese: Passos Coelho não está a implementar este programa para cumprir o memorando com a troika - ele acredita nestas medidas e está a aproveitar a conjuntura para aplicar as regras económicas dos seus gurus ultra-liberais. Aliás, Passos Coelho confessou que anunciou logo na sexta-feira para evitar que o país se entusiasmasse excessivamente com o anúncio de aquisição de dívida pública portuguesa pelo BCE. Hoje mesmo, foi o próprio responsável pela delegação do FMI que desvendou que a descida da TSU foi decisão, pura e exclusivamente, do Governo. E quem foi o inspirador desta ideia "genialíssima"? António Borges. Passos Coelho respondeu sem responder. Ao dizer que é uma medida equivalente à desvalorização da moeda, Passos Coelho utilizou o argumento de quem? De António Borges, pois claro, em entrevista há poucas semanas a um jornal português. O único que deverá ser responsabilizado pelo "terrorismo social" que a TSU vai gerar é Passos Coelho;
Em segundo lugar, Passos Coelho afirmou que a competitividade das empresas vai aumentar com a descida da TSU. Ora, o jornalista da RTP recorreu às declarações sucessivas de Passos Coelho, de há um ano para cá, muito críticas em relação a esta medida. E a verdade é que Passos Coelho não conseguiu justificar a sua contradição: foram 15 minutos penosos para o Primeiro-ministro. Ficámos com a sensação que Passos Coelho decorou muito bem um texto, escrito por alguém, e limitou-se a debitar. Sem acreditar numa palavra daquilo que dizia! E isso é grave num Primeiro-ministro! Depois, não é verdade que a redução da TSU seja igual à desvalorização cambial: é que descer o valor do dinheiro para todos afecta todos os factores de produção. Atinge toda a economia. A descida da TSU é mais terrorista socialmente: porque retira aos trabalhadores para reforçar a tesouraria das empresas (ou os lucros das grandes empresas) sem nenhum benefício imediato para a economia. Passos Coelho tentou iludir os portugueses. Porquê? Já toda a gente percebeu que esta é uma medida rídicula...Não há um português que a defenda, excepto Passos Coelho e a sua entourage!
Em terceiro lugar, Passos Coelho tentou a habilidade de desafiar Belmiro de Azevedo a descer os preços dos produtos, em virtude da redução da TSU. Ele sabe muito bem que isso não vai acontecer. E se acontecer não será devido à redução da TSU: será apenas porque, como os portugueses não têm dinheiro, a procura diminui; ora, quando a procura diminui, os preços tendem a descer. Mas tal será mau também para os produtores primários (que Passos Coelho tanto queria defender).
3. Já quanto à segunda parte (avaliação da troika), Passos Coelho tentou convencer os portugueses com a ameaça de descermos aos infernos. Isto é, os portugueses têm de passar por todos estes sacrifícios porque, caso contrário, a Pátria morre. Isto como sinal de esperança e motivação é muito, muito curto.
4. Por último, a questão da remodelação governamental e das relações com o CDS. Iremos desenvolver este ponto em próximo texto. Para já, afirmamos que as respostas fugidias de Passos Coelho indiciam que a coesão na coligação já viveu melhores dias. Vamos esperar pelas declarações de Paulo Portas.
Nota da entrevista: 8 valores» [Expresso]
Autor:
João Lemos Esteves.
O doutorado em Basketball II falou
«O ministro da Economia e do Emprego desafiou esta sexta-feira a oposição a dizer "qual é a alternativa" à política que está a ser seguida pelo Governo, que reafirmou ser a única que permitirá alcançar a consolidação orçamental e criar emprego.
"Fala-se muito em crescimento e emprego mas não ouvimos ainda nenhuma proposta alternativa. Gostaria muito de ouvir a oposição a dizer qual é a alternativa. Se a alternativa da oposição é conduzir à situação a que fomos conduzidos até Maio de 2011, ou seja estarmos a um pé de darmos mais um passo e cairmos na bancarrota", então é a "alternativa do desastre", afirmou.» [CM]
Parecer:
Este homem está no limiar da imbecil.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Mande-se o senhor à bardamerda e pergunte-se qual das três palavras não ouviu, talvez se reccorde do tempo em que foi gozado pelo Gaspar..»
As medidas intensificaram o debate, diz o Gaspar
«O ministro das Finanças português disse hoje ao Eurogrupo que as novas medidas de austeridade apresentadas pelo Governo provocaram uma "intensificação do debate político e social" em Portugal.» [DN]
E o debate visa considerá-lo incompetente e desrespeitador dos valores constitucionais, visando pô-lo no olho da rua.
«O ministro das Finanças português disse hoje ao Eurogrupo que as novas medidas de austeridade apresentadas pelo Governo provocaram uma "intensificação do debate político e social" em Portugal.» [DN]
Parecer:
E o debate visa considerá-lo incompetente e desrespeitador dos valores constitucionais, visando pô-lo no olho da rua.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Derrube-se o governo.»
Pobre Mário Nogueira
«O secretário-geral da Fenprof, Mário Nogueira, defendeu hoje a demissão do ministro da Educação, Nuno Crato, considerando que a ação do ministério "tem sido mais prejudicial às escolas do que favorável".» [DN]
Parecer:
Deve ser difícil pedir a demissão de alguém que apoiou e que ajudou a ser ministro.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»