terça-feira, setembro 18, 2012

Umas no cravo e outras na ferradura -


 
   Foto Jumento
 

Rossio, Lisboa
   
Imagens dos visitantes d'O Jumento
 

   
Graffiti [A. Moura]   

Jumento do dia

Simon O’Connor, porta-voz dos Assuntos Económicos e Monetários
 
Quem ouve o senhor Simon O´Connor falar fica a pensar que é o General Pinochet que manada na Europa e que este rapaz é o secretário pessoal do ditador, pensa ainda que o povo português é o recreio de atrasadinhos.

O senhor Simon parece esquecer que a UE tem na sua base o respeito pela democracia e que não pode falar do país como se fosse um cabo do exército de ocupação. Ainda por cima, o senhor Simon sabe muito bem que a tal medida que ele acha que está definitivamente decidida porque o governo a propôs em substituição de uma outra igualmente proposta pelo governo, não só não consta no memorando inicialmente assinado com as organizações internacionais, como consta de uma revisão que a troika não negociou com todas as partes do acordo.

O senhor Simon pode dizer que a revisão foi proposta pelo governo porque este senhor Simon tal como o trio de idiotas que por cá aparece é formada por gente cobarde que impõe as medidas e depois diz que não tem quaisquer responsabilidades. Quanto aos benefícios da medida só há uma coisa a dizer ao senhor Simon, que vá à bardamerda.

O que este merdas da Comissão está fazendo é uma ingerência descarada e abusiva nos assuntos internos de um Estado soberano que é membro de pleno direito da UE. Este senhor terá de esperar que o processo de decisão esteja concluído pois neste país existe uma democracia com regras, não é uma ditadura onde o governo decide à margem do parlamento, do Presidente da República e da Constituição da República.
 
O senhor Simon sabe muito bem que o que era exigido ao governo português era a substituição do corte dos subsídios por uma medida equivalente. Ora, o governo português manteve o corte dos subsídios e largou esse corte a um vencimento dos trabalhadores privados, isto é, foi muito além do exigido. Se o senhor Simon, um funcionário público com muitos mais direitos que os portugueses e que vive à custa dos impostos de todos os europeus, souber fazer contas percebe que ao falar nos termos em que falou apenas mostra como a Comissão Europeia está cheia de idiotas, o que explica muita coisa que se passa na UE.

É lamentável que um comissário europeu tenha um porta-voz com uma cultura política digna de um cabo do general Augusto Pinochet Ugarte.
 
«A Comissão Europeia condicionou hoje o desembolso da próxima tranche do empréstimo a Portugal ao cumprimento integral da quinta revisão do memorando de entendimento, que incluiu a redução Taxa Social Única (TSU), “proposta pelo Governo”.
   
Questionado hoje em Bruxelas sobre a polémica em Portugal em torno da medida sobre a TSU e a possibilidade de um caminho alternativo, tal como sugerido na véspera pelo próprio líder do CDS-PP, Paulo Portas, o porta-voz dos Assuntos Económicos e Monetários escusou-se a “especular sobre um espaço de manobra” para substituir esta medida por outras, preferindo sublinhar que “o facto é que esta medida foi uma das acordadas no quadro da última revisão” do programa de ajustamento, tendo de resto sido colocada em cima da mesa pelas autoridades portuguesas.
   
Simon O’Connor indicou que o relatório final da missão da ‘troika’ será elaborado “nas próximas semanas”, e será com base no mesmo que o Eurogrupo (ministros das Finanças da zona euro) “vai tomar uma decisão formal sobre o desembolso da nova tranche, na sua próxima reunião”, agendada para 08 de outubro, no Luxemburgo.
   
Quando questionado sobre se o desembolso está então dependente do cumprimento da redução da TSU, o porta-voz do comissário Olli Rehn insistiu que “o próximo desembolso está dependente do sucesso da revisão” do memorando de entendimento, e o relatório sobre o cumprimento integral das medidas “terá que ser assinado pelos ministros das Finanças da zona euro”.
   
Comentando a redução da TSU que tanta polémica tem criado em Portugal, merecendo não só a oposição do principal partido da oposição, o PS, como também diferentes posições entre os partidos da coligação, PSD e CDS-PP, Simon O’Connor observou que “esta medida foi proposta pelo Governo”, de modo a compensar outras consideradas irregulares pelo Tribunal Constitucional, e “visa aumentar a competitividade das empresas portuguesas, para melhorar a sua capacidade em termos de exportações, mas também de criação de emprego”.
   
“Visa criar mais empregos e tem de ser vista - e isto é muito importante na perspetiva da Comissão Europeia -, deve ser vista no contexto de um conjunto global de medidas que visam aumentar a competitividade na economia portuguesa”, afirmou.» [i]
   
 E agora Cavaco?

Cavaco Silva está fortemente condicionado por uma situação política pela qual ele é o grande responsável, sem grande credibilidade enquanto Presidente da República, numa situação incómoda depois de o genro ter feito um excelente negócio com a compra do Pavilhão Atlântico, com um governo que ele próprio ajudou a eleger pouco pode fazer, até porque a sua postura perante os abusos de Vítor Gaspar tem sido meter a cabeça no buraco. O que pode Fazer Cavaco?
  
O primeiro cenário será uma crise política e a dissolução da AR, mas o mais provável é que daí resulte um governo minoritário de direita ou de esquerda, ficando tudo na mesma.
  
O segundo cenário é promover uma crise no interior do PSD o que parece estar a ser feito, como se depreende da postura de alguns cavaquistas. Uma crise no interior do PSD poderia conduzir à demissão de Pedro Passos Coelho e a sua substituição na liderança do PSD e consequentemente do cargo de primeiro-ministro. Tal solução é possível e Cavaco tem em Rui Rio quase um natural sucessor de Pedro Passos Coelho. O problema é que a dupla formada por Miguel Relvas e Passos Coelho não andou anos a lutar pelo poder para agora o devolver de mão beijada, os cavaquistas estão longe de ter o partido e as bases do PSD só abandonarão o partido quando perceberem que não ganham nada em manter Passos Coelho.
  
O terceiro cenário é manter tudo como está e esperar que os abusos neo-fascistas desta política económica conduzam ao conflito social. Quando se realizar a próxima grande manifestação em vez dos seiscentos mil manifestantes em todo o país serão milhões e nessa altura não só Passos terá perdido o PSD como este poderá ficar reduzido a quase nada. Se o povo voltar a vir para a rua não será para um desfile, será para demitir Passos Coelho atirando-o pela janela e num cenário destes resta a Cavaco retirar-se e ir para a Quinta da Coelha.
  
A margem de Cavaco é quase nula, ou é ele que enfrenta o incompetente e força a sua demissão ou espera que seja o povo a fazê-lo na rua. Esperar que os canalhas deixem de o ser ou que os burros passem a inteligentes é o mesmo que esperar que Relvas devolva o canudo e consiga outro por mérito próprio. Esta gente é burra, mazinha e incompetente, esta gente não presta.
  
Este seria o momento adequado para Cavaco promover um golpe palaciano e promover Rui Rio a primeiro-ministro com o apoio do CDS, mas para isso terá de derrubar Passos Coelho de primeiro-ministro e de líder do PSD. De primeiro-ministro é fácil, de líder do PSD vai ser uma dor de cabeça.

 Vítor Gaspar
 

Vítor Gaspar faz-nos lembrar o ladrão que tentou entrar através da chaminé e ficou entalado.
 
 António Costa e o trânsito em Lisboa
 
Quando António Costa acabar todos os seus projectos a forma mais rápida para ir do Parque das Nações para Alcântara é sair de Lisboa pela Ponte Vasco da Gama e voltar a entrar pela ponte 25 de Abril.
 
 Porque não experimentam a escravatura?
 
Essa sim que seria uma medida de sucesso na criação de emprego, basta sugerir à troika que os anormalões aceitam e depois nada impedirá a adopção da medida, se alguém pensar em derrubar o governo ou propor a anulação da medida vem um palhaço chamado Simon O'Connor ameaçar o país.
   
 Dever ético
 
Quem de alguma forma pode ajudar a derrubar este governo canalha tem o dever ético de o fazer.
      

  
 A incompetência é como o azeite, vem sempre ao de cima
   
«No sábado o país saiu à rua. Literalmente. Pessoas de todas as idades e de todas as crenças. Menos crentes e descrentes. Pessoas que não perdem uma manifestação e pessoas que se baptizaram em acções de protesto. Pessoas que estiveram no 1º de Maio de 1974 e na Alameda em 1975 e pessoas que andam à procura do primeiro emprego. Empregados e desempregados, jovens e reformados. A dimensão e as características inorgânicas do gigantesco protesto, convocado através das redes sociais, que levou à rua centenas de milhares de pessoas em todo o país, são um sinal claro de que os portugueses perderam a paciência com este governo e não vão permitir ser tratados a todo o tempo a pontapé, como cães enxotados. No sábado assistimos a uma lição de cidadania que pode, a desenvolver-se, ser uma nova qualidade da limitada democracia em que vivemos. Um novo “poder” a limitar os desmandos do poder, o tradicional “quero, posso e mando” de quem foi eleito para exercer a governação. E, desta vez, os desmandos ultrapassaram todas as fronteiras da decência política, da competência e do bom senso.
   
A indignação de um país inteiro não acontece por dá cá aquela palha. Nem se fabrica, por muito que arautos da desgraça o desejassem. Resulta de um sistemático e prolongado desprezo pelas pessoas. Foi isso que aconteceu durante mais de um ano. Depois, para incendiar, basta uma fagulha. E Passos Coelho, no dia 7 de Setembro, atirou sobre os portugueses um bidon de gasolina a arder. E fê-lo com requintes de malvadez, que tanto podem resultar da sua notória impreparação e incompetência, como de autoritarismo e desprezo para com os destinatários das medidas que anunciou. Já estava claro que a receita do governo – com os pesados sacrifícios exigidos a uma parte dos portugueses – não tinha resultado. A dimensão do desastre espelhava-se não só no défice orçamental de 6% em vez de 4,5%, mas também no crescimento do desemprego, na queda vertiginosa do consumo interno e na consequente quebra de receitas fiscais, como de resto em todas as previsões e metas prometidas. Face ao descalabro, Passos Coelho decidiu, provavelmente aconselhado pelo seu ministro das Finanças (ou o ministro das Finanças decidiu com a ignorante condescendência de Passos Coelho) a “fuga para a frente”: um novo pacote de medidas destinadas a “baixar os custos do trabalho”, como se tudo começasse de novo, ano e meio depois. Integrar no conjunto de medidas o saque de um salário mensal a quem trabalha e entregá-lo de mão beijada às entidades patronais, coreografado entre o início de um jogo da selecção portuguesa e a ida a um espectáculo, onde cantou e riu a bandeiras despregadas, acabaram por adubar o caldo e criar um mar de indignação e revolta entre os portugueses.
   
Neste momento, ainda temos governo e já não temos governo. E esta situação pode prolongar-se por algum tempo. Passos Coelho ficou irremediavelmente fragilizado e a sua incompetência veio ao de cima, como o azeite. Quer recue nas medidas anunciadas, sobretudo na TSU, quer não recue, o resultado é o mesmo.
   
Paulo Portas desvendou ontem o seu “tabu”, não deixando de remeter o primeiro-ministro para o limbo da incompetência. Esta semana, o palco será ocupado pelo Presidente da República. Até sexta-feira, quando se reunir o Conselho de Estado, Passos Coelho vai continuar a arder em lume brando.
   
Há eleições antecipadas à vista.» [i]
   
Autor:
 
Tomás Vasques.   

 O novo cozinhado
   
«
A engenhoca com a TSU rebentou com os diques da paciência da arraia-miúda, no fim do 3.º ano consecutivo de medidas estatais de austeridade. A necessidade e a dimensão do novo aperto nem são cabalmente explicadas nem se apresenta qualquer horizonte futuro de alívio. 

   
Até à votação final global do OE13 - seja ele qual for! - vamos assistir a uma sucessão de ações de rua, que são outras tantas formas de gritar: "Basta! Estamos fartos!" Se esse grito, à luz da dureza da purga que lhe pedem que engula e do desconchavo da execução orçamental deste ano (resultante do purgante de 2012) é inteiramente justificado, mesmo inevitável, ele não contém ainda alternativa racional, efetiva e aceitável para a arraia-miúda. Para construí-la é preciso pôr preto no branco metas, constrangimentos, alternativas possíveis e razoáveis de corte da despesa do Estado e recomposição da receita em tempos de emergência. Esta é uma tarefa que a todos diz respeito. 
   
O governo, e a maioria de centro-direita que o sustenta, aparentemente esqueceram este princípio básico de reforçar o envolvimento de todos os atores relevantes na cena das restrições financeiras e orçamentais, em vez de afunilar o discurso e a procura de soluções na tecnoestrutura ministerial e troikista. Por mais que o não queira, Coelho e Gaspar vão ter de apresentar outro cozinhado orçamental aos credores externos, um que a generalidade dos contribuintes aceite engolir. E fá-lo-ão agora em posição de maior fraqueza.
   
Ninguém parece ter a receita ideal pronta a servir. Mas este surto de indignação popular imparável mostra que hão de ser "os de cima" a ter de sentir bem fundo o grau de sacrifícios que "os de baixo" têm vindo a fazer, desde 2009. Os parasitas, que sabem sempre banquetear-se à mesa do Orçamento, têm de sentir que o vento mudou. 
   
E já que o valor do patriotismo aflora aos lábios dos governantes, juntando a palavra à ação, peça-se - por dois escassos anos - uma contribuição patriótica a quem acumula o grande património deste país. Tarefa política ou tecnicamente impossível? Só se "os de cima" tiverem já posto o grosso dos seus bens a bom recato, nos paraísos apátridas deles...
» [Dinheiro Vivo]
   
Autor:
 
António Perez Metelo
      
 "Esta história não acaba assim"
   
«É muito revelador que o PSD tenha sido lesto a convocar a Comissão Política para reagir às declarações de Paulo Portas de domingo e tenha ficado mudo e quedo ante as manifestações de Sábado. O medo usado pelo Governo foi devolvido pelo povo. Quando o país desparalisou, paralisou o Governo.
   
Os erros de Pedro Passos Coelho estão listados. É dele e só dele a responsabilidade da crise política que desaba. É dele e só dele o romper abrupto da estabilidade social que acumulava quinze meses de austeridade tolerada. Passos Coelho errou em tudo. No que decidiu, no que comunicou, no que não fez, até na atitude desleal demonstrada na sua última oportunidade. Na entrevista à RTP, os portugueses quiseram ouvi-lo – foi das entrevistas com mais audiência dos últimos anos. Mas o primeiro-ministro voltou a exibir insensibilidade e incoerência, ao culpar os portugueses pela recessão, tinham consumido menos do que era esperado. Como aqui escreveu Manuel Esteves, somos agora acusados de viver abaixo das nossas possibilidades. Como sintetizou Teresa de Sousa, Passos disse que, afinal, o Governo cumpriu, os portugueses não. 
   
As manifestações de Sábado foram muito mais do que numerosas. A tensão e raiva que lá se sentia fizeram das manifestações do 12 de Março (há um ano e meio) uma caminhada pela paz e amor. Nestas, pedia-se justiça, demissões, convulsões. Cada pessoa a quem se perguntava "por que razão está aqui?" respondia com o seu próprio drama. Muitas de lágrimas dos olhos. E agora?
   
"E agora?" é uma das perguntas que os cépticos das manifestações, e alguns amnésicos sobre o que é a sociedade, costumam perguntar no fim. Como se uma manifestação tivesse apenas dois propósitos: enrolar as bandeiras ou usá-las para partir montras. Errado. Os manifestantes é que perguntam, exigem, "e agora?". É Passos Coelho quem tem agora de responder. 
   
O Governo responde com ameaça de cisão. Paulo Portas respondeu com cinismo a Passos Coelho, dando sequência ao processo de autodestruição da coligação. O pior cenário que temos pela frente é o de eleições, mas deixar apodrecer um Governo de traidores é como usar uma máscara de farinha ao vento. É altura de Cavaco Silva intervir. E resolver.
   
Passos Coelho já perdeu esta luta porque já perdeu todas. A própria "chamada" de Cavaco Silva a Vítor Gaspar ao Conselho de Estado, tornada pública, é um atestado de menoridade e um insulto ao primeiro-ministro. Cavaco chamou "quem sabe" e quem sabe é Gaspar. É esta a mensagem.
    
Da manifestação de 15 de Setembro à apresentação da proposta do Orçamento do Estado decorrerá precisamente um mês. Já não é possível reconstituir o que havia colando os cacos, mas é preciso reerguer algo. O aumento da taxa social única para os trabalhadores tem de cair. Até porque, como disse ontem Maria João Rodrigues, há alternativas. Mesmo sendo alternativas de austeridade.
   
Este é o principal dano provocado pelo Governo: ter destruído a disponibilidade para a dor que existia, porque vigorava o sentimento de que este era um caminho duro mas de injustiça justamente distribuída. Esse selo foi quebrado, irremediavelmente. Como perguntou José Gomes Ferreira, como vão ser agora aceites as próximas medidas de austeridade, que obviamente surgirão daqui até 15 de Outubro? Porque disso não nos livramos. Depois das medidas extraordinárias deste ano (que incluem a concessão da ANA, em vez de privatização), há um ror de austeridade para 2013 que não poderemos evitar. Os cortes na Função Pública e nos pensionistas, os impostos para trabalhadores. 
   
Na delirante mensagem que deixou vai para dez dias no Facebook, o amigo, cidadão e pai Pedro escreveu uma frase certa: "Esta história não acaba assim". Pois não. Acabará de outra maneira. Acaba mal para Passos Coelho. Mas não pode acabar mal para o País.» [Jornal de Negócios]
   
Autor:
 
Pedro Santos Guerreiro.
     
     
 Patrões do calçado rejeitam dinheiro roubado
   
«"O dinheiro que eu ganhar será directamente para os trabalhadores", garantiu o empresário de calçado Luís Onofre, na feira calçado em Milão, rejeitando que a proposta do Governo de reduzir a Taxa Social Única (TSU) conduza à criação de emprego.
   
O empresário explicou que distribuir a poupança conseguida com a redução da TSU "é uma forma de motivar" os 52 funcionários que emprega na fábrica em Oliveira de Azeméis, considerando que "se a ideia é aumentar a produtividade nacional, esta medida vai no sentido contrário". “Este apoio às empresas não vai criar mais emprego. Eu não vou criar mais emprego”, declarou.» [Notícias ao Minuto]
   
Parecer:
 
Uma vergonha e uma lição a estes fascistas de discoteca.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sugira-se que seja o Gaspar a ficar com o dinheiro roubado aos trabalhadores, se foi ele que o roubou ele que meta na sua conta.»
      
 Governo ou batalhão mecanizado?
   
«"O dinheiro que eu ganhar será directamente para os trabalhadores", garantiu o empresário de calçado Luís Onofre, na feira calçado em Milão, rejeitando que a proposta do Governo de reduzir a Taxa Social Única (TSU) conduza à criação de emprego.
   
O empresário explicou que distribuir a poupança conseguida com a redução da TSU "é uma forma de motivar" os 52 funcionários que emprega na fábrica em Oliveira de Azeméis, considerando que "se a ideia é aumentar a produtividade nacional, esta medida vai no sentido contrário". “Este apoio às empresas não vai criar mais emprego. Eu não vou criar mais emprego”, declarou.» [Notícias ao Minuto]
   
Parecer:
 
Gostam muito de andar de cu tremido.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «O que se terá passado no Correio da Manhã para tratarem tão mal o velho amigo Pedro? Terão perdido a esperança de ficar com a RTP e ainda receber um subsídio como bónus?»
   
 Gaspar apanhado em mais uma mentira
   
«A economia portuguesa vai encolher 3,2% este ano, um valor só superado pela queda de 6,1% na Grécia. Outros países também vão sofrer uma queda abrupta, como Itália, que vai perder 2,2%, e Espanha que vai cair 1,7%.» [DN]
   
Parecer:
 
Este homem é mentiroso e incompetente.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Demita-se o incompetente antes que destrua o que resta da economia do país.»
   
 Paulo Portas fala como se fosse primeiro-ministro
   
«O presidente do CDS-PP defendeu hoje que é "muito importante evitar a mera hipótese" de um chumbo do Tribunal Constitucional ao Orçamento, mas considerou uma "questão de calendário" a antecipação da apresentação do documento pedida pelo PS.
   
"Eu acho muito importante evitar a mera hipótese de uma recusa do Tribunal Constitucional sobre documentos fundamentais. Agora, questões de calendário devem ser vistas no interior do Governo e eu não me devo pronunciar nessa matéria", afirmou Paulo Portas.» [i]
   
Parecer:
 
Depois de ter "entalado" Passos Coelho, terminologia usada pelo incansável professor Marcelo, Paulo portas não perdeu tempo e armou-se em primeiro-ministro respondendo ao líder da oposição na questão do calendário do OE, uma matéria que não é da sua competência.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
   
 Conselho de Estado para marinar Passos Coelho
   
«O Presidente da República vai falar ao país sexta-feira, logo a seguir ao Conselho de Estado. Como aconteceu no dia 31 de Março de 2011. Com o PEC IV chumbado pelo PSD de Passos Coelho e o país à beira da bancarrota, Cavaco Silva reuniu os conselheiros no Palácio de Belém às cinco e meia da tarde. O encontro demorou menos de três horas. Os conselheiros saíram e Cavaco Silva ficou 20 minutos a sós com José Sócrates, num último encontro com o primeiro-ministro socialista.
   
Pouco depois, o Presidente da República falou aos portugueses para anunciar o inevitável. O governo já tinha caído e a solução passava pela marcação de eleições legislativas. Assim foi. No dia 5 de Junho do ano passado os portugueses, já com o Memorando assinado com a troika, foram às urnas dar a vitória a Passos Coelho e ao PSD. O novo governo PSD/CDS estava em marcha.» [i]
   
Parecer:
 
Depois deste Conselho de Estado fica agendada o enterro de Passos Coelho, já que neste momento o primeiro-ministro já não passa de um cadáver político, só ele é que ainda não percebeu que aguarda o funeral.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
   
 Passos Coelho e Gaspar blindaram o roubo da TSU
   
«A Comissão Europeia condicionou hoje o desembolso da próxima tranche do empréstimo a Portugal ao cumprimento integral da quinta revisão do memorando de entendimento, que incluiu a redução Taxa Social Única (TSU), “proposta pelo Governo”.
   
Questionado hoje em Bruxelas sobre a polémica em Portugal em torno da medida sobre a TSU e a possibilidade de um caminho alternativo, tal como sugerido na véspera pelo próprio líder do CDS-PP, Paulo Portas, o porta-voz dos Assuntos Económicos e Monetários escusou-se a “especular sobre um espaço de manobra” para substituir esta medida por outras, preferindo sublinhar que “o facto é que esta medida foi uma das acordadas no quadro da última revisão” do programa de ajustamento, tendo de resto sido colocada em cima da mesa pelas autoridades portuguesas.» [i]
   
Parecer:
 
Filhos da mãe!
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Derrube-se o governo dos canalhas antes que destruam o país para imporem a sua pinochetada fascista.»
   
 Um governo de salvação nacional sem Passos Coelho
   
«Conhece como poucos a história do PSD – onde foi quase tudo – mas afastou-se, ou foi afastado, com a chegada de Pedro Passos Coelho ao governo. Em entrevista ao i, em Cascais, o ex-secretário-geral do PSD confessa que nunca falou com Passos Coelho desde que ele é primeiro--ministro e arrasa a política deste governo. Ao ponto de admitir que, se o executivo quebrar o consenso político e social, a solução pode passar por um governo de salvação nacional chefiado por alguém com “independência em relação aos partidos”. Diz que foi posto de lado no PSD por contestar a escolha de Fernando Nobre para a presidência da Assembleia da República, mas garante que quem está a mais no partido são aqueles que têm “uma posição ultra neoliberal”.» [i]
   
Parecer:
 
Digamos que é preciso salvar o país dos incompetentes e irresponsáveis.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Espere-se para ver.»
   
 O regresso do intervencionismo puro e duro
   
«O PSD está a preparar uma proposta de modo a obrigar as empresas a reinvestirem o montante que irão poupar com a diminuição de 23,75% para 18% da sua contribuição para a Segurança Social. As empresas poderão mesmo ser proibidas de distribuir lucros pelos seus accionistas.» [Público]
   
Parecer:
 
O fisco vai ter de desviar recursos para concretizar mais esta asneira de um governo que corrige uma asneira arranjando outra ainda maior. E até quando as empresas vão ser obrigadas a investir a TSU, um ano, cinco anos, vinte anos cinquenta anos? E os que já tinham decidido investir antes da medida podem usar a poupança para irem às putas? E se investirem como podem baixar os preços como exigiu Passos Coelho a Belmiro de Azevedo?

Isto é muito pior do que no tempo de Santana Lopes.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se a merecida gargalhada.»
   
 Emprego?
   
«O corte da contribuição das empresas para a Segurança Social em 5,75 pontos percentuais e um aumento de 7 pontos para os trabalhadores, o que resulta num aumento da contribuição total em 1,25 pontos, será um caso de estudo original em todo o mundo.
   
Um estudo da Universidade do Minho, concluído hoje, mostra que os impactos negativos no emprego superam quaisquer eventuais vantagens.
   
"Considerando um intervalo de confiança de 95%, os nossos resultados sugerem que a perda de empregos pode ser na ordem dos 68.000. Por outro lado, na melhor das hipóteses, o impacto sobre a criação de emprego é praticamente nulo, apenas criaria 1000 empregos", refere o estudo "Emprego e TSU".» [DN]
   
Parecer:
 
Mas que grande criação de emprego!
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Demita-se os extremistas irresponsáveis e incompetentes.»
   
 Até tu Menezes?
   
«O ex-líder do PSD Luís Filipe Menezes afirmou hoje que o país precisa de "corrigir a linha de rumo", defendendo uma remodelação da equipa governativa e uma correção das medidas mais polémicas, como a Taxa Social Única (TSU).
    
O autarca de Gaia afirmou aos jornalistas que o PSD tem que mostrar que é capaz de "corrigir a linha de rumo", o que significa "refrescar a equipa governativa em algumas áreas fundamentais (...) reforçar a comunicação e informação dos cidadãos e, por ventura, somar algumas medidas de caráter social", bem como, "em algumas medidas mais polémicas, no mínimo, debatê-las com os parceiros fundamentais para ver em conjunto, em diálogo, em concertação, se há alternativas".» [DN]
   
Parecer:
 
Este anda, anda e ainda sugere o filho para ministro.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se a merecida gargalhada.»