Foto Jumento
O Jumento na calçada da Av. da Liberdade, Lisboa
(trata-se da assinatura de um calceteiro que pode ser vista junto ao monumento dos combatentes)
Imagens dos visitantes d'O Jumento
Pedra bolideira, aldeia de Monsanto [A. Cabral]
Jumento do dia
Casalinho candidato à liderança do PSD
É lindo ver o Semedo,juntar-se à sua noiva política para sugerir ao PS que rasgue o memorando com a troika e se junte a um governo do BE. É bom recordar que este Semedo foi um dos deputados do BE que mais assanhadamente lutou para colocar a direita no poder, mas parece que como anel de noivado quer oferecer à noiva a destruição do PS e a bancarrota total do país, porque pior do que o Passos S«só mesmo este raivoso do Semedo.
Já agora poderia sugerir um governo em que ele fosse primeiro-ministro de manhã, a noiva fosse à tarde, cabendo a Seguro cuidar do governo à noite para que o casalinho tratasse dos afazeres domésticos. Haja sentido do ridículo e o Semedo que se deixe de tretas pois o seu BE é um morto vivo que se podia juntar ao Passos Coelho na fila para os enterros.
Nada mudou ou vai mudar neste BE, temos dois artistas a fazer de Louçã. Se Os Semedos tanto desejaram a direita no poder (quem não se lembra do nojo que foi a comissão de inquérito Às supostas pressões onde este noivo teve um papel muito porquinho) então que se junte ao governo. É bom recordar que se realizaram eleições legislativas para a direita ser poder graças ao voto favorável do BE a uma moção de censura, os Semedos são co-responsáveis pelo mais troikismo do que a troika, pelo custe o que custar ou pelo despedimento de dezenas de milhares de professores, talvez por isso o Semedo exija que seja rasgado o memorando.
«O BE desafiou o PS para romper com o memorando e a formar uma "aliança social e política ampla" e um Governo de esquerda, "com socialistas, comunistas, bloquistas e independentes", apelando também a "disponibilidade do PCP nesta matéria".
Na apresentação da moção de estratégia que a direção vai apresentar à proxima convenção do Bloco, João Semedo lançou o repto: "Deixamos claro que a alternativa de um Governo de esquerda se constrói com uma base muito simples: romper com o memorando da troika. É este o desafio que lançamos ao PS."» [Notícias ao Minuto]
Algumas perguntas a Durão Barroso
É verdade que a Comissão Europeia e o BCE enquanto membros da troika estão fazendo chantagem sobre os portugueses condicionando o apoio financeiro à estabilidade política, o que significa que estão impondo o actual governo ao país e tentando impedir qualquer outra solução constitucionalmente e democraticamente legítima?
A Comissão Europeia autorizou o governo a fazer chantagem sobre os portugueses usando a chantagem da troika para impor-se aos cidadãos, ao parlamento e à Presidência da República?
É verdade que a União Europeia deixou de ser uma associação de países democráticos para passar a ser uma coligação de ditadores e de apoiantes dos Pinochets que obedeçam à senhora Merkel?
Comunicado do PSD-CDS
O PSD e o CDS depois de reunidos informam que não chegaram a fazer amor, nem sequer chegaram aos preliminares, mas que a união de facto prossegue, até porque o pessoal da troika insiste em apadrinhar tal união com sucessivos elogios e avaliações positivas. Assim sendo, o PSD e o CDS continuarão a partilhar o mesmo lar, ainda que durmam em camas diferentes limitando a actividade sexual à masturbação, como sucedeu com a entrevista de Passos Coelho ou a comunicação do Paulo Portas.
Os conjugues informam os portugueses que preferem permanecer na união de facto que garante a Passos uma residência oficial fora de Massamá e a Paulo Portas o conforto judicial que não teria fora do governo.
Até do Santana Lopes já sinto saudades!
A remodelação
A comunicação social informa que Passos Coelho está a mexer no governo, algo que se vai revelar um dos seus momentos santanistas, de alguém que com a Ajuda do Dias Loureiro para escolher o sôr Álvaro espera-se o pior. Não seria de admirar se substituísse o Vítor Gaspar pelo cavalo de D. José ou o sôr Álvaro pelo elefante das moedinhas do Zoo de Liboa o que, aliás, colocaria um grave problema ao zoo, se qualquer imbecil pode substituir outro imbecil, mais difícil será substituir o elefante, a não ser que recorra ao PSD onde há muita gente habituada a pedir moedinhas.
Uma boa ideia para resolver o problema do zoo seria demitir o António Borges de ministro secreto do governo e incumbi-lo da nobre tarefa do paquiderme, não porque o António Borges seja um paquiderme, mas porque depois de ter passado pelo Goldman Sachs, onde se armou em vice-presidente, está garantido que o homem sabe contar moedinhas. Tanto soube contar que desde que é administrador do Pingo DOce o Soares dos Santos já poupou uma fortuna em custos salariais à conta do corte na TSU, uma medida defendida pelo assessor de Passos Coelho desde os tempos em que era do FMI.
Outra alternativa seria o Moedas, não porque saiba contar moedas, mas porque seria interessante dizer "quem dá uma moedinha ao Moedas para que ele dê ao badalo?". Enfim, não seria grande negócio pois ninguém no seu juízo normal estará interessado no badalo do Moedas, mas seriam muitos os que iriam ao Zoo só para poder ver a sua cara de parvo.
Lições de economia de um Jumento
Se o país deixar de comer, de andar de carro, acabar com o SNS, reduzir o ensino público ao terceiro ano de escolaridade, deixar de pagar ordenados a funcionários públicos e promover a escravatura terá um excedente na Balança Comercial digno de um tigre asiático.
Uma justificação possível para Passos Coelho: os portugueses sentir-se-ão felizes, poderão aproveitar o tempo que lhes sobra para fazerem filhos, promovendo a natalidade e assegurando uma nova geração de escravos.
Uma justificação para o Moedas: "onde andam os empresários que ainda ontem me asseguravam que isto só vai lá com o regresso da escravatura".
Explicação técnica do brilhante Gaspar: "entre o emprego e a escravatura vai alguma distância, mas agrada-me a ideia dos portugueses serem escravos, é uma medida robusta na linha do que tenho vindo a propor, a sugerir e mesmo a impor".
A posição de Cavaco Silva: "As vacas da Serra do Caldeirão parecem andar tão felizes como as da Graciosa".
A posição de Seguro: "discordo do exagero da medida, o ideal era os trabalhadores serem assalariados de manhã e escravos da parte da tarde".
Passos Coelho e Ângelo Correia
Pior do que termos um primeiro-ministro pouco inteligente é termos um primeiro-ministro pouco inteligente ensinado pelo Ângelo Correia. é quase o regresso dos neandertais.
O imperador Marco António
Marco António é muito mais do que um mero secretário de Estado, ainda que seja um secretário de Estado diferente dos outros já que esteve para ser ministro mas não o chegou a ser porque as negociações com o Portas lhe estragaram o negócio e o Mota Soares ultrapassou, digamos que o Mota fez-lhe um bigode de Lambreta.
Mas o Marco António é um secretário de Estado poderoso, para além de ter um padrinho alimentado a crude é o representante do vice-rei do Norte no Governo do passado Passos. Isso permite-lhe estar a cima de quaisquer regras e mesmo da troika. E os que com ele trabalham estão bem defendidos da austeridade ou de reestruturações do Estado.
O Memorando com a Troika prevê que se estude a possibilidade de ser o fisco a cobrar as contribuições? Que se lixe o estudo e a troika porque aqui quem manda é o Marco António e onde o Marco manda não há nem estudos, nem memorando e muito menos troika e os que o servem estão ainda a cima da austeridade, é gente que está acima da carne seca.
A segurança social está a saque e falida, as dívidas não são cobradas e a evasão é mais que muita, mas os afilhados do Marco António são isso mesmo, filhados de um imperador e os filhados do Marco mesmo com o país na miséria não podem usar sabão azul. A austeridade«, o memorando e a troika que vão à bardamerda, fica tudo na mesma e os afilhados do Marco ainda são premiados!
Os rapazolas da troika andam a dormir ou o seu mandato é ajudar a destruir Portugal?
Isto está tudo triste...
Todos menos o imbecil que quando devia andar escondido vai para o teatro rir à gargalhada.
O PSD já goza com Paulo Portas
Falta de honestidade do lambecusismo luso
«Nem todos beneficiam? Sem dúvida. Mas as escolhas públicas nunca beneficiam toda a sociedade. Quando Mário Soares aceitou as desvalorizações impostas pelo FMI, em 1983, o resultado também foi uma violenta quebra de vendas no mercado interno e recessão; e um claro favorecimento de quem vendia para o exterior. Ou seja, o que a Troika está a impor não é novidade para ninguém, excepto para Soares, o primeiro-ministro que mais vezes chamou o FMI...» [Jornal de Negócios]
Que o imbecil o tenha dito até se compreende, mas se for um economista a dizê-lo estaremos perante um caso de falta de honestidade intelectual. Até é lamentável que uma semana depois se venha bajular Passos Coelho recorrendo um dos golpes sujos já que ao usar Mário Soares o primeiro-ministro estava a vingar-se das críticas que Mário Soares tem vindo a fazer.
Eis algumas diferenças entre a TSU e a desvalorização:
- A desvalorização era apoiada em restrições às importações através de direitos niveladores altíssimos e de contingentes, era um tempo em que faltava manteiga nas mercearias e se esperava durante meses pela entrega de um carro. Agora há livre circulação e o efeito da desvalorização fiscal é limitado.
- O argumento usado é o da criação de emprego e ao contrário do que sucedia no passado as exportações portuguesas até estão em alta e são os próprios exportadores a dizerem que não precisam de esta ajuda. Quem apoia a medida são empresários da treta como o presidente do BPI.
- A desvalorização da moeda atingia todos os rendimentos e todo o dinheiro por igual. O corte da TSU só atinge os trabalhadores, deixando intactos todos os outros rendimentos, isto é, apenas condiciona o consumo dos mais pobres, precisamente os que compram mais nacional.
- Na época o grande problema era a falta de divisas, actualmente é a falta de meios para suportar a dívida do Estado.
Percebeste ó idiota ou és tão burro que precisas de mais alguns?
Os bons empregos conseguem-se ao jantar
«Tenho um amigo que navega muito em sites estrangeiros por questões terapêuticas. Em vez de ir ao psicólogo recompor-se das agruras encontrou um método mais barato: passa os olhos por oportunidades de carreira fora de Portugal e assim mantém uma perspetiva equilibrada sobre a realidade. O que ele descobriu é bom: nem todos os países têm um outlook tão negro como o nosso - há negócios, há crescimento, há emprego por esse mundo fora -, e só perceber isso já é um grande alívio.
Esta semana, por exemplo, a Economist publicava um anúncio de emprego inesperado. A Rainha de Inglaterra - na verdade o Ministério das Finanças - acaba de lançar um concurso para o cargo de governador do Banco Central de Inglaterra. O atual governador, Marvyn King, termina o mandato em junho, é preciso encontrar um substituto e nada melhor do que um anúncio para escolher o mais capaz. Quem souber de macroeconomia e for "bom comunicador" (cito o reclame) pode enviar o CV. Deixo aqui o e-mail: boe.governor@hmtreasury.gsi.gov.uk.
Por razões evidentes, não estou a pensar em Gaspar. Estou apenas a confirmar que somos especiais. Não me lembro de uma única oferta de emprego para cargos de topo nacionais. Nem no Banco de Portugal, nem em qualquer regulador, nem sequer em empresas públicas. Julgo até que poderia ser considerado perigoso um anúncio assim. Nós temos outro método de escolha. Resolvemos tudo em segredo, a meio de uma jantarada, e é nessa atmosfera íntima que se estabelece a cumplicidade que garante o êxito de Portugal.
Este método de recrutamento tem imensas vantagens. Não se perde tempo com maçadas: pesquisas, entrevistas, etc. Os candidatos são quase sempre os mesmos, capazes até de acumular responsabilidades extraordinárias em sectores da mais diversa natureza. E há sempre uma justificação para as contratações: uma relação direta entre o contratado, quem contrata e a confiança pessoal que unirá os dois para sempre. É uma forma muito particular de transparência em assuntos do Estado.
Nos próximos dias, só para dar um exemplo, vamos ficar a saber quem são os administradores nomeados pelo Governo para o BCP e o BPI. São lugares muito relevantes que permitem estar onde ainda está algum dinheiro. Não falta gente capaz de os desempenhar. Gente que sabe de banca, risco de crédito e essas minudências. O problema é que estes gestores (em regra) não jantam com as pessoas, digamos, mais adequadas. Resta-lhes navegar na Internet e ler os classificados da Economist. Talvez um dia se safem ao serviço da Rainha.» [DN]
André Macedo.
Cenários e sombras
«Portugal vive uma encruzilhada excecional. O Conselho de Estado irá amanhã debruçar-se sobre a situação mais delicada que a III República encontrou desde a sua estabilização constitucional em 1976. Em 1974-75, a convulsão revolucionária dividia o País. Hoje, a "terapia" da austeridade irracional, comandada pelo diretório de Berlim, e executada insensatamente por Lisboa, uniu a nação numa recusa unânime e transversal. A paisagem política é desoladora. O PSD está devorado por uma "guerra civil". A coligação perde em coesão o que sobra em pugilato verbal. O líder da oposição pede mais tempo.
Existem apenas três cenários sobre a mesa: a) Remodelação; b) Novas eleições; c) Novo governo apoiado pela presente composição do Parlamento, com pilotagem presidencial. Todos cenários de sucesso duvidoso. A remodelação parece a saída mais óbvia, mas tem um obstáculo letal. Um corpo pode sobreviver sem os membros, mas não sem a cabeça. Uma remodelação séria teria de afastar Passos, Portas, Gaspar (e informar Relvas de que os seus serviços já não são necessários). Estamos a falar de um novo Executivo. Infelizmente, o cenário das eleições defronta-se com a escassez do tempo e a falta de alternativas, quando o provável partido vencedor afirma não ter pressa. O cenário "Monti", um gabinete de quadros de competência reconhecida, teria de conquistar um improvável apoio do Parlamento, já que o Presidente, para além de muito desacreditado, há muito perdeu a capacidade constitucional de propor governos da sua iniciativa. Resta saber, ainda, se haveria um Monti português com capacidade de estabelecer empatia com um povo que não o elegeu.
A verdade, contudo, é que este governo atrelou o País à quadriga de Merkel, e à sua estratégia de uma Europa dual. De metecos e cidadãos. Devedores e credores. A um rumo que não vai vencer, mas que pode partir a Zona Euro (ZE) ao meio. Sobre todos os assuntos relevantes Portugal tem estado do lado errado: união bancária; papel do BCE; intervenção do Mecanismo Europeu de Estabilidade; euro-obrigações; união política. Neste momento, a sobrevivência do País passa por ficar dentro da ZE, mesmo que esta entre em rutura. Portugal precisa de ficar ao lado dos países que conservem o euro, usando-o para promover o desenvolvimento (até para pagar dívidas é preciso que a economia tenha vida), e não temam o federalismo constitucional. Só se estivermos preparados para a rutura da ZE poderemos evitá-la. Berlim pode não ligar à força dos argumentos, mas percebe o argumento da força. O memorando de entendimento tem de ser revisto, mas no quadro de uma mudança radical da estratégia europeia. O Presidente, os partidos e o Parlamento têm de ter a inteligência, imaginação e humildade necessárias para permitir, contribuir e apoiar uma solução capaz de superar o impasse do Executivo nesta encruzilhada da nossa opção europeia. Se o regime não conseguir resolver o problema da governação, então a avalanche da realidade não poupará o regime.» [DN]
Viriato Soromenho-Marques.
Coligação faz terapia de grupo
«"Não podemos fazer de conta que não existe um problema. Não podemos ser cínicos", disse Passos Coelho, de acordo com sociais-democratas que participaram na reunião da Comissão Política Nacional do PSD realizada entre as 21h00 horas de quarta-feira e as 2h00 horas de hoje, e da qual saiu um convite à direcção do CDS-PP para uma reunião destinada a renovar o apoio ao acordo político de coligação.
Dirigentes sociais-democratas adiantaram à agência Lusa que o presidente do PSD referiu ter ficado espantado com a intervenção feita no domingo pelo presidente do CDS-PP e ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, em que este se demarcou das alterações à Taxa Social Única (TSU).» [Notícias ao Minuto]
Parecer:
Isto vai parecer uma reunião de cornudos anónimos.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se a merecida gargalhada.»
O CDS já não defende o governo no parlamento
«Em defesa do Governo vieram dois deputados do PSD e nenhum do CDS. Adão Silva falou para dizer que o que o Executivo estava a fazer “é patriótico” e garantir que Passos Coelho tudo fará para assegurar a “manutenção desta paz social”. Carlos Abreu Amorim optou por uma abordagem mais agressiva lembrando ao BE que as manifestações “não têm dono”. E que até nem tinham a TSU como alvo. Uma manifestação “não tanto contra o Governo e a situação actual presente, mas as políticas dos últimos anos”.» [Público]
EM vez disso o PSD usou o Amorim, o gordinho do PND é o mais parecido com um deputado do CDS interessado em defender o desenTSUado Passos Coelho.
«Em defesa do Governo vieram dois deputados do PSD e nenhum do CDS. Adão Silva falou para dizer que o que o Executivo estava a fazer “é patriótico” e garantir que Passos Coelho tudo fará para assegurar a “manutenção desta paz social”. Carlos Abreu Amorim optou por uma abordagem mais agressiva lembrando ao BE que as manifestações “não têm dono”. E que até nem tinham a TSU como alvo. Uma manifestação “não tanto contra o Governo e a situação actual presente, mas as políticas dos últimos anos”.» [Público]
Parecer:
EM vez disso o PSD usou o Amorim, o gordinho do PND é o mais parecido com um deputado do CDS interessado em defender o desenTSUado Passos Coelho.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se a merecida gargalhada.»
Este Estado é uma "ginjeira"!
«As mudanças nas estruturas do Estado estão a multiplicar os regimes de excepção e a criar super-instituições com poderes reforçados. O Instituto da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) e a Estrutura de Acompanhamento dos Memorandos (ESAME) são os dois casos mais recentes.
No âmbito da crise da dívida soberana e do resgate da troika, o papel do IGCP, o instituto responsável pela gestão da dívida pública do país, ganhou destaque. O Governo decidiu transformar a entidade numa empresa pública e conceder-lhe novas competências. Além de gerir a dívida do Estado, o IGCP passará agora também a ser responsável pela gestão da dívida das empresas públicas que dependam do Orçamento do Estado (OE) e da sua carteira de investimentos financeiros.
Apesar de passar a ser equiparado a uma instituição de crédito e poder prestar serviços bancários a entidades de administração directa e indirecta do Estado e empresas públicas, o IGCP fica fora da supervisão do Banco de Portugal e apenas responde ao Ministério das Finanças.
O organismo tem ainda luz verde para adquirir bens e serviços até 200 mil euros sem ajuste directo e sem qualquer restrição na escolha da empresa contratada para esse fim. A administração do IGCP escapa também ao limite dos vencimentos no Estado, recebendo pela regra da média dos vencimentos dos últimos três anos no cargo ocupado anteriormente.
No caso da ESAME – entidade criada por este Governo para acompanhar o cumprimento do acordo de Portugal com a troika e fazer a ponte com os credores externos –, o perfil da estrutura foi modificado recentemente, e assemelha-se à de um gabinete ministerial. Esta mudança é visível, por exemplo, nos recrutamentos de pessoal. O anterior regime previa que a ESAME recrutasse funcionários públicos, ou celebrasse contratos a termo e prestações de serviços. Contudo, todos os profissionais recrutados, mesmo que viessem do privado, estavam subordinados ao regime geral de direitos e deveres da Administração Pública.
Salários diferenciados
Com os novos estatutos, a estrutura dirigida por Carlos Moedas , secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro, passa a reger-se pelas normas aplicadas ao pessoal dos gabinetes governamentais, uma mudança justificada pelo Governo, no próprio diploma, com a «similitude e a especificidade das suas funções».
No caso dos vencimentos, o limite máximo a atribuir aos elementos recrutados no sector privado – quando estes optem pelo estatuto remuneratório do posto de trabalho de origem –, passa a ser a remuneração-base prevista para o respectivo governante.
A ESAME já tem profissionais com remuneração acima da tabela da Função Pública – como é o caso de Pedro Ginjeira do Nascimento, um elemento recrutado para a categoria de especialista com um vencimento de 5.776 euros–, mas José Abraão, Federação Sindical da Administração Pública, explica que a equiparação a membros de gabinete «reduz ainda mais as restrições para recrutamentos acima da tabela» nas vagas que ainda estejam por ocupar. A estrutura pode nomear até 30 elementos e apenas nove lugar estão actualmente ocupados.» [Sol]
Parecer:
A austeridade é para os portugueses de estatuto inferior.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sugira-se ao Gaspar que mande tatuar no braço dos portugueses que estão sendo sujeitos à austeridade uma tatuagem com um "i", de "inferior".»
Pobre Passos....
«Os aumentos foram anunciados na semana passada pelo ministro das Finanças, na conferência de imprensa de apresentação dos resultados da quinta avaliação do Programa de Assistência Económica e Financeira, tendo o intuito de entrar em vigor já este ano para ajudar a corrigir o desvio orçamental e cumprir a meta revista do défice orçamental de 5 por cento.
Entre os aumentos anunciados na altura está um aumento da tributação em 1,5 pontos percentuais das taxas liberatórias sobre juros, dividendos e royalties por exemplo, que passam a ser taxados a 26,5 por cento, tal como a parte do saldo entre as mais e as menos-valias em sede de IRS que seja superior a 500 euros.
"Além do agravamento da tributação sobre os rendimentos de capitais e das mais-valias, e sobre os prédios urbanos de afectação habitacional cujo valor patrimonial tributário seja igual ou superior a um milhão de euros, é agravada a tributação sobre as transferências para paraísos fiscais e intensificado o combate à fraude e a evasão fiscais, através do reforço do regime aplicável às manifestações de fortuna dos sujeitos passivos (IRS)", diz o comunicado do Conselho de Ministros aprovado esta quinta-feira.» [CM]
Parecer:
Obrigado a aplicar mais impostos aos seus protegidos numa tentativa vã de salvar a pele, no fim disto tudo apenas um português não vai ser desprezo e ódio pela personagem, o Miguel Relvas., perdão, dr. Miguel Relvas.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Não se comente os actos do imbecil.»
O Paulo Portas tem razão para ser um homem feliz!
«À saída de um seminário sobre ‘Autarquias Inteligentes’, em Cascais, Miguel Relvas foi questionado se confiava no líder do CDS e parceiro de coligação, Paulo Portas, tendo respondido: "Claro que sim".» [CM]
Parecer:
Nem toda a gente tem tão grande privilégio!
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se a merecida gargalhada.»
A revista Economist também aguarda pela data do funeral
«As prováveis mexidas na TSU poderão salvar o país de uma crise política total mas já não salvam o primeiro-ministro, Passos Coelho, dos danos provocados à coligação de governo nem à sua posição pessoal junto do eleitorado. Esta é a análise da revista Economist que defende que Portugal é o exemplo acabado dos riscos de forçar austeridade para lá do tolerável.
Nos próximos dias até ao Orçamento para 2013, a influente revista britânica espera que Passos "modifique mas não retire totalmente o seu plano" para a TSU, o que "pode poupar o país a uma crise política destrutiva". Porém "é demasiado tarde para salvar o primeiro-ministro dos danos já infligidos na coligação de governo e da sua própria posição junto dos eleitores agastados".
"Em duas curtas semanas, Portugal passou de um aluno modelo (...) para um exemplo dissuasor dos perigos que enfrentam os governos ao tentar forçar austeridade além dos limites de tolerância dos já muito sofridos eleitores". É assim que a influente revista The Economist descreve o novo estatuto de Portugal na crise do euro, numa avaliação do impacto que tiveram as recentes mexidas políticas do governo.» [DE]
Parecer:
Deve ser difícil ser um cadáver político e insistir-se que se está vivo.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Marque-se o funeral da criatura.»
Para que servem os presidentes dos partidos e o primeiro-ministro?
«"O PSD e o CDS consideram apropriado melhorar os níveis de articulação entre as direcções dos partidos, os grupos parlamentares e o Governo. Nesse sentido, foi decidido constituir um Conselho de Coordenação da Coligação", anunciaram hoje os dois partidos após o encontro de quase duas horas para debater o actual estado da coligação.» [DE]
Parecer:
Não servem para nada.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Apele-se a Cavaco Silva para que acabe com a palhaçada.»
Nogueira Leite disposto a pagar mais impostos?
«"As medidas são degradáveis mas não nos podemos esquecer que estamos a ajustar 15 a 20 anos de desmandos", afirmou o vice-presidente da Caixa Geral de Depósitos (CGD) à entrada para um evento no Grémio Literário em Lisboa.
Quando questionado pelos jornalistas sobre o eventual aumento da contribuição dos trabalhadores para a Segurança Social, Nogueira Leite preferiu não se referir directamente a esta medida, uma vez que "ainda não é conhecido o pacote completo do Governo", mas considerou que Portugal "não é independente financeiramente temporariamente" pelo que "o apoio financeiro dos credores tem contrapartidas". » [DE]
Parecer:
Parece que este é outro Nogueira Leite.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se a Nogueira Leite se as contrapartidas podem ser a transformação de um povo em cobaia dos técnicos da troika e se acha que a experiência da TSU resulta do memorando ou da quebra de 4.000 milhões de receitas fiscais em consequência da incompetência do Vítor Gaspar.»
O pessoal dos fretes vai aparecendo
«"O que está em cima da mesa é um bolo de 2.000 milhões de euros” e que “o impacto que isto terá na economia depende do que as empresas façam", sublinhou à Reuters o CEO do BPI.
Na sua opinião, pode ser que isto até “ajude a aguentar” uma empresa que esteja em dificuldades, dependendo do caso. “Uma empresa que esteja razoável, mas com dificuldade em vender os seus produtos, pode aproveitar para baixar os preços", acrescentou.» [Jornal de Negócios]
Parecer:
Parece que são poucos os que têm lata para dar a cara por canalhices.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Boicote-se o banco dos canalhas.»
Governo usa a Troika para fazer chantagem sobre cidadãos
«Portugal passou na quinta avaliação da troika na semana passada, mas a tranche correspondente (no valor de 4,3 mil milhões de euros) só será desbloqueada depois de garantida a estabilidade política no país, disse ao i fonte governamental.» [i]
Parecer:
Um dia destes vão dizer que só há dinheiro se os portugueses aceitarem o Gaspar como ditador.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Mande-se o Passos Coelho mais o Gaspar mais a Troika e mais a tranche à merda, que viva a democracia, a liberdade e a independência nacional!»