O país começa a assistir ao espectáculo triste proporcionado
por um governo já cadáver mas que o seu mentor presidencial insiste em manter,
na esperança de que ressuscite. É um governo de gente de QI entre o burro e o
imbecil, gente tão fraca intelectualmente que nem tem a noção da sua própria
burrice e que se julga iluminada. Os sinais da tentação autoritária, sempre
mascarada por sucessivas afirmações de apego aos valores democráticos, começam
a ser evidentes, os cães imitam os seus donos e são cada vez mais agressivos,
quem ouse gritar algo incómodo para sua excelência é identificado a mandão de um qualquer brutamontes que protege de forma canina sua excelência o
primeiro-ministro.
Mas não são os brutamontes policiais a distribuir dentada
por todos os que ousem discordar destas sumidades intelectuais, o assessor já não
esconde a raiva por a sua brilhante ideia e se não se não morde como os cãs que
protegem sua excelência, morde como um caniche e chama burros a quase todos os
empresários portugueses pois quase todos se opuseram ao roubo da TSU e mesmo os
que apoiam PPC se limitaram a ficar em silêncio, queriam o dinheirinho mas
perceberam que seria um erro comprometerem-se apoiando a medida em público.
Habitualmente discreta, até porque desde que se meteu com o
bastonário dos advogados ficou com uma asa partida, a ministra não conteve a
sua excitação perante meras buscas domiciliárias. A excitação foi tão grande
que quase regressou ao seu tempo de menina de extrema-esquerda que engraçou com
os rapazolas da extrema-direita do Liceu Camões. Portugal ficou a saber que tem
uma ministra da Justiça que considera uma mera busca a condenação dos que
pertencem ao partido da oposição. Portugal regressou ao tempo dos tribunais
plenários e ficou a saber que o bastonário da Ordem dos Advogados tem razão em
tudo o que diz desta senhora e se pecou só poderá ter sido por defeito.
Os disparates são tantos que os portugueses já não conseguem
ter tempo para acompanhar tanta criatividade governamental, quase já se
esqueceram de que foram designados por cigarras por um rapazola tão trabalhador
que a ferramenta mais pesada que já pegou em toda a sua vida foi o pente, para
pentear o seu belo cabelo branco que faz com que o cavalo de Napoleão sinta
receio de ser confundido com este asinino luso.
Entretanto, em Belém o silêncio é tanto que se consegue
distinguir o canto dos passarinhos, na falta das simpáticas vacas da graciosa
talvez o nosso Presidente se dedique à ornitologia.