sexta-feira, setembro 28, 2012

Umas no cravo e outras na ferradura-


 
   Foto Jumento
 
 
Escada, Constância
   
Imagens dos visitantes d'O Jumento
 

   
Cegonha [A. Cabral]   
 
Jumento do dia
   
Paula Teixeira da Cruz
 
Às vezes esta rapariga diz asneiras que até apetece atirá-la para o tanque do Liceu Camões que ela tão bem conhece desde os tempos em que lá apareceu armada em revolucionária da facção Nito Alves. O problema é que esta rapariga é tão primária que em vez de ministra da Justiça mais parece um cabo da esquadra, sinal de que para andar nos grandes escritórios da advocacia lisboeta o mais importante não é saber de direito.

Uma senhora que a propósito de buscas diz que acabou a impunidade até parece que pediu  equivalência a licenciada em direito depois de ter saído uma noite com um polícia.

Mas se a senhora está dizendo que acabou o tempo da impunidade para processos como a Operação Furacão, o BPN ou os submarinos, então teremos de a elogiar. Mas não deve ser isso que ela pretende dizer, e talvez se perceba isso quando se souber quem vai substituir Pinto Monteiro, talvez aí se perceba porque razão acabou a separação de poderes, deixou de existir qualquer presunção de inocência e a ministra da Justiça faz de justiceira radiofónica lembrando os programas de televisão do general Hugo Chavez.

Mas percebe-se a ansiedade desta ministra e do chefe parlamentar da maioria, à beira do naufrágio alguém lhes atirou uma bóia que agora tentam agarrar com unhas e dentes. Há poucos dias Portas foi incomodado e a justiça emitiu logo um certificado político de inocência, nessa altura ainda não tinha acabado a impunidade?

Digamos que a Justiça liderada pela antiga banhista do Liceu Camões combate os que se opoem a que o país entre na linha, agora só faltam os tribunais plenários para a rapariga se certificar que corre tudo bem e se faz mesmo justiça em conformidade com as suas declarações radiofónicas.
 
«Questionada sobre as investigações no âmbito de um inquérito crime às PPP's, a ministra Paula Teixeira da Cruz afirmou que ninguém está acima da lei e que terminou o tempo de impunidade.» [TSF]
   
 Os processsos são como as telenovelas

As do PS são para exibir em prime time, as da direita são para suspender. O país passou directamente da Casa Pia para o Freeport, do Freeport para o Face oculta, agora que a pedofilia já deu o que tinha a dar e o Sócrates não volta pula para as PPP.  
   
Isto de acompanhar as telenovelas da justiça portuguesa é uma frustração, quando começamos a estar interessados por telenovelas com os artistas da direita a sua emissão é interrompida e impingem-nos outra com os artistas da direita. Estava empolgado com a telenovela "Operação Furacão" e foi o que se viu, deixou de ser emitida. Depois entusiasmei-me pelo "BPN", até porque custou quatro mil milhões aos telespectadores e foi o que se viu, gastaram a massa e só passou o genérico, logo esta que era uma telenovela a sério, cheia de misérias, de poderosos e de Jet Set. Ainda não tinha passado o síndroma da abstinência e já estava a superar o problema quando foi anunciada a telenovela "Submarinos", mas esta era como o filme do combóio que entrou no túnel e o ecrã ficou preto até ao fim, agora o submarino sumergio e só veio uma vez cá acima para assegurar que o Portas não é submarinista, prefere surfar em manifestações espontâneas para lixar o Pedro. Submarino voltou ao fundo e já não deve voltar a submergir pois já começou outra telenovela a dos PPP.
  
Compreendo o interesses da produtora de novelas judiciais, se o Durão Barroso estava à rasca o ideal era inventar pedófilos no PS, se a direita queria regressar ao poder o melhor era dizer que o Sócrates era corrupto, se mesmo assim este sobrevivia então havia que o mandar para a sucata, se o Pedro está morto então que se agarrem os gajos das "PPP", pode ser que o primeiro-ministro consiga enganar a morte e evitar ser metido no caixão e levado para o enterro.
   
 Senhor 1ºMinistro termine as minhas frases
 
 
 A CGD já está a ser vendida

À rasca com a incompetência que tem revelado o Coelho tirou um coelho da cartola para distrair o país e preparar mais um golpe, quando todo o país se unia contra o golpe da TSU Passos Coelho decidiu mudar a agenda para uma proposta que lhe trouxe apoios, a CDG. Veio logo a procissão dos que querem uma CGD  fraca e vendida ao preço da uva mijona, vendida na pior altura e às prestações.
  
O que Passos propõe é não só tornar-se o centro das atenções da banca, controlando os banqueiros da mesma forma que o Relvas controla a Ongoing e todos os interessados na RTP. Vende ao preço da uva mijona, numa má época e uma quota minoritária que vale menos no mercado e que coloca o banco público e os dinheiros públicos ao serviço dos interesses privados.
 
Este é mais um negócio para assegurar que os interessados na sua realização ou na sua realização fiquem nas mãos do governo.
 

  
 Um grande rombo nas fundações para uma pequena poupança
   
«As fundações são instituições dependentes do orçamento, formando um "Estado-Paralelo", consumidor de amplos recursos públicos, servindo apenas para criar lugares clientelares para membros dos partidos. Esta foi a ideia vendida na última campanha eleitoral. Uma ideia totalmente desmentida pelo relatório agora elaborado pelo próprio Governo.
   
No Relatório de Avaliação das Fundações pode-se ler que o montante transferido pelo Estado para todas as Fundações foi de 345 milhões de euros por ano (nos últimos 3 anos), ou seja, menos de 0,4% da despesa pública. 
     
O relatório também revela que em das fundações os recursos públicos contribuem com menos de 50% do financiamento e que, na maioria das fundações analisadas, a nomeação dos administradores é feita exclusivamente pelos privados. O Estado apenas nomeia a maioria da administração em 60 das 800 fundações. O mesmo relatório também revela que um terço dos trabalhadores das fundações não IPSS são voluntários.
   
Na campanha eleitoral de 2011, o PSD elegeu as fundações, a par das PPP, como duas importantes fontes de substanciais cortes na despesa. Um ano e meio depois, o Governo veio anunciar a intenção de fechar 4 fundações e sugerir aos municípios e universidades que encerrem outras 34, num universo de mais de 800 fundações. 
   
No relatório não é apresentada uma seriação das instituições analisadas que fundamente a decisão do Conselho de Ministros. São apenas apresentados cenários de decisão e referido que, dependendo da implementação e do cenário escolhido, as poupanças podem chegar a 150 milhões de euros, sem se explicar como se obtém este número, ou a que cenário corresponde. O cenário escolhido pelo Governo não parece poder gerar tal nível de poupanças. 
   
Mais, sabendo-se que o fecho das fundações não extingue obrigatoriamente os seus custos, as poupanças que esta operação pode trazer não são claras e dificilmente poderão ultrapassar as dezenas de milhões de euros por ano. 
   
Depois de ter conseguido diminuir em 30 a 40 milhões por ano os pagamentos às PPP, em parte transferindo encargos futuros para as Estradas de Portugal, a redução de despesa proposta com a outra grande componente do Estado Paralelo, também parece residual. Somando as reduções nas PPP, com estes cortes nas fundações não temos sequer 1% do actual défice ou 0,1% da despesa pública. 
   
Falta Benchmarking 
   
O que o relatório não faz é uma análise clara aos serviços prestados pelas fundações e a sua relevância, para comparar os benefícios destas instituições com o que custam ao orçamento. Não faz uma verdadeira análise custo/benefício. Para o fazer deveria fazer um exercício de benchmarking, comparando fundações com instituições com fins similares do Estado ou dos municípios. 
   
Por exemplo, muitas das fundações que se pretendem extinguir ou reduzir financiamento são museus. Um rácio simples para avaliar os 340 museus seria a relação entre os encargos líquidos para o sector público e o número de visitantes (1). Se este fosse um dos critérios de seriação, dificilmente a Casa das Histórias (Paula Rego), estaria na lista de museus a fechar, ou a Fundação Oriente seria uma candidata à cessação do total de apoios financeiros públicos. 
   
Estou claramente a favor de que se corte toda e qualquer despesa para as quais há alternativas mais eficientes. Mas que se faça uma análise de benchmarking honesta que determine quais são as soluções mais e menos interessantes. 
   
Não só nos museus, nem cingindo-se às fundações. É preciso que seja feita por áreas comparando o que custa cada serviço e apoio e que benefícios trazem à sociedade. Se for feita e for pública vai revelar disparidades enormes entre escolas do Estado, com custos por aluno 3 ou 4 vezes superiores a outras do mesmo nível, museus com variações de custo por visitante de mais de 30 vezes, custos de financiamento por passageiro das linhas da CP/REFER com diferenças de mais de 20 vezes, diferenças nos custos de tratamento da mesma doença entre hospitais (de 4 ou 5 vezes), etc. 
   
Este exercício já começou a ser feito em alguns ministérios, mas não foi feito no relatório sobre as fundações. Em muitos casos, se se comparar a prestação dos mesmos serviços (seja museus, seja apoio social nas IPSS), chegaríamos à conclusão que muitas fundações conseguem melhores resultados com menos meios. E fazem-no com maior independência e liberdade, juntando trabalho voluntário e financiamento privado ao público. Esta análise poderá vir a demonstrar que as poupanças agora anunciadas vão custar caro à cultura e ao apoio social, eventualmente mais caro do que outras reduções em instituições do Estado com os mesmos fins.» [Jornal de Negócios]
   
Autor:
 
Manuel Caldeira Cabral.   

 Notas em torno da política orçamental
   
«Estou a escrever no momento em que está a decorrer o Conselho de Ministros relativo à preparação do Orçamento do Estado para 2013.
   
Não conheço, pois, o que vai resultar deste Conselho. É natural! Conheceremos todas estas medidas a 15 de Outubro próximo.
  
Mas há uma perplexidade que ainda não consegui compreender e resolver. As propostas iniciais de diminuir a TSU para as empresas e correlativamente aumentar, em 7%, as comparticipações dos trabalhadores para a Segurança Social foram "abandonadas".
   
Pareceu-me uma boa decisão de política, não pela medida em si que foi proposta, mas pelas regras de financiamento da mesma. Além de poder ser entendida como experimental, dado que este modelo, ao que se sabe, não vigora em qualquer outro país, significava também uma "transferência directa" de recursos dos trabalhadores para as empresas, sem que estas, ao que afirmaram publicamente, assumissem qualquer utilidade ou incentivo à criação de emprego.
   
Pois bem! O Governo decidiu não insistir na aprovação desta medida.
   
Mas, do que nos tem sido dito, parece ser necessário aprovar outras e diferentes medidas que visam "compensar" a diminuição /aumento da TSU.
   
Vamos ver se nos entendemos! O regime proposto para a TSU não tinha influência significativa na diminuição do défice orçamental, na medida em que, ao que se sabe, apenas "contribuiria" para o mesmo em cerca de 500 milhões de euros, ou seja, uma parcela muito pouco relevante face ao volume de cerca de cinco mil milhões de euros que é necessário "encontrar" para tapar o "buraco" das contas públicas.
   
A TSU não era uma medida nuclear da actual política de combate ao défice. Neste sentido, parece até ser possível entender que era neutra.
   
Claro que não era. Em todos os países que a aplicaram (não no modelo que foi proposto), esta medida pode ser concebida como traduzindo uma política de incentivo ao aumento da produtividade e, nessa medida, tendente a contribuir para o crescimento. Lembram-se da "agenda para o crescimento"?
   
Não sei se em termos práticos assim seria, mas que era uma medida que visava tais objectivos, parece não restar dúvida! É, pelo menos, o que nos dizem "os especialistas".
   
Sucede que, dizem-nos agora, temos de "compensar" a sua não aplicação, mas em termos orçamentais. Não percebo!
   
Se a dita "compensação" é necessária, não é para diminuir o défice, outrossim poderá ser para definir outro modelo, outro sistema que tenha por finalidade combater o desemprego, incentivar o crescimento e possibilitar o desenvolvimento económico, travando, por isso, a recessão que nos continua a ameaçar de forma muito intensa.
   
Em síntese, porque "isto" é confuso. O Governo deu-nos a conhecer no princípio de Setembro um conjunto de medidas que se traduziam em "cortes" nos rendimentos com o objectivo de cumprir as metas do défice impostas pelos nossos credores (a troika).
   
Cortes nos salários dos funcionários públicos e privados, diminuição do "leque" das taxas do IRS com o consequente aumento de impostos, quer pela via do regime de retenção quer pela via do acerto final anual.
   
Paralelamente, avançou com a diminuição da TSU, esta com o objectivo de tornar mais competitiva a nossa economia, através da baixa dos salários. Não é essa a minha visão, como já tive ocasião de dizer, mas era este o "fundamento" (tanto quanto foi possível perceber do que nos foi transmitido) dela legitimadora.
   
Então e agora? Para cumprimento das metas do défice acordadas e "tapar" a falta de 500 milhões de euros vão ser precisos cerca de cinco mil milhões?
   
Não são já suficientes as medidas antes anunciadas? O que se passou entretanto?
  
Dizem os "peritos" que é só uma questão de fazer contas (lembram--se de quem dizia isto, assim?). 
  
Parece, dizem, que é simples concluir que afinal o actual défice das nossas contas já passa dos 6%.
E o acréscimo de austeridade resulta, justamente, da necessidade de compensar não o abandono da TSU, mas resolver a derrapagem orçamental verificada!» [DN]
   
Autor:
 
Celeste Cardona.

PS: O melhor é sugerir à Celeste Cardona que tenha o cuidado de andar de capaacete, vão chover pedradas.
      
 Os órfãos da Europa
   
«A bolsa já perdeu mais de metade do valor. As casas desvalorizaram-se. Os salários estão congelados. Perdem poder de compra por causa da inflação, mas não só. Muitas empresas fizeram cortes diretos de 10,20%. O que está a acontecer aqui já aconteceu noutros países, noutras recessões, sempre com enormes custos sociais e políticos, manifestações, imigração, desemprego, até violência. Nós é que não ligámos nenhuma.
   
Foi assim durante a crise asiática dos anos 90. Nós aqui nem demos por ela (afinal, eram chineses ou achinesados), como também não ligámos ao drama económico brasileiro de há 20 anos que nos devia ter sido um pouco mais familiar. Mas não. Nessa altura, estávamos preocupadíssimos com os dentistas e com as brasileiras que aterravam na Portela. Oralmente era apenas isso que manifestávamos: incómodo por recebermos tantos imigrantes numa época em que nos sentíamos tão alemães.
  
Estávamos preocupados com o tamanho da maçã europeia e em agradar aos estúpidos burocratas de Bruxelas com as suas regras estúpidas. Só agora percebemos a burrice: para agradar aos outros, fechámos a porta aos que agora nos podiam dar uma alternativa qualquer. Agora... agora há milhares de pessoas a mendigar por um visto, um emprego, uma oportunidade no Brasil, em Angola, onde for, tudo serve. Sabemos engomar camisas, regar flores, sorrir. Hablamos inglés, temos cursos, disponibilidade imediata. Estamos na fila dos desvalorizados, ao lado dos gregos e tantos outros náufragos.
   
Entre amigos, nesses tempos parvos, sorríamos (com embaraço) da cardiologista ucraniana que fazia as lides lá de casa e do engenheiro espacial que arranjava os eletrodomésticos. Que luxo. Andávamos na Lua. Aquilo era gente de outro mundo, gente capaz, cumpridora, culta. Coitados, até português falavam, os ucranianos, os moldavos, os outros. Nós merecíamos. Éramos europeus. Hoje sabemos: somos europeus de segunda.
   
Tivesse Portugal moeda própria e a receita de Gaspar teria custos sociais enormes, mas teria também virtudes. Não há ciência nisto: num par de anos voltaríamos a ser uma economia mais competitiva, capaz até de atrair investimento estrangeiro interessado em aproveitar os custos de trabalho - e não só - mais baratos. Não é verdade que isso, o custo do trabalho, seja o que mais importa, mas qualquer empresário sabe que isso conta sempre alguma coisa.
   
O que pode não estar aqui em breve é o euro. Ora, esse risco neutraliza qualquer esforço. O esmagamento em curso está a ser em vão por isso mesmo: ninguém investe num país em risco de implosão. O dinheiro foge, as pessoas fogem, as empresas fogem. A dívida fica, a dívida aumenta, a dívida destrói. Sofrimento teria de haver sempre, mas isto, assim, é um suicídio coletivo.» [DN]
   
Autor:
 
André Macedo.
     
     
 O FT diz que está tudo mal!
   
«Pedro Passos Coelho, primeiro-ministro de Portugal, queixou-se recentemente no Facebook do quanto lhe custa anunciar cortes e mais cortes e mais cortes.
   
Cerca de 99 mil mensagens depois, a maior parte hostis, deve estar arrependido do desabafo. A reacção, a que se soma a oposição dos sindicatos a qualquer descida nas contribuições para a Segurança Social por parte das entidades empregadoras, mostra que a polarização em Portugal se agravou enquanto todos tinham os olhos postos em Espanha. É preocupante.
   
O mais estranho é que os indicadores de Portugal dão a entender que está tudo bem: as ‘yields' das Obrigações a dez, cinco e dois anos estão abaixo dos máximos de 2012. Mas, um olhar mais atento mostra-nos que o país combina alguns dos piores problemas gregos e irlandeses: tendência para falhar as metas acordadas com os credores e um sector bancário aniquilado. As metas para o défice orçamental de 2012 e 2013 foram revistas em alta para 5% e 4,5%, e o FMI estima que a economia recue 3% este ano e 1% no próximo. A escassez de crédito também continua a ser um problema.
   
A difícil situação financeira e económica do país paralisou o mercado de acções. O PSI20 teve pior desempenho face ao mercado europeu em cerca de um quinto, este ano. Perto de 70% da sua capitalização bolsista, no valor de 15 mil milhões de euros, é da responsabilidade de quatro empresas: EDP, Galp, PT e Jerónimo Martins.
   
A decisão de deixar cair a subida das contribuições dos trabalhadores para a Segurança Social revela a timidez do Governo face à pressão da opinião pública. O resgate de Portugal sempre teve muita Europa e pouco FMI. É fundamental que o FMI ajude Portugal a manter-se no rumo traçado para evitar que venha a transformar-se numa nova Grécia.» [DE]
   
Parecer:
 
Mas o Gaspar discorda, aumentaram as exportações e só porque há meia dúzia de chineses ou alemães a usar cuecas portuguesas o nosso primeiro-ministro vai dar seminários promovidos pelo governo alemão e ainda se lembram de o candidatar a Prémio Nobel da Economia.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Emigre-se, este governo tem cigarras a mais e formigas a menos.»
      
 Agora a culpa é do povo
   
«O primeiro-ministro dramatizou hoje a importância da disponibilidade dos portugueses para prosseguirem o "esforço de ajustamento" da economia portuguesa, afirmando que "se isto vai tudo correr bem ou tudo correr mal" depende muito da vontade coletiva.» [DN]
   
Parecer:
 
Não há políticas erradas, o certo é o custe o que custar e se tudo falhar é porque o povo é parvo e não quer fazer os sacrifícios que o brilhante Passos sugere, e a cigarra de Massamá acha que é com saídas de propaganda à Goebbels da Baixa da Banheira que desmobiliza quem se lhe opõe e enfraquece a adesão às manifestações.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se a merecida gargalhada.»
   
 Mira Amaral que cabelos brancos no governo
   
«Luís Mira Amaral considerou hoje que Portugal "tem que trazer para o Governo pessoas com experiência política", pagando-lhes a "média declarada no IRS nos últimos três anos".
   
O ex-ministro da Indústria de Cavaco Silva, numa alocução muito crítica na conferência "Portugal em exame, ideias para um pacto de crescimento", organizada pelo grupo Impresa, apelou ainda ao Governo que "cumpra o programa do PSD" em que disse ter votado "e não está a ser cumprido". "É o que tenho a dizer a este Governo", afirmou.» [DN]
   
Parecer:
 
Ainda mais, não bastam os da cigarra do Miguel Macedo ou os do do Aguiar Branco, isto para não referir os da louraça da Justiça ou mesmo os do assessor Borges mais o guru dos pentelhos. Bem, só se metermos a Zita Seabra.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Proponha-se a nomeação da camarada Zita Seabra, a experiente líder do antigo MJT, para ministra com a pasta da contra informação para evitar que se faça espionagem a Passos Coelho pelo sistema de esgotos ou pela canalização da água da companhia.»
   
 O povo agiganta-se quando é violado na sua integridade
   
«O papel das populações na Batalha do Buçaco foi hoje enaltecido pelo coronel do Exército Luís Albuquerque, que evocou a vitória luso-britânica sobre os invasores franceses, há 202 anos, quando "se agigantou" o povo "violado na sua integridade".
   
O Buçaco "representou o primeiro passo vitorioso na senda da derrota do invasor, dado pelo exército anglo-luso, mas também pelo povo português, que, nesta ocasião, se agigantou, como sempre faz quando se sente violado na sua integridade", afirmou Luís Albuquerque.» [DN]
   
Parecer:
 
O recado a eventuais invasores está dado.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Registe-se.»
   
 Problemas sindicais no MP?
   
«O Sindicato dos Magistrados do Ministério Público considerou hoje "gravíssimas" as afirmações de quarta-feira do Procurador-Geral da República sobre a politização do processo Freeport e o facto de ter dito que não conseguiu despolitizar o Ministério Público.
   
"Dizer que o processo Freeport foi um processo político, é uma afirmação gravíssima", disse à agência o presidente do SMMP, Rui Cardoso, reagindo à entrevista de Fernando Pinto Monteiro à RTP.
   
O mesmo responsável adiantou que este processo "investigou, acusou e depois julgou suspeitas de corrupção", apesar de ter existido uma absolvição [dos dois arguidos], ainda que "nem todas as pessoas de quem muito se falou estarem envolvidos nesses factos e não terem sido acusados", numa alusão a José Sócrates.» [DN]
   
Parecer:
 
Este é o sindicato que mais se manifesta por questões laborais ainda que Às vezes se pareça mais com um sindicato a quem Estaline atribuiu a tarefa de estabelecer a ligação entre o partido e os justiceiros.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
   
 Mais uma anedota da justiça portuguesa
   
«O Ministério Público (MP) arquivou o inquérito relativo aos documentos bancários (constituição de offshore e movimentos de dinheiro) de Celestino Monteiro, tio do ex-primeiro-ministro José Sócrates, por não revelaram, só por si, qualquer ilícito criminal.
   
"Realizado o inquérito não foi carreado para os autos quaisquer elementos que nos permita concluir que os documentos em apreço nos autos são elementos de prova indiciadores da prática de ilícitos criminalmente punidos, nomeadamente dos crimes de corrupção ou de branqueamento de capitais", refere o despacho de arquivamento do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), a que a Agência Lusa teve acesso.» [DN]
   
Parecer:
 
A extrema direita inventou, o CM divulgou e a justiça investigou, tudo correu bem, o objectivo não era fazer justiça, o objectivo da direita era difamar e lançar a suspeição.

Enfim, abre-se um, arquiva-se outro.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se a merecida gargalhada.»
   
 Bons ventos diz ele
   
«A probabilidade de incumprimento da dívida portuguesa fechou hoje em 36,99%, quase quatro pontos percentuais acima do valor de fecho de há uma semana, segundo dados da CMA DataVision.» [Expresso]
   
Parecer:
 
Com ventos tão bons este Passos vai parecer-se ao Camões, no mar depois do naufrágio do país e sem um olho.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
   
 Bento quer que se trabalhe mais anos
   
«"Se a população vive mais tempo, tem de trabalhar mais tempo. É a única forma de ajudarmos a geração dos pais que é a mais entalada", afirmou Vítor Bento na conferência anual do conselho empresarial para o desenvolvimento sustentável-BCSD Portugal, que decorreu esta manhã no Centro de Congressos do Estoril, concelho de Cascais.» [Jornal de Negócios]
   
Parecer:
 
Tem razão, quando chegarmos aos 69 e começarmos a falar de pentelhos vamos todos para a EDP.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Proponha-se»
   
 Igreja manuelina de Olivença é o melhor recanto de Espanha
   
«O passatempo “O Melhor Recanto de Espanha 2012”, promovido pela petrolífera Repsol, e que contou na sua fase final com votações online, elegeu na noite de quarta-feira este monumento do século XVI de estilo manuelino para o top de sítios a visitar. A igreja portuguesa que fica na Extremadura espanhola conseguiu, assim, destronar a Lagoa da Cigana (em Castela-La Mancha), que ficou em segundo lugar, e o Forau de Aiguallut (Aragão), o terceiro mais votado.
  
Mas a votação reacendeu, sobretudo, uma guerra antiga, com a comunidade portuguesa a mobilizar-se para eleger a igreja portuguesa. Tudo isto porque Olivença é palco de uma disputa, velha de mais de dois séculos, sobre ser portuguesa ou espanhola. Espanha anexou o território em 1801 mas ainda hoje Portugal não reconhece tal anexação desta cidade fronteiriça localizada na Extremadura espanhola, repleta de história e traços da cultura lusa, incluindo monumentos como a Igreja de Santa Maria Madalena (conhecida como Igreja da Madalena).» [Público]
   
Parecer:
 
Pobre Espanha.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»