Vítor Gaspar gosta tanto de desvios colossais, conceito de que
ele disse gostar quando Passos Coelho inventou um suposto desvio orçamental,
que decidiu ele próprio criar um, apesar dos cortes dos rendimentos e do
aumento brutal de impostos ninguém sabe onde estão os dois mil milhões de impostos
que estavam orçamentados. Passos Coelho conduzira o país à beira da catástrofe
e agora esperam que seja a troika que os desenrasque, uma estratégia manhosa
que visa passar a ideia da inimputabilidade do governo, como se tivesse sido a
troika a defender os excessos de austeridade tão apreciados por essa coisinha
que se chama Gaspar.
Mas em vez de discutir a recessão forçada, o desemprego
brutal e o desvio colossal nas contas públicas o país anda entretido com os
disparates do desqualificado dr. Relvas, que o honorabilíssimo António Borges
fez o frete de divulgar. O facto é que enquanto o Crato despede dezenas de
milhares de professores e propõe um modelo fascista de educação e com o país à
beira da ruína os portugueses anda a discutir disparates que o Relvas nem se dá
ao trabalho de vir a defender. Goebbels não faria melhor do que os goebelzinhos
do Relvas.
Foi Passos Coelho que veio a público desmentir António
Borges o que demonstra que tudo estava combinado e o objectivo era disfarçar os
problemas, só isso explica a ausência de dignidade do antigo senhor Goldman, se
não se ofendeu é porque tudo estava combinado. O que não estava combinado era
que o Passos Coelho chamasse histéricos aos portugueses ou que a Leonor Beleza
chame preconceitos aos valores constitucionais de um país.