sábado, novembro 29, 2014

E, todavia, a economia não cresce

Durante uns tempos o país vai estar entretido a assistir ao espectáculo que a nossa justiça nos vai proporcionando: Os vários processos em curso proporcionam á populaça o prazer da vingança, começou com o processo Face Oculta, passou ao labirinto, que depressa cedeu o protagonismo a Sócrates, entretanto o Duarte Lima também levou pela medida grossa e o que não falta no MP são processos a aguardar melhor prova, comunicações dos bancos, queixas dos neo-nazis e cartas anónimas para que o espectáculo tenha mais episódios.
  
Os defensores do governo poderão sentir algum alívio temporário mas o ano que falta não será penoso apenas para quem o juíz Alexandre prender e para ele próprio, será ainda mais penoso para um Cavaco velho, cansado e com sinais de decadência que terá de se arrastar na presidência dizendo baboseiras por esse mundo fora, como essa ideia maldosa de sugerir as mulheres portuguesas aos árabes endinheirados.
  
Será igualmente um ano penoso para um governo falhado, esgotado e sem ideias, com um Portas permanentemente a dizer que é melhor do que Passos, uma ministra das Finanças roidinha de inveja porque por causa do BES quem abichou o tacho na Comissão foi o Moedinhas, e com ministros como a Paula ou o Nuno a exibir a sua incompetência por mais de trezentos dias seguidos.
  
Um dia destes o pequeno arquitecto e a Felícia perderão o protagonismo, o juiz Alexandre deixa de ser notícia, o governo continuará a arrastar-se, o presidente continuará a vender o país das mulheres bonitas, pondo Portugal a concorrer com as Filipinas ou a Tailândia. Os problemas serão os mesmos e todos perceberemos o logro em que caímos.

O problema é que o super juiz investe muito contra o Sócrates e outros ódios de estimação de alguns sectores da política portuguesa, mas não investe na economia, o seu investimento pode alimentar ódios e vinganças, mas não alimenta o progresso económico. Passada a bebedeira em que o país vai gastando as suas energias estaremos com todos os males que estávamos.