Foto Jumento
Jumento do dia
Marques Mendes
Depois das críticas de Passos Coelho aos comentadores AMrques Mendes parece ter dado mais atenção aos TPC e regressou mais passista do que nunca, agora fez de porta voz da ministra das Finanças e atacou o PS recorrendo a Sócrates, a estratégia oficial da direita para as próximas legislativas.
«Marques Mendes iniciou o seu comentário semanal com uma avaliação ao debate na generalidade da proposta de Orçamento do Estado para 2015. “Isto não foi nenhum debate orçamental. Diria que para dois dias foi uma espécie de comício que teve com personagem central José Sócrates. Foi o ausente mais presente em todo o debate”, resumiu o social-democrata, mostrando-se bastante crítico em relação a um Partido Socialista (PS) que disse “não ter estratégia nenhuma” e ter estado sempre “à defesa”.
“Parecem uma espécie de viúvas do socratismo”, ironizou, para dar conta daquilo que diz ser “uma dependência de Sócrates” por parte dos socialistas. “O problema é que o PS não tem discurso sobre o presente e muito menos sobre o futuro. António Costa tem aqui um sarilho monumental que é José Sócrates e tem que o resolver rapidamente. E só tem uma forma que é apostar em caras novas e ideias diferentes”, acrescentou. Para Marques Mendes este debate foi “uma espécie de início de abertura da campanha eleitoral”.» [Observador]
Marques Mendes
Depois das críticas de Passos Coelho aos comentadores AMrques Mendes parece ter dado mais atenção aos TPC e regressou mais passista do que nunca, agora fez de porta voz da ministra das Finanças e atacou o PS recorrendo a Sócrates, a estratégia oficial da direita para as próximas legislativas.
«Marques Mendes iniciou o seu comentário semanal com uma avaliação ao debate na generalidade da proposta de Orçamento do Estado para 2015. “Isto não foi nenhum debate orçamental. Diria que para dois dias foi uma espécie de comício que teve com personagem central José Sócrates. Foi o ausente mais presente em todo o debate”, resumiu o social-democrata, mostrando-se bastante crítico em relação a um Partido Socialista (PS) que disse “não ter estratégia nenhuma” e ter estado sempre “à defesa”.
“Parecem uma espécie de viúvas do socratismo”, ironizou, para dar conta daquilo que diz ser “uma dependência de Sócrates” por parte dos socialistas. “O problema é que o PS não tem discurso sobre o presente e muito menos sobre o futuro. António Costa tem aqui um sarilho monumental que é José Sócrates e tem que o resolver rapidamente. E só tem uma forma que é apostar em caras novas e ideias diferentes”, acrescentou. Para Marques Mendes este debate foi “uma espécie de início de abertura da campanha eleitoral”.» [Observador]
A coligação por um canudo
«1 Começa a parecer evidente que Passos Coelho não está interessado em fazer uma coligação com o CDS para as próximas eleições legislativas. Só isso pode explicar a forma como destrata publicamente Paulo Portas. Uma semana não lhe passa cartão na elaboração do Orçamento de Estado, na outra acusa-o de querer ganhar eleições baixando impostos e aumentando salários e nesta lembrou-o que lhe deu a tarefa de fazer uma reforma do Estado mas que ele ainda não cumpriu a sua missão. Foi, aliás, interessante ver como Portas e Passos iam trocando acusações através da comunicação social sobre quem devia fazer o quê no que diz respeito à reforma do Estado.
É compreensível que Passos Coelho queira criar um incómodo tal ao CDS que este se veja obrigado a concorrer sozinho. O líder do PSD sabe que não pode tomar a iniciativa de romper com a coligação. Isso daria um trunfo ao CDS: não pode ser o PSD a dar a ideia de que os centristas não teriam concordado com todas as opções da governação, porque isso abriria um espaço de voto ao eleitorado de centro-direita que não se reviu neste governo. Por outro lado, Passos Coelho sabe que terá de dar mais deputados ao CDS do que os centristas poderiam obter se concorressem sozinhos. Sendo previsível que o PSD perca muitos deputados, será complicado explicar ao aparelho social-democrata que ainda terão de se encaixar deputados do CDS.
Para piorar mais o cenário, os deputados extra que o PSD poderá dar ao CDS poderão servir para que os centristas façam um arranjo de governação com o PS. Seria estranho o CDS concorrer coligado com o PSD e depois aceitar viabilizar um governo do PS, mas a inevitável confusão em que entrará o PSD no período pós-eleitoral - até que se encontre um interlocutor no PSD levará meses -, e com a pressão que existirá para que haja um apoio maioritário na Assembleia, não será disparatado pensar que essa pouco ortodoxa solução possa acontecer. Claro está que se parte da hipótese provável que nem o PS ganhará com maioria absoluta nem existirão votos à esquerda do PS que permitam um governo suportado por uma maioria absoluta.
E o CDS? Os centristas sabem que se o divórcio partir deles, para ter algum espaço político, terão de justificar porque é que aceitaram deixar cair todas as suas bandeiras (contribuintes, pensionistas). Teriam de enveredar pelo discurso do coitadinho que tentou mas que os outros malandros não deixaram. Podem, claro está, defender intransigentemente toda a herança dos últimos anos, mas aí nada os separará do PSD. Nesse caso, o que levará um eleitor que concorde com a governação a votar no CDS em vez de no PSD? Pouco ou nada, esse cidadão votará naquele que acredita ser o partido mais capaz de derrotar os socialistas. Qualquer uma destas alternativas poderá devolver ao CDS o título de partido do táxi.
Mas vejamos as coisas de outro ângulo. Partindo do princípio de que o CDS, em caso de ir coligado com o PSD, se compromete a não viabilizar sozinho um governo do PS, os poucos deputados que o CDS poderá vir a obter serão mais importantes para o aparelho - o tal que ajudou decisivamente Paulo Portas a revogar o carácter irrevogável da sua demissão - do que os suplementares que o PSD lhe garantiria: é que esses poderiam permitir ao CDS manter-se como partido de poder.
Claro está, podia olhar-se para uma eventual ida do CDS sozinho às eleições como um reposicionamento ideológico, colocando-o como um partido de verdadeiro centro. E não há dúvida de que esta opção do PSD - que não durará muito - em tornar-se no partido mais à direita do espetro político ajudaria o CDS. Só que o problema do CDS neste momento é de sobrevivência e não de escolhas político-ideológicas.
Muita água ainda vai correr na relação entre o PSD e o CDS, mas há algo que parece claro: a manter-se a tensão que existe entre os dois partidos, que a guerra pública entre os dois líderes é apenas a ponta do icebergue, a ideia de concorrerem juntos parece distante.
2 É no Orçamento do Estado que estão espelhadas as grandes opções políticas. Da oposição, sobretudo da que ambiciona governar, não se espera propriamente a apresentação de um orçamento alternativo, mas pistas do que seria a sua alternativa e, pelo menos, um questionar bem fundamentado das medidas governamentais.
É difícil conceber um OE que levante tantas dúvidas, que mostre tantos erros de avaliação, que exiba tantas falhas de rigor.
Digamos que não augura nada de bom ver o PS a fazer um discurso cheio de generalidades e lugares-comuns em que não se vislumbrou nem uma luzinha de alternativa. Não é admissível que o PS se tenha apresentado no mais importante momento do ano político tão pouco combativo e, mais do que tudo, tão seco de ideias.
Se há algo que os portugueses já aprenderam, e a duras penas, é a não passar cheques em branco. O pior que nos podia acontecer era alguém ganhar as eleições apenas com a promessa vaga de que irá fazer melhor ou menos mal. Não chega.» [DN]
Autor:
Pedro Marques Lopes.
Isaltino simpatizante do Marinho
«O ex-presidente da Câmara Municipal de Oeiras, Isaltino Morais, esteve esta sexta-feira numa sessão pública de apresentação do Partido Democrático Republicano, liderado por António Marinho e Pinto, numa das bibliotecas daquele município.
Isaltino chegou à sessão “muito depois de ter começado, esteve lá uns minutos e saiu muito antes de ter terminado”, confirmou ao Observador Marinho e Pinto, que nem chegou a cumprimentar o ex-autarca. E até teve pena. “Falaria com ele normalmente, não tem o vírus do ébola”, comenta o ex-bastonário da Ordem dos Advogados, conhecido pelas suas posições fortes contra a corrupção.
“Tenho muitos problemas em falar com algumas pessoas que nunca estiveram presas e deviam estar”, acrescentou, referindo que Isaltino “teve um problema com a Justiça”, mas agora “já teve o seu pagamento”, pelo que não teria problemas em conversar com o ex-presidente da autarquia oeirense.
Uma das pessoas que assistiu à sessão, que teve lugar na Biblioteca Municipal de Oeiras, contou ao Observador que Isaltino esteve pouco tempo na sala onde decorria a palestra mas ainda aplaudiu uma parte do discurso de Marinho e Pinto, que se fez acompanhar pelos membros fundadores do Partido Democrático Republicano.» [Observador]
Parecer:
Em noite de Halloween tudo é possível.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
Holloween fiscal
«Os dias dedicados aos finados, seja a véspera, o Dia de Todos os Santos ou o Dia dos Fiéis Defunto (celebrados ontem e hoje, respetivamente), são sinónimo de autênticas romarias a cemitérios e capelas para prestar homenagem aos que já cá não estão. Mas há quem se aproveite destes dias para impulsionar o negócio… ilegalmente.
Foi isso que, na sexta-feira passada, os 40 inspetores das Finanças do distrito de Aveiro detetaram, numa operação de fiscalização nos cemitérios do distrito. Segundo os dados avançados ao Jornal de Notícias (JN), a maioria dos vendedores de flores e velas encontrava-se em situação irregular e a fugir ao Fisco.
Ao todo, foram inspecionados 140 comerciantes e, destes, apenas 34 – 25% – cumpriam todos os requisitos. A grande maioria não possuía os documentos de venda, de compra ou transporte, não estava coletada e não possuía equipamentos para passar fatura aos clientes.» [Notícias ao Minuto]
Parecer:
O pessoal dos cemitérios pensa que opera numa zona de extra territorialidade fiscal.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
Prossegue o turismo económico de Paulo Portas
«O vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, inicia hoje uma visita oficial a Cuba, acompanhando 30 empresas portuguesas, que vão participar na inauguração da Feira Internacional de Havana, onde o Governo cubano irá anunciar uma carteira de 240 novos projetos aprovados.» [Notícias ao Minuto]
Parecer:
À conta da diplomacia económica o Paulo portas vive à grande e à francesa à custa do orçamento.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»