Entre as fugas autorizadas ao segredo de justiça a PGR vai prestando alguns esclarecimentos necessários, mas curiosos. A última informação prestada em pleno fim de semana foi a de que o processo foi iniciado com uma comunicação de um banco ao abrigo da legislação que obriga os
bancos a denunciarem movimentos de capitais suspeitos.
Ficamos, portanto, descansados, desta vez o processo não foi iniciado por uma carta anónima que para ser escrita basta não se ser analfabeto e, como se sabe, ainda por aí muita gente que sabe escrever. Foi o que sucedeu no Caso Freeport. E não resultou das queixas do neo-nazi Mário Machado, líder dos Hammerskins portugueses, que em tempos colocou na internet supostos movimentos de dinheiro de Sócrates. podemos ficar descansados, foi uma denúncia da independente CGD.
O curioso é que foi um banco público a fazer tal comunicação mas deixemos as possíveis teorias da conspiração que tal sugere. Ficamo-nos pela preocupação rara da PGR de descansar os cidadãos sobre a forma como o processo foi iniciado. Foi como se a Procuradora-Geral tivesse dito: não fui eu!.
Esperemos que em futuros processos a PGR passe a prestar sempre estas informações, sempre é mais transparente e democrático do que as fugas ao segredo de justiça que estão distorcendo a concorrência no sector da comunicação social,m favorecendo os lucros do Sol e da RTP. Curiosamente estas fugas são investigadas por violação do segredo de justiça e não por corrupção, partindo_Se do pressuposto de que as informações são dadas a título gracioso o que não é necessariamente verdade. Mas, enfim, quem sabe,sabe.