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Navios de Cruzeiro no Tejo, Lisboa
Jumento do dia
Rui Machete
Independentemente das razões que poderão ter levado à expulsão de magistrados portugueses de Timor Leste, a forma como as coisas se passaram foi tudo menos digna. A forma como foram expulsos os magistrados e o graduado da PSP foi mais própria de um caso de mafia ou de espionagem do que um gesto próprio da diplomacia entre nações amigas.
Tanto quanto se sabe este caso já fervilhava e poderia muito bem ter recebido um tratamento mais digno do que aquele que veio a suceder. É óbvio que Rui Machete andou mais preocupado com as baboseiras que tem dito sobre os pirralhos do Estado Islâmico do que com a defesa diplomática da imagem e interesses de Portugal. Este caso só ganhou estas proporções porque parece que o governo andou a dormir.
PS: Sobre a causa de expulsão dos magistrados está passando a imagem de que estariam a combater a corrupção e que a sua expulsão seria uma forma de defender os corruptos por parte do governo de Xanana Gusmão. O tempo dirá a verdade sobre este assunto, seja ela qual for, até lá confio tanto na justiça portuguesa como na de Timor Leste. Depois de ver a associação dos juízes portugueses tentar perseguir membros de um governo pedindo as listas das despesas feitas por todos os membros do governo como forma de retaliar e contribuir para o derrube de um governo incómodo para os interesses da classe tenho muitas dificuldades em confiar nos nossos meritíssimos.
Pergunta
Porque será que desde que a Troika e Bruxelas denunciaram o OE como irrealistas, defendendo que as metas de receitas fiscais são exageradas nem o Paulo Portas nem o seu Núncio Fiscoólico vieram elogiar a virtudes do seu mecanismo de reembolso da sobretaxa de IRS?
Rui Machete
Independentemente das razões que poderão ter levado à expulsão de magistrados portugueses de Timor Leste, a forma como as coisas se passaram foi tudo menos digna. A forma como foram expulsos os magistrados e o graduado da PSP foi mais própria de um caso de mafia ou de espionagem do que um gesto próprio da diplomacia entre nações amigas.
Tanto quanto se sabe este caso já fervilhava e poderia muito bem ter recebido um tratamento mais digno do que aquele que veio a suceder. É óbvio que Rui Machete andou mais preocupado com as baboseiras que tem dito sobre os pirralhos do Estado Islâmico do que com a defesa diplomática da imagem e interesses de Portugal. Este caso só ganhou estas proporções porque parece que o governo andou a dormir.
PS: Sobre a causa de expulsão dos magistrados está passando a imagem de que estariam a combater a corrupção e que a sua expulsão seria uma forma de defender os corruptos por parte do governo de Xanana Gusmão. O tempo dirá a verdade sobre este assunto, seja ela qual for, até lá confio tanto na justiça portuguesa como na de Timor Leste. Depois de ver a associação dos juízes portugueses tentar perseguir membros de um governo pedindo as listas das despesas feitas por todos os membros do governo como forma de retaliar e contribuir para o derrube de um governo incómodo para os interesses da classe tenho muitas dificuldades em confiar nos nossos meritíssimos.
Pergunta
Porque será que desde que a Troika e Bruxelas denunciaram o OE como irrealistas, defendendo que as metas de receitas fiscais são exageradas nem o Paulo Portas nem o seu Núncio Fiscoólico vieram elogiar a virtudes do seu mecanismo de reembolso da sobretaxa de IRS?
Só?
«A Comissão Europeia estimou hoje que o défice orçamental para o próximo ano atinja os 3,3% do PIB, mais 0,6 pontos percentuais que o esperado pelo Governo na proposta de Orçamento do Estado para 2015, e a um nível que impede Portugal de sair de uma situação de défice excessivo.
Nas previsões da Comissão Europeia divulgadas esta terça-feira, Bruxelas espera que o défice de Portugal derrape bem além das previsões do Governo e que as contas feitas agora têm como base as medidas que veem na proposta de Orçamento, tal como o Observador noticiou esta segunda-feira.
Em particular, diz a Comissão, boa parte da razão deve-se a mais precaução na estimativa das receitas. Bruxelas não acredita que as previsões do Governo para a receita que o Estado vai arrecadar durante o próximo ano sejam realistas, e isso levou a uma revisão significativa do défice que será alcançado no próximo ano.» [Observador]
Parecer:
Passos Coelho anda por aí a dizer que se não voltarem a votar nele tudo volta atrás, mas a verdade é que bastaram umas sondagens para que fosse ele a vacilar na sua teimosia.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
Onde estão os 150.000 empregos criados por Passos?
«O risco de pobreza em Portugal aumentou de 26,0% para 27,4% entre 2008 e 2013, mas um dos indicadores -- o de agregados familiares com pessoas desempregadas -- duplicou no período indicado, revela hoje o Eurostat.
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Segundo o gabinete oficial de estatísticas da União Europeia (UE), a taxa de pessoas com idade entre os 0 e os 59 anos que vivem em agregados familiares com muito baixa participação no mercado de trabalho (um dos indicadores de risco de pobreza) passou de 6,3% em 2008 para 12,2% em 2013, tendo a média da UE subido de 9,1% para 10,7%.» [DN]
Parecer:
É caso para dizer que o país está pior mas as estatísticas estão melhores.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Lamente-se.»
A Maria Luís acredita
«"Estas previsões [do OE2015] são adequadas e vão-se materializar", disse a ministra numa visita à Parpública.
A governante salientou ainda que as previsões de Bruxelas, hoje anunciadas, "servem de orientação e não mais do que isso" e que "o Governo mantém as previsões do Orçamento de Estado para 2015".
Segundo as previsões de outono da comissão europeia, divulgadas hoje, o défice orçamental em 2015 será de 3,3% do Produto Interno Bruto (PIB) acima dos 2,7% previstos na proposta de OE2015 apresentada pelo Governo a 15 de outubro.» [Notícias ao Minuto]
Parecer:
A verdade é que quando se souberem os resultados o país já não sabe onde andará a Maria Luís.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Exija-se à ministra que defina metas trimestrais.»
A anedota
«O ministro do Ambiente, Jorge Moreira da Silva, garantiu esta terça-feira no parlamento que "os cidadãos em casa sabem que só existirá descida do IRS no próximo ano por causa da fiscalidade verde".
O ministro desafiou, por isso, o Partido Socialista a explicar se está contra a proposta do Governo de canalizar toda a receita da fiscalidade verde para o alívio do IRS em 2015. A intervenção motivou protestos da bancada dos partidos da oposição na Assembleia da República.
"A comissão para a reforma da fiscalidade verde entendia que uma parte da receita devia ir para a TSU, outra para créditos fiscais às empresas e 50% para o IRS. Mas o Governo entendeu que depois da descida do IRC era mais importante colocar toda a receita em benefício de uma descida do IRS", explicou o governante.» [Jornal de Negócios]
Parecer:
Justificar os impostos supostamente verdes com os benefícios de uma descida do IRS revela que o ministro está na pasta errada, Moreira da Silva devia ter o lugar do Núncio Fiscoólico, ser secretário de Estado dos Assuntos Fiscais. Pelas suas palavras percebe-se que os impostos agora introduzidos não têm objectivos ambientais, visam apenas diversificar as taxas e taxinhas para obter resultados no domínio da propaganda.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sugira-se ao ministrozinho que não diga baboseiras.»
«Angela Merkel afirmou esta terça-feira que países como Portugal e Espanha têm demasiados licenciados, o que faz com que não tenham noção das vantagens do ensino vocacional. O PS já reagiu às declarações da chanceler alemã, dizendo tratar-se de afirmações “incompreensíveis” e que revelam uma leitura “enviesada e injusta da realidade”. Para o deputado socialista Bravo Nico, que falava esta tarde na comissão parlamentar dos Assuntos Europeus, a posição de Merkel é “política” e por isso merece uma resposta também política da parte do Governo português.
A afirmação de Merkel já está a tornar-se polémica. “Caso contrário, não conseguiremos persuadir países como Espanha e Portugal, que têm demasiados licenciados, dos benefícios do ensino vocacional”, disse acrescentou a líder alemã, durante uma intervenção na confederação das associações patronais daquele país (BDA, na sigla em alemão). E, citada pela agência de informação financeira Bloomberg, acrescentou ainda que os estudos universitários deviam ser evitados nos casos em que são vistos como um feito de topo de carreira.
De acordo com dados do gabinete de estatísticas europeu, em 2013, 25,3% da população da União Europeia entre os 15 e os 64 anos tinha completado estudos superiores, enquanto a percentagem portuguesa era de 17,6% e a alemã de 25,1%. Na cabeça da lista encontrava-se a Irlanda, com 36,3% da população entre os 15 e os 64 anos licenciada, seguindo-se o Reino Unido com 35,7%, estando a Roménia (com 13,9%) e a Itália (com 14,4%) no final da lista.» [Observador]
Esta senhora tem a mania de falar dos países do Sul da Europa como se estivesse no temp+o em que a Alemanha ocupava Paris.
«Angela Merkel afirmou esta terça-feira que países como Portugal e Espanha têm demasiados licenciados, o que faz com que não tenham noção das vantagens do ensino vocacional. O PS já reagiu às declarações da chanceler alemã, dizendo tratar-se de afirmações “incompreensíveis” e que revelam uma leitura “enviesada e injusta da realidade”. Para o deputado socialista Bravo Nico, que falava esta tarde na comissão parlamentar dos Assuntos Europeus, a posição de Merkel é “política” e por isso merece uma resposta também política da parte do Governo português.
A afirmação de Merkel já está a tornar-se polémica. “Caso contrário, não conseguiremos persuadir países como Espanha e Portugal, que têm demasiados licenciados, dos benefícios do ensino vocacional”, disse acrescentou a líder alemã, durante uma intervenção na confederação das associações patronais daquele país (BDA, na sigla em alemão). E, citada pela agência de informação financeira Bloomberg, acrescentou ainda que os estudos universitários deviam ser evitados nos casos em que são vistos como um feito de topo de carreira.
De acordo com dados do gabinete de estatísticas europeu, em 2013, 25,3% da população da União Europeia entre os 15 e os 64 anos tinha completado estudos superiores, enquanto a percentagem portuguesa era de 17,6% e a alemã de 25,1%. Na cabeça da lista encontrava-se a Irlanda, com 36,3% da população entre os 15 e os 64 anos licenciada, seguindo-se o Reino Unido com 35,7%, estando a Roménia (com 13,9%) e a Itália (com 14,4%) no final da lista.» [Observador]
Depois da austeridade imposta pela Merkel ainda temos que pagar o preço do expansionismo alemão.
«Os remédios defendidos em 2010 pelo FMI para relançar a atividade após a crise financeira estiveram "longe de serem eficazes" e centraram-se demasiado em medidas de austeridade orçamental, conclui uma avaliação interna da instituição, divulgada hoje.
"O 'cocktail' de medidas (promovido pelo Fundo Monetário Internacional) esteve longe de ser eficaz no âmbito do suporte à retoma e contribuiu para a volatilidade dos fluxos de capitais nos mercados emergentes", escreveu em comunicado o gabinete de avaliação independente da entidade liderada por Christine Lagarde.
De acordo com este relatório de tom muito crítico, citado pela agência AFP, o FMI adotou uma resposta apropriada à recessão mundial de 2008-2009 ao apelar a um relançamento orçamental maciço nos países ricos, "mas o seu apelo em 2010-2011 a uma transferência para a consolidação orçamental nalgumas das maiores economias foi prematuro".» [DN]
Neste momento o único defensor da austeridade é o grande economista da Lusíada aluno da Maria Luís, o Passos Coelho. Agora só falta o FMI admitiri o seu erro em Portugal.
E ninguém a manda à bardamerda
«Angela Merkel afirmou esta terça-feira que países como Portugal e Espanha têm demasiados licenciados, o que faz com que não tenham noção das vantagens do ensino vocacional. O PS já reagiu às declarações da chanceler alemã, dizendo tratar-se de afirmações “incompreensíveis” e que revelam uma leitura “enviesada e injusta da realidade”. Para o deputado socialista Bravo Nico, que falava esta tarde na comissão parlamentar dos Assuntos Europeus, a posição de Merkel é “política” e por isso merece uma resposta também política da parte do Governo português.
A afirmação de Merkel já está a tornar-se polémica. “Caso contrário, não conseguiremos persuadir países como Espanha e Portugal, que têm demasiados licenciados, dos benefícios do ensino vocacional”, disse acrescentou a líder alemã, durante uma intervenção na confederação das associações patronais daquele país (BDA, na sigla em alemão). E, citada pela agência de informação financeira Bloomberg, acrescentou ainda que os estudos universitários deviam ser evitados nos casos em que são vistos como um feito de topo de carreira.
De acordo com dados do gabinete de estatísticas europeu, em 2013, 25,3% da população da União Europeia entre os 15 e os 64 anos tinha completado estudos superiores, enquanto a percentagem portuguesa era de 17,6% e a alemã de 25,1%. Na cabeça da lista encontrava-se a Irlanda, com 36,3% da população entre os 15 e os 64 anos licenciada, seguindo-se o Reino Unido com 35,7%, estando a Roménia (com 13,9%) e a Itália (com 14,4%) no final da lista.» [Observador]
Parecer:
Esta senhora tem a mania de falar dos países do Sul da Europa como se estivesse no temp+o em que a Alemanha ocupava Paris.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Mande-se a senhora à bardamerda.»
A UE já está pagando o preço pela aventura ucraniana
«Angela Merkel afirmou esta terça-feira que países como Portugal e Espanha têm demasiados licenciados, o que faz com que não tenham noção das vantagens do ensino vocacional. O PS já reagiu às declarações da chanceler alemã, dizendo tratar-se de afirmações “incompreensíveis” e que revelam uma leitura “enviesada e injusta da realidade”. Para o deputado socialista Bravo Nico, que falava esta tarde na comissão parlamentar dos Assuntos Europeus, a posição de Merkel é “política” e por isso merece uma resposta também política da parte do Governo português.
A afirmação de Merkel já está a tornar-se polémica. “Caso contrário, não conseguiremos persuadir países como Espanha e Portugal, que têm demasiados licenciados, dos benefícios do ensino vocacional”, disse acrescentou a líder alemã, durante uma intervenção na confederação das associações patronais daquele país (BDA, na sigla em alemão). E, citada pela agência de informação financeira Bloomberg, acrescentou ainda que os estudos universitários deviam ser evitados nos casos em que são vistos como um feito de topo de carreira.
De acordo com dados do gabinete de estatísticas europeu, em 2013, 25,3% da população da União Europeia entre os 15 e os 64 anos tinha completado estudos superiores, enquanto a percentagem portuguesa era de 17,6% e a alemã de 25,1%. Na cabeça da lista encontrava-se a Irlanda, com 36,3% da população entre os 15 e os 64 anos licenciada, seguindo-se o Reino Unido com 35,7%, estando a Roménia (com 13,9%) e a Itália (com 14,4%) no final da lista.» [Observador]
Parecer:
Depois da austeridade imposta pela Merkel ainda temos que pagar o preço do expansionismo alemão.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Espere-se para ver.»
Até o FMI?
«Os remédios defendidos em 2010 pelo FMI para relançar a atividade após a crise financeira estiveram "longe de serem eficazes" e centraram-se demasiado em medidas de austeridade orçamental, conclui uma avaliação interna da instituição, divulgada hoje.
"O 'cocktail' de medidas (promovido pelo Fundo Monetário Internacional) esteve longe de ser eficaz no âmbito do suporte à retoma e contribuiu para a volatilidade dos fluxos de capitais nos mercados emergentes", escreveu em comunicado o gabinete de avaliação independente da entidade liderada por Christine Lagarde.
De acordo com este relatório de tom muito crítico, citado pela agência AFP, o FMI adotou uma resposta apropriada à recessão mundial de 2008-2009 ao apelar a um relançamento orçamental maciço nos países ricos, "mas o seu apelo em 2010-2011 a uma transferência para a consolidação orçamental nalgumas das maiores economias foi prematuro".» [DN]
Parecer:
Neste momento o único defensor da austeridade é o grande economista da Lusíada aluno da Maria Luís, o Passos Coelho. Agora só falta o FMI admitiri o seu erro em Portugal.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»