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Óbidos
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Marinho Pinto, comentador CMTV
Dizia que era de esquerda e até sugeria uma aliança ao PS, agora já faz uma aliança com quem lhe der poder, um dia destes vai dizer que não é de esquerda nem de direita, é assim que nascem as marcas brancas nas democracias.
«Passos Coelho e António Costa “foram feitos no mesmo laboratório”, acusa Marinho e Pinto, admitindo, contudo, que depois das eleições pode fazer coligações com qualquer um deles. “Até com o Diabo se for útil ao povo”.
Em entrevista ao Jornal de Notícias, o líder do Partido Democrático Republicano (PDR) garante que ele, sim, é um político “diferente”, recusando os rótulos de “populista” e “polémico”. “A verdade é que é polémica”, disse.
Sobre as recentes declarações de Eurico Figueiredo, que o acusou de ser “perigoso para a democracia”, “vigarista”, “autoritário”, Marinho e Pinto disse que só merecem o seu “desprezo”. “Há pessoas que têm um ego maior que a serra do Marão e dão-se mal com os humildes como eu”.» [Notícias ao Minuto]
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Para o autarca do Vale da Amoreira aquilo que se passou foi absolutamente no Portugal de hoje, o homem nem percebia tanta admiração.
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«Umas “gambas panadas com molho de laranja à parte”, uma “salada verde (alface e chicória)”, um “bacalhau com espinafres gratinado”, um “cheesecake com coulis de frutos vermelhos”, “pãezinhos (couvert incluído)”, um “empregado de mesa (pack ‘almoços corporate’)” e uma “entrega dentro de Lisboa” foram penhorados pelo Serviço de Finanças de Viana do Castelo.
Sim, leu bem, nem o empregado do restaurante, que forneceu a refeição a uma empresa de Lisboa escapa à notificação de penhora datada de 16 de junho passado. Em causa estará o valor do serviço prestado pelo empregado de mesa (€65), mas não deixa de ser mais um caso, juntamente com os alimentos em causa, que soma ao rol de penhoras inusitadas. E que ocorre já depois das medidas tomadas pela Secretaria de Estado dos Assuntos Fiscais, em abril, para evitar este tipo de situações.
Mais. O almoço em causa, no valor total de €192,82 (a salada e os pãezinhos foram de graça, mas constam à mesma da penhora embora com valor zero), foi servido quase quatro meses antes da penhora, a 25 de fevereiro. Em causa estará uma dívida do restaurante às Finanças que cruzada com a guia de transporte eletrónica gerou a caricata ordem de penhora.
Na notificação, a Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) indica à instituição que usufruiu da refeição que “deverá considerar penhorados, à ordem deste Serviço de Finanças, os bens identificados no documento de transporte (...) para pagamento da dívida exequenda (...) no âmbito do processo de execução fiscal”.
A instituição ficou também a saber que foi nomeada “fiel depositária” dos alimentos consumidos quatro meses antes, bem como do empregado e do serviço de entrega. E que tem cinco dias úteis para informar o Fisco sobre a “eventual inexistência, total ou parcial, dos bens penhorados”.» [Expresso]
Parecer:
Um dia destes o Núncio Fiscoólico ainda nos penhora o gato.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se a merecida gargalhada.»
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