sábado, maio 14, 2016

Umas no cravo e outras na ferradura


  
 Jumento do dia
    
Carlos Alexandre, juiz impoluto

Há casos em que só se pode dizer que no melhor pano cai a nódoa, se fosse cristão diria que quem não pecou que atire a primeira pedra. Mas quanto á nódoa deixoa para o teste do algodão, já em relação às pedras ficam no bolso para atirar mais tarde.

«O juiz Carlos Alexandre recebeu um empréstimo de 4 mil euros do Cofre da Previdência dos Funcionários do Estado, à revelia das regras desta instituição de utilidade pública.

O Sexta à 9 teve acesso a um documento que prova que o presidente do Cofre, Tomé Jardim, avocou o processo e deliberou a atribuição do empréstimo, em apenas 72 horas, passando à frente vários processos que se encontravam pendentes.

Carlos Alexandre e o presidente da instituição recusam explicar o caso.

O Ministério Público confirma que Américo Tomé Jardim é arguido num inquérito que averigua suspeitas de burla, participação económica em negócio e abuso de poder.» [RTP]

      
 Deus vos pague
   

«Pedro Passos Coelho falou com o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, e Maria Luís Albuquerque escreveu ao vice-presidente Valdis Dombrovskis a pedir que não sancionem Portugal pelo facto de o défice de 2015 ter ficado nos 4,4%. Mas os sociais-democratas admitem que a CE esteja a ponderar penalizar Portugal pelo facto de as medidas previstas para corrigir o desvio do défice em 2016 não serem suficientes.

Perante as notícias vindas a público esta semana de que a Comissão Europeia (CE) poderá vir a aplicar sanções a Portugal pelo facto de o défice de 2015 ter ficado 1,4% acima dos 3% previstos no Plano de Estabilidade e Crescimento, o PSD decidiu agir.

O ex-primeiro-ministro Pedro Passos Coelho falou pessoalmente com Jean-Claude Juncker, presidente da instituição, e a sua ex-ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, escreveu ao vice-presidente Valdis Dombrovskis.

Na carta, a que o Expresso teve acesso, a ex-ministra das Finanças deixa claro: se a ideia da CE é punir o país pelo resultado de 2015 não há razões para sanções; se o pretende fazer porque não está convencida que as medidas a tomar por este Governo sejam insuficientes, então "já não me cabe a mim apresentar nenhuma justificação, embora esteja certa que o Governo português mostrará a determinação necessária para evitar a aplicação de sanções".
  
O PSD quis chamar a atenção da CE para o facto de o défice nominal, sem as medidas de apoio à banca (necessárias para a resolução do BANIF), ficar nos 3% e por isso não fazer sentido a aplicação de sanções por esta razão. Mas admite que o que pode levar a CE a decidir por sanções seja o ceticismo com que os responsáveis europeus estão a encarar as medidas que o atual Governo está a prever tomar ao longo de 2016 para corrigir a situação (conforme se depreende dos alertas da CE nas previsões de primavera, divulgadas na semana passada). Se assim for, e se por essa razão a instituição decidir mesmo - na próxima semana - optar por sanções, a responsabilidade deve ser assacada ao Governo de António Costa e Mário Centeno, escreve Maria Luís Albuquerque.» [Expresso]
   
Parecer:

Ainda há boas almas preocupadas com o país.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Agradeça-se a generosidade desinteressada.»