O governo de Passos tem sido um autêntico tsunami que deixa atrás de si uma lista imensa de desaparecidos ainda que também haja a realçar os sobreviventes, é o caso desse autêntico “emplastro” da política portuguesa de quem ninguém se lembra de grandes feitos mas que continua armado em polícia económico da Nação, mesmo quando morrer Medina Carreira vai recusar-se a fazer os seus comentários televisivos.
Mas se Medina Carreira é um exemplo de sobrevivência ao tsunami, só lhe falta mesmo aparecer à porta das televisões usando uma camisola da selecção nacional, outros serão exemplos de desaparecimento. O caso mais evidente é o do João Duque, o presidente do ISEG que promoveu o licenciado dos pentelhos a professor catedrático a tempo parcial 0%, ainda se manteve à tona de água e acabou por desaparecer vítima do cação provocado pela RTP.
Outra ilustre desaparecida foi Manuela Ferreira Leite, de início sempre que se ouvia Cavaco Silva tossir ainda a antiga líder do PSD aparecia a espirrar, mas desde há algum tempo parece que Manuela Ferreira Leite desapareceu definitivamente. EM compensação, Paulo Rangel que tinha mergulhado definitivamente nas lides parlamentares bem remuneradas de Estrasburgo reapreceu há poucos dias à superfície para dar graça a Passos Coelho. Parece que o tsunami está a fazer reuir a unidade cavaquista.
Surpreendente foi o desaparecimento de Paulo Porta, aquele que se apresentou inicialmente como o único capaz de surfar nas vagas do tsunami. Agora aparece e desaparece em função do movimento das vagas, quando Passos quer aparece a afirmar a sua falsa lealdade canina ao primeiro-ministro, depois desaparece por mais uns tempos.
Paulo Portas não foi o único membro do governo a sofrer dificuldades, o Álvaro foi uma inesperada vítima do tsunami, depois de ter dado à costa com ares de que era uma Virgem naufragada que viria salvar a Nação tem-se vindo a aforgar, ora vem à superfície, ora se afunda bebendo uns pirolitos.
Até no PS se pode confirmar a ocorrência de alguns danos colaterais, várias personalidades quase desapareceram da cena política, designadamente, os grandes defensores da cidadania e de uma fusão do PS com a extrema-esquerda. Mas o efeito das vagas do extremismo liberal fez uma inesperada vítima, António José Seguro, que durante anos foi um opositor firme ao primeiro-ministro, com Passos Coelho desapareceu e só se sabe que sobreviveu porque de vez em quando aparece agarrado a Passos Coelho.
Mas os prejuízos à esquerda não se ficaram pelo PS, no PCP Jerónimo de Sousa não desapareceu mas ficou tão abalado com a onda gigante que ainda não sabe se é mesmo líder dos comunistas ou se é assessor do Miguel Relvas, desde então que tem um discurso político desconexo, confuso e incoerente, o mesmo mal de que parece sofrer Mário Nogueira, mas neste caso parece estarmos perante uma patologia irrecuperável que poderá levar ao seu internamento. Se no PCP ainda reina a confusão no BE a situação é mais grave, Francisco Louça desapareceu e ainda há muitas dúvidas de que o próprio Bloco sobreviva ao naufrágio.