Neste país os segredos confundem-se com a realidade, as mentiras são as verdades mais usadas para fundamentar as decisões, tudo é um jogo e todos jogam com a miséria dos portugueses. Isto é uma imensa Casa dos Segredos PT a concorrer com a da TVI, se lá têm a Cátia como exemplo de ignorância do outro lado do muto há um Relvas que não sabe que a Noruega não pertence à EU, se por lá há um filho de um bispo mórmon, por cá temos muitos filhos de piiii católicas.
Até a pobre da Felícia Cabrita se espetou na realidade, Já nem num estripador se pode confiar, anda uma jornalista de investigação a fumar cigarro atrás de cigarro para engrossar a voz e leva-se com um barrete destes. Ainda por cima em vez de ser a Felícia Cabrita a parecer-se com a loura da justiça é o estripador que usa os mesmos argumentos políticos da ministra que diz que no país há falta de higiene, não é que a ministra não tenha vontade de estripar o bastonário, mas convenhamos que o papel de Felícia Cabrita presta uma melhor homenagem aos seus dotes intelectuais.
Imagine-se o Passos Coelho na Casa dos Segredos PT com os concorrentes a tentarem descobrir-lhe o segredo. Está-me mesmo a ver que um dia “a voz” confirmaria o segredo do Passos Coelho, “só comecei a trabalhar aos quarenta anos e mesmo assim tive que recorrer a um amigo”. Quando fosse expulso da Casa dos Segredos estaria a Felícia Cabrita à porta para o investigar, talvez concluísse que o concorrente tem um problema freudiano, foi por nunca ter trabalhado na vida que quer vigar-se nos portugueses obrigando-os a bulir mais meia-hora por dia. Por este andar ainda vamos descobrir que era tão mão funcionário das empresas do lixo que o tio Ângelo lhe cortou os subsídios.
Imagine-se o Relvas com aquela pele luzidia de cantor pimba a reconhecer ser verdadeiro o segredo descoberto por um dos residentes, que é um poderoso banqueiro off-shore cabo-verdiano e que por isso é tão africanista quanto Passos Coelho. Ou que o tio Catroga fez a depilação a seguir às eleições e não tem nem um pentelho.
Ainda ontem o Passos Coelho foi à voz e como prémio pelo seu desempenho na mentira orçamental com que enfiou o barrete ao pessoal da casa informou-o que tinham sido depositados mais dois mil milhões na sua conta para poder investir em tudo menos nos outros. Perante a desconfiança geral foi o professor Marcelo que assegurou que o pobre homem desconhecia estar em missão e que só depois de enganar os outros é que soube do prémio.