sexta-feira, dezembro 23, 2011

Umas no cravo e outras na ferradura




Foto Jumento


Há quem os compre na Feira da Ladra, Lisboa
Imagens dos visitantes d'O Jumento


Lisboa [A. Cabral]
  
Jumento do dia


Paulo Macedo, Opus ministro da Saúde

Este Paulo Macedo é muito generoso, depois de promover um aumento brutal das taxas moderadoras assume uma grande preocupação social. Enfim, longe vão os tempos da propaganda fácil à frente da DGCI, depois da subida aparentemente, meteórica arrisca-se a uma enorme queda.
  
«O Ministério da Saúde nega a possibilidade de haver um novo aumento nas taxas moderadoras, nos próximos dois anos.

Mesmo que seja necessário reforçar as receitas da saúde, seguindo a indicação da troika que pretende um aumento de 100 milhões de euros de receitas, o ministério da Saúde garante que esse acréscimo não será feito através de um novo aumento das taxas moderadoras.

Segundo revelou fonte da tutela ao Jornal de Negócios, “não se pode exigir mais dos cidadãos”, pelo que em caso de necessidade o ministério diz que ira recorrer a outras medidas que garantam o reforço do financiamento do sector.» [i]

 Dúvida

Porque será que quanto mais horas reúne o governo menos sabe Passos Coelho o que dizer aos portugueses?

Estiveram uma imensidão de horas a reunir com a indumentária decretada pela Assunção para os seus funcionários e no fim dessa penosa reunião em vez de discutirmos o crescimento estamos a equacionar a hipótese de comprar os velhos paquetes da gloriosa marinha mercante portuguesa para carregar os professores para Angola.

Não teria sido melhor o governo ter poupado na energia para aquecer o salão do forte e ir de férias de Natal? Teriam poupado o país às baboseiras do intelectualmente anorectico.
  
 ...Like there is no tomorrow!
  
  
 Seres humanos ou zombies?

  
Uma pergunta a fazer a Bernardino Soares, um grande admirador deste "paraíso terreno" em que foi transformada a Coreia do Norte.
 
 Mentira n.º 37

 
A anorexia intelectual de Passos Coelho leva-o a ser pouco criterioso com as mentiras, dizendo algumas que não enganam ninguém. Foi o caso da mentira a propósito do negócio do fundo de pensões dos bancários que o Batanete de São Bento pretende desbaratar pensando que assim se salva da desgraça económica em que meteu o país com a sua mania idiota de ser mais troikista do que a troika.

Desde logo se viu que a troika não se ia meter em assuntos do governo como se estivessem a gerir um infantário, dizer que a troika só autorizou o negócio depois de se certificar do corte do subsídio de Natal é uma daquelas mentiras que ofendem mais por nos considerarem parvos do que pela própria mentira.

Lamentavelmente Passos Coelho não passa só por mentiroso, passa a imagem para o exterior de que neste país somos todos idiotas governados por um anoréctico mental. O pior é que o governo já parece uma pita de carrinhos de feira onde todos se atropelam uns aos outros e foi o próprio Gasparoika a vir desmentir Passos Coelho. 
 
 Sugestão de destinos de emigração

Ainda que o principal destino de emigração sugerido por muitos portugueses seja um local desconhecido habitualmente designado por “a puta que os pariu” e ainda que este humilde palheiro não disponha de recursos para seguir a sugestão do estranho Rangel e criar uma agência de emigração especializada em inúteis, aqui ficam algumas sugestões de emigração para o nosso governo para evitar que andem em busca do tal destino mítico que os levaria de volta ao regaço das ditosas progenitoras.

Para o Álvaro a sugestão é fácil, a inevitável Florida em que ele se inspirou no momento em que achou que o Algarve poderia ser um imenso lar da terceira idade para todas as Merkel da Alemanha e arredores. O nosso querido Batanete da Rua da Horta Seca não teria dificuldades em encontrar emprego, com o seu curso na distinta universidade de Vancouver sempre poderia empregar-se nalguma equipa de basquetebol pois entre matemática e economia aplicável é muito provável que ainda tenha um mestrado em basquetebol.

Como o nosso Portas é demasiado inquieto para estar sempre no mesmo sítio e nos últimos anos nem para quieto, até parece que anda a fugir de alguma coisa, a solução ideal seria um emprego que o levasse aos quatro cantos do mundo. A sugestão vai para que se torne empregado de quarto de um navio de cruzeiro, ainda que tenha o inconveniente de ele ter a fobia dos submarinos.
     
 Desmoralizador e revelador
  
Com duas palavras o El País disse quase tudo sobre a ideia peregrina de Passos Coelho de mandar portugueses embora por supostamente estarem a mais. Teriam dito tudo se tivessem acrescentado sacana pois Passos Coelho só sugere a emigração para os quadros, para os outros desempregados pensa como Salazar e deseja que fiquem mesmo sem emprego, quanto maior for o número de desempregados maior será a pressão para fazer baixar os salários.

«En una de estas entrevistas, el primer ministro acabó por recomendar a los profesores “excedentes” con que cuenta el país, en un consejo desmoralizador y revelador, que se busquen empleo en otro sitio. En otras palabras: que emigren.» [El País]

Mas o mais divertido desta ideia do africanista de Massamá não está na gravidade do problema de anorexia intelectual de que Passos Coelho Padece, é o nível dos sabujos que se apercebendo da estupidez do líder vieram em seu auxílio, numa tentativa de torná-lo credível vieram apoiá-lo na brilhante ideia, até houve um que não tendo podido lamber o primeiro-ministro optou por sugerir a criação de uma agência de emigração.
 
 Sentir gozo
 
 
É ver um governo de gente que roça a extrema-direita vender a joia da coroa a um país comunista, é ver liberais que querem libertar a economia do Estado vender o que resta de uma empresa pública portuguesa a uma empresa pública chinesa, é ver um António Mexia ter que jurar obediência e defender os interesses de comunistas, pior ainda, sujeitar-se a um controlador designado pelo Partido Comunista Chinês.
 
Quando Sócrates estava só no esforço de salvar o país de uma submissão à troika e procurava fontes de financiamento Cavaco questionava quem nos estaria a dar dinheiro. Agora já sabe e é um gozo vê-lo ficar calado.
 
É um gozo ver os representantes do capitalismo ocidental que se aproveitaram da crise para forçar Portugal a vender-lhes o país ao preço da uva mijona ficarem a ver os chineses se aproveitarem do seu oportunismo e ganharem os concursos fazendo melhores ofertas.
 
 O povo é sábio!


Os portugueses não sofrem de anorexia intelectual e já perceberam que estão a ser governados por um governo que faz lembrar a família dos Batanetes. Não só não são parvos como parecem ter sentido de humor pois é isso que explica que tenham atribuído a Portas uma nota melhor do que a de Passos Coelho.
  1. Não se deixaram enganar pela propaganda do Paulo Macedo e reduziram-no ao estatuto de "grunho". O homem está a usar a estratégia com que fez sucesso na DGCI mas esqueceu-se de um pequeno pormenor, de arranjar alguém que lhe fizesse o trabalho.
  2. O cratino deve ter tido a pior nota da sua vida, anda ali revés Campo de Ourique à beira da negativa, mais uma avaliação e passa para o vermelho, até porque o seu silêncio cobarde a propósito da sugestão de Passos Coelho para os professores emigrarem vai notar-se.
  3. Se o Gaspaoika sonhava com um novo salazarismo agora a designar por gasparismo bem pode roçar o rabo nas paredes do Terreiro do Paço, o povo não vê nele o salvador da pátria e deu-lhe uma nota vulgar. Como diriam as agências de rating continua em observação e tem perspectiva negativa, depois de fazer um orçamento com estimativas de crescimento aldrabadas mais tarde ou mais cedo leva com o merecido carimbo de incompetente.
  4. Parece que a relva foi cortada rente, se for mal regada começa a secar.
  5. Olhando para as negativas amarelas dir-se-á que este governo parece uma turma de repetentes, está cheia de gente que ninguém dava por eles e ao fim de seis meses confirmaram plenamente as expectativas, são nódoas que nenhum detergente elimina.
  6. Pobre Álvaro foi chegar, ver e vencer, agora vai ser o primeiro professor a seguir a sugestão de Passos Coelho e volta a emigrar para o Canadá, de preferência para Vancouver que fica do outro lado.
  7. Se a Assunção fosse um legume só não seria um nabo porque este é escrito no masculino.   
  
 

 A mala de cartão de Passos Coelho

«Naquela sua mistura de ingenuidade e impreparação explosiva, Passos Coelho aconselhou os professores desempregados que querem continuar a ser professores a emigrar para os PALOP. Interessante este primeiro-ministro: não disse ter assinado um acordo diplomático, político ou empresarial - o que ele quisesse - para reforçar o ensino de português em Angola, no Brasil ou na China. Numa frase leviana e sem o contexto adequado, indicou a porta de saída do País a milhares de pessoas que, presumo, não lhe merecem muito mais esforço intelectual.

É verdade que muitos destes professores não são na realidade professores - são licenciados em História, Jornalismo, Direito, Sociologia, Antropologia, etc., que, não tendo encontrado trabalho na sua área de especialização, a certa altura da vida acabaram por dar aulas para se sustentarem com alguma dignidade. O excesso de oferta desta mão-de-obra (qualificada mas indiferenciada) não é, por isso, de agora - é um problema antigo do País que todos os governos alimentaram -, e talvez tivesse feito sentido o primeiro-ministro explicar, com cuidado, como esta desadequação ao mercado de trabalho reflecte a encruzilhada económica portuguesa e como ele, Passos Coelho, se propõe mudar este terrível estado das coisas.

Não foi isso, no entanto, que o primeiro-ministro fez. Como sempre acontece nestes casos, a asneira deu lugar a uma sucessão de disparates para tentar desculpar a inacreditável superficialidade da abordagem. Primeiro, o sempre galvanizante Paulo Rangel lembrou-se de criar uma Agência da Emigração, o que me abstenho sequer de comentar tendo em conta a natureza lunática do empreendimento. Depois, lá veio Miguel Relvas - o limpa-neves do Governo - elogiar o esforço dos quadros portugueses (é sempre oportuno falar ao coração) na reconstrução de Moçambique, como se fosse isso que estivesse em causa.

Não é, evidentemente, o que está em causa; mas a intenção do ministro adjunto não era esclarecer ou iniciar um debate que até poderia ser útil - apenas baralhar os factos para enterrar o mais depressa possível a polémica. Voltemos, então, ao essencial. Portugal tem feito um enorme esforço de qualificação. Melhorou muito, mas ainda tem muitíssimo a fazer, e isso passa por reformas na educação, na organização do Estado e até na lei laboral. Não há soluções imediatas para um problema tão vasto; mas ao meu primeiro-ministro eu peço que me indique um caminho político e não que, em desespero, nos faça regressar aos tempos da mala de cartão.» [DN]

Autor:

André Macedo.
  
 Calem-se. Calem-se. Calem-se. Calem-se

«Para um governante, hoje, só soletrar a palavra "emigração" é tolice. Sobre o assunto, calem-se. E não me culpem da estreiteza do facto, não fui eu que escolhi ser político, não fui eu que escolhi uma profissão onde o parecer quase vale o ser. Eu posso escrever aqui: "Portugueses, suicidem-se!", só me comprometo a mim, permitindo que me despeçam porque uma coluna de jornal não é para parvos. Mas os governantes são mais do que eles. As suas palavras não podem ser entendidas como uma ofensa àqueles a quem eles devem o que são. Ora esta questão foi tratada (ou assim legitimamente entendida) como um convite à emigração. Já o disse aqui duas vezes e vou repetir a obviedade: os portugueses não precisam que lhes indiquem quando e se devem emigrar - tal como respirar está-lhes no ADN. Os portugueses estão acabrunhados e com medo do amanhã, a última coisa que precisam é que os empurrem para fora do seu país. Eles irão ou não, como entenderem. Eles. Os governantes que se candidataram, ainda há pouco, a governá-los a todos, não podem, agora, querer descartar parte deles. O número e a qualidade dos governantes que caíram na tolice revelam uma estratégia de comunicação: pois despeçam os estrategas. E, sobre a emigração, calem-se. Também já aqui o disse, até há o que fazer para ajudar os portugueses que queiram emigrar. O que fazer, há; de conversa, nada. Calem-se. Digo-o tão repetidamente porque preciso que governem.» [DN]

Autor:

Ferreira Fernandes.
  
 O ministro de Tudo

«O ministro adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, tem vindo progressivamente a assumir-se como o ministro de Tudo e Mais Alguma Coisa. Poderia pensar-se que sofreria da voraz síndroma "cheliomyrmex andicola", também dita síndroma da marabunta; mas não: o próprio Passos Coelho nele delegou, satisfazendo o seu insaciável apetite político, competências em áreas tão dispersas quanto as da igualdade de género, administração local, desporto, diálogo intercultural ou juventude, permitindo-lhe igualmente atribuir subsídios, condecorações, pensões por serviços excepcionais e relevantes e, até, a "pensão por méritos excepcionais na defesa da liberdade e da democracia", matéria em que o ministro Relvas exibe, como se sabe, invejável currículo.

Para além disso, falando Passos Coelho frequentemente por parábolas, a Miguel Relvas cabe ainda a interpretação autêntica das suas palavras. Assim, já veio explicitar que os portugueses que sigam o conselho do primeiro-ministro e emigrem rapidamente e em força para Angola ou Brasil (Relvas acrescenta Moçambique) aí encontrarão o Eldorado, pois"os portugueses [que] têm uma visão universalista têm sempre sucesso".

A emigração de jovens "portugueses com formação superior" para esses países deve porém ser, frisa Paulo Rangel, uma "segunda solução". A primeira é, obviamente, tentar emigrar para o PSD e, daí, para um "job" num instituto ou numa empresa pública.» [JN]

Autor:

Manuel António Pina.
     

 Cavaco concede (só) dois indultos

«Dos 225 pedidos que foram analisados este ano, o Chefe de Estado concedeu um indulto de redução de pena de prisão e um de revogação de pena de expulsão.» [CM]

Parecer:

É mais fácil sair a sorte grande...

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se a Cavaco se a pena de expulsão que perdoou foi a dos professores.»
  
 Até a natureza chora
 
«Segundo escreve a agência oficial KCNA, “até a natureza está de luto pela morte de Kim Jong-Il”, e cita testemunhos de populares que afirmam ter assistido ao súbito derreter do gelo no lago de Chon, perto do vulcão Monte Paektu, na terra-natal do falecido líder. O estrondo foi tal que, diz quem viu, “parecia fazer tremer o céu e a terra”. Toda a montanha ficou coberta por uma misteriosa e brilhante aura, relataram ainda as testemunhas.

No mesmo local, uma tempestade de neve formou-se do nada e, tal como apareceu, desapareceu de repente. Da sua passagem, ficou, inscrita numa rocha, a mensagem: ”Monte Paektu, montanha sagrada da revolução. Kim Jong-il”.

Mas há mais: em Hamhung, no norte do país, uma garça azul foi vista a “vergar-se de dor” aos pés de uma estátua do ‘Querido Líder’.» [CM]

Parecer:

A natureza e o Bernardino Soares.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Faça-se um sorriso.»
  
 Boa!
 
«A Parpública – Participações Públicas (SGPS) já comunicou à Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) que o Conselho de Ministros procedeu esta quinta-feira à “selecção da China Three Gorges Corporation para efetuar a aquisição da totalidade das 780 633 782 acções representativas de 21,35% do capital social da EDP – Energias de Portugal, S.A. (EDP)”. O comunicado acrescenta que a proposta chinesa foi apresentada “em termos que satisfazem adequadamente o Governo”. Para terminar, esclarece o mesmo documento que “a referida alienação será efectuada pelo preço global de 2.693.186.548 euros, incorporando um prémio de 53,6% em relação ao preço de mercado no dia 21 de dezembro”.» [CM]

Parecer:

Temos medricas, depois da notícia do tráfico de influências o governo português cedeu aos chineses.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se ao Mexia se já aprendeu mandarim.»
  
 Que não falte energia aos membros do governo, diz Cavaco

«O Presidente da República desejou hoje que não falte a "energia" aos membros do Governo, para que tenham a "resistência física e psicológica" para levar pela frente a governação mais escrutinada da democracia portuguesa.» [DN]

Parecer:

Será porque está agradado com gente enérgica como o do Audi e a Assunção ou estará preocupado porque na hora de fugirem pode faltar-lhes as pernas?

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sugira-se a Passos Coelho que pratiquem exercício, um dia destes ainda vão precisar de estar em forma..»
  
 O José fica

«O Supremo Tribunal de Justiça (STJ) indeferiu o recurso apresentado pela autoridades norte-americanas sobre a não extradição de George Wright para os Estados Unidos determinada pela Relação de Lisboa, disse à Lusa fonte ligada ao processo.» [DN]

Parecer:

Se os americanos insistirem e o José concordar daqui a uns anos mandamos as cinzas do George para o poderem julgar.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Aprove-se.»
  
 O PSD vinga-se do Berardo

«A comparticipação do Estado no orçamento da Fundação Berardo para 2012 será de 2,1 milhões de euros, um corte de 15 por cento em relação a 2011, disse à Lusa fonte da secretaria de Estado da Cultura (SEC).

Este valor representa ainda "um corte de 30 por cento em relação a 2010" para a Fundação de Arte Moderna e Contemporânea - Coleção Berardo, de acordo com a assessoria da SEC.» [DN]

Parecer:

Mais um que vai ser convidado a emigrar.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sugira-se ao Berardo que se dirija à agência de emigração do Paulinho Rangel.»
  
 A Madeira continua a arder a bom ritmo

«As tradições natalícias dos madeirenses e a permissão de lançamento de foguetes no verão são as razões apontadas para o aumento das importações de produtos pirotécnicos na Madeira e que em 2011 ultrapassou os 3.600 quilos.» [DN]

Parecer:

Grande Alberto!

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se a merecida gargalhada.»
  
 Até o Saraiva da CIP acha que o Álvaro foi inábil

«"Sendo importante as reformas em cima da mesa, para nós importa manter as empresas vivas para criar emprego. As outras medidas são importantes e por isso estamos disponíveis para um acordo global para crescimento, competitividade e emprego", sublinhou António Saraiva, antes do início da reunião da concertação social.

No entanto, e no caso concreto da meia hora, António Saraiva admitiu que o Governo foi inábil, mas espera que haja margem para "um diálogo construtivo".» [DE]

Parecer:

Inábil? Não, idiota como, aliás, parece ser costume, onde o homem mete a mão tudo se parte, é um paquiderme.
  
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Faça-se um sorriso.»
  
 A derrota que a Merkel não esperava

«Com o título ‘Chineses arrebatam EDP à E.ON', o Financial Times da Alemanha escreve que a decisão de vender os 21,35% do capital público à China Three Gorges representa um "revés" para a E.ON. Mas não só. Foi também uma "derrota" para o Governo da chanceler Merkel.

"Com a entrada [na EDP], a China constrói o seu poder nos mercados de energia global. Não só é a energia extremamente importante para o enorme crescimento económico do país, mas também ter os conhecimentos técnicos de uma empresa estrangeira. Ao mesmo tempo é um revés para E.ON e uma derrota o governo alemão", escreve o jornal na sua edição online.» [DE]

Parecer:

O seu mais recente afilhado não teve coragem e depois de se saber do tráfico de influências ao mais alto nível o homem encolheu-se.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Faça-se um sorriso cínico.»
  
 Sobreiro é a árvore nacional

«A partir desta quinta-feira, o sobreiro é a Árvore Nacional de Portugal, depois de um projecto de resolução aprovado, por unanimidade, na Assembleia da República e de uma petição pública com 2291 assinaturas.» [Público]

Parecer:

Esperemos que agora seja adoptada uma ave nacional.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sugira-se o pernalonga.»
     

 No "Vai e Vem"


«Portugal desceu em 2011 um lugar no “índice da democracia no mundo”, sendo agora o 27.º em 167 países, no relatório da Economist Intelligence Unit patrocinado pela revista britânica The Economist.

A descida de Portugal resulta de ter passado de uma “democracia plena” para uma “democracia com falhas”. Segundo o relatório, a principal razão para o declínio da democracia portuguesa, em 2011, deve-se à “erosão da soberania e da responsabilidade democrática associadas aos efeitos e respostas à crise da zona euro”.

Os indicadores em que a democracia portuguesa surge mais débil são a ”participação política“, o “funcionamento do governo” e a “cultura política“. O “processo eleitoral” e as “liberdades cívicas” são aqueles em que atinge melhor performance.

A descida de Portugal compreende-se. De facto, entre nós, a participação política é débil e a cultura política um desastre. Exemplos disso surgem todos os dias. Veja-se:

- O ministro Álvaro apareceu de novo para dizer que as críticas ao governo vêm dos ”interesses instalados”. Não disse quais são esses interesses. Calcula-se que sejam os dos desempregados, dos jovens, dos reformados…e de outros portugueses “instalados” na pobreza.
 
- A ministra da Justiça promoveu uma “auditoria” ao apoio judiciário, sem esperar pela verificação dos dados pela Ordem dos Advogados e sem notificar os advogados acusados, para se pronunciarem sobre as alegadas irregularidades. Também avançou com um concurso considerado ilegal. Como se não bastasse, não disfarça a animosidade que vota ao procurador-geral da República e diz do bastonário da Ordem dos Advogados o que Maomé não disse do toucinho.
 
- O ministro dos Assuntos Parlamentares fala da televisão pública como se se tratasse de uma televisão do governo.

- O ministro das Finanças contradiz com a maior naturalidade o primeiro ministro, no Parlamento, sobre quem mandou cortar os subsídios.
 
- Um deputado da maioria entra em transe no Parlamento, a defender o primeiro ministro nas declarações que fez sobre os professores desempregados e manifesta solidariedade com «todos os emigrantes menos um» - «o novo estudante de filosofia em Paris» – referindo -se ao anterior primeiro-ministro, afirmando que esse «não merece a solidariedade de ninguém», palavras que mereceram fortes aplausos das bancadas do PSD e do CDS-PP.
 
De facto, a cultura política e a democracia andam um bocado por baixo. Quem o diz é a revista liberal The Economist….Os liberais de cá não são como os de lá…»
  

   






 John Lewis Christmas Advert 2011




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