Nesta semana tivemos a oportunidade de perceber como a nossa direita tem valores de solidariedade que vão para além dos Audi de luxo, ocorreu em ajuda António José Seguro como se o inseguro líder do PS fosse um deles ou estivesse mais carecido da ajuda técnica do Gaspar do que o pobre país que Passos Coelho quer que sejamos. Ver Marques Mendes e Marcelo Rebelo de Sousa unidos na preocupação com um Tozé atacado de todos os lados pelo grupo parlamentar socrático quase nos fez vir as lágrimas aos olhos. Apesar dos tempos difíceis a direita não hesitou em ajudar o líder do PS.
O líder do PS é um homem sensível e grato pela preocupação da direita com a sua sobrevivência política decidiu não questionar a constitucionalidade da pinochetada orçamental. O Tozé não só não treia qualquer autoridade moral para o fazer depois de ter estado à beira de votar a favor como nunca colocou a questão em termos de constitucionalidade. É cada vez mais evidente que o Tozé pensa o que o seu amigo Passos Coelho pensa, é por isso que nas sondagens o PS não aparece, os portugueses perceberam que é indiferente escolher entre Passos Coelho e o Tozé.
A ministra da Justiça descobriu que Portugal anda muito sujo e carente de higiene, chamou a si a tarefa de dona de casa da Nação e pediu ajuda à cachorrada da JSD para a ajudar a limpar po país. Resta agora saber se vão começar por Oeira, pelo BPN ou pelo edifício Valmor.
Quem não precisou do pano do pó foi o ministro da Vespa, o coitado foi a segunda vítima do Sócrates mas teve mais sorte do que o Tozé, teve de fazer o sacrifício de passar a andar de Audi novinho em folha e com mais de quarenta mil dele só em acessórios. O pobre ministro teve de fazer tal sacrifício depois de saber que em Portugal tudo é negociável excepto as compras de automóveis. Ao que parece o Gaspar chegou mesmo a ameaçar o ministro da caridade que ou aceitava andar com o luxuoso Audi ou teria de voltar à Vespa e ainda se constipava.
Paulo Portas reapareceu para manifestar gratidão pela tutela do AICEP e para os portugueses terem a certeza de que apoia e dá a cara pela pinochetada orçamental. Agora vai dar mais uma volta ao mundo para vender o que resta dos Magalhães e reaparecerá lá para o Carnaval para mais uma vez assegurar que ainda apoia o governo e o seu ministro das Finanças.
O licenciado que está à frente do Banco de Portugal por lá continua. Depois de testar a dignidade do parlamento espera-se que vá a Belém ofender o Presidente da República. Nos dias que correm ser economista e apoiar o Gaspar dá direito a que qualquer idiota se drija aos eleitos pelos portugueses nos temos em que lhe der na gana.