domingo, dezembro 11, 2011

Semanada

Até à cimeira europeia não havia mínimo denominador comum pela simples razão de que tal mínimo será sempre a unidade. Mas Passos Coelho chegou, viu e inventou o mínimo denominador comum, foi a sua grande tirada de síntese da Cimeira o que ilustra bem o nível intelectual a que cegou a liderança dos países europeus, já nem de aritmética sabem. Razão tem o Crato ao querer fazer implodir o ensino e voltar ao tempo da terceira classe como escolaridade obrigatória, nesse tempo um aluno da terceira classe sabia mais de aritmética do que um licenciado pela Lusíada, com vasta experiência na gestão financeira de empresas do lixo e para infelicidade deste desgraçado país é o primeiro-ministro do seu governo.

Ma dos parvos não reza a história e graças à fixação do Correio da Manhã por José Sócrates a semana foi dominada pelas suas actividades lectivas em Paris. O diário não conta com os segredos de uma Felícia Cabrita mas parece ter conseguido um lugar de correspondente na turma de José Sócrates e vai entretendo o país com as opiniões do aluno Sócrates. O facto é que o país dedicou mais tempo ao que disse Sócrates do que às consequências das decisões da direita europeia que consiste na quase proibição definitiva da criação de dívida soberana.

A direita está mais interessada em conhecer a cor das cuecas do Sócrates e já não celebra como dantes as desgraças que se abatem sobre o país. Assobiou para o ar perante o aumento do desemprego e o Gaspar não fez o mais pequeno comentário sobre o aumento da recessão. Não lhe convém pois demonstra a sua incompetência para o exercício do cargo de ministro das Finanças. Hoje já é evidente que o Gaspar vai ter em 2012 um orçamento aldrabado pois conta com receitas previstas na base de uma recessão de 2,8% número que toda a gente sabia ser uma mentira. Como se este cenário não fosse uma desgraça para a receita o ministro decidiu avançar com a fusão do fisco, lançando a máquina fiscal na confusão total. Além de incompetente o Gaspar é irresponsável.

O governado do Banco de Portugal, um modesto licenciado bem sucedido que é dos portugueses melhor remunerados já perdeu duas oportunidades para se demitir honrosamente, quando foi mal-educado no parlamento e quando o deputado atingido pelo seu vómito verbal provou que tinha razão. Mas nem todos largam um tacho como o de governado do BdP e Carlos Costa não é um deles o que se considerarmos o seu nível de educação até se compreende.