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Estendendo a roupa, Alfama, Lisboa
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Em Brufe, Vila Nova de Famalicão [A. Cabral]
Jumento do dia
Assunção Esteves, deputada do PSD
É fácil criticar a Europa e fazer de conta que ignora que o governo do seu partido é dos mais fundamentalistas dessa mesma Europa. Apoiante incondicional e subserviente de tudo o que a Merkel ordena. É fácil criticar a Europa e falar de miséria ignorando que o governo do seu partido está lançando muitos portugueses na miséria apenas para testar as ideias extremistas de um economista cinzento e até há pouco tempo desconhecido. É bonito falar de bons princípios e assistir impávida e serenamente a um grunho da alta finanças ofender a instituição parlamentar através de um dos seus melhores deputados.
«A presidente da Assembleia da República, Assunção Esteves, condenou esta terça-feira o "modelo soberanista" de "cada um por si" da União Europeia, que está "sem coragem e sem rumo" numa altura em que a pobreza e o desemprego alastram.
"A Europa não responde, feita no racional não descobre o razoável. Prossegue com o seu modelo soberanista de políticas de poder, cada um por si. Esta é uma Europa cativa de Vestefália, sem coragem e sem rumo", afirmou Assunção Esteves.» [CM]
«A presidente da Assembleia da República, Assunção Esteves, condenou esta terça-feira o "modelo soberanista" de "cada um por si" da União Europeia, que está "sem coragem e sem rumo" numa altura em que a pobreza e o desemprego alastram.
"A Europa não responde, feita no racional não descobre o razoável. Prossegue com o seu modelo soberanista de políticas de poder, cada um por si. Esta é uma Europa cativa de Vestefália, sem coragem e sem rumo", afirmou Assunção Esteves.» [CM]
A evangelização do PSD
Talvez por influência do irmão opus Macedo o governo dos Batanetes decidiu partir em peregrinação para a tarefa difícil de convencer as bases do PSD a aceitarem com um ar tão sorridente quanto o do Gaspar as medidas de austeridade. É de esperar que depois de ouvirem o Paulo Macedo explicar porque se paga quase tanto num hospital público como num privado não só aplaudam o opus governante como ainda lhe exigem mais um aumento das taxas proibitivas mais o corte da comparticipação nas pílulas.
Não se sabe que os governantes vão conseguir enganar as suas bases com a mesma facilidade com que enganam alguns jornais que esperam ficar com uma parte da RTP, o certo é que a notícia serviu para perceber que o governo nem as bases do PSD conseguiu convencer.
Os ingleses perceberam que isto está no fim
«Ontem li isto: "Cara Grã-Bretanha, a Europa sem si é como fish sem chips, é como Londres sem condução à esquerda, é como cerveja sem espuma. Mas tem de decidir. Quer mesmo ser uma ilha isolada e fazer tudo diferente dos outros? Se sim, seja honesta - e saia já da União Europeia."
Este texto foi publicado no jornal mais vendido na Europa, o tablóide alemão Bild, num editorial intitulado "Adeus Grã-Bretanha, a Europa Segue sem Vocês", a clonar a reprovação à Inglaterra espalhada pelos outros países europeus que, sexta-feira, aceitaram um acordo imposto pela Alemanha e pela França.
Deixa-me admirado os críticos da nega britânica serem exactamente os mesmos que se insurgem contra todo o tipo de intervenções que visem limitar os lucros dos mercados. É que o liberal David Cameron tomou, na essência, a defesa do sector financeiro britânico e da city londrina contra a febre regulamentadora imposta pelos também nominalmente liberais em economia Merkel e Sarkozy. Estamos assim perante uma zanga de comadres.
Antes de ir para esta cimeira, Cameron explicara o que queria: "É preciso convencer os mercados de que as instituições do euro defenderão a moeda com todos os meios disponíveis e é preciso que combatam a falta de competitividade de algumas economias europeias." Qualquer liberal em economia que se preze assinaria por baixo. Mas os governos liberais da União Europeia preferiram subscrever um plano de controlo ao défice dos Estados que, com o tempo, é provável constatar-se ser inaplicável. Ou seja, estes liberais, ironicamente, decretam uma medida digna de um plano quinquenal de uma economia estatal: "A realidade contraria-nos? Proíba-se a realidade!".
Se o que os separa não é a ideologia, então o que é? São os mercados, claro: os interesses financeiros que o Governo de Cameron tem para defender não são os da senhora Merkel nem os do senhor Sarkozy. É óbvio.
A cisão que o veto britânico provoca põe a nu o caminho divergente que a própria criação do euro abriu. Ontem, um porta-voz oficial do Governo britânico explicava a contradição em que vai viver Durão Barroso e a sua Comissão Europeia: "Se temos instituições a servir os 27 e a servir também os 17, temos aqui um potencial conflito de interesses"... Isto acaba mal, é claro.
Portugal alinha com o lado que lhe parece dar maior proveito. Mas quando um Bild qualquer se atrever a escrever "saia já da União Europeia", perceberá, tarde, toda a desconfiança inglesa.»
Este texto foi publicado no jornal mais vendido na Europa, o tablóide alemão Bild, num editorial intitulado "Adeus Grã-Bretanha, a Europa Segue sem Vocês", a clonar a reprovação à Inglaterra espalhada pelos outros países europeus que, sexta-feira, aceitaram um acordo imposto pela Alemanha e pela França.
Deixa-me admirado os críticos da nega britânica serem exactamente os mesmos que se insurgem contra todo o tipo de intervenções que visem limitar os lucros dos mercados. É que o liberal David Cameron tomou, na essência, a defesa do sector financeiro britânico e da city londrina contra a febre regulamentadora imposta pelos também nominalmente liberais em economia Merkel e Sarkozy. Estamos assim perante uma zanga de comadres.
Antes de ir para esta cimeira, Cameron explicara o que queria: "É preciso convencer os mercados de que as instituições do euro defenderão a moeda com todos os meios disponíveis e é preciso que combatam a falta de competitividade de algumas economias europeias." Qualquer liberal em economia que se preze assinaria por baixo. Mas os governos liberais da União Europeia preferiram subscrever um plano de controlo ao défice dos Estados que, com o tempo, é provável constatar-se ser inaplicável. Ou seja, estes liberais, ironicamente, decretam uma medida digna de um plano quinquenal de uma economia estatal: "A realidade contraria-nos? Proíba-se a realidade!".
Se o que os separa não é a ideologia, então o que é? São os mercados, claro: os interesses financeiros que o Governo de Cameron tem para defender não são os da senhora Merkel nem os do senhor Sarkozy. É óbvio.
A cisão que o veto britânico provoca põe a nu o caminho divergente que a própria criação do euro abriu. Ontem, um porta-voz oficial do Governo britânico explicava a contradição em que vai viver Durão Barroso e a sua Comissão Europeia: "Se temos instituições a servir os 27 e a servir também os 17, temos aqui um potencial conflito de interesses"... Isto acaba mal, é claro.
Portugal alinha com o lado que lhe parece dar maior proveito. Mas quando um Bild qualquer se atrever a escrever "saia já da União Europeia", perceberá, tarde, toda a desconfiança inglesa.»
Autor:
Pedro Tadeu.
Nissan suspende fábrica de baterias
«A Câmara de Aveiro (PSD/CDS) disse hoje que recebeu com surpresa a decisão da Nissan de suspender a sua fábrica de baterias, atendendo ao "grande avanço" da construção das infraestruturas localizadas na freguesia de Cacia.
"O município de Aveiro, em face dos contactos já estabelecidos, lamenta a decisão da Nissan em suspender o investimento previsto para Aveiro, retardando a criação de postos de trabalho e reduzindo o valor do investimento previsto", diz a autarquia em comunicado.
O executivo camarário liderado por Élio Maia afirma, no entanto, manter a esperança que, "quando a conjuntura económica for mais favorável, o investimento se venha a concretizar em plenitude".» [DN]
"O município de Aveiro, em face dos contactos já estabelecidos, lamenta a decisão da Nissan em suspender o investimento previsto para Aveiro, retardando a criação de postos de trabalho e reduzindo o valor do investimento previsto", diz a autarquia em comunicado.
O executivo camarário liderado por Élio Maia afirma, no entanto, manter a esperança que, "quando a conjuntura económica for mais favorável, o investimento se venha a concretizar em plenitude".» [DN]
Parecer:
É uma ironia do destino ver o PSD a lamentar-se quando os seus dirigentes desvalorizaram a instalação da fábrica em Portugal.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se a Paulo Portas quantas viagens já fez à conta da diplomacia económica.»
"Carga de ossos" vence concurso de modelos
«Julia Schneider, 15 anos, venceu o concurso anual promovido pela agência de modelos Elite e representa o que é "mais belo" e "vendável" no mundo da moda. Os alertas da anorexia nas passerelles voltam a soar.» [DN]
Parecer:
Não seria mais barato um cabide de madeira? Estas imagem matam jovens.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se aos idiotas da agência Elite.»
A moderação segundo o Opus Macedo
«O aumento das taxas moderadoras pode levar a uma transferência de doentes dos hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS) para os privados, concluem diversos especialistas ouvidos pelo Diário Económico. Isto porque, ir a um hospital privado pode ficar mais barato do que recorrer ao SNS.
A partir de Janeiro, uma ida à urgência vai custar 20 euros. O mesmo preço que a CUF Descobertas cobra por uma urgência a um beneficiário de um seguro de saúde. No caso das consultas, e segundo avançava ontem o Diário de Notícias, num hospital central o preço aumentará para dez euros. Mas se um beneficiário da ADSE optar por uma consulta num grande hospital privado da capital (com acordo com o Estado) não pagará mais de 3,99 euros. Já um utente com seguro de saúde Multicare pagará apenas mais 5 euros por uma consulta de especialidade no Hospital de Lusíadas do que num outro hospital público.» [DE]
A partir de Janeiro, uma ida à urgência vai custar 20 euros. O mesmo preço que a CUF Descobertas cobra por uma urgência a um beneficiário de um seguro de saúde. No caso das consultas, e segundo avançava ontem o Diário de Notícias, num hospital central o preço aumentará para dez euros. Mas se um beneficiário da ADSE optar por uma consulta num grande hospital privado da capital (com acordo com o Estado) não pagará mais de 3,99 euros. Já um utente com seguro de saúde Multicare pagará apenas mais 5 euros por uma consulta de especialidade no Hospital de Lusíadas do que num outro hospital público.» [DE]
Parecer:
O irmão Macedo sabe muito bem o que quer, desnatar o SNS em favor do sector privado.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Espere-se para ver.»
Agora?
«Secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro afirma que "Portugal não está no mesmo saco de outros países do sul da Europa", sublinhando que é necessário corrigir perceções erradas e melhorar a reputação de Portugal.» [Expresso]
Parecer:
Quando era oposição não pensava assim.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Agora faz xixi na mão e joga fora...»
Há gente que me enoja
«"O Orçamento é uma resposta adequada às exigências dos nossos compromissos com a ‘troika'", afirmou hoje o antigo ministro das Finanças de José Sócrates, numa conferência do Diário Económico e da Ernst & Young, no Porto, sobre os Desafios do Orçamento do Estado para 2012. "Este orçamento aposta na redução da despesa e, por isso, permite-nos retomar uma rota de consolidação orçamental indispensável para equilibrar as finanças públicas", acrescentou o governante, argumentando ao mesmo tempo que "o grande esforço que o País está a fazer, e não pode deixar de fazer, não chegará se não houver uma resposta internacional à crise".» [DE]
Parecer:
Sem comentários.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Vomite-se.»
Sobre, sobe, desemprego sobe
«A taxa de desemprego estimada pela OCDE para Portugal subiu para os 12,9 por cento em outubro, acima da média dos países da zona euro que atingiu um novo máximo ao subir para os 10,3 por cento.
Em termos homólogos, de acordo com os dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), Portugal sofreu em outubro a segunda maior subida da taxa de desemprego (0,6 pontos percentuais), a seguir a Espanha (com 2,3 pontos percentuais).» [i]
Em termos homólogos, de acordo com os dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), Portugal sofreu em outubro a segunda maior subida da taxa de desemprego (0,6 pontos percentuais), a seguir a Espanha (com 2,3 pontos percentuais).» [i]
Parecer:
Mais um indicador de sucesso do Gaspar, a destruição da economia portuguesa vai a bom ritmo.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «pergunte-se aos líderes da direita se já não fazem foguetório quando o desemprego aumenta.»
Miguel Beleza diz que défice anunciado por Passos Coelho é aldrabice
«"Isto é um empréstimo fundos de pensões da banca] mas em vez de pagar com juros, o Governo paga as reformas das pessoas", afirma o antigo governador do Banco de Portugal e antigo ministro das Finanças, lembrando que os 4,5% são alcançados somente através da transferência de parte dos seis mil milhões de euros de receitas extraordinárias dos fundos de pensões da banca.
Miguel Beleza defende que a introdução de receitas extraordinárias é "uma aldrabice. Todos os governos têm feito isto", e recorda também que "o verdadeiro défice é superior. Porque estas não são receitas a sério".» [Dinheiro Vivo]
Miguel Beleza defende que a introdução de receitas extraordinárias é "uma aldrabice. Todos os governos têm feito isto", e recorda também que "o verdadeiro défice é superior. Porque estas não são receitas a sério".» [Dinheiro Vivo]
Parecer:
Nada de novo.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se ao Passos Coelho se está mesmo convencido de que engana alguém.»
PSD tenta controlar revolta nas bases
«O PSD pediu a ministros e secretários de Estado que fossem para o terreno explicar aos militantes as duras medidas de austeridade que estão a implementar e preconiza um governo de diálogo e proximidade. “É importante as pessoas e os militantes estarem cara a cara com os ministros. É fundamental haver esta proximidade”, diz ao i o presidente da distrital do Porto, Fernando Virgílio Macedo, que é um dos adeptos de “um governo de proximidade”.» [i]
Parecer:
Se lhes oferecerem de comer talvez consigam.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Espere-se para ver.»
O lirismo de um boy do PSD
«“A decisão da Nissan teve a ver com a avaliação geoestratégica do mercado e não com as capacidades que Portugal captar investimento”, afirmou hoje Pedro Reis, presidente da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), sobre o facto de a Nissan ter recuado na construção de uma fábrica de baterias em Portugal.» [Jornal de Negócios]
«A Nissan faz questão de frisar ao Negócios que não há uma relação de causa-efeito entre a decisão de suspender o investimento de 156 milhões de euros na construção de uma fábrica de baterias em Aveiro e o fim dos incentivos aos veículos eléctricos, mas lembra que a decisão do novo Governo "é grave".» [Jornal de Negócios]
«A Nissan faz questão de frisar ao Negócios que não há uma relação de causa-efeito entre a decisão de suspender o investimento de 156 milhões de euros na construção de uma fábrica de baterias em Aveiro e o fim dos incentivos aos veículos eléctricos, mas lembra que a decisão do novo Governo "é grave".» [Jornal de Negócios]
Parecer:
Este rapaz parece desconhecer que o seu governo matou a aposta de Portugal nas renováveis e que essa era uma das razões da aposta no nosso país. Ainda por cima o boy parece ser esquecido:
«O antigo presidente da AICEP Basílio Horta lamentou, esta terça-feira, que o Governo e a Nissan nunca tenham assinado o memorando de entendimento para a nova fábrica de Aveiro, que está no Ministério da Economia "há mais de um ano".» [Jornal de Notícias]
A verdade é que com tanta cagança este governo mais a sua boyada ainda não conseguiram um único investimento para Portugal e perderam um que já estava decidido e era de grande importância para a imagem do país. Incompetentes!
«O antigo presidente da AICEP Basílio Horta lamentou, esta terça-feira, que o Governo e a Nissan nunca tenham assinado o memorando de entendimento para a nova fábrica de Aveiro, que está no Ministério da Economia "há mais de um ano".» [Jornal de Notícias]
A verdade é que com tanta cagança este governo mais a sua boyada ainda não conseguiram um único investimento para Portugal e perderam um que já estava decidido e era de grande importância para a imagem do país. Incompetentes!
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sugira-se ao boy que insista em tapar o sol com a peneira, talvez consiga.»