quarta-feira, dezembro 28, 2011

Umas no cravo e outras na ferradura




Foto Jumento 


Alfama, Lisboa
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C-130 [A. Cabral]
     
Jumento do dia


Carlos Zorrinho, líder parlamentar do Tozé

Ouvir o líder do parlamentar do maior partido da oposição elogiar um ministro das Finanças só porque outros, principalmente gente da direita, o elogiaram, ignorando a política brutal a que este extremista do monetarismo impôs a alguns portugueses é de ir ao vómito.

Começa a haver razões para recear que havia um apoio pré-eleitoral entre Passos Coelho e António José Seguro, o segundo ajudaria o primeiro a ganhar as eleições e a governar e o primeiro ajudaria o segundo a ser líder do PS. Aquilo a que estamos a assistir entre os dois desde há muitos meses tem uma designação popular, chama-se fazer panelinha. Só que neste caso estão a fazer panelinha contra o povo.
   
Começa-se a perceber porque razão o PSD abafou o caso da compras do Audi de luxo....

«Em entrevista ao jornal i, o líder parlamentar do Partido Socialista acredita que a contestação dos portugueses vai aumentar em 2012 "se o governo continuar a ter uma política estritamente baseada numa calculadora e em que as pessoas não contam".

Carlos Zorrinho considera que "estamos muito mal servidos do ponto de vista da visão global da estratégia para o País, para a economia, para o ambiente, para o território, para a formação das pessoas e para o emprego". Já no que toca às Finanças, sublinha o responsável socialista, "estamos bem servidos", notando que "não é por acaso que as principais publicações portuguesas escolheram como personalidade do ano em Portugal o ministro das Finanças".» [DE]

 Ainda sobre a sugestão de Passos Coelho aos professores

Um dos aspectos mais negativos da sugestão de Passos Coelho aos professores para que emigrem para o Brasil ou para Angola tem a ver com o facto de um fulano com um curso de qualidade questionável e que quando arranjou emprego teve de recorrer a um padrinho revelar um grande desprezo pelos próprios professores. Parece que a única qualidade dos nossos professores não reside nas suas qualificações mas sim no facto de falarem português.

Na opinião de Passos Coelho os nossos professore só servem para dar umas aulitas e de preferência num país subdesenvolvido onde se fale português, não admira que os países visados tenham agradecido e rejeitado o especial favor de um primeiro-ministro idiota e os visado tenham sugerido que fosse o próprio a emigrar.

A sugestão evidencia o desprezo pelos mais qualificados e mostra de forma clara que o modelo de crescimento desta dupla miserável formada pelo Passos e pelo Gaspar dispensa quadros qualificados, aposta tudo na mão-de-obra barata, que deve ficar ainda mais barata graças a truques como a eliminação de feriados ou o aumento do horário de trabalho.

Poderia sugerir às empresas que apostem na qualificação dos quadros, poderia ter visto nestes recursos humanos o meio indispensável para promover a qualificação dos trabalhadores, até poderia ter sugerido aos professores que apostassem na iniciativa empresarial. Mas não, sugeriu que se fossem embora.
      
 O elogio de João César das Neves

É uma pena que João César das Neves não tenha escrito o seu artigo "O Burro do Presépio" há uns anos atrás, talvez o devoto Opus Macedo, que nesse tempo ainda não imaginava vir a ser rico e importante, não se tivesse queixado deste Humilde Jumento, afinal queixou-se do fardo que Deus lhe deu, algo imperdoável num devoto de São Escrivá.

 Uma dúvida

Por que razão o governo negociou um fundo de pensões privado e permitiu que o fundo de pensões do Banco de Portugal sobrevivesse? Será para que o seu governador se mantenha um fiel apoiante das medidas governamentais?

 A greve dos médicos e a greve dos maquinistas da CP

Vale a pena comparar a forma como se comportou  o governo em relação aos pré-avisos de greve dos médicos e dos maquinistas da CP. No caso da CP o governo não se manifestou e permitiu à administração da empresa continuar a sua estratégia repressiva e deixou os maquinistas irem para a greve. No caso dos médicos os sindicatos foram chamados a reunir com vários membros do governo e a greve foi cancelada mantendo-se em segredo o que é óbvio, que o governo fez xixi pelas pernas abaixo e cedeu aos médicos.
 
Conclusão: os médicos são uns bonzinhos, os maquinistas os mauzinhos e o governo faz de vítima dos segundos e de santinhos em relação aos primeiros. A diferença entre o sucesso e o insucesso das lutas laborais nada tem que ver com a justeza das reividicações, a diferença está na estratégia de comunicação que o governo adopta, tudo neste país se faz tendo em conta as sondagens.
 2011: World Press Photo


[Link: 23 imagens]
    
 

 Compreender 2011

«Nem tudo foi mau. Alguns factos promissores marcaram a evolução do Mundo no ano que agora termina: as “primaveras árabes” e a queda dos ditadores; a morte de Bin Laden e a retirada norte-americana do Iraque.


É cedo, porém, para dizer que futuro corresponderá às novas esperanças que estes factos legitimam.


Tentação maior será eleger como facto do ano o agravamento da crise do euro, que ameaça o projecto europeu e a economia mundial. Mas, pondo as coisas em perspectiva, é mais provável que o ano de 2011 venha a ser recordado, apenas, como mais um ano da Grande Crise. A mesma Grande Crise que se iniciou em 2007, nos Estados Unidos da América, com a crise financeira do ‘subprime', e que, em 2008-2009, se tornou numa crise económico-financeira quase global (de proporções nunca vistas desde 1929), para depois evoluir, em 2010-2011, para uma crise das dívidas soberanas, que atingiu de modo especial a zona euro, gerando a actual "crise sistémica". Em boa verdade, nada disto começou em 2011.


É certo, há uma narrativa que insiste em desligar as coisas, como se a crise internacional de 2008-2009 pertencesse a "outro filme" (já terminado e com final feliz), bem distinto do da crise das dívidas soberanas e do euro, a que agora assistimos. Mas são episódios da mesma série dramática.


De facto, a grande crise começou no sistema financeiro (não na indisciplina orçamental dos Estados) e arrastou a economia para uma recessão global. O aumento generalizado dos défices e das dívidas nos últimos anos foi, no essencial, consequência directa dessa recessão e da resposta que os Estados tiveram de dar para impedir a derrocada dos bancos e uma nova Grande Depressão, análoga à dos anos 30. No caso da zona euro, essa resposta não foi sequer um exercício avulso e muito menos uma manifestação de indisciplina: correspondeu à execução de uma estratégia europeia coordenada para enfrentar a crise.


Que este quadro de excepção tenha atingido mais as economias estruturalmente mais vulneráveis não parece que possa ser motivo de grande surpresa, embora seja sempre mais convidativo fulanizar responsabilidades, como vai sucedendo por essa Europa fora. Facto é que a agitação nos mercados não foi uma simples resposta racional à vulnerabilidade revelada pelos fundamentais das economias mais desequilibradas ou endividadas. Foi, isso sim, um movimento assimétrico e essencialmente especulativo, que se centrou na zona euro. E é preciso perceber porquê.


A ortodoxia dominante tem sobre isto, como sobre tudo o resto, uma posição simples. Continuando a supor, apesar de tudo, a racionalidade intrínseca dos mercados e das suas agências de ‘rating', não consegue ver na crise das dívidas soberanas mais do que a resposta "racional" de credores genuinamente preocupados com a "indisciplina orçamental", agravada pelos "excessos expansionistas" na resposta à recessão. Daí a estratégia de uma nota só, que pretende acalmar os mercados à custa de mais austeridade (foi essa, aliás, a nova orientação europeia adoptada no início de 2010 e que vinculou também Portugal, dando origem aos sucessivos PEC). Uma austeridade agora reforçada por um novo quadro de disciplina orçamental, acompanhado de sanções automáticas. A imperturbável ortodoxia dominante diz saber muito bem o que os mercados querem. O único problema é que os mercados não parecem estar de acordo.


A verdade é que a falha sistémica do euro não se resume aos instrumentos de garantia da disciplina orçamental. Reside, também, na ausência de instituições políticas legitimadas para prosseguir uma governação económica coerente, capaz de gerar crescimento, e, sobretudo, na ausência de instrumentos solidários de defesa das dívidas soberanas contra a especulação, num contexto de crise do crédito. Desde a crise grega - e o momento em que os parceiros do euro resolveram dizer "nós não somos a Grécia" - os especuladores sabem que esta fragilidade da zona euro pode ser perturbadora mas é também uma excelente oportunidade de negócio. Podem traçar-se "linhas vermelhas" e erguer-se "muros". Pode até gritar-se "daqui o contágio não passará" - mas a verdade é que os países atingidos se sucedem uns aos outros. O critério muda, o negócio é sempre o mesmo.


E voltamos ao princípio. Bem vistas as coisas, estamos ainda a assistir ao ajustamento telúrico dos fluxos financeiros colossais postos em movimento descontrolado e desesperadamente especulativo pela crise começada em 2007 e causada por um sistema financeiro complexo, ganancioso e desregulado. É ainda esse dinamismo financeiro especulativo que marca o ritmo e o sentido da crise que enfrentamos - e é a ele que os líderes europeus, em especial a dupla Merkel-Sarkozy, não souberam dar resposta em sucessivas cimeiras, falhando no propósito de superar a crise do euro. É certo, a recusa obstinada das euro-obrigações e da reconfiguração do BCE como credor de último recurso foi acompanhada de pretensos sucedâneos: instituição de fundos de estabilização financeira, intervenções volumosas do BCE no mercado secundário e até inéditos empréstimos massivos ao sistema financeiro. Melhor que nada, dir-se-á. Mas tudo insuficiente. A crise das dívidas soberanas - que é, praticamente desde o início, uma crise do euro - agravou-se seriamente em 2011, a ponto de ameaçar o próprio projecto europeu e de acentuar o preocupante declínio da Europa.


É este o contexto da situação portuguesa, enfrentada por uma economia com óbvias debilidades estruturais - que ninguém nega. Mas foi este contexto crítico que forças políticas de sinal contrário menosprezaram, no mês de Março, ao coligar-se no Parlamento, sob os sinais de incitamento do Presidente da República, para juntar uma crise política à crise financeira. Sucedeu assim em Portugal o que nunca tinha acontecido, nem voltou a acontecer, na zona euro: a rejeição parlamentar de um programa de estabilidade e crescimento (o PEC IV), expressamente apoiado pelas instituições europeias - sem dúvida, o facto do ano, a nível nacional.


As consequências foram imediatas: queda abrupta e sem precedentes do ‘rating' da República, seguida da queda dos ‘ratings' dos bancos e das maiores empresas; subida desmesurada e incomportável dos juros nos mercados financeiros de dívida soberana; ruptura definitiva no acesso ao financiamento por parte do Estado, dos bancos e da economia. Em menos de 15 dias Portugal foi forçado a pedir ajuda externa.


A demagogia triunfante esforçou-se por virar as coisas ao contrário e fazer do alegado "despesismo" do Estado a causa do risco de "não haver dinheiro para pagar salários e pensões". Mas se em 2011 o Estado teve mais receita e menos despesa do que no ano anterior, está bem de ver que o risco de ruptura teve outra origem: a impossibilidade de, em plena crise financeira, continuar a aceder aos mercados para o financiamento corrente da dívida pública, com o apoio prometido do BCE (como sucede hoje com a Itália ou a Espanha) - e essa impossibilidade foi consequência directa da rejeição do PEC IV.


Esta opção teve custos elevados, mesmo para além do próprio pedido de ajuda externa, que levou ao Memorando de Entendimento com a troika. Mas cumpriu o seu objectivo político: proporcionar eleições antecipadas, para uma mudança de Governo.


Se já antes o PEC IV tinha sido rejeitado em nome do argumento, hoje ridículo, de que a direita era "contra o aumento dos impostos", a campanha eleitoral do partido vencedor girou em torno de uma promessa mil vezes repetida: austeridade contra "as gorduras do Estado", não contra as pessoas. Compreende-se bem que os portugueses tenham votado na esperança de melhorar as suas vidas.


Só que a promessa não era para cumprir, como agora se vê. Obtidos os votos, o novo Governo PSD/CDS lançou o mais violento pacote de austeridade "contra as pessoas" de que há memória - sem disfarçar a intenção deliberada de ir "além da troika". Obcecado pela austeridade e disposto a utilizá-la como instrumento de uma agenda ideológica adversa ao Estado Social, do Governo só se ouve uma palavra de ordem: parar. E, de facto, está a parar o Estado e está a parar a economia. Consultam-se as Grandes Opções do Plano para 2011-2015 ou o Orçamento para 2012 e vê-se que o Governo prevê para o próximo ano uma recessão de -2,8%, embora já admita que será pior. Mas quando se procura a previsão para a economia em 2013, não há lá nenhuma. Nem boa, nem má. E talvez isto seja o pior de tudo: esta política não tem nada a dizer sobre o futuro.» [DE]

Autor:

Pedro Silva Pereira.
  
 Greve dos maquinistas da CP: não é a lei do mais forte?

«Há uma enorme indignação com a greve dos maquinistas da CP. No caso, fizeram uma greve total para impedir os processos disciplinares contra alguns dos que aderiram à greve anterior. A CP não pode ficar refém dos maquinistas, diz-se. E os maquinistas podem ficar reféns do autoritarismo da administração da CP?

Confesso que não me deixo de espantar com a esquizofrenia argumentativa que se instalou no nosso País. Quando se fala de leis laborais, abandona-se o discurso moral e ético. As coisas são como são e nós temos de ser competitivos. Quando se fala da dívida também só há pragmatismo. Devemos a quem devemos e eles têm a faca e o queijo na mão. Quando se fala da Europa é a lei do mais forte que conta: eles mandam e nós obedecemos. Quando se fala dos mercados não vale a pena tentar negar a realidade. Quando se fala dos trabalhadores o discurso moral aparece como por milagre. E já interessa saber não apenas o que é mas o que devia ser.

Vou usar a mesma lógica que parece ser aceite como indiscutível: sem maquinistas os comboios não andam. Como é uma profissão que exige especialização, não podem ser substituídos de um dia para o outro por um qualquer avençado a recibos verdes. Tudo isto dá-lhes força. E eles usam esse poder em seu favor. Não é assim que as coisas funcionam?

Claro que sou dos que acham que os sindicatos não devem representar corporações profissionais dentro de uma empresa. Independentemente da razão que assiste aos maquinistas, defendo um sindicalismo de classe. Ou seja, em que a solidariedade faz com que os trabalhadores, com mais ou com menos peso negocial, lutem juntos por todos os grupos profissionais de uma mesma empresa ou sector. Até porque as lutas isoladas de trabalhadores com mais peso negocial tendem a criar injustiças e desigualdades dentro de cada empresa. Mas eu tenho autoridade para o escrever. Quem defende a inevitabilidade da lei do mais forte só tem de aguentar. Não gostam da luta dos maquinistas? Aprendam a conduzir comboios.» [Expresso]

Autor:

Daniel Oliveira.
   

 Manifestação de brandos costumes no Algarve

«Uma caixa de passagem de cabos que serve as portagens da Via Infante de Sagres (A22), entre Olhão e Tavira, foi hoje de manhã vandalizada. É a quarta sabotagem em 15 dias.» [DN]

Parecer:

Estes portugueses estão cada vez mais brandos.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Espere-se por 2012.»
  
 Austeridade na Madeira sabe a doce no Continente

«O documento hoje tornado público é uma carta de intenções com algumas medidas de austeridade acordadas com o ministro das Finanças, Vítor Gaspar, a 23 de Dezembro, segundo adiantou Alberto João Jardim, que confirmou ter nas mãos uma dívida de seis mil milhões de euros. O valor do empréstimo que será cedido à Madeira é uma das questões em aberto.

Entre as medidas de austeridade hoje divulgadas está o congelamento de carreiras e salários na Função Pública até 2013, o corte nos subsídios de Natal e de Férias e a redução em 15% nas despesas em saúde e educação.

Mas segundo explicou Alberto João Jardim, ao contrário do que aconteceu no Continente, a Madeira não vai introduzir portagens - substituindo essa medida por um agravamento do ISP -, nem subir as taxas moderadoras na Saúde - adoptando em alternativa "medidas financeiras que tenham o mesmo efeito".» [DE]

Parecer:

Estas medidas não passam de uma farsa encenada pelo PSD para que seja o Continente a pagar a factura.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Proteste-se e sugira-se que Passos Coelho emigre para a Madeira e se declare a independência unilateral dos Açores e do Contenente.»  
 O sucesso do Gaspar faz-se sentir no Algarve

«A ocupação de hotéis no Algarve durante a passagem de ano deverá cair até 30% face aos níveis de 2010/2011, apesar de os preços terem baixado, afirmou hoje o presidente da principal associação hoteleira da região.» [Expresso]

Parecer:

Agora já não vivemos acima das nossas possibilidade, dentro em breve ou não vivemos ou teremos de seguir a sugestão de emigrar.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Mandem-se os parabéns ao Gasparoika.»
  
 Uma greve desnecessária

«O Sindicato Nacional dos Maquinistas (SMAQ) decidiu hoje manter a greve já convocada para o fim de semana, anunciou António Medeiros no final da reunião desta tarde com a administração da CP.

O SMAQ decidiu avançar para a greve para contestar os processos disciplinares alegadamente ilegais interpostos pela empresa, estando prevista para 01 de janeiro uma nova paralisação.» [i]

Parecer:

Uma greve desnecessária. que só acontece porque a administração da CP enveredou por uma estratégia que já funcionou nos tempos da ditadura, a repressão.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Lamente-se.»
  
 Quem está a mentir

«João Alberto Jardim reiterou esta tarde que o primeiro-ministro lhe garantiu que ainda “no final deste mês, o Estado português iria com oportunidade e sem correr o risco de fracasso” levar à Comissão Europeia uma proposta com vista ao prolongamento do regime fiscal especial oferecido pela Madeira.

O presidente do Governo Regional, que falava no Funchal na apresentação da carta de intenções que formaliza o pedido de ajuda ao continente, voltou assim a referir-se ao telefonema que terá tido lugar a 5 de Dezembro, depois de os deputados do PSD eleitos pela Madeira terem votado a favor do Orçamento do Estado para 2012 por alegadamente existir um compromisso da parte do primeiro-ministro de que “a Zona Franca ia para a frente”.

Numa declaração de voto conjunta, então divulgada, Guilherme Silva, Hugo Velosa, Cláudia Aguiar e Correia de Jesus afirmam ter obtido “o compromisso de o quadro relativo Centro Internacional de Negócios da Madeira poder vir a ser redefinido favoravelmente, na sequência de negociações com a União Europeia que o Governo da República está a diligenciar”.

Também o deputado do CDS-PP eleito pela Madeira justificou nessa altura o voto a favor do OE20212 com a "convicção" de que o Governo está a preparar a negociação de “um regime fiscal mais favorável” para a Madeira.

Na sequência das declarações de Jardim, que ameaçou "mudar de atitude" com Lisboa se a promessa não fosse levada em diante, fonte do gabinete de Pedro Passos Coelho assegurava à Lusa que "o primeiro-ministro não assumiu qualquer compromisso" sobre a Zona Franca da Madeira.» [Jornal de Negócios]

Parecer:

De entre os muitos defeitos de Alberto João o de mentiroso não consta na lista, já de Passos Coelho não se pode dizer o mesmo, o primeiro-ministro é um mentiroso compulsivo e calculista.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Aposte-se em que é o Alberto que fala verdade.»