No dia em que se soube que um o investimento da Nissan numa fábrica de baterias a instalar em Portugal, um dos mais emblemáticos para o país, já não se realiza, ficou também a perceber-se que temos um governo de gente cobarde, maldosa e incompetente.
Mais uma vez o país percebeu que o Super Batanete da Rua da Horta Seca é um ministro sem pelouros, que nada tem a dizer sobre a economia e que permanece no governo porque seria escandaloso fazer uma remodelação tão cedo. Mas se na Rua da Horta Seca a egra é a cobardia e ninguém deu a cara para falar do tema, no Palácio das Necessidades coragem é coisa que não há com fartura, o Paulo Portas que tanto gosta de aparecer permaneceu na obscuridade e mandou o boy da AICEP dizer umas baboseiras para a comunicação social.
Por ironia do destino (ou sentido de humor dos responsáveis da Nissan) o primeiro-ministro estava de visita à Autoeuropa no dia em que a marca nipónica tornou pública a sua decisão no que até fez um assinalável esforço de educação ao dizer-se que não havia qualquer relação entre a decisão e o desprezo do actual governo pelas energias renováveis. Tem alguma graça vez que um primeiro-ministro inútil se socorre da obra alheia para dar nas vistas e fica-se a saber que o homem não só não faz nada como ainda dá cabo do que foi feito.
Passos coelho disse que tudo faria para o investimento regressar, só se esqueceu de dizer o que vez para evitar que não se concretizasse. O argumento da conjuntura internacional aproveitado por Passos Coelho não passou de um gesto de educação da Nissan, mais dia, menos dia saberemos em que país será instalada a fábrica. Todos sabemos que uma das razões da opção da Nissan foi a aposta portuguesa nas energias renováveis, aposta de que Passos Coelho sempre gozou e que enquanto governante foi irresponsável e desprezou.
A decisão da Nissan é emblemática para um governo que parece mais apostado em destruir do que em construir, que coloca o ódio a Sócrates e a tudo o que o governo anterior poderá ter feito de bom acima dos interesses do país. Desde que tomou posse que este governo pouco ou nada fez, a ele não se deve um investimento, um novo projecto, uma ideia nova, atrás de si só há um rasto de destruição. Isto revela a falta de dimensão desta gente, movem-se por ódio e incapazes de construir tentam iludir as insuficiências destruindo o que outros construíram.